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4 LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR_PRINCÍPIOS E IMUNIDADES

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4. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE 
TRIBUTAR: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
TRIBUTÁRIOS E IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS. 
2
❑O exercício do Poder de Tributar não é absoluto, pois
é restringido pela própria Constituição Federal
❑ Limitação ao Poder de Tributar é toda e qualquer
restrição imposta pela Constituição às entidades
dotadas desse poder.
• As limitações estão previstas nos arts. 150 a 152 da Constituição Federal.
Elas englobam:
1. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: 1) Legalidade, 2) Anterioridade, 3)
Irretroatividade, 4) Igualdade, 5) Capacidade Contributiva, 6)Vedação de
Confisco, 7)Liberdade de Tráfego de Pessoas e Bens, 8) Uniformidade
Geográfica e 9) Não Cumulatividade
2. IMUNIDADES
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
3
❖IMUNIDADES são situações previstas na CONSTITUIÇÃO FEDERAL que
não podem sofrer a incidência de certos tributos
❖ISENÇÃO é a dispensa LEGAL (infraconstitucional) de pagamento de
tributo
❖NÃO INCIDÊNCIA são situações fáticas que não estão previstas no
ordenamento jurídico como tributáveis, mas que a qualquer momento pode-
se criar lei para fazer incidir tributos sobre elas
7
Existem 05 espécies de IMUNIDADES com relação a IMPOSTOS, previstas no 
art.150, VI, da Constituição Federal.
IMUNIDADES
1. Imunidade Recíproca ou Intergovernamental
2. Imunidade para Templos
3. Imunidade das (os):
▪ Partidos Políticos
▪ Entidades Sindicais de Trabalhadores
▪ Instituições de Educação (pode ser cobrado mensalidade)
▪ Entidades de Assistência Social (serviço gratuito)
3.1 Ver 14 do CTN.
4. Imunidade para Livros
5. Imunidade Musical
IMUNIDADES DAS TAXAS
Art. 5º, XXXIV - São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
1. O direito de petição aos poderes públicos em defesa de direito ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
2. A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal.
Art. 226, §1º - Garantindo a gratuidade do casamento civil, impede a cobrança de taxa pela 
correspondente celebração. 
Art. 230, §2º - Serviço de transporte urbano remunerado por taxa,
prevalece a imunidade para os maiores de 65 anos.
Art. 5º, LXXVI, a e b – Aos reconhecidamente pobres, nos termos da lei, é conferida
imunidade de taxas de registro civil de casamento e de certidão de óbito.
IMUNIDADES DAS CONTRIBUIÇÕES
Art. 197, § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico (CIDE) e [ . . . ]
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata
o caput deste artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
1. Imunidade Recíproca ou Intergovernamental
Elemento Teleológico
Visa a garantir o pacto federativo: nosso sistema federativo é de
equilíbrio, em que as entidades impositoras não são hierarquizadas, mas
equilibradas.
1. Imunidade Recíproca ou Intergovernamental
1.1 Art. 150, VI, a da CF/88
1.2 § 2º do Art. 150, VI da CF/88
Seção II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – [...]
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
[...]
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.
2. Imunidade para Templos
2.1 Art. 150, VI, b da CF/88
Seção II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – [...]
VI - instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;
Elemento Teleológico
CULTO: manifestação religiosa que veicula valores consonantes com aquilo
que se preconiza em um Estado Democrático de Direito. Assim, o culto
deve prestigiar a fé e os valores transcendentais que a circundam, sem
prejudicar os valores adotados pela CF.
2. Imunidade para Templos
2.1 Art. 150, VI, b da CF/88
2.2 Súmula 724 do STF
AINDA QUANDO ALUGADO A TERCEIROS, PERMANECE IMUNE AO IPTU O
IMÓVEL PERTENCENTE A QUALQUER DAS ENTIDADES REFERIDAS PELO ART.
150, VI, "C", DA CONSTITUIÇÃO, DESDE QUE O VALOR DOS ALUGUÉIS SEJA
APLICADO NAS ATIVIDADES ESSENCIAIS DE TAIS ENTIDADES.
3. Imunidade das (os):
Partidos Políticos
Elemento Teleológico
Garantir a liberdade política (art. 17 CF)
Elemento Teleológico
Proteger a liberdade sindical, com vistas ao fortalecimento do lado mais
fragilizado (hipossuficiente) da relação laboral, o empregado.
