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HEMORRAGIA DIGESTIVA verena facchini

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1 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
HEMORRAGIA 
DIGESTIVA 
 
ROTEIRO 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A LOCALIZAÇÃO 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA: sangramento ao longo do 
TGI. 
o Alta: TGI acima do ângulo de Treitz 
o Baixa 
o Média: Delgado 
Ângulo de Treitz: Parâmetro anatômico. Marco 
anatômico → denominado alça fixa em cirurgias. 
Porção final do duodeno, da terceira porção. É onde 
passa a veia e a artéria mesentérica inferior, Divide 
HDA/HDB. 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A APRESENTAÇÃO 
 
 
 
o Ajuda a suspeitar de onde vem o sangramento. 
o Hematoquezia: sangue de PEQUENA MONTA 
misturado as fezes. Associado a dç orificial, 
hemorroida, ou porção final do trato digestivo. 
o Melena: sangue digerido pelo TGI. Tipo borra 
de café. Coloração e odor → relação com a 
digestão do sangue ao longo do TGI. Tem que 
dar tempo de passar por um trajeto. Trato 
gastrointestinal alto. 
 
 
 
 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA 
 
 
o Hematemese → Vomitar sangue; associação 
com varizes esofágicas, neoplasias do esôfago 
ou gástricas ou síndrome de mallory Weiss, 
laceração esofágica após esforços para 
vomitar. 
o Sangramento oculto; tumor de estomago em 
estagio inicial. 
Da para visualizar: hematêmese, melena e 
hematoquezia. 
 
 
 
Ulcera gástrica e duodenal: causa + comum (20-25%). 
→ Para PCT que NÃO TEM HIPERTENSÃO PORTAL. 
 
 
 
o Determinar, descrever qual o status da ulcera. 
o AV. risco de ressangramento. 
 
2 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
 
 
 
A única coisa que vem antes de 
endoscopia é a ESTABILIZAÇÃO 
do PCT. 
 
 
o Historia clinica, tempo, como foi o aspecto do 
sangramento, cor, cheiro, dçs de base, cirurgia, 
internamento, cirurgia ortopédico, anti-
inflamatório >5D. 
o ABCDE + estratificação de risco. 
o Alto risco: sinais de que sangrou muito, sinais 
de choque hemorrágico. 
 
o AV. gravidade e definir necessidade de 
internamento por aquele sangramento ou se o 
TTO pode ser ambulatorial. 
 
o ESTÁVEL: Lucido, responsivo, PA normal, 
normocardico, eupneico. Iniciar busca do sitio 
do sangramento. Historia, exame e 
endoscopia. 
o INSTÁVEL: ñ adianta procurar sitio. Estratificar 
gravidade e estabilizar, MOV + cateter nasal de 
O2, acesso calibroso, hidratação, ABCDE. 
 
 
A endoscopia deve ser feita apenas na estabilidade 
hemodinâmica. 
Sangrou → endoscopia com ausência de sangue no 
trajeto examinado (esôfago, estomago e porção inicial 
do duodeno). PCT fica internado para fazer 
colonoscopia. Se mesmo assim não detectar de onde 
sangrou, avalia intestino delgado através de 
enteroscopia, cintilografia, arteriografia para 
determinar o sitio do sangramento. 
 
3 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
 
TTO medicamento e não medicamentoso. 
o IBP para todos → OMEPRAZOL, 
PANTOPRAZOL Venoso (bolus + manutenção). 
PQ a MAIOR CAUSA É A DOENÇA ULCEROSA 
PÉPTICA. 
o TERLEPRESSINA: análogo da epinefrina, 
vasoconstrictor. Age na hipertensão portal 
(varises). 
o PCT em uso de anticoagulantes → REVERTER, 
SUSPENDER. 
o Cirroticos: ATB, SOMATOSTATINA, 
OCTEOTRIDE. 
 
