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Processo de Reconhecimento na Resposta Imune

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IMUNOLOGIA – 26/08/2021 
 Resposta imune só existe através de um processo 
de reconhecimento 
 Esse processo passa por várias etapas, 
dentre elas, a de tolerância imunológica: se 
há reconhecimento do SELF de uma 
maneira muito forte, haverá morte das 
células necessárias 
 Quebra da tolerância imunológica gera 
doença autoimune 
 No reconhecimento estuda-se a resposta imune 
também, ou seja, como cada célula funciona (ou 
deve funcionar) 
 Quando se pensa em resposta imune, pensa-se em 
ANTÍGENO (SELF ou NON-SELF) 
 Independente do tipo desse antígeno se 
tem uma resposta  quando essa 
resposta falha, aparecem as 
imunodeficiências 
 Não ter resposta também é uma resposta 
do organismo 
 No caso do antígeno SELF: o antígeno 
tolerogênico é o antígeno apresentado para 
a célula dendrítica, cuminando na 
tolerância  quando a tolerância falha, 
aparecem as doenças autoimunes 
 Se o antígeno for do tipo NON-SELF se tem 
uma resposta imune normal, ou seja, uma 
resposta eficaz, levando a uma 
homeostase  quando essa resposta é 
insuficiente, aparecem as patologias 
 Uma resposta exagerada do sistema imune 
gerará uma reação de hipersensibilidade 
 A imunodeficiência pode ser adquirida por vários 
meios, dentre eles: doenças autoimunes, falha da 
resposta imune e/ou uma reação de 
hipersensibilidade 
 
 
IMUNODEFICIÊNCIA 
 É uma falha ou defeito em um ou vários 
componentes e mecanismos do sistema 
imunológico 
 Podem ser causadas por defeitos hereditários que 
regulam o desenvolvimento do sistema imunológico 
ou resultar dos efeitos secundários de outras 
doenças 
 É comum pegar covid e depois o indivíduo 
apresentar uma alteração no processo de 
apresentação do antígeno ou de tolerância 
imunológica, produzindo autoanticorpos, 
por exemplo  resultou de algo 
secundário 
 Alvos ou elementos comprometidos: 
a. Órgãos, células, proteínas ou mecanismos 
de sinalização 
b. Redundância do sistema: fala em um 
componente pode ser suprida por outro 
componente 
× Isso é PÉSSIMO: não se sabe 
onde está a falha para corrigir 
A depender da forma como se observa o LÚPUS, ele 
pode ser um exemplo de hipersensibilidade tipo 2 ou 
hipersensibilidade tipo 4 
 Se pensar nos anticorpos anti lúpicos, diz-se 
que é por uma hipersensibilidade tipo 2 
 Se pensar no lúpus como a célula NK e linfócito 
T CD8 destruindo o tecido, será um tipo de 
hipersensibilidade tipo 4 
Paciente tem deficiência no sistema complemento, isso 
quer dizer que compromete a resposta contra bactérias, 
por exemplo 
 Porém, a proteína C reativa dele funciona 
super bem 
 Não tem um sistema complemento sem uma 
C1-C9 sendo liberado na circulação, não tem 
C3a, C4a, C5a ativados  mas tem a C 
reativa: avisa ao sistema imunológico que tem 
algo errado, precisando aumentar as células de 
defesa 
 Demora um tempinho para perceber que tem 
erro no sistema complemento 
 Apesar de se ter um antibiótico funcional, a 
bactéria, ao longo do tempo, foi se modificando 
e adquirindo uma resistência (faz com que o 
sistema imunológico não melhore) 
 
 Imunodeficiência pode resultar em efeitos: 
1. Ativação e maturação de linfócitos 
2. Mecanismos efetores das imunidades 
inatas ou adaptativas 
× Diferença entre uma doença 
autoimune e uma 
imunodeficiência 
× Doença autoimune: falha na 
doença específica (linfócito T ou B 
e células NK) 
× Imunodeficiência: resposta 
primária ou secundária, bem 
como pode ter a resposta 
adaptativa envolvida 
 Susceptibilidade: 
a. Infecções: infecções crônicas recorrentes, 
infecções com agentes incomuns 
(oportunistas) ou a incapacidade de 
eliminar agentes infecciosos mesmo após 
terapia com antibióticos (ATB) 
b. Câncer 
c. Autoimunidade 
 