Sindicatos dos trabalhadores
Elemento Teleológico
visa difundir o ensino e a cultura (arts. 205, 208 e 214, CF) e a proteção
à assistência social (art. 203, CF)
Instituições de Educação e de Assistência Social
3. Imunidade das (os):
▪ Partidos Políticos
▪ Entidades Sindicais de Trabalhadores
▪ Instituições de Educação (pode ser cobrado mensalidade)
▪ Entidades de Assistência Social (serviço gratuito)
Seção II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – [...]
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;
3.1 Ver 14 do CTN
c) [...], atendidos os requisitos da lei;
Deve ser lei complementar, em virtude da disposição do art. 146, II,
CF que determina que as limitações ao poder de tributar somente
podem acontecer via lei complementar.
.
CTN
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é
subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas
entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio
ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp
nº 104, de 2001)
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos
na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas
em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua
exatidão.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
Jurisprudência selecionada
● Entidades beneficentes de assistência social:
imunidade do IPTU e aplicação do valor do aluguel nas
atividades essenciais
1.O Tribunal de origem não divergiu da orientação da Corte de
que a regra imunizante contida no art. 150, VI, c,
da Constituição Federal afasta a incidência do IPTU sobre os
imóveis de propriedade das instituições de assistência social
sem fins lucrativos, mesmo que alugados a terceiros, desde que
o valor dos aluguéis seja aplicado nas suas atividades essenciais
(Súmula 724/STF). 2. [...]
. Incidência da Súmula 279/STF.
[ARE 852.600 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, 2ª T, j. 6-3-
2015, DJE 43 de 5-3-2015.]
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/seq-sumula724/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/seq-sumula729/false
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7937889
3.1 Ver 14 do CTN
c) [...], atendidos os requisitos da lei;
Deve ser lei complementar, em virtude da disposição do art. 146, II,
CF que determina que as limitações ao poder de tributar somente
podem acontecer via lei complementar.
.
Súmula vinculante 52-STF:
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150,
VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas
atividadespara as quais tais entidades foram constituídas.
Súmula 730-STF:
A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social
sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente
alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não
houver contribuição dos beneficiários.
4. Imunidade para Livros ou Cultural
Seção II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – [...]
VI - instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Elemento teleológico
difusão da cultura/liberdade de expressão. (art. 5º, IV, IX, XIV, art. 220, §
6º, CF).
A imunidade é objetiva, uma vez que exonera os veículos de
transmissão de pensamento de impostos. A regra recai sobre BENS e
não sobre pessoas, como as imunidades das alíneas a,b e c, que tratam
de imunidades subjetivas.
▪ Aspecto prático:
a imunidade objetiva afasta a incidência de impostos
sobre os bens (ICMS, IPI, II e outros) não alcançando
aqueles impostos incidentes sobre o patrimônio/renda
da PJ. Ex: incide IR sobre a renda da editora; incide
IPVA; incide ITBI etc.
▪ Estende-se a imunidade ao CD-ROM e ao livro-
piano. Ex.: dicionário Aurélio em CD-ROM).
4. Imunidade para Livros ou Cultural
▪ O conteúdo da idéia ou pensamento será
irrelevante para a ocorrência da imunidade.
Portanto, serão imunes os livros que difundem
conteúdo leviano ou erótico.
▪ Ao lado dos livros, protegem-se os jornais e as
revistas, independentemente do conteúdo.
▪ Para o STF, as listas telefônicas são imunes, como
periódicos, independentemente da ausência de
caráter noticioso/literário. Foi privilegiado o aspecto
de “utilidade pública”.
4. Imunidade para Livros ou Cultural
▪ Quanto ao insumo – “papel destinado à impressão do
livro, jornal ou periódico” -, o legislador optou por
restringir a benesse a este insumo exclusivamente, sob
pena de prejudicar o alcance do dispositivo. Assim,
haverá normal incidência sobre outros papéis
(guardanapo etc) e sobre outros insumos (tinta,
máquinas, insumos em geral utilizados na
impressão).
▪ Súmula 657, STF. A imunidade prevista no art. 150, VI,
d, da CF abrange os filmes e papeis fotográficos
necessários à publicação de jornais e periódicos.
4. Imunidade para Livros ou Cultural
5. Imunidade Musical
Seção II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – [...]