BALÃO DE SENGSTAKEN BLAKEMORE: balão 
para HDA maçica com história de varizes esofágicas ou 
fundo gástrico. É um balão de 3 VIAS. Tem 2 balões (um 
fica dentro do estômago e um no esôfago). Mesma 
técnica de passagem de sonda nasogástrica. Insufla o 
balão no estomago e traciona puxando para fora. 
Promove uma COMPRESSÃO DOS VASOS DO FUNDO 
GÁSTRICO. Depois insufla o 2º balão, o esofágico, 
principal sitio das varizes esofágicas. 
o FAZ UMA COMPRESSÃO MECÂNICA QUE 
INTERROMPE O SANGRAMENTO. 
DESVANTAGEM: TTO TEMPORARIO, 
PALIATIVO. Evita que o PCT morra sangrando. Pode 
causar isquemia da parede. Melhora a performance 
para que a endoscopia possa ser realizada. 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TEMPO 
 
 
o Após ângulo de Treitz. 
o Aguda ou crônica (angiodisplasia, tumor). 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO VOLUME 
 
 
 
Normalmente, associada a Doença diverticular 
Idoso: ANGIODISPLASIA ou ECTASIAS 
VASCULARES. 
Homens: Colite actínica associado a radioterapia por 
neoplasia de próstata. 
Mulher: associado a radioterapia por neoplasia de colo 
de útero. 
 
4 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
 
SANGRAMENTO PELO RETO → TEM QUE FAZER TOQUE 
RETAL. 
 
CONDUTA 
 
o MESMO O SANGRAMENTO SENDO NO RETO, 
HDB → A CONDUTA É FAZER ENDOSCOPIA 
DIGESTIVA ALTA. 
+ fácil de realizar, + fácil preparo, tem hemorragias que 
não dá tempo de digerir e se transformar em melena, 
expelindo sangue vivo nas fezes. 
Colonoscopia: se a endoscopia não localizar o sitio de 
sangramento. Tem que ter preparo, limpar intestino, 
usar manitol. É terapêutico, pode tratar, clipar, colocar 
adrenalina. 
 
o O sangramento precisa estar ATIVO. 
 
o Localiza onde tem extravasamento de 
contraste, onde há o sangramento. 
o Embolização → embolos que vão obstruir os 
vasos sangrantes. 
o Vasopressina: vasoconstricção. 
 
 
ROTEIRO DE 
ESTUDO 
 
• DEFINA HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA E BAIXA. 
 
HDA: subclassificação em Varicosa e Não-varicosa: 
• Varicosa: são aquelas decorrentes de varizes 
esofágicas, varizes gástricas e varizes 
duodenais consequentes ao esquema de 
Hipertensão Portal que é desenvolvido em 
determinadas patologias hepáticas. 
15% do total. 
1. Sangramento de Varizes de Esôfago 
2. Gástricas 
3. Duodenais. 
Hipertensão Portal – a formação de varizes esofágicas 
decorrem do Sistema da Hipertensão Portal que se 
desenvolve nos pacientes que tem patologia hepática 
(seja patologia intra, pré ou pós – hepática). 
• Não-Varicosa: 
 
5 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
sítio de sangramento da HDA é esôfago, estomago e 
duodeno (até a 2ª porção do duodeno), que é onde 
consegue acessar via endoscópica. 
1. Doença Ulcerosa Péptica (acomete 55% dos 
pacientes) 
2. Má Formação Arteriovenosa (é 6%) 
3. Mallory-Weiss (5%) 
4. Tumores (4%) 
5. Erosões (4%) - gastrite erosiva, que é uma 
causa de sangramento. 
6. E Outras Causas (somam 11%) 
DEFINIÇÃO: originada próxima ao ligamento de Treitz, 
ligamento responsável pela fixação do intestino e que 
limita anatomicamente o tubo digestivo alto, de onde 
surgem as principais etiologias desse tipo de 
hemorragia. 
É importante salientar que a HDA é mais frequente, na 
proporção 2:1, em homens do que em mulheres. 
 
HDB: classifica em Aguda e Crônica: 
• Aguda: a apresentação na forma de 
Hematoquezia e Enterorragia 
• Crônica: Pesquisa de sangue oculto em fezes 
(PSOF) positivo. 
 
sítio de sangramento da HDB: cabe para 
aqueles sangramentos oriundos do 
colón, reto e ânus. 
 
DEFINIÇÃO: todo sangramento que 
ocorre a partir do ângulo de Treitz, ou 
seja, da flexura duodenojejunal. A 
principal manifestação clínica desse 
quadro é a hematoquezia, que 
corresponde a eliminação de sangue vivo 
nas fezes. Dentre as principais causas de 
sangramento, temos a doença 
diverticular, angiodisplasia, câncer 
colorretal e as doenças inflamatórias 
intestinais, como a Retoculite Ulcerativa 
e doença de Crohn. 
 