TIPOS DE IMUNODEFICIÊNCIAS 
 Podem ser de dois tipos: 
1. Fisiológicas: acontecem, normalmente, 
em recém-nascidos e idosos 
× Recém-nascidos apresentam um 
sistema imunológico em 
desenvolvimento: deficiência da 
maturação de linfócitos (MALT 
matura até que o timo esteja 
preparado) 
× Idosos apresentam uma 
imunosenescência: timo está 
cheio de adipócitos, logo, não 
apresenta uma capacidade de 
maturação muito boa. Quem 
passa a tomar conta do processo 
de maturação são os MALTs 
(mucosas de todo o corpo) 
× Dentre as fisiológicas, destacam-
se: 
a. Linfócitos de memória 
vão perdendo a 
capacidade de se 
expandir 
b. Repertório T é menor em 
células T adquiridas 
enquanto jovens 
c. Mais sujeitos a não 
responder a infecções e 
vacinas (demora mais) 
d. Diminuição no 
desenvolvimento do 
linfócito B na medula 
óssea 
2. Patológicas: podem ser congênitas 
(primárias) ou adquiridas (secundárias) 
× Causada por agentes físicos, 
químicos ou infecciosos, nutrição 
ou por causa terapêutica (uso de 
medicamentos) 
× Pode se desenvolver uma 
imunodeficiência por beber muito 
álcool (cachaça, por exemplo): 
cirrose biliar primária (CBP)  
álcool gera gliconeogênese que 
culmina na produção de corpos 
cetônicos  essa influência 
constante e desacelerada causa 
uma cirrose hepática associada a 
uma CBP 
× No caso de imunodeficiências 
causadas por medicamentos, 
retira-o por 6 meses e observa se 
o paciente desenvolveu uma 
doença autoimune  caso não 
tenha desenvolvido nada, 
estabelece novamente uma 
conduta, sabendo que o 
medicamento que causou 
imunodeficiência não deve mais 
ser administrado 
 
IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS CONGÊNITAS: 
 Principais componentes envolvidos: 
1. Células B: predispõe infecções 
bacterianas 
2. Células T: predispõe infecções virais e 
hematológicas 
3. Sistema fagocítico: predispõe infecções 
bacterianas e fungicas 
4. Sistema complemento: predispõe para 
infecções de Staphilococcus e Neisseria 
meningitis 
 Microbiota é formada por fungos e bactérias, logo, já 
se tem uma predisposição 
 Vírus está no ambiente, então, essa 
predisposição é menor 
 Esses componentes citados ajudam a manter as 
bactérias, presentes no organismo, a favor do 
indivíduo 
 Funcionam como o arsenal de resposta do 
sistema imune 
 Características da IDP (imunodeficiência primária): 
 Estima-se que 1 caso para cada 500 
nascimentos 
 Há um grande número de 
imunodeficiências primárias descritas, 
muitas ainda não claramente 
compreendidas 
 Ex: deficiência do FAS/FASL (dificulta a 
apoptose celular)  deficiência da 
imunidade celular e síndrome autoimune 
 
 
 
 
 
 
 Dentre essa complexidade, é importante saber os 
níveis de Ig tipicamente afetados: 
Agamaglobulinemia de 
Bruton (XLA): 
gamaglobulina é Ig, sendo 
assim, agamaglobulinemia 
significa que o paciente não 
tem nenhum tipo de 
imunoglobulina sendo 
produzida. Imunoglobulina 
fica presa dentro do 
plasmócito 
 Ausência de linfócitos B 
(LB) no sangue periférico 
 Níveis reduzidos de todas 
as Ig 
 Infecções extracelulares 
são repetidas 
 Há uma boa resposta a um 
tratamento com imunização 
passiva de Igs 
 Defeito na liberação de 
imunoglobulinas 
Imunodeficiência variável 
comum (CVID): não se tem 
evolução do linfócito B para 
plasmócito 
 Caracterizada por 
infecções piogênicas 
recorrentes, com febre 
 As células B não se 
diferenciam em 
plasmócitos  níveis 
baixos de IgG 
 O tratamento é imunização 
passiva 
Síndrome hiper-IgM: muito 
associada ao câncer 
 Baixos níveis de IgG, IgA e 
IgE, além de altos níveis de 
IgM 
 Câncer e doenças 
autoimunes 
Deficiência seletiva de IgA: 
associada com doenças 
celícas 
 Níveis baixos de IgA e 
outras Igs normais 
 Indivíduo é mais 
susceptível a alergias, 
infecções respiratórias 
 
