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A EFETIVIDADE DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DE UMA EMPRESA FEDERALIZADA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA André Mejia Camêlo UNIR João Mourão Mendes UNIR José Moreira da Silva Neto UNIR Maria Berenice Alho da Costa Tourinho UNIR Osmar Siena UNIR Resumo As empresas federalizadas de distribuição de energia elétrica têm causado elevados prejuízos para o governo, uma das razões para tal ineficiência e a falta de efetividade dos instrumentos de planejamento. Este estudo busca avaliar a efetividade dos instrumentos de planejamento destas empresas. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa do tipo levantamento, utilizando-se de técnicas de pesquisa qualitativa, avaliando questões referentes a pessoas, contexto organizacional, atividades inerentes ao planejamento estratégico e alinhamento. Ao final, conclui-se que a ênfase em instrumentos prescritivos de planejamento que contemplam apenas aspectos referentes à formulação da estratégia e a desconsideração de aspectos relacionados à formação e implementação da estratégia prejudicam a efetividade de tais instrumentos. Palavras-chaves: Administração Estratégica, Empresas Federalizadas, Setor Elétrico, Efetividade 2, 3 e 4 de Julho de 2009 ISSN 1984-9354 V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 2 1. INTRODUÇÃO Desde 1990, com o Governo Collor, e mais intensamente a partir de 1995, com o Governo Fernando Henrique Cardoso, várias reformas, de cunho liberal, foram desencadeadas para modernizar o Estado e estabelecer as bases sustentáveis do crescimento econômico; uma dessas reformas atingiu o Setor Elétrico, tido como ineficiente sucateado e com possibilidades mínimas de agregar maior potencial gerador. Eram necessárias medidas que, especificamente, atraíssem o investimento privado nacional e internacional – tais como regulação, desverticalização, privatização e orientação para o mercado. (CAMARGO, 2005) Com o processo de modernização do Estado, várias empresas de distribuição de energia elétrica do Brasil foram privatizadas, principalmente aquelas situadas no sul e sudeste, entretanto as empresas da região norte e nordeste foram federalizadas através da Eletrobrás, Holding do setor Décadas de ingerência e enormes prejuízos foram alguns dos motivos que impossibilitaram a privatização de tais empresas, na região norte existe ainda a baixa densidade demográfica, e o fato de algumas destas empresas não pertencerem ao sistema interligado nacional, isto eleva os custos de operação e reduz a viabilidade econômica financeira dos investimentos no setor. Tais problemas potencializam a necessidade de instrumentos de planejamento que possibilitem efetividade à atuação destas empresas, neste sentido emerge a seguinte questão: Qual efetividade dos atuais instrumentos de planejamento destas empresas? O pressuposto teórico é que a ênfase em uma formulação racional de estratégias e a baixa atenção para com a formação e implementação da estratégia prejudicam a efetividade dos mesmos O objetivo deste trabalho é promover uma avaliação do tipo formativa sobre como os instrumentos de planejamento estão se saindo em relação à organização e seu contexto ambiental. Para isso, realizou-se pesquisa em uma empresa federalizada de distribuição de energia elétrica, utilizando-se de técnicas de pesquisa qualitativa. 2. AMBIENTE DE NEGÓCIOS DAS EMPRESAS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 3 Apesar de atuar em ambiente monopolista e que possui um único produto, os desafios na gestão da empresas do setor elétrico de distribuição são grandes, uma vez que desenvolver estratégias que considerem todas as partes interessadas na operação não é tarefa simples, considerando que são múltiplas as oportunidades e ameaças do ambiente competitivo e regulatório aos quais estão sujeitas. Os contratos de concessão de empresas prestadoras de serviços de distribuição de energia estabelecem regras a respeito da tarifa, regularidade, continuidade, segurança, atualidade e qualidade dos serviços e do atendimento prestado aos consumidores e usuários, da mesma forma definem penalidades para possíveis irregularidades. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na existência de monopólios surge a necessidade de se estabelecer custos associados a uma gestão eficiente dos mesmos. São precisamente esses custos eficientes que devem ser considerados ao se determinar as tarifas que estão obrigados a pagar os clientes “cativos” desses serviços. Neste caso, a regulação substitui a concorrência através da intervenção direta no mercado mediante fixação de um conjunto de incentivos e restrições que permitam simular condições de competitividade. (Superintendência de Regulação Econômica, 2005) Com a atuação do regulador, simulando condições de competitividade, o ambiente de negócios da empresas de serviços de distribuição de energia elétrica que outrora era marcado por grande estabilidade, passa a ser mais dinâmico e desafiador, no caso da empresa analisada, existe a tendência de que esta se integre ao sistema interligado nacional, o que irá facultar a seus maiores clientes a possibilidade de escolher o distribuidor de energia que lhe foi conveniente, aumentando assim a competitividade e instabilidade do ambiente de atuação da empresa. Neste sentido, questiona-se até que ponto os instrumentos de planejamento da empresa são adequados ao gerenciamento da mudança, qual o poder de resposta que a organização possui em relação às mudanças ambientais? Segundo Margueron, (2008): É possível afirmar que a competição promovida pelo fortalecimento do mercado livre de energia e a regulação por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aumento o poder dos consumidores brasileiros, que estão cada vez mais exigentes em termos de qualidade e preço dos serviços de distribuição e comercialização fornecidos pelas concessionárias de distribuição de energia elétrica. Por outro lado esta realidade exige muita eficiência operacional e gerencial por parte das concessionárias que devem prover serviços elétricos a preços módicos e que ainda lhe garantam rentabilidade. (MARGUERON, 2008, p.2) V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 4 Assim, possibilitar prontidão de resposta em uma empresa que durante década não contemplou tais mudanças não é tarefa simples. Antes de analisar os instrumentos de planejamento da empresa será realizada uma breve explanação sobre administração estratégica, enfocando o pressuposto teórico deste trabalho. 3. DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO À ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA A partir da década de 50 as empresas e organizações passaram a se preocupar cada vez mais com o ambiente, naquela época o principal motivo essa preocupação era o descompasso entre a oferta de produtos e o mercado que se destinava absorvê-los, tratando-se de um problema técnico econômico. A solução para este problema era encontrada no planejamento estratégico, análise racional das oportunidades oferecidas pelo meio, dos pontos fortes e fracos das empresas e da escolha de um modo de compatibilização (estratégia) entre os dois extremos, devendo esta satisfazer de melhor modo possível os objetivos da empresa. (ANSOFF, DECLERCK e HAYES, 1981) Ocorre que nesta época a complexidade do mundo empresarial aumentou, passando a exigir um perfil gerencial mais empreendedor, respostas mais rápidas e corretas à ação dos concorrentes, uma redefinição do papel social e econômico das empresase uma melhor adequação à nova postura assumida pelos consumidores. Segundo Ansoff et. al. (1981) o problema estratégico é composto por três aspectos: os problemas administrativos suscitados pela situação; os processos de solução de tais problemas e as váriáveis que os envolvem. Assim o planejamento estratégico ataca de forma limitada o problema, sendo que este focaliza a atenção no problema das vinculações externas, tendo pressuposto básico de que a configuração interna da organização permanecerá essencialmente inalterada. Ansoff et. al. (1981) observam ainda que: Supõe-se que a dinâmica social e política , tanto fora como dentro da empresa, sejam irrelelvantes e não interfiram no caso. Neste sentido, o planejamento estratégico é uma abordagem essencialmente cartesiana. Parafraseando o grande filósofo “planejo, portanto, realizo”. (ANSOFF, DECLERCK e HAYES 1981, p.16) V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 5 Aaker (2007) descreve uma perspectiva histórica observado que a administração estratégica evoluiu desde a prepação do orçamento, passando pelo planejamento de longo prazo, pelo planejamento estratégico até chegar na administração estratégica, conforme figura 1. Figura 1: Evolução dos Sistemas de Administração Orçamento Planejamento de Longo Prazo Planejamento Estratégico Administração Estratégica Ênfase da Gestão Controla desvios e gere complexidade Antecipa crescimentoe gere complexidade Muda o enfoque e a capacidade estratégica Lida com surpresas estratégicas e ameaças/oportunidades de desenvolvimento rápido Suposição O passado se repete Tendências passadas continuarão Novas tendências descontinuidades são previsíveis Os ciclos de planejamento são inadequados para lidar com mudanças rápidas. Processo Época associada ao sistema Inicio do século XX A partir dos anos 50 A partir dos anos 70 A partir dos anos 90 Fonte: Adaptado de Aaker (2007, p.24) Mintzberg et. al.