VI - instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo
obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial
de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 75, de 15.10.2013)
Elemento Teleológico
visa fomentar a difusão e a produção de conteúdo musical produzido no
país de autores e por autores brasileiros.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc75.htm#art1
5. Imunidade Musical
Imunidade Tributária Musical: o que isso quer dizer na prática?
Com a nova redação da CF/88, fica vedada a cobrança de impostos
sobre os fonogramas (produção de som) e videofonogramas
(produção de imagem e som) musicais produzidos no Brasil,
incluindo os suportes ou arquivos que os contenham.
Os suportes materiais, tais como DVDs, CDs, Blu-Rays, também serão
objeto de desoneração de impostos. Da mesma forma, a
desoneração alcançará os arquivos digitais, v.g., músicas baixadas
pela internet ou por meio de aplicativos de música para celular.
Desse modo, a obra intelectual do artista musical, em sua inteireza,
ficou protegida da tributação.
5. Imunidade Musical
Quais tributos incidem?
A imunidade musical possui característica objetiva, pois afeta apenas os
objetos relacionados à música, a saber, o ICMS, entre outros.
Aqueles tributos incidentes sobre a gravadora (IPTU, IPVA, taxas,
contribuições) continuarão a incidir normalmente, isso porque a imunidade é
clara ao desonerar apenas as obras musicais e os objetos relacionados a ela.
Na fase preliminar de produção de CDs, DVDs e BDs (ou Blu-rays discs), por
exemplo, contratação de estúdio, músico, mixagem, há a normal incidência
de dois impostos: o IR e o ISS (este por força dos subitens 13.02 e 13.03 da
lista anexa à LC 116/2003).
Quando a matriz (fonograma ou videofonograma) estiver pronta e acabada,
deverá ocorrer o processo de replicação da mídia – etapa que não está
abrangida pela imunidade (IPI).
Na fase de distribuição e comercialização, é comum a incidência do IR e do
ICMS. Todavia, o CD/DVD/BD, ao deixar a fábrica e seguir para o lojista, não
mais provocará a recolha pelo fabricante do ICMS-ST, uma vez prevalecente
a imunidade tributária.
Prova: CONSULPLAN - 2019 - TJ-MG
Sobre a jurisprudência do STF em matéria tributária, assinale a
alternativa INCORRETA.
•A As Caixas de Assistência de Advogados encontram-se tuteladas
pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição
Federal (CF).
•B As operadoras de planos de saúde realizam prestação de serviço
sujeita ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN),
previsto no art. 156, III, da Constituição Federal/1988.
•C A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da
Constituição Federal (CF), aplica-se somente ao livro eletrônico (“e-
book”), não se estendendo aos suportes exclusivamente utilizados para
fixá-lo.
•.D A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na
posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte
de fato, sendo irrelevante, para a verificação da existência do
beneplácito constitucional, a repercussão econômica do tributo
envolvido.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/consulplan-2019-tj-mg-titular-de-servicos-de-notas-e-de-registros-remocao
Prova: CONSULPLAN - 2019 - TJ-MG
Sobre a jurisprudência do STF em matéria tributária, assinale a
alternativa INCORRETA.
•A As Caixas de Assistência de Advogados encontram-se tuteladas
pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição
Federal (CF).
•B As operadoras de planos de saúde realizam prestação de serviço
sujeita ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN),
previsto no art. 156, III, da Constituição Federal/1988.
•C A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da
Constituição Federal (CF), aplica-se somente ao livro eletrônico (“e-
book”), não se estendendo aos suportes exclusivamente utilizados para
fixá-lo.
•.D A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na
posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte
de fato, sendo irrelevante, para a verificação da existência do
beneplácito constitucional, a repercussão econômica do tributo
envolvido.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/consulplan-2019-tj-mg-titular-de-servicos-de-notas-e-de-registros-remocao
Prova: NC-UFPR - 2019 - TJ-PR -
Editora Sapiens S.A., especializada na produção e comercialização de livros,
jornais e periódicos impressos, contata seu escritório para obter informações
relativas à eventual tributação das atividades relacionadas à impressão, editoração
e comercialização de livros, jornais e periódicos. A dúvida da Editora Sapiens S.A.
refere-se à existência ou não de tributação sobre todas ou parte de suas atividades.
Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
•A A Editora Sapiens S.A. não precisa pagar quaisquer impostos, já que sua atividade,
bem como a própria editora, é imune do pagamento de impostos.
