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Oficinas Pedagógicas

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1 Nome dos acadêmicos 
2 Maria das Neves 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (FLC10680) – Prática do Módulo VII 
– 25/08/2021 
OFICINAS PEDAGÓGICAS: APRENDER FAZENDO 
 
 
 
Francis Maglia dos Santos1 
Maria das Neves Silva² 
 
 
RESUMO 
Pode -se dizer que as oficinas pedagógicas ampliam a didática nas práticas do dia a dia dentro das 
escolas. Através das oficinas pedagógicas pode - se oferecer à criança a descoberta e a construção 
do conhecimento com atividades lúdicas e consequente aperfeiçoamento no processo de ensino – 
aprendizagem. Nas oficinas temos um aprendizado interativo, trazendo também experiências 
através dos jogos e brincadeiras fazendo com que as crianças exercitem o pensamento, fala escuta 
e imaginação, favorecendo seu desenvolvimento e sua formação para a construção de seu caráter e 
valores. 
 
 
Palavras-chave: Aprendizagem. Conhecimento. Oficinas pedagógicas. 
 
2 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
No presente trabalho apresentaremos uma visão global da prática pedagógica como um 
todo na educação infantil, sendo ela voltada ao construtivismo de Piaget como norteador. Sabemos 
que o mundo atual se transforma a cada dia e na educação não poderia ser de outra forma, a criança 
aprende com o mundo em que vive e com suas vivências se aprimora e constrói sua formação. 
Na educação os docentes se tornaram mediadores do conhecimento e não mais detentores 
de todo o conhecimento, com o entendimento deste paradigma temos a visão ampliada e isto reflete 
-se diretamente em nossas práticas dentro de sala de aula. O construtivismo de Piaget nos remete a 
reflexão destas práticas, incutindo -nos a pensar no educando como um todo, em seu mundo e suas 
vivências dentro e fora da escola, trazendo a tona um indivíduo completo e não só aquele que 
aprende aquilo que lhe é ensinado nas salas de aula. 
Nas práticas do dia a dia dentro das escolas encontramos nossos educandos oriundos de 
diversas culturas e povos, trazendo assim com eles seus costumes e aprendizagens, bagagens que 
irão determinar sua formação como cidadãos de nossas cidades e pais. 
Diante deste contexto, encontramos nas oficinas pedagógicas ferramentas de suma 
importância para o desenvolvimento de um trabalho de amplitude, abrangendo os mais diversos 
campos e áreas de conhecimento alinhados com a BNCC objetivando o desenvolvimento integral 
do educando. 
Sabendo -se que as oficinas pedagógicas contribuem em muito na formação da criança em 
seu caráter e desenvolvimento como um todo, nos perguntamos como fazer para que seus objetivos 
sejam satisfatórios para uma aprendizagem plena do educando e atinjam os objetivos e assimilem 
os conteúdos propostos pelo professor – mediador? 
Neste sentido a pesquisa aqui elaborada objetiva a reflexão sobre o papel das oficinas 
pedagógicas e o professor – mediador na formação dos nossos alunos. 
 
3 
 
 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Neste trabalho fundamentamos as práticas das oficinas pedagógicas na teoria do 
construtivismo de Jean Piaget, biólogo especialista em psicologia evolutiva e epistemologia 
genética, que estudou o desenvolvimento da inteligência no ser humano desde o seu nascimento até 
a idade adulta. Este autor descreveu por estágios as fases do desenvolvimento da aprend izagem do 
ser humano, colocando em destaque a importância do brincar como parte inerente ao crescimento 
da criança. 
Descreveu também períodos de desenvolvimento e de apreensão da aprendizagem como 
fundamentais para o ser humano como um todo, sendo elas: sensório – motor (0 aos 2 anos), pré 
operatório (2 aos 7 anos), operatório concreto (7 aos 11 anos)e operatório formal (12 anos em 
diante). Em seu trabalho, Piaget afirma que a aprendizagem está intimamente ligada ao meio onde a 
criança vive e como ela se adapta a ele. 
Segundo Maria Marta M. Balestra, (PIAGET, 1978, p.4 apud BALESTRA, 2012, p.24) “a 
expressão epistemologia genética significa a passagem de um conhecimento inferior e mais pobre 
para um saber mais rico em concepção e extensão. Assim, essa é a denominação atribuída à teoria 
de Jean Piaget, que estuda a evolução do fenômeno psicológico individual e, abstratamente propicia 
um retorno às suas fontes, ou seja, à gênese do conhecimento”. 
 Neste contexto, devemos elucidar o que significa educar e o significado de ensinar na 
perspectiva de Piaget, em seu livro Maria Marta M. Balestra exemplifica esta relação que se 
compõe de uma linha tão tênue “Por educar entendemos atuar junto ao sujeito visando seu integral 
desenvolvimento; já ensinar – para nós- é agir de forma a possibilitar ao educando o acesso ao 
conhecimento, intermediando sua busca por novos horizontes em direção à cidadania”. 
(BALESTRA, 2012, p. 22) 
 