 
 
 
Para HDA: hematêmese e melena, OCULTA 
(ENTERORRAGIA)Para HDB: hematoquezia 
(OCULTA/EVIDENTE) e enterorragia. 
 
Se HDA é acima do ângulo de TREITZ, e a HDB é 
abaixo do ângulo de TREITZ, essa hemorragia baixa 
vai passar a ser subclassificada agora em 
Hemorragia Digestiva Média (HDM) e HDB. 
HDM o sangramento é oriundo entre o ângulo de 
TREITZ e a válvula ileocecal. 
 
É suspeitada quando a hemorragia é desconhecida 
mesmo depois da realização da endoscopia e 
colonoscopia. 
Tem sangramento →faz EDA para fazer 
investigação se esse sangramento é alto → faz a 
colonoscopia para fazer investigação se o 
sangramento é baixo → não encontra vestígio do 
motivo daquele sangramento → suspeita-se que a 
origem do sangramento seja no intestino delgado 
→HDM. 
 
 
6 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
 
 
 
• DEFINA ÂNGULO DE TREITZ.• Formado pelo angulo do duodeno e o jejuno. 
• É um pinçamento diafragmático que gera um 
ligamento → LIGAMENTO DE TREITZ. 
• Divide o trato gastrointestinal em alto e baixo. 
• Importante para afastar hemorragias que 
sejam de origem alta. 
• Importante para: Saber se o sangramento é 
uma hemorragia de origem alta ou baixa. 
 
 
 
• DESCREVE A ESTRUTURA E FUNÇÃO DO SISTEMA 
PORTA HEPÁTICO. 
 
A função do sistema venoso portal hepático é o de 
receber todo o sangue proveniente do trato digestivo, 
do baço , do pâncreas e da vesícula biliar e transportá-
lo para o fígado . Ou seja, o sangue que circula por ela 
está carregado de substâncias que foram ingeridas 
recentemente 
A veia porta hepática é formada pela união das veias 
mesentérica superior e esplênica. ... A veia mesentérica 
inferior, que deságua na veia esplênica, drena partes 
do intestino grosso. O fígado recebe sangue arterial 
(artéria hepática própria) e venoso (veia porta 
hepática) ao mesmo tempo.
 
 
 
 
 
• DESCREVA A VASCULARIZAÇÃO DO: 
o ESTÔMAGO 
Vascularização Arterial 
O estômago é um órgão ricamente vascularizado, 
inúmeras anastomoses são formadas entre as artérias, 
gerando uma abundante vascularização que é 
originada no tronco celíaco e em seus ramos. O tronco 
celíaco origina 3 ramos, sendo eles: a artéria gástrica 
esquerda, artéria esplênica e artéria hepática comum. 
A vascularização arterial da curvatura menor se dá por 
anastomose da artéria gástrica esquerda, e da artéria 
gástrica direita, ramo da artéria hepática comum. A 
 
7 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
vascularização arterial da curvatura maior se dá por 
anastomose da artéria gastromental direita, ramo da 
artéria gastroduodenal (que é ramo da artéria hepática 
comum), e pela artéria gastromental esquerda, ramo 
da artéria esplênica. E, a vascularização arterial do 
fundo se dá por artérias gástricas curtas e posteriores, 
que são ramos da artéria esplênica. 
 
 
 
Vascularização Venosa 
A vascularização venosa acompanha a vascularização 
arterial. As veias gástricas direita e esquerda, na região 
da curvatura menor, drenam para a veia porta. Na 
região da curvatura maior, as veias gastromentais 
esquerdas drenam para a veia esplênica que se une a 
veia mesentérica superior, para formar a veia porta; e 
as veias gastromentais direitas drenam para a veia 
mesentérica superior. E na região do fundo, a 
drenagem venosa se dá pelas veias gástricas curtas que 
drenam para a veia esplênica. Também há uma veia 
pré-pilórica que ascende sobre o piloro e segue até a 
veia gástrica direita, sendo esta uma veia importante 
para os cirurgiões pois é facilmente visível, auxiliando 
na identificação do piloro. 
 