•B A Editora Sapiens S.A. possui isenção relativa às suas atividades editoriais, sendo
dispensada por lei de qualquer pagamento de impostos.
•C A Editora Sapiens S.A. possui imunidadetributária prevista na Constituição Federal
referente tão somente aos livros, jornais e periódicos e no que tange aos materiais
destinados à impressão destes, além de livros, jornais e revistas eletrônicos, que também
são abrangidos pela imunidade.
•D A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária prevista na legislação
infraconstitucional, referente tão somente aos livros, jornais e periódicos e no que tange
aos materiais destinados à impressão.
•E A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária estabelecida na Constituição
Federal, prevendo inclusive a desobrigação do pagamento de impostos como IRPJ
(Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSL (Contribuição Social sobre o Lucro),
incidentes sobre o lucro da empresa.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/nc-ufpr-2019-tj-pr-titular-de-servicos-de-notas-e-de-registros-remocao
Prova: NC-UFPR - 2019 - TJ-PR -
Editora Sapiens S.A., especializada na produção e comercialização de livros,
jornais e periódicos impressos, contata seu escritório para obter informações
relativas à eventual tributação das atividades relacionadas à impressão, editoração
e comercialização de livros, jornais e periódicos. A dúvida da Editora Sapiens S.A.
refere-se à existência ou não de tributação sobre todas ou parte de suas atividades.
Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
•A A Editora Sapiens S.A. não precisa pagar quaisquer impostos, já que sua atividade,
bem como a própria editora, é imune do pagamento de impostos.
•B A Editora Sapiens S.A. possui isenção relativa às suas atividades editoriais, sendo
dispensada por lei de qualquer pagamento de impostos.
•C A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária prevista na Constituição Federal
referente tão somente aos livros, jornais e periódicos e no que tange aos materiais
destinados à impressão destes, além de livros, jornais e revistas eletrônicos, que também
são abrangidos pela imunidade.
•D A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária prevista na legislação
infraconstitucional, referente tão somente aos livros, jornais e periódicos e no que tange
aos materiais destinados à impressão.
•E A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária estabelecida na Constituição
Federal, prevendo inclusive a desobrigação do pagamento de impostos como IRPJ
(Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSL (Contribuição Social sobre o Lucro),
incidentes sobre o lucro da empresa.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/nc-ufpr-2019-tj-pr-titular-de-servicos-de-notas-e-de-registros-remocao
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
Regina Helena Costa entende que “princípios jurídicos são
normas de maior hierarquia, autênticas sobrenormas que
orientam a aplicação das demais.”
Para Jorge Miranda, os princípios constitucionais têm função
ordenadora e ação imediata funcionando como critério de
interpretação e de integração, dando coerência ao sistema.
A importância dos princípios: fragmentos da 
doutrina
Considerações iniciais:
- Princípios tributários: arts. 150, 151 e 152 da CF
CF/88:
Art. 5º, II: “Ninguém é obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei”.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que
o estabeleça;
Dois verbos: instituir e majorar (lei)
1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA (ART.
150, I, CF c/c ART. 97, I e II, CTN)
Lógica jurídica máxima:
“U, E, M e DF só podem instituir e majorar o tributo
por meio de lei”.
- Que lei é essa que cria e aumenta o 
tributo? Lei ordinária.
Pergunta-se, ainda: E a lei complementar?
Art. 148. A União, mediante lei complementar,
poderá instituir empréstimos compulsórios:
Ela está explícita na CF como a lei hábil a
instituir QUATRO tributos federais:
1. Imposto sobre grandes fortunas (art. 153,
VII, CF);
2. Imposto residual (art. 154, I, CF);
3. Empréstimo compulsório (art. 148, caput,
CF);
4. Contribuições residuais da seguridade social
(art. 195, §4º, CF c/c art. 154, I, CF).
VAMOS CONHECER A LEGALIDADE ESTRITA / TIPICIDADE
FECHADA, CERRADA ou REGRADA (ART. 97 DO CTN)
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I – a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal,
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu
sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo,
ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela
definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.[...]
O art. 97 do CTN evidencia que a lei tributária
deverá conter “elementos estruturantes”
indispensáveis: alíquota, base de cálculo,
sujeito passivo, multa e fato gerador. (...)
Princípio da estrita legalidade (reserva legal
ou tipicidade fechada/cerrada/regrada).
Exemplo de “vício”:
criação de uma taxa por lei, ficando o sujeito
passivo a cargo de definição posterior por meio de
um decreto.