 Deficiência seletiva pode acontecer com qualquer 
imunoglobulina, no entanto, a seletiva para a IgA é a 
mais comum 
 
 Os checkpoints de comprometimento da medula 
óssea para o desenvolvimento de doenças pode ser 
durante o processo para saber se vai se tornar uma 
célula B ou uma célula T 
 Seria uma deficiência da proteína ADA e as 
doenças, em si, podem estar associadas 
com aliberação dos anticorpos, indução 
apenas de IgM, comprometimento de uma 
célula pró-T para uma célula T madura ou 
impedimento na hora de separar os 
linfócitos T em CD8 e CD4 
 Se todas as etapas de checkpoint estão 
alteradas, não se consegue ativar uma 
resposta eficaz, caracterizando uma 
deficiência, ou seja, uma imunodeficiência 
 
 
AGAMAGLOBULINEMIA DE BRUTON: 
 Foi a primeira imunodeficiência descrita 
 Anormalidade com herança ligada ao cromossomo 
X 
 
 Infecções bacterianas recorrentes a partir de 5-6 
meses de idade 
 Defeito na maturação de células pré-B em linfócitos 
B maduros 
 Células possuem Ig citoplasmáticas detectáveis 
mas não conseguem expor as moléculas na 
membrana 
 Linfócitos B ausentes do sangue periférico 
 Resposta de anticorpos específica deprimida 
 Resposta T eficiente: linfócito T, na presença de IL-
5, é capaz de ativar o linfócito B para se diferenciar 
em plasmócito e secretar IgE 
 Quando acontece um comprometimento na 
hora de ativar o linfócito B, não há 
diferenciação e secreção de 
imunoglobulina 
 Melhor forma de ativar um linfócito B: 
linfócitos T e B virgens 
 Célula NK normal 
 Infecções por bactérias oportunistas: penumococo, 
streptococo, haemophilus 
 Não há clínica enquanto persiste a IgG materna: 
leite materno mascara o resultado da criança, pois a 
IgG materna funciona como um reforço 
 Fisiopatologia: 
 Todas as imunoglobulinas estão abaixo de 
95% 
 Centro germinativos dos tecidos linfoides 
periféricos subdesenvolvidos 
 Ausência de plasmócitos: linfócito B não 
evolui para plasmócitos 
 Contagem de células T normal 
 Infecções bacterianas recorrentes 
 Pede para o paciente realizar uma eletroforese de 
proteínas, ou seja, um exame que observa a 
distribuição das imunoglobulinas no paciente 
 As outras proteínas observadas (albumina 
e alfas) permanecem normal, 
independente do paciente ter ou não a 
doença 
 No entanto, quando o paciente tem a 
doença, não se tem mais a divisão das 
imunoglobulinas (encontradas dentro da 
célula) 
 Não se consegue observar essas 
imunoglobulinas 
 
 Tratamento: 
 Antibióticos: paciente fica exposto a 
patologia o tempo todo, ficando doente 
durante o tempo em que está tomando 
antibióticos 
 Reposição de imunoglobulinas: obtidas a 
partir do fracionamento industrial do 
plasma colhido por aférese ou de doação 
de sangue total (pelo menos 1000 
doadores) 
 Imunoglobulinas para uso clínico: 
 Imunoglobulinas poliespecíficas (IGIV): IgG 
(95%), traços de IgA e IgM (5%) 
 Imunoglobulinas específicas: anti-hepatite 
A, anti-sarampo, anticaxumba, anti-
rubéola, anti-hepatite B, anti-varicela, anti-
difteria, antitétano, anti-CMV, anti-D (anti-
Rh0) e anti-rábica) 
 Concentrado de plaquetas é mais 
administrado em pacientes com câncer 
 