Vascularização Linfática 
Há também a vascularização linfática, na qual os vasos 
linfáticos acompanham as artérias ao longo das 
curvaturas maior e menor. A porção que inclui a 
curvatura menor e grande parte do corpo gástrico é 
drenada para os linfonodos gástricos esquerdos. A 
parte direita da curvatura maior drena para linfonodos 
gastromentais ou linfonodos pilóricos. A parte 
esquerda da curvatura maior drena para linfonodos 
gastromentais ou linfonodos pancreaticoesplênicos. 
Uma porção da curvatura menor, correspondente a 
parte pilórica, drena para linfonodos gástricos direitos. 
Esses linfonodos principais drenam para os linfonodos 
celíacos, que por sua vez drenam para o ducto torácico. 
 
o ESÔFAGO 
o DUODENO 
o INTESTINO GROSSO 
o RETO 
 
• DEFINA: 
oHEMATOQUEZIA: sangue oriundo principalmente de 
região perianal. Doenças anorretais: doença 
hemorroidária, a fístula anal, a fissura anal, trombose 
por conta de hemorroida. →Melena. 
oMELENA: Fezes muito escuras (semelhantes a 
alcatrão) e mal cheirosas, que contêm sangue digerido 
na sua composição. Dessa forma, este tipo de cocô é 
muito comum em pessoas que têm algum tipo de 
sangramento no sistema digestivo alto, ou seja, no 
esôfago ou no estômago. 
oHEMATÊMESE: Alterações gastrointestinais e 
corresponde ao termo científico para vômito com 
sangue, que pode acontecer devido a situações pouco 
graves como por exemplo devido ao sangramento 
nasal ou irritação do esôfago. 
oENTERORRAGIA: maior volume, sangue cor de 
vermelho rutilante, pode evoluir com instabilidade 
hemodinâmica ou não. 
 
• DESCREVA O QUADRO CLÍNICO DAS SEGUINTES 
PATOLOGIAS: 
 
o SÍNDROME DE MALLORY-WEISS 
SÍNDROME DE MALLORY-WEISS 
2ª causa importante de HDA. Essa síndrome tem uma 
apresentação clássica: ingestão abusiva de álcool e 
que, por conta da gastrite/mal-estar que aquele 
excesso de álcool provocou, ele vai sofrer com vômitos 
sucessivos que vão promover laceração da mucosa 
esofágica no terço distal. Cessa espontaneamente, na 
maioria. Quando não cessar → esclerose. 
Hiperêmese gravídica? gestantes que vomitam demais, 
pode provocar lesão por Mallory Weiss, sangramento 
digestivo provocado por esse tipo de laceração. 
 
o ÚLCERA PÉPTICA 
ÚLCERA PÉPTICA 
 
Quando sintomática, apresenta geralmente dor 
abdominal no hipocôndrio direito ou esquerdo. 
Classicamente, na úlcera duodenal, a dor ocorre 2 a 5 
horas após a refeição e à noite. Outros sintomas são 
empachamento pós-prandial, saciedade precoce, 
náuseas, pirose e regurgitação. O diagnóstico é feito a 
 
8 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
partir da suspeita clínica e estabelecido com a 
visualização da úlcera na endoscopia digestiva alta. 
 
o DOENÇA DIVERTICULAR 
DOENÇA DIVERTICULAR 
Causa muito comum, principalmente no paciente 
acima de 50 anos. Os divertículos são formações que 
tem em “dedo de luva” que acontece em toda a 
parede da mucosa, acontecem em áreas de fraqueza, 
não é qualquer área da parede que vai desenvolver o 
divertículo. A maioria localizada no lado esquerdo. A 
maioria das apresentações clínicas é no cólon 
descendente e no sigmoide. E você pode ter um 
paciente com doença diverticular e passar a vida inteira 
sem que ter que tenha complicação. 
complicação: perfuração, sangramento ou obstrução. 
Maioria → de obstrução desse canal que se forma do 
divertículo, um fecalito, que a gente tem um 
sangramento, um divertículo que está sangrando. 
Diagnóstico: tomografia e a conduta é clínica, você vai 
fazer o tratamento clínico desse paciente, se houver 
uma enterorragia importante o tratamento vai ser 
cirúrgico. 
 Não é indicado, porque a gente precisa insuflar e a 
insuflação durante a realização do exame endoscópico 
pode contribuir para a perfuração, para a translocação 
bacteriana e para a peritonite. O risco de perfuração é 
grande. 
 