PRAZO PARA PAGAMENTO x RESERVA LEGAL
O STF tem entendido que o Poder Executivo detém
competência para expedir ato infralegal fixando o prazo
de pagamento do tributo, ao fundamento de que a fixação
de prazo para recolhimento das exações tributárias não é
matéria reservada à lei.
- Ver, entre outros, o RE 140.669-PE/98
CORREAÇÃO MONETÁRIA x
RESERVA LEGAL
Art. 97. Somente a lei pode
estabelecer:
[...]
§ 2º Não constitui
majoração de tributo, para
os fins do disposto no inciso II
deste artigo, a atualização do
valor monetário da
respectiva base de cálculo.
❑ Os tributos federais são
corrigidos pela SELIC desde
a edição da Lei n.º 9.065/95
e da Lei n.º 9.250/95.
Súmula n. 160 do STJ: 
“É defeso, ao Município,
atualizar o IPTU, mediante
decreto, em percentual
superior ao índice oficial de
correção monetária”.
Julgado importante: RE 648.245/Reperc. 
geral, rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, j. em 
01-08-2013.
Perceba que cabe ao Poder Legislativo o domínio completo
do fenômeno tributário, uma vez que o tributo depende de
LEI, quer ordinária, quer complementar.
Por outro lado, uma pergunta deve ser feita: o Poder
Executivo não teria algum “espaço” de atuação, ainda
que restrito?
O Poder Executivo pode, sim, ter uma atuação mitigada ou
atenuada (art. 153, §1º, CF): há QUATRO impostos
federais cujas alíquotas poderão ser alteradas por ato
do Poder Executivo (por exemplo, por portarias, decretos
etc.).
Foram antes criados por meio de lei, cabendo ao
Executivo uma atuação superveniente, apenas
quanto à alteração de alíquotas. São eles:
LISTA DE IMPOSTOS: II, IE, IPI e IOF.
ATENÇÃO:
A EC n. 33/01 ampliou o rol, trazendo mais dois tributos à
lista – CIDE-Combustível (art. 177, §4º, I, “b”, CF) e
ICMS-Combustível (art. 155, §4º, IV, “c”, CF).
OBSERVAÇÃO:
A alteração para esses dois tributos diz respeito apenas
à redução e restabelecimento das alíquotas,
portanto, dentro de parâmetros legais.
RESUMO:
São SEIS tributos (5 federais; 1 estadual) que se enquadram 
como exemplos de mitigação ou atenuação (“exceção”) do 
princípio da legalidade tributária:
Importação, Exportação, IPI, IOF, CIDE-COMBUSTÍVEL e ICMS-
COMBUSTÍVEL
Lógica da mitigação (flexibilização) da legalidade
tributária:
Trata-se de tributos extrafiscais, ou seja, reguladores de
mercado.
Extrafiscalidade – poderoso instrumento financeiro
empregado pelo Estado a fim de estimular ou inibir condutas,
tendo em vista a consecução de finalidades não meramente
arrecadatórias. Orienta-se para fins outros que não a
captação de recursos para o Erário, visando corrigir
externalidades.
As Medidas Provisórias e o Princípio da Legalidade
Tributária
Art. 62, §2º, CF
O dispositivo prevê,literalmente: “Medida provisória que
implique instituição ou majoração de impostos...”
Art. 62. (...)
§ 2º. Medida provisória que implique instituição ou
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts.
153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no
exercício financeiro seguinte se houver sido
convertida em lei até o último dia daquele em que
foi editada.
Não obstante as críticas que são feitas ao dispositivo
constitucional, temos que aceitar como válidas as
assertivas:
“Pode ser aumentado o IR por MP?”
Resposta: SIM.
“Pode ser aumentado o ITR por MP?”
Resposta: SIM.
Veja a jurisprudência....
STF e a EXTENSÃO A TRIBUTOS EM GERAL
EMENTA: Recurso extraordinário. 2. Medida provisória. Força
de lei. 3. A Medida Provisória, tendo força de lei, é
instrumento idôneo para instituir e modificar tributos e
contribuições sociais. Precedentes. 4. Agravo regimental a
que se nega provimento. (STF, 2ª T., AI-AgR 236.976/MG – rel.
Min. Néri da Silveira – j. 17-08-1999)
O STF e a MP NA ÓRBITA TRIBUTÁRIA NÃO FEDERAL
O STF, na ADI n. 425/TO (rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento
em 04-09-2002), ratificou a possibilidade, anteriormente
acolhida na ADInMC n. 812-9/TO (rel. Min. Moreira Alves, j.