 
 Efeitos colaterais: acontecem em 2-10% dos casos 
 Reações alérgicas: choque anafilático, 
urticária, angioedema, cefaleia, rubor 
facial, dispneia, náuseas, vômitos e diarreia 
 Hiper e hipotensão arterial 
 Em caso de reações: interromper infusão + 
hidratar o paciente + analgésico/ 
antitérmico/ anti-histamínico 
 Administração: 
 Endovenosa (periférica ou central): para 
imunodeficiência pode ser administrado via 
subcutânea 
 Cuidados na administração: monitorar 
sintomas e sinais vitais, manter paciente 
bem hidratado e monitorar débito urinário 
(precisa saber se a bomba Na/K está 
funcionando da forma como deveria. Se 
essa bomba não está funcionando da 
maneira correta  aumento da pressão 
arterial  aumento do fluxo sanguíneo  
aumento da liberação de fatores 
inflamatórios) 
 Doença muito comum em algumas populações mas 
é uma doença rara quando considerada no mundo 
todo 
 Tratamento: orientações gerais 
 Não aplicar vacinas de patógenos vivos 
 
 Não infundir hemoderivados, a menos que 
previamente irradiados 
 Não utilizar alimentos crus na dieta 
 Observar atentamente sinais e sintomas 
associados a infecções 
 Ensinar o paciente a drenar as secreções 
eficientemente 
 
IMUNODEFICIÊNCIA VARIÁVEL COMUM (IDVC): 
 Doença do sistema imunológico caracterizada por: 
 Diminuição dos níveis de imunoglobulinas 
séricas 
 Aumento da suscetibilidade à infecções 
 Alguns doentes podem apresentam “sintomas” 
variáveis 
a. Diminuição de IgG 
b. Diminuição de IgG e IgA 
c. Diminuição de IgG, IgA e IgM 
 Fisiopatologia: 
 Na maioria dos casos há níveis normais de 
linfócitos B, mas sem maturação para 
plasmócitos: diferencial com 
agamaglobulinemia de Bruton ligada ao 
cromossomo X  não tem linfócitos B 
circulantes 
 Diminuição de linfócitos T auxiliares: quem 
orquestra a resposta imune são os 
linfócitos T CD4  comprometimento da 
resposta: Th0 evoluindo para Th1, Th2, 
Th17 e Treg 
 Aumento do número de linfócitos 
citotóxicos, um papel pouco claro: 
 Manifestações clínicas: 
 Semelhantes a agamaglobulinemia ligada 
ao cromossomo X 
 Sinais e sintomas no 1º ano de vida, outros 
somentos na 2º-3º década 
× Maioria das infecções recorrentes 
nos ouvidos, seios paranasais, 
brônquios e pulmões por 
bactérias: Haemophilus 
influenzae, pneumococo e 
estafilococo 
× Aumento dos gânglios linfáticos 
no pescoço, tórax e abdome 
× Presença de autoanticorpos 
(aproximadamente 20%) 
× Infecções recorrentes por herpes 
vírus (20%): nem todo mundo que 
apresenta herpes apresenta as 
mesmas características de quem 
tem IDVC 
× Dor abdominal, distensão 
abdominal, náusea, vômito, 
diarreia e perda de peso 
 Diagnóstico: 
 Suspeita-se em crianças e adultos quando 
estes apresentam infecções recorrentes 
nos ouvidos, seios paranasais, brônquios e 
pulmões 
 Confirma-se por detecção de níveis baixos 
das imunoglobulinas séricas, incluindo a 
IgG, IgA e, geralmente, a IgM 
 O número de linfócitos T também pode ser 
determinado e a sua função examinada em 
amostras de sangue 
 Pode ser feito uso de eletroforese de 
proteínas, avaliando 
hipogamaglobulinemia (baixa de 
imunoglobulina) 
 