o ADENOCARCINOMA DE CÓLON E RETO 
ADENOCARCINOMA DE CÓLON E RETO 
No estágio inicial, o câncer colorretal não costuma 
apresentar sinais e sintomas, o que dificulta sua 
detecção precoce. 
Sinais: 
• Mudança injustificada de hábito intestinal; 
• Diarreia ou prisão de ventre recorrentes; 
• Sangue nas fezes (pode ser de coloração clara 
ou escura); 
• Evacuações dolorosas; 
• Afinamento das fezes; 
• Constante flatulência (gases); 
• Desconforto gástrico; 
• Sensação de constipação intestinal; 
• Perda injustificada de peso; 
• Cansaço constante. 
 
o DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL 
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL 
Os sintomas da DII variam, dependendo da gravidade 
da inflamação e onde ela ocorre. Os sintomas podem 
variar de leve a grave. É provável que a pessoa tenha 
períodos de doença ativa seguidos por períodos de 
remissão. 
Sinais e sintomas comuns à doença de Crohn e à colite 
ulcerativa incluem: 
• Diarreia 
• Febre 
• Fadiga 
• Dor abdominal e cólicas 
• Sangue nas fezes 
• Apetite reduzido 
• Perda de peso não intencional 
CURSO DE MEDICINA / EMERGÊNCIAS CIRÚRGIOF. 
FELIPE GÓIS 
QUESTIONÁRIO PARA ESTUDO E RESUMO 
• DESCREVA O PASSO À PASSO DO MANEJO DE UMA 
HEMORRAGIA DIGESTIVA. 
 
Assim, depois de assegurada uma via aérea pérvia, e 
uma ventilação adequada, nos deparamos com o 
principal escopo do atendimento do paciente com 
HDA: o estado hemodinâmico.Paraconsiderarmos 
umpaciente estável hemodinamicamente: 
 
 
• CITE AS DROGAS UTILIZADAS NO MANEJO DE UMA 
HEMORRAGIA DIGESTIVA. 
O uso de bloqueadores de bombas de prótons é 
associado à diminuição da recorrência do 
sangramento, sendo o seu uso mandatório. Os IBP EV 
 
9 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
(omeprazol ou pantoprazol) diminuem o período de 
internação e a necessidade de transfusão de sangue. 
Os IBP trazem benefícios pré e pós endoscopia, 
estando associados a menor classificação de risco no 
pré e redução do risco de ressangramento no pós. 
Doses recomendadas:omeprazol ou pantoprazol 80 mg 
em bolus intravenoso, seguido da infusão contínua de 
8 mg/h. Se confirmada a origem ulcerosa da 
hemorragia, o IBP deverá ser mantido em dose 
contínua ou intermitente intravenosa por 72h após a 
terapia endoscópica, sendo modificada para 40 
mg/dia, por via oral, posteriormente. 
Drogas vasoativas, como somatostatina e seu análogo 
octreotide, apesar de sucesso em tratamento do 
sangramento varicoso e benefícios teóricos no não 
varicoso, o uso rotineiro não é recomendado em HDA 
não varicosa. Contudo, pode ser útil em casos de 
sangramentos incontroláveis, enquanto se aguarda a 
realização da endoscopia ou cirurgia, quando ambas 
são contraindicadas. 
Drogas vasoativas: 
o uso dessas drogas serve para diminuir a pressão 
portal e devem ser administradas até mesmo antes da 
realização da endoscopia e mantida por um período de 
dois a cinco dias ou até 48 horas após o fim do 
sangramento. As principais drogas aceitas e utilizadas 
são Terlipressina, Somatostatina e Octreotide. 
Betabloqueadores: 
Após o fim do uso de drogas vasoativas, deve-se iniciar 
na terceira ou quarta hora após sangramento o uso de 
betabloqueadores não-seletivos para evitar uma 
possível ruptura varicosa. Os principais 
betabloqueadores usados são o Propranolol ou 
Nadolol, que devem ter suas doses ajustadas para que 
se atinja diminuição de 20% da frequência cardíaca 
basal. 
Antibiótico: 
O uso de antibiótico deve ser determinado no 
momento do diagnóstico, sendo considerado uma 
medida obrigatória. A duração do seu uso deve ser por 
pelo menos uma semana após o começo do quadro, 
com a intenção de diminuir as taxas de infecção no 
local da lesão ou por embolia séptica, ressangramento 
e mortalidade. Os principais antibióticos utilizados são 
as Quinolonas e as Cefalosporinas. Os esquemas como 
administração de Norfloxacino 400 mg a cada 12 horas, 
por via oral, ou Ceftriaxona 1 g a cada 12 horas, por via 
intravenosa, são bastante utilizados e aceitos. 
• DEFINA ENDOSCOPIA DIGESTIVA. CITE SEUS TIPOS, 
SUAS DIFERENÇAS. 
 