1º-04-1993), externando que podem os Estados-membros editar
medidas provisórias em face do princípio da simetria, (...)
O STF e a MP NA ÓRBITA TRIBUTÁRIA NÃO FEDERAL
(...) obedecidas as regras básicas do processo legislativo no
âmbito da União (CF, art. 62). Portanto, para o STF, o eventual
óbice ou limitação imposta às unidades federadas para a edição
de medidas provisórias constitui forma de restrição não prevista
no vigente sistema constitucional pátrio (CF,§ 1º do art. 25).
❑ Os entes tributantes não podem cobrar tributos no mesmo exercício
financeiro em que tenha sido publicada a lei. Isso foi feito para não pegar
contribuinte de surpresa e garantir a Segurança Jurídica.
❑ Exercício Financeiro é o interregno entre 1º janeiro e 31 de dezembro.
2 – ANTERIORIDADE ANUAL OU EFICÁCIA DIFERIDA (Art. 150, III, b,da
CF88)
Vigência no 
Tempo
A Norma que institui ou aumenta tributo entra em vigor, via 
de regra, no 1º dia do ano seguinte àquele em que foi publicada 
a lei, desde que decorrido o prazo mínimo de 90 dias.
1. Imposto de Importação
2. Imposto de Exportação
3. Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
4. Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II, CF88)
5. Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública (art. 148, I,)
6. LEI REVOGA ISENÇÃO por tempo indeterminado (POSIÇÃO STF)
1. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
2. Contribuições Previdenciárias
3. CIDE – Combustíveis 
4. ICMS – Combustíveis
• IMPOSTO DE RENDA
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
I – [...]
III - cobrar tributos:
a) [...]
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a
lei que os instituiu ou aumentou;
2 – ANTERIORIDADE ANUAL OU EFICÁCIA DIFERIDA (Art. 150, III, b,da
CF88)
Súmula Vinculante 50
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
2.1 - Anterioridade Nonagesimal (Art. 150, III, “c”)
.Veda que o tributo seja cobrado antes de decorridos noventa dias da
data da publicação da lei que o instituiu ou aumentou.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
I – [...]
III - cobrar tributos:
a) [...]
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o
disposto na alínea b; (Incluído pela EC nº 42, de 19.12.2003)
2.2 Exceções à Anterioridade Anual e Nonagesimal
Art. 150 (...)
§ 1º. A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V;
e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III
e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
Matéria/Tributo Segue anterioridade de 
exercício?
Segue anterioridade 
mínima (90 dias)?
Empréstimo compulsório (calamidade, guerra 
externa)
Não Não
Imposto de Importação Não Não
Imposto de Exportação Não Não
Imposto sobre Produtos Industrializados Não Sim
Imposto de Renda Sim Não
IOF (op. Crédito, Câmbio, Seguros, Títulos e Valores 
Mobiliários)
Não Não
Imposto extraordinário de guerra Não Não
Fixação Base de Cálculo do IPTU e IPVA Sim Não
Redução/restabelecimento alíquotas CIDE 
Combustíveis
Não Sim
Redução/restabelecimento das alíquotas do ICMS 
Monofásico sobre Combustíveis
Não Sim
Contribuições Sociais para a Seguridade Social Não Sim
(somente a 
anterioridade de 90 
dias, também chamada 
anterioridade 
nonagesimal).
ICMS monofásico
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos
sobre:
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos
Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o
seguinte:
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto
no art. 150, III, b.
CIDE-combustível
Art. 177. Constituem monopólio da União:
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico
relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus
derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender
aos seguintes requisitos:
I - a alíquota da contribuição poderá ser:
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando
o disposto no art. 150,III, b;
2.3 Anualidade e Anterioridade (diferença)
Contribuições Sociais
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que
as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto
no art. 150, III, "b". (noventena das contribuições)
A Constituição de 1946 dispunha no Art. 141, § 34, dispunha: "Nenhum
tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça; nenhum
será cobrado em cada exercício sem prévia autorização
orçamentária, ressalvada, porém, a tarifa aduaneira e o imposto
lançado por motivo de guerra.”
❖ Os entes tributantes não podem cobrar tributos em relação a fatos
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
aumentou ou criou.