 Tratamento: 
 Similar às outra doenças que cursam com 
diminuição dos níveis de imunoglobulinas 
séricas 
 A substituição com imunoglobulinas quase 
sempre resulta em grandes melhorias dos 
sintomas 
 O concentrado é feito a partir de uma 
grande quantidade de doadores de plasma 
humano (sobretudo IgG) 
 Considerações: 
 Terapia com IgG + terapia com antibióticos: 
observa-se uma melhora significativa nas 
perspectivas 
 O objetivo do tratamento é manter o doente 
sem infecções e prevenir o 
desenvolvimento de doença pulmonar 
crônica 
 Perspectivas dependem da dimensão dos 
danos que ocorreram nos pulmões ou 
outros órgãos antes do diagnóstico e do 
tratamento 
 
OUTRAS IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS: 
 Deficiência isolada de IgA: 
 Níveis muito baixos de IgA sérica e 
secretória 
 Infecções nos tratos respiratório, 
gastrointestinal e urogenital: setores em 
que a IgA se encontra em maiores 
quantidades 
 Defeito na diferenciação de células B 
contendo IgA 
 
 
 Síndrome de DiGeorge (hipoplasia tímica): 
 Deficiência seletiva de células T por 
ausência de desenvolvimento de terceira e 
quarta bolsas faríngeas 
 Ausência de resposta imunológica celular 
tetania, anomalias congênitas do coração e 
dos grandes vasos 
 Nasce sem o timo ou com ele atrofiado 
 Pode viver até 14 anos: precisa do timo 
para fazer o processo de seleção e, sem 
ele, há maior susceptibilidade de doenças 
 Doenças com imunodeficiência combinada grave 
(DICG): 
 Ligada ao cromossomo X 
 Defeitos combinados de células B e T 
 Tecidos linfoides hipoplásicos 
 Bebês vulneráveis a infecções recorrentes 
graves 
 Óbito até 1 ano de vida quando não há 
transplante de medula óssea 
 Aparece meio que do “nada” no paciente 
 Imunodeficiência da trombocitopenia e eczema 
(Síndrome de Wiskott-Aldrich): 
 Recessivo ligado ao cromossomo X: mais 
exposta para mulheres 
 Trombocitopenia,eczema, infecções 
recorrentes e morte precoce 
 Perda variável de imunidade celular 
 Vulneráveis a linfomas malignos 
 Transfusão de sangue permite que novo 
sangue, novas energias e novas energias 
permitem que o organismo do paciente 
funcione melhor 
 Deficiências genéticas do sistema complemento: 
maior susceptibilidade a infecções bacterianas 
piogênicas 
 
IMUNODEFICIÊNCIAS SECUNDÁRIAS 
 Pode ser por causa nutricional: 
1. Desnutrição: imunidade mediada por 
células (LT CD4+), há comprometimento 
na produção de anticorpos (vacinas) e 
agravamento de infecções oportunistas 
× Não se pode retirar alguns 
alimentos porque o zinco, cobre, 
cálcio e magnésio são cofatores, 
responsáveis por auxiliarem as 
enzimas no desenvolvimento das 
funções biológicas 
× Bulimia e anorexia causam uma 
desnutrição, fazendo com que o 
sistema imune trabalhe de uma 
forma inadequada 
2. Obesidade: aumenta a citotoxicidade 
mediada por linfócitos T e células NK 
× Dificuldade de fagócitos destruir 
bactérias e fungos 
× LTc: produção de linfócitos a partir 
da medula óssea (T e B), mas o 
linfócito T precisa de um precursor 
 LTc é o linfócito que precisa de 
um precursor, marcado como um 
linfócito que está logo no início do 
desenvolvimento da resposta 
imunológica, fica inflamado por 
causa da obesidade  induz uma 
resposta das células primárias 
 Pode ser por causa química, como terapêuticos e 
imunossupressores 
 Corticosteroides ou corticoides: baixa a 
memória imunológica do paciente, o qual 
não consegue responder ao processo 
infeccioso e/ou inflamatório 
 Além disso, essas imunodeficiências secundárias 
podem ter outras causas: responsáveis por um 
desequilíbrio no sistema imune 
a. Doenças linfoproliferativas: linfomas, 
leucemias, mielomas 
b. Infecções são a causa de morte em 20-
60% dos pacientes 
c. Perda da integridade anatômica: fístulas, 
cateteres, bronquiectasias, sequelas 
neurológicas 
d. Obstrução linfática 
 