toda ação, isto é, todo movimento, pensamento ou sentimento, corresponde a uma 
necessidade. Toda criança ou adulto só executa alguma ação exterior ou mesmo 
inteiramente interior quando impulsionada por um motivo e este se traduz sempre sob a 
forma de uma necessidade (uma necessidade elementar ou um interesse, uma pergunta, 
etc)”. (PIAGET, 1999, p. 16). 
 
 
 
4 
 
 
 
2.1 DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM NA OTICA PIAGETIANA 
 
Como podemos definir o desenvolvimento do ser humano e como saberemos que uma 
criança atingiu os objetivos de aprendizagem em um nível satisfatório para sua faixa etária? Como o 
docente mediador deve avaliar esta aprendizagem? Na teoria Piagetinana o educando constrói seu 
conhecimento através da sua vivencia pregressa e presente, brincando e desenvolvendo sua 
inteligência através de atividades lúdicas orientadas pelo professor, sempre objetivando a apreensão 
do conhecimento previamente planejado. 
Na visão de Macedo, Petty e Passos(2005, p.10) em seu livro Os jogos e o lúdico na 
aprendizagem escolar, o significado da palavra APRENDIZAGEM “...as diferentes partes que 
compõem essa palavra: a + prendiz+agem. O sufixo -agem que substantiva o o verbo a-prender. 
Prender o o mesmo que atar, fixar, pregar em. Seu correspondente etimológico - apreender - 
significa abarcar com profundidade, compreender, captar. O prefixo a – (ad-) indica aproximação, 
movimento, em direção à. Podemos notar que, essa palavra, do mesmo modo que desenvolvimento, 
expressa um novo conhecimento, espacial e temporalmente determinado. Espacial porque se trata 
de juntar uma coisa a outra. Temporal porque esta ligação modifica ou acrescenta algo ao que era, 
ou não era, antes dessa prensão.” 
Portanto, podemos afirmar que o desenvolvimento e a aprendizagem segundo Piaget 
provém de duas fontes: uma delas é aquela que se dá de dentro pra fora de uma pessoa, ou seja, 
aquilo que é inato de si mesma, sua personalidade e que ela expressa ao grupo ao seu redor e a outra 
aquilo que ela apreende do meio comum, do ambiente onde vive e das pessoas com quem convive. 
Desenvolvimento e aprendizagem expressam, assim, as duas fontes do conhecimento: um a 
endógena, que é interior a uma pessoa, grupo ou sistema; e outra exógena, que se produz no 
exterior. No primeniro caso, como dissemos, o desafio é desdobrar -se para fora, 
conservando uma identidade ou envolvimento. No segundo o que interessa é incorpora r 
algo que sendo externo, há de se tornar nosso, individual ou coletivamente.” (MACEDO, 
PETTY E PASSOS, 2005, p.10). 
 
Piaget estudou os estágios de desenvolvimento infantil de noções e operações buscando 
analisar os esquemas utilizados pelas crianças em sua perspectiva própria, ou seja, desconsiderando 
o que aprendiam na escola. Para isso, adotou um método clínico (Piaget et al., s.d.; Deval, 202) em 
que propunha situações experimentais que permitiam observar os modos de as crianças 
compreenderem ou realizarem procedimentos em problemas de física ou matemática. (MACEDO, 
PETTY E PASSOS, 2005, p.11). 
Estudando a obra de Piaget chegamos ao denominador que aprendizagem e 
desenvolvimento se tornam dependentesentre si, se completam e se aprimoram, tornando a criança 
5 
 
 
 
um ser como um todo, considerando suas vivencias e sua “bagagem” e não somente aquilo que se 
aprende dentro do ambiente escolar. O professor – mediador avalia a aprendizagem de seus 
educandos observando a evolução do aprendizado como um todo, a apreensão do conhecimento 
para a vida e não só em um momento. 
 
