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cortexauditivo

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O córtex auditivo primário (A1) corresponde à área 41 de Brodmann no lobo temporal. A camada I contém poucos corpos celulares, e as camadas II e III contêm principalmente células piramidais pequenas. A camada IV, onde terminam os axônios do núcleo geniculado medial, é composta de células granulares densamente agrupadas. As camadas V e VI contêm principalmente células piramidais, em geral maiores do que aquelas das camadas superficiais. 
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Os neurônios da área I são sintonizados de maneira relativamente precisa para freqüência sonora e possuem freqüências características que cobrem todo o espectro audível. 
O córtex primário auditivo apresenta uma organização colunar com base na freqüência. Na representação tonotópica de A1, as baixas freqüências estão representadas rostral e lateralmente e altas, caudal e medialmente. As bandas de isofrequência localizam-se mediolateralmente ao longo de A1. 
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Os neurônios possuem diferentes padrões de resposta temporal; alguns têm uma resposta transitória a um som breve, enquanto outros têm uma resposta mais demorada. 
Alguns neurônios estão sintonizados para a intensidade, fornecendo uma resposta máxima a uma determinada intensidade de som. 
Alguns neurônios estão sintonizados de forma precisa para a freqüência, e outros estão fracamente sintonizados de maneira geral; o grau de sintonia não parece correlacionar-se bem com as camadas corticais. 
Os neurônios corticais também recebem resposta de sons como estalidos, ruídos e sons de freqüência modulada. 
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Podem-se distinguir neurônios que respondem mais a estimulação de ambos os ouvidos do que para cada um separadamente e, ainda, neurônios que são inibidos se ambos os ouvidos forem estimulados. 
Neurônios sensíveis aos retardos temporais interauriculares e às diferenças de intensidade interauricular provavelmente assumem uma importante função na localização do som. 
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Além da A1, outras áreas corticais localizadas na superfície superior do lobo temporal respondem aos estímulos auditivos. Existe uma tendência para que os estímulos que provocam uma resposta intensa sejam mais complexos do que nos níveis inferiores do sistema. Um exemplo disso é a área de Wernicke: a destruição desta não interfere na sensação do som mas prejudica a habilidade para interpretar a linguagem falada. 
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Mesmo após lesões unilaterais do córtex auditivo, é mantido um nível surpreendente de função auditiva normal. A razão para uma maior preservação da função é que ambos os ouvidos enviam eferências ao córtex de ambos hemisférios. O déficit primário que resulta de uma perda unilateral de A1 é a incapacidade para localizar a fonte da qual emana um som. 
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Lesões menores podem produzir déficits específicos de localização. Em decorrência da organização tonotópica de A1, é possível fazer uma lesão restrita que destrua neurônios com freqüências características dentro de uma faixa limitada de freqüências. E assim, um déficit na localização apenas para sons que correspondam às freqüências características das células que estão faltando.

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