A EDA, além de ser o exame considerado fundamental 
para a investigação da hemorragia digestiva alta, 
também demonstrou eficácia como tratamento em 
alguns casos, devendo ser realizada após a 
estabilização do paciente e, de preferência, até 24h 
após o início do sangramento. A análise quanto à 
classificação de Forrest é essencial para a escolha da 
terapêutica endoscópica. 
Exame capaz de analisar a mucosa do esôfago, 
estômago e duodeno (primeira parte do intestino 
delgado). É feita através de um tubo flexível (conhecido 
por endoscópio) que possui um chip responsável por 
capturar as imagens do sistema digestivo através de 
uma câmera. 
 
1. Broncoscopia 
Esse exame é exclusivo para analisar com detalhes toda 
a região da traqueia, dos brônquios e uma parte dos 
pulmões. O procedimento é realizado de maneira 
simples: com a introdução do broncoscópio na boca ou 
no nariz. 
Esse equipamento, bastante flexível, apresenta, em 
sua extremidade, uma fonte de luz e uma minúscula 
câmera para que o profissional consiga ter uma 
visualização melhor e guiar o tubo durante o processo. 
O médico pode solicitar a broncoscopia em diferentes 
situações — tudo dependerá do tipo de queixa ou 
quadro clínico do paciente. Na maioria dos casos, a 
técnica é solicitada quando: 
• o indivíduo expele sangue pelas vias 
respiratórias; 
• há alteração no exame de radiografia; 
• há tosse frequente sem causa 
aparente; 
• há suspeita de tuberculose; 
• ou outras infecções pulmonares, como 
a bronquite ou a bronquilite. 
2. Cistoscopia 
Constantemente indicada por um urologista, a 
cistoscopia é um exame no qual é inserido um 
cistoscópio na região da uretra. Uma vez introduzido o 
equipamento, o especialista injeta uma determinada 
https://blog.maconequi.com.br/dicas-como-tratar-bronquite?utm_source=blog&utm_medium=link&utm_campaign=blog-tipos-de-endoscopia
https://blog.maconequi.com.br/bronquiolite?utm_source=blog&utm_medium=link&utm_campaign=blog-tipos-de-endoscopia
 