3 – IRRETROATIVIDADE (Art. 150, III, a,da CF88 c/c art. 144, CTN)
LEI (anterior) Fato Gerador (posterior)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I – [...]
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
da lei que os houver instituído ou aumentado;
3 – IRRETROATIVIDADE (Art. 150, III, a,da CF88 c/c art. 144, CTN)
Súmula 584
Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei
vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.
4 – IGUALDADE OU ISONOMIA (Art. 150, II, CF88)
❖ Os entes tributantes não podem instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação funcional ou função por eles
exercida.
Em razão desse princípio derivam os Princípios da Interpretação 
Objetiva ou Princípio da Cláusula Non Olet (arts. 118 c/c 126 do CTN)
• Todos que realizarem o fato gerador pagarão o Tributo
• Não se avalia a nulidade do ato jurídico, a capacidade civil do 
sujeito passivo ou mesmo a licitude do ato.
Art. 150. Sem prejuízo deoutras garantias asseguradas ao contribuinte,
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – [...]
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem
em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
❖ É um sub-princípio que reforça o princípio da ISONOMIA. Apregoa a
graduação de incidência quanto aos impostos pessoais, no tocante à
fixação de alíquotas diferenciadas, com o fito de promover a justiça
fiscal.
❖ Quanto mais se ganha, mais se paga.
❖ Esse é o fundamento constitucional da progressividade de alíquotas
que encontramos, por exemplo, no IPTU e IR.
5 – CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (Art. 145, § 1º,da CF/88)
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão instituir os seguintes tributos:
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.
5 – CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (Art. 145, § 1º,da CF/88)
• Capacidade tributária passiva: é plena e independe de critérios
externos ao fato gerador.
• TODOS que realizarem o fato gerador (bicheiros, prostitutas,
menores) são chamados a pagar o tributo.
• Art. 126 + 118, CTN: TRIBUTO “NON OLET”
• Devido à interferência da tributação no patrimônio das pessoas,
não se poderão impor ônus maiores que os suportáveis.
• Capacidade econômica = capacidade de ter recursos para pagar
impostos.
• Segundo a CF, trata-se de princípio adstrito tão-somente a
IMPOSTOS. Mas, segundo o STF e a doutrina, é possível a
extensão do princípio às taxas, p. ex. (art. 5º, LXXIV e LXXVI da
CF).
Exteriorização do princípio da capacidade contributiva
Princípio da 
capacidade 
contributiva
Progressividade de 
alíquotas
ProporcionalidadeSeletividade
Progressividade de alíquotas
• Progressividade = técnica de incidência de alíquotas variáveis
• “sempre que possível” (art. 145, §1º, parte inicial, CF)
•O percentual do imposto cresce à medida que cresce a
capacidade contributiva.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
§ 4º O imposto previsto no inciso VI (ITR) do caput:
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a
manutenção de propriedades improdutivas;
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
§ 6º O imposto previsto no inciso III (IPVA):
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º,
inciso II, o imposto previsto no inciso I (IPTU) poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
Progressividade do IPTU
❑ EC 29/00 e Súmula 668, STF:
❑ Progressividade fiscal
❑ Critérios novos de progressividade:
❑ Localização
❑ Valor
❑ Uso
❑ Função Social (“antigo”) – Art. 182 da CF/88
IR progressividade fiscal cunho arrecadatório
IPTU + 
IPVA
progressividade extrafiscal cunho regulatório
Proporcionalidade
• PROGRESSIVIDADE alíquotas variáveis
• PROPORCIONALIDADE  alíquotas fixas em bases de cálculo
variáveis.
Seletividade
• Sistema de alíquotas diferenciadas por espécies de mercadorias,
como adequação do produto à vida do maior número de
habitantes do país. As mercadorias essenciais à existência
civilizada devem ser tratadas mais suavemente, ao passo que as
maiores alíquotas devem ser reservadas aos produtos de consumo
restrito, isto é, o supérfluo das classes de maior poder aquisitivo.
• Seletividade→ essencialidade (padrão mínimo)
• A essencialidade abrange além do estritamente necessário às
necessidades biológicas, as necessidades que sejam pressupostos
de um padrão de vida mínimo e decente, de acordo com o conceito
vigente entre a maioria.
• Observar a seletividade implica respeitar a isonomia, adequando a
tributação à capacidade econômica aferida ainda que de maneira
indireta.