2.2 APERFEIÇOAMENTO QUE AS OFICINAS PEDAGÓGICAS EXERCEM NO 
PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM 
Segundo Rossetti e Orttega (2012, p. 53), o desenvolvimento e a capacidade de uma 
criança estão ligados, desde os primeiros anos de vida ao processo de vivenciar e se movimentar. 
Contudo a criança vai se adaptando com o mundo no qual está inserida, através do convívio na 
sociedade, observando e entendendo as situações e transformando os conhecimentos adquiridos. As 
crianças estão sempre em busca de novas experiencias, construindo e reconstruindo conhecimentos. 
As oficinas pedagógicas são práticas que objetivam a aprendizagem e a apreensão do 
conhecimento através de brinquedos, jogos e materiais lúdicos onde as crianças brincam e 
constroem conhecimentos, expressam e vivenciam sentimentos, interagindo entre si e os demais, 
dando ao docente a oportunidade de uma avaliação mais informal e por assim dizer mais completa. 
 
O brincar é fundamental para o nosso desenvolvimento. É a principal atividade das crianças 
quando não estão dedicadas às suas necessidades de sobrevivência (repouso, alim enta ção , 
etc.). Todas as crianças brincam se não estão cansadas, doentes ou impedidas. Brincar é 
envolvente, interessante, e informativo. Envolvente porque coloca a criança em um 
contexto de interação em que suas atividades físicas e fantasiosas, bem como os objetos que 
servem de projeção ou suporte delas, fazem parte de um mesmo contínuo topológico. 
Interessante porque cana liza, orienta , organiza as energias da criança, dando -lhes forma de 
atividade ou ocupação. Informativo porque, nesse contexto, ela pode aprender sobre as 
características dos objetos, os conteúdos pensados ou imaginados. O brincar é agradável 
por si mesmo, aqui e agora . Na perspectiva da criança, brinca -se pelo prazer de brincar, e 
não porque suas consequencias sejam eventualmente positivas ou preparadoras de a lgum a 
outra coisa. (MACEDO, PETTY E PASSOS, 2005, p.14) 
 
As oficinas pedagógicas trazem a oportunidade de desenvolver o processo de 
aprendizagem através de atividades lúdicas, cabe aos professores planejar e refletir o que vai ser 
feito para o desenvolvimento da oficina. Os projetos podem ser desenvolvidos através de diversas 
áreas tais como artes, estudos e esportes. Para organizar uma oficina pedagógica é importante dar 
atenção ao tema, local e desenvolvimento. 
Segundo Macedo, Petty e Passos (2005, p.10), este desenvolvimento consiste não só no 
processo de atividades pedagógicas mas na orientação e aperfeiçoamento, tanto docente como 
também do educando, e podem ser um importante instrumento de apoio do ensino. O uso destas 
ferramentas educacionais tais como atividades com jogos faz despertar a atenção dos alunos em 
6 
 
 
 
diferentes formas construtivas. Com o uso de brincadeira e jogos, possibilitam aos professores 
situações de ensino e aprendizagem em que a criança aprende de forma prazerosa e participativa, 
facilitando a socialização em grupo. 
Antes de jogar, ponderar o interesse, por suas consequências, em fazer tal ou qual 
movimento. Compreender é também valorizar o que está sendo visto, por que ainda não f o i 
feito, mas ambos – o que se vê ou faz e o que não se vê ou não faz – compõem o con jun to 
dos possíveis, estrutura o sistema lúdico ou simbólico. Ou seja, o compreender supõe 
explicar as coordenações do objeto, a partir daquilo que expressa, isto é, seus observáveis. 
Ler cada momento do jogo é, então, relacionar, fazer escolhas, coordenar pontos de vista, 
formular hipóteses, antecipar, inferir, calcular. É com base nelas, e no que de fato está neste 
momento do jogo, que se toma decisões, arrisca-se, isto é, interage com seu oponente, 
interage com a situação de jogo, e define o que julga melhor fazer em função do objet ivo a 
alcançar, das regras, do espaço e do tempo do jogo. As jogadas seguintes, do adversário e 
do próprio jogador vão confirmar se as hipóteses estavam bem formuladas”. 
(PIAGET,2012 p 85) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: As oficinas pedagógicas devem ser planejadas no sentido de reflexão para o docente nos 
eixos de pensar, agir e sentir, tendo como finalidade a apreensão do conhecimento pelos educandos. 
FONTE: Guia de Oficinas Pedagógicas Tema Transversal Saúde. Disponível em: 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/564728/1/Guia%20de%20oficinas%20pedag%C3%B
3gicas_tema%20transversal%20sa%C3%BAde.pdf. Acesso em 08/09/2021. 
 