10 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
quantidade de soro fisiológico para que a bexiga seja 
expandida e, com isso, haja uma visualização melhor 
do órgão. 
Caso exista qualquer alteração no local, será necessário 
fazer uma biópsia — removendo parte do tecido e, 
posteriormente, encaminhando o material para um 
laboratório capacitado em análise. 
O procedimento tem a finalidade de auxiliar no 
diagnóstico de uma série de complicações. Esse é o 
caso de inflamações ou cálculos, tumores, alterações 
no trato urinário, endometriose ou infecções urinárias. 
3. Colonoscopia 
A colonoscopia é mais um dos tipos de 
endoscopia feitos na atualidade. A princípio, o 
procedimento pode ser sinônimo de vergonha para 
boa parte dos pacientes, no entanto, a sua realização é 
importantíssima e capaz de contornar diversas 
doenças graves — e o câncer de cólon é uma delas. 
Em um panorama geral, a técnica serve para que o 
médico confira como está a região interna do cólon do 
paciente. Para tanto, é utilizado o famoso 
colonoscópio, uma sonda flexível similar ao 
broncoscópio que apresenta uma pequena câmera em 
sua ponta. Esse equipamento é inserido no ânus do 
paciente e direcionado até o intestino delgado. 
Dessa maneira, é possível checar se há qualquer 
alteração no local. Em situações suspeitas, é realizada 
uma biópsia da mucosa para que um laboratório de 
patologia consiga prosseguir com a análise do material. 
O exame é capaz de identificar variadas condições, que 
vão desde pólipos e inflamações a úlceras, tumores e 
lesões. 
4. Gastroscopia 
A gastroscopia nada mais é do que a popular 
endoscopia, que serve para avaliar os órgãos do 
sistema digestivo, como o esôfago, estômago e 
duodeno. O exame é baseado na introdução do 
endoscópio através da boca do indivíduo. 
Esse equipamento, que possui uma microcâmera, 
deverá seguir pelo esôfago até a parte do estômago, 
permitindo que o médico consiga ter uma ampla 
visualização de todos os órgãos. Em alguns casos, 
também é possível analisar o duodeno, que diz respeito 
ao início do intestino delgado. 
A gastroscopia é recomendada quando o especialista 
suspeita de alterações nas regiões citadas. Isso 
acontece entre os pacientes que apresentam 
dificuldade para engolir, sofrem com dores abdominais 
e por aí em diante. Fora isso, o procedimento também 
reserve para contornar outras situações, como: 
• realizar a reparação de úlceras ou 
veias; 
• ajudar o paciente a se alimentar; 
• remover pólipos e tumores benignos 
em fase inicial; 
• proporcionar a dilatação do estômago, 
em caso de obstrução. 
Para o conforto do paciente, todos os exames de 
endoscopia são feitos com sedação. Há também 
algumas recomendações que ajudam na obtenção de 
melhores resultados, como permanecer em jejum 
absoluto de 12 horas antes do exame e não ingerir 
medicamentos, principalmente os antiácidos e 
anticoagulantes. 
 
• FALE SOBRE O BALÃO DE SENGSTAKEN-BLAKEMORE, 
SUA ESTRUTURA E FUNÇÃO. 
É uma sonda que possui um cateter de três lúmens e 
dois balonetes. Um dos balonetes será insuflado no 
lúmen do estômago fazendo pressão sobre a cárdia e 
outro será insuflado no lúmen do esôfago para 
pressionar as varizes. O terceiro lúmen serve para fazer 
a irrigação e drenagem do estômago. 
Como a sonda de Sengstaken-Blakemore não possui 4lúmens, onde o quarto lúmen seria para aspiração de 
secreções esofágicas, é necessário então que 
juntamente se coloque uma sonda nasogástrica para 
que assim haja aspiração de conteúdo esofágico. 
 
 
 
 
11 EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA VERENA FACCHINI 
Quando usar? 
Em sangramentos maciços por ruptura de Varizes 
esofagogástricas (VEG) em que houve impossibilidade 
de estabilização hemodinâmica, seja por ausência de 
serviço de endoscopia na unidade de atendimento, 
falha na escleroterapia endoscópica, ou 
impossibilidade de tratamento definitivo com TIPS 
(Tansjugular Intrahepatic Portasystemic Shunt) / 
cirurgia. 
Mas, atenção! O uso do balão de Sengstaken-
Blakemore é de no MÁXIMO 24 horas. 
Quais são as contraindicações? 
Cirurgias prévias no esôfago e quando existe a 
possibilidade imediata de terapia endoscópica ou 
cirúrgica. 
Qual a efetividade do balão de Sengstaken-
Blakemore? 
A efetividade no controle do sangramento dessa 
terapia é de 80-90%, porém a recidiva é alta (>50%). 
Quais são as possíveis complicações pós-inserção da 
sonda? 
Podem ocorrer: ruptura esofágica (insuflação indevida 
do balonete gástrico no esôfago), obstrução de vias 
aéreas superiores, necrose de asa de nariz, boca e 
mucosa gastroesofágica por pressão, pneumonia 
aspirativa, entre outras complicações. 
Quem pode realizar esse procedimento? 
É um procedimento médico, podendo o profissional de 
enfermagem ou técnico acompanhar, auxiliar, realizar 
os cuidados e a retirada da sonda com prescrição 
médica, quando capacitado e bem treinado.

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