• ICMS = seletividade facultativa (art. 155, §2º, III, CF)
• IPI = seletividade obrigatória (ART. 153, §3º, I, CF)
6 – VEDAÇÃO DE CONFISCO (Art. 150, IV, CF88)
❖ É vedado aos entes tributantes utilizar tributo com efeito de
confisco.
❖ Confisco é a tributação excessiva ou exacerbada. É o judiciário
que irá definir no caso concreto se um tributo está ou não sendo
utilizado como meio de confisco.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I – [...]
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
O efeito confiscatório das taxas é aferido mediante análise do custo
da atividade estatal e o valor cobrado do contribuinte. Se não
houver relação, trata-se de tributo com efeito confiscatório. (STF,
ADC 2.551 MCQO/MG)
❖ Multa não é tributo, logo cabe ou não a aplicação do
princípio da vedação de confisco?
A desproporção entre o desrespeito à norma tributária e sua
conseqüência jurídica, a multa, evidencia o caráter confiscatório
desta, atentando contra o patrimônio do contribuinte, em
contrariedade ao mencionado dispositivo do texto constitucional
federal. (STF, ADI 551/RJ)
É aplicável a proibição constitucional do confisco em matéria
tributária, ainda que se trate de multa fiscal resultante do
inadimplemento pelo contribuinte de suas obrigações tributárias.
(STF, AI 482.281-AgR/SP)
6 – VEDAÇÃO DE CONFISCO (Art. 150, IV, CF88)
• É o princípio da proporcionalidade razoável previsto no art. 150, IV,
CF.
• Nenhum ente tributante pode criar tributo com efeito de confisco,
o que é contrário ao direito de propriedade garantido no Art. 5º,
XXI, CF.
• Deve considerar a carga tributária decorrente da totalidade dos
tributos.
• A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da
totalidade da carga tributária. (STF, ADC 8-MC/DF)
• É confiscatório o tributo que consome grande parte da
propriedade ou inviabiliza o exercício da atividade lícita.
6 – VEDAÇÃO DE CONFISCO (Art. 150, IV, CF/88)
• Supremo Tribunal Federal – tem se posicionado recentemente no sentido de
que há que se estender o princípio da não-confiscabilidade às multas. (AdinMC
1.075, Rel. Min. Celso de Mello / Adin 551-1, Rel.Ministro Ilmar Galvão)
• Diz que o caráter de confisco do tributo deve ser avaliado à luz de todo o
sistema tributário, incluindo as multas e que deve haver proporcionalidade
entre a violação da norma jurídica tributária e sua consequência jurídica, que é
a multa.
❖ No que se refere a eventual EXCEÇÃO ao princípio da vedação de
confisco, Eduardo Sabbag entende que não se aplica aos tributos
extrafiscais, que conforme emergência poderiam ter suas alíquotas
exageradamente gravosas.
Ex: Imposto de Importação.
❖ Há jurisprudência em alguns casos admitindo alíquotas
confiscatórias nesses tipos de tributos.
7 – LIBERDADE AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS (Art. 150, V, CF88)
❖ É vedado aos entes tributantes estabelecer limitações ao tráfego de
pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de
vias conservadas pelo Poder Público.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
[...]
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio
de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança
de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
E X C E Ç Ã O
• A atenuação existe para 
os incentivos fiscais, que 
são destinados a 
promover o equilíbrio 
sócio-econômico entre as 
diferentes regiões do País. 
Ex: Zona Franca de 
Manaus (área de livre 
comércio)8 – UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA (Art. 151, I, c/c art. 19, III, CF88)
❖ Obriga a UNIÃO a instituir tributos federais de forma uniforme no
Brasil.
❖ Os tributos federais devem conter a mesma alíquota em todo o
território nacional.
9 – Não-cumulatividade (Arts. 155, §2º, I, 153, §3º, II, 154, I, 
195, §12 da CF/88)
❖ É aplicado a quatro tributos:
❖ICMS
❖IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)
❖IMPOSTOS RESIDUAIS DA UNIÃO
❖CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
❖ A incidência do imposto ocorre sobre o valor agregado ou acrescido em
cada operação, não sobre o valor total, proibindo-se a tributação em cascata.
SISTEMÁTICA
Produtor 
borracha
Fábrica de pneus
MONTADORA
ICMS ICMS
Compensa-se em cada operação o que foi pago de ICMS na operação 
anterior, incidindo o imposto somente sobre o valor acrescido ao produto em 
cada fase.

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