 
Segundo Tizuco Morchida Kischimoto (2016, p.41) em seu livro O jogo e a educação 
infantil “para Piaget, cada ato de inteligência é definido pelo equilíbrio entre duas tendências: 
assimilação e acomodação. Na assimilação, o sujeito incorpora eventos, objetos ou situações dentro 
de formas de pensamento, que constituem as estruturas mentais organizadas. Na acomodação, as 
estruturas mentais existentes reorganizam -se para incorporar novos aspectos do ambiente externo. 
Durante o ato de inteligência, o sujeito adapta -se às exigências do ambiente externo, enquanto, ao 
mesmo tempo, mantém sua estrutura mental intacta. O brincar, neste caso, é identificado pela 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/564728/1/Guia%20de%20oficinas%20pedag%C3%B3gicas_tema%20transversal%20sa%C3%BAde.pdf
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/564728/1/Guia%20de%20oficinas%20pedag%C3%B3gicas_tema%20transversal%20sa%C3%BAde.pdf
7 
 
 
 
primazia da assimilação sobre a acomodação, ou seja, o sujeito assimila eventos e objetos ao seu eu 
e suas estruturas mentais”. 
Piaget (1978) observa ao longo do período infantil três sucessivos sistemas de jogo: de 
exercício, simbólico e de regras. O jogo de exercício, que aparece durante os primeiros 18 meses de 
vida, envolve a repetição de sequencias já estabelecidas de ações e manipulações, não com 
propósitos práticos ou instrumentais, mas por mero praer derivado da mestria de atividades motoras. 
Em torno de um ano de idade tais exercícios práticos tornam -se menos numerosos e diminuem em 
importância. Eles começam a se transformar em outras formas: 1) a criança passa a fazer repetições 
fortuitas e combinações de ações e de manipulações; depois define metas para si mesma e os jogos 
de exercício são transformados em construções; 2) os jogos de exercícios adquirem regras explicitas 
e, então, transformam -se em jogos de regras. 
Os jogos simbólicos surgem durante o segundo ano de vida com o aparecimento da 
representação e da linguagem, de acordo com Piaget, a brincadeirade faz de conta é inicialmente 
uma atividade uma atividade solitária que envolve o uso idiosicrático de símbolos: brincadeiras 
sociodramáticas usando símbolos coletivos não aparecem senão no terceiro ano de vida. No modelo 
piagetiano, o faz de conta precoce envolve elementos cujas combinações variam com o tempo: 1) 
comportamento descontextualizado, como dormir, comer; 2) realizações com outros como dar de 
comer ou fazer dormir o urso; 3) uso de objetos substitutos, como blocos no lugar de boneca; 4) 
combinações sequenciais imitando ações desenvolvem o faz de conta. 
O terceiro tipo de jogo que Piaget examina é o de regras que marca a transição da atividade 
individual para a socializada. Este jogo não ocorre antes de 4 a 7 anos e predomina no período de 7 
a 11 anos. Para Piaget, a regra pressupõe a interação entre dois indivíduos é regular e integrar o 
grupo social. (KISHIMOTO, 2018, p. 41 e 42) 
Os jogos, conforme Kishimoto (2016), são importante ferramenta lúdica para o processo de 
aprendizagem, e, dentro das oficinaspedagógicas tem seu papel para a apreensão do conhecimento 
e aprendizagem dos educandos. Em diversos estudos encontramos a referencia aos jogos como uma 
ferramenta ditática importantíssima para o desenvolvimento infantil, trazendo inúmeros benefícios 
para as crianças, como por exemplo a socialização, o cumprimento de regras, o aprender a perder e 
ganhar, saber esperar a sua vez, o respeito ao próximo, a atenção, a concentração, movimento, 
raciocínio logico. 
Portanto, nas oficinas pedagógicas o jogo se constitui de algo que com diversão e 
ludicidade pode ser utilizado como uma ferramenta poderosa para a formação do indivíduo como 
cidadão, constituindo valores e princípios, abordando diversas situações de aprendizagem e 
apreensão do conhecimento para uma vida. 
8 
 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
Considerando o objetivo de investigar as práticas que envolvem as oficinas 
pedagógicas, neste trabalho foram utilizados os seguintes materiais: livros e periódicos 
extraídos da internet. O método utilizado foi a pesquisa virtual, e atráves de encontros online 
foi possível debater, pensar e construir novos conhecimentos, por meio de leituras e 
pesquisas dos autores citados neste artigo e reflexões, que consistem sobre a importância da 
teoria do construtivismo de Jean Piaget no processo das oficinas pedagógicas. 
 