AIDS: 
 HIV ≠ AIDS 
 HIV: vírus da imunodeficiência humana 
 AIDS: síndrome da imunodeficiência 
adquirida 
 Imunodeficiência progressiva 
 HIV infecta monócitos e linfócitos T CD4+ 
 Deficiência de resposta imune celular: infecções 
oportunistas e malignidade 
 Como o vírus infecta os linfócitos T CD4, as 
respostas mediadas por esses linfócitos 
não acontecerão, dando lugar para que 
doenças oportunistas se manifestem 
 HIV quando infecta um monócito ou um macrófago, 
ele coloca essas células para “dormir”, ou seja, elas 
entram em estado de senescência 
 Vírus toma controle e se prolifera muito 
Sistema neuroimuno-endócrino é muito importante por 
garantir a homeostase do organismo 
 Se uma pessoa estressada fica gripada, é 
capaz de ficar um mês nessa condição  fica 
assim não por causa do vírus, mas sim porque 
está com alta de cortisol e baixa dos hormônios 
(glucagon) que vão auxiliar na resposta 
imunológica 
 Ao contrário de uma pessoa saudável que 
tende a ter tudo funcionando normal: tem 
serotonina, eixo hipotálamo-hipofisário 
funcionando muito bem; T3, T4 e calcitonina 
sendo secretados normalmente, e GH 
funcionando bem  em adultos, o GH é 
importante para o metabolismo, divisão, celular 
 
 Se houver proliferação de ROS, o HIV 
“estoura” e infecta outras células (é aí que 
ele infecta o linfócito T CD4) 
 Infecções oportunistas mais comuns: 
a. Pneumocystis carinii 
b. CMV 
c. Toxoplasmose 
d. Sarcoma de Kaposi: tumor maligno do 
endotélio linfático 
e. Linfoma não-Hodgkin 
 Diagnóstico: 
 História clínica detalhada (O MAIS 
IMPORTANTE) 
 Exame físico: muitas vezes não vai dar 
nada, por isso que os outros critérios são 
importantes 
 Laboratório: testes de triagem e testes 
avançados 
 
 Triagem para imunodeficiências: 
 Hemograma 
 Raio-x de tórax na criança: verificar o timo 
 Eletroforese de proteínas do plasma 
 Dosagem de IgM, IgG, IgA e IgE 
 Títulos de anticorpos da classe IgM como 
as isoaglutininas anti-A e anti-B 
 Sorologia para vírus que acomete o 
sistema imune, como HIV, EBV e CMV 
 Exames específicos: 
 Determinação de sub-classes de IgG 
(IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4) 
 Título de anticorpos pós-vacinas: exemplo 
seria os anticorpos anti-difteria após vacina 
 Quantificação de linfócitos B (CD19 e 
CD20): para saber quantos se tem e se 
eles conseguem evoluir para plasmócito ou 
não 
 Quantificação de linfócitos T (CD4 e CD8) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 sinais clínicos de alerta 
1. Oito ou mais infecções de ouvido no ano 
2. Dois ou mais episódios de sinusite grave no 
ano 
3. Dois ou mais meses usando antibióticos 
com poucos resultados 
4. Duas ou mais pneumonias no ano 
5. Falha no desenvolvimento pôndero-
estatural 
6. Abscessos em estruturas profundas ou 
órgãos recorrentes 
7. Lesões ulcerativas persistentes na boca ou 
pele, após a idade de um ano 
8. Necessidade de antibióticos intravenosos 
para o controle das infecções 
9. Duas ou mais infecções profundas como 
meningite, osteomielite, celulite ou 
septicemia 
10. Antecedentes familiares de 
imunodeficiência 
 
3-4 sintomas já configuram um quadro de imunodeficiência 
É muito comum o paciente ter uma doença autoimune 
ou uma hipersensibilidade, sendo que esta é mais fácil 
de ser detectada devido ao exagero da resposta imune 
 O problema da doença autoimune é que o 
sistema imune é redundante, ou seja, quando 
não há produção de anticorpo ele começa a 
liberar muita PCR (proteína C reativa), para 
ativar o sistema complemento  não se 
identifica o problema, ele mascara o problema 
inicial

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