" A pesquisa científica pode ser definida como o “procedimento racional e 
sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas 
que são propostos” (GIL, 1996, p. 19). Para chegar à solução de um 
problema, o cientista ou pesquisador deve partir do conhecimento existente 
sobre o tema, adotar procedimentos sistematizados e seguir uma rigorosa 
metodologia científica. Os resultados devem ser analisados criteriosamente, 
de forma a indicar possíveis soluções para a questão.Há de se levar em 
conta que a metodologia empregada em uma pesquisa pode variar 
significativamente se considerarmos também as diferentes áreas do 
conhecimento. Assim, por exemplo, pesquisas desenvolvidas nas áreas de 
saúde e biologia empregam, na maioria das vezes, metodologias distintas 
daquelas utilizadas em pesquisas na área de ciências humanas e sociais. 
Fatores como instrumentação e formas de análise dos resultados, entre 
outros, contribuem para essa diferença." (CASARIN, Helen de Castro Silva, 
,CASARI..., Pesquisa Científica: da teoria à prática) 
 
 
 
9 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 
Foi possível observar através deste artigo a grande importância no desenvolvimento e das 
reflexões das práticas de ensino, para que haja o constante aperfeiçoamento no processo de 
aprendizagem que está presente nas oficinas pedagógicas, trazendo consigo o poder de inovar e 
construir conhecimento. Outrossim, os objetivos do presente trabalho foram alcançandos com êxito, 
contribuindo consideravelmente para a nossa formação acadêmica, trazendo novas persperctivas no 
âmbito de trabalho nas escolas, fazendo -nos refletir sobre a aprendizagem e o desenvolvimento do 
educando como um todo. 
 
 
 
 
10 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Portanto, vimos que é de extrema importância o trabalho com as oficinas pedagógicas e 
com base na teoria de Piaget, a educação deve oferecer à criança a descoberta e a construção do 
conhecimento dentro das oficinas pedagógicas que abrem uma janela para uma infinidade de formas 
criativas e inovadoras de ensinar. 
E não só experiências lúdicas no sentido de tornar possível e prazeroso mais também o 
aproveitamento do tempo e espaço das crianças. As aulas ficam mais prazerosas e de fácil 
entendimento, contribuindo para o processo de formação do conhecimento e participando como 
mediador das aprendizagens. 
As oficinas pedagógicas são uma forma possível e acessível tanto para o docente quanto 
para o educando, trazendo uma infinidade de possibilidades. Sabendo -se que as oficinas 
pedagógicas contribuem para o desenvolvimento pleno do educando que através delas torna -se o 
construtor de seu conhecimento, sendo o docente um mediador entre os dois, podemos afirmar que 
as mesmas tem em si próprias um vasto campo de análises e reflexões, contribuindo assim para a 
educação como um todo. Por fim, as oficinas pedagógicas são fundamentais para a construção e 
desenvolvimento humano, formando cidadãos críticos, cientes do mundo ao seu redor, providos de 
valores e princípios que perdurarão para uma vida inteira. 
 
 
 
11 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BALESTRA, Maria Marta M. A psicopedagogia em Piaget: uma ponte para a educação da 
liberdade. Curitiba: Intersaberes, 2012. 
CASARIN, Helen de Castro Silva; CASARIN, Samuel José. Pesquisa ccientífica: da teoria à 
prática. – Curitiba: Intersaberes, 2012. 
 
Guia de Oficinas Pedagógicas Tema Transversal Saúde/Mirtes Marques dos Santos Alves – Rio de 
Janeiro: UERJ, 2019. Disponível em: 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/564728/1/Guia%20de%20oficinas%20pedag%C3%B
3gicas_tema%20transversal%20sa%C3%BAde.pdf. Acesso em 08/09/2021. 
 
KESSELRING, Thomas. JEAN PIAGET. Caxias do Sul, RS: Educas, 2008. 
 
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. – São Paulo, SP: Cengage Learnig, 
2018. 
 
MACEDO, Lino; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Noimar Christe. Os jogos e o lúdico na 
aprendizagem escolar. – Porto Alegre, RS: Artmed, 2005. 
 
PALANGANA, Isilda Campaner. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotski: a 
relevância do social. [6ºed.]. – São Paulo: Summus, 2015. 
 
ROSSETTI, Cláudia Broetto, ORTEGA, Antonio Carlos. Cognição, afetividade e moralidade: 
estudos segundo o referencial teórico de Jean Piaget. – São Paulo: Casa do Pisicólogo, 2012. 
 
 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/564728/1/Guia%20de%20oficinas%20pedag%C3%B3gicas_tema%20transversal%20sa%C3%BAde.pdf
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/564728/1/Guia%20de%20oficinas%20pedag%C3%B3gicas_tema%20transversal%20sa%C3%BAde.pdf

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