(2000) também atacaram o planejamento estratégico enquanto solução do problema estratégico afirmando que “Assim como análise não é síntese, o planejamento estratégico nunca foi geração de estratégias” Segundo os autores: A análise pode preceder e apoiar a síntese, provendo os insumos necessários. A análise pode seguir e elaborar a síntese, decompondo e formalizando suas consequências. Mas a análise não pode substituir a síntese. Nenhuma elaboração jamais fará com que procedimentos formais possam prever descontinuidades, informar gerentes distanciados, criar novas estratégias. Assim o planejamento ao contrário de prover novas estratégias, não pode prosseguir sem sua existência prévia.” (MINTZBERG, AHLSTRAND e LAMPEL 2000, p.64) Considerando que o planejamento estratégico não resolve o problema estratégico, sendo este o instrumento mais utilizado pelas empresas, questiona-se a respeito das alternativas de ação para adaptação das empresas às turbulências ambientais nas quais vivemos atualmente. Periódico Tempo Real V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 6 Meirelles e Gonçalves (2001) apresentam administração estratégica, como uma evolução do planejamento estratégico, sendo esta um corpo teórico mais amplo, uma vez que vislumbra a comunicação de uma visão estratégica global da empresa para os diversos níveis funcionais, com o objetivo de que as inicitivas da empresa sejam concorrentes coerentes com a diretriz geral. Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) veêm a evolução da administração estratégica a partir de escolas que surgiram em estágios diferentes, algumas das quais já chegaram ao pico e declinaram, outras ainda estão em desenvolvimento e outras permanecem estáveis. São escolas de natureza: prescritiva, que focalizam como as estratégias devem ser formuladas ( escolas, desenho, planejamento, posicionamento); descritiva, cujo o foca está na descrição de como as estratégias são formadas de fato (escolas: empreendedora, cognitiva, aprendizagem, poder, cultural e ambiental); e integrativa, cujo o foco é integrar vários elementos das demais escolas (escolas: configuração). Apesar da falta de consenso sobre o significado de administração estratégica, Ansoff et. al. (1981) afirma que esta é: Um sistema escolhido de administração, que enfatiza sua própria flexibilidade, isto é, que provoca o aparecimento de programas estratégicos inovadores, que busca a mudança da própria política, que avalia mais o desenvolvimento potêncial para mudanças futuras do que o desempenho a curto prazo, e que entende os fundamentos do poder e das características culturais dentro da organização por que aí estão os principais geradores de sua própria flexibilidade. (ANSOFF, DECLERCK e HAYES 1981, p.45) Administrar estratégicamente hoje significa criar recursos e capacidades que possibilitem à organização atuar eficientemente frente às mudanças do ambiente. Segundo Prahalad e Hamel (1996) a vantagem competitiva deriva de capacidades profundamente enraizadas que estão por trás dos produtos de um empresa, esses autores consideram a competência central como a consequência do aprendizado coletivo da organização, especialmente de como coordenar aptidões de produção diversas e integrar múltiplas correntes de tecnologia. 4. DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DA EMPRESA V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 7 Os instrumentos de administração estratégica da empresa são compostos pelos seguintes itens: Planejamento Empresarial, Orçamento Empresarial e Sistema de Acompanhamento de Gestão Empresarial, estes serão analisados abaixo. 4.1. PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO EMPRESARIAL A empresa busca reduzir as incertezas do ambiente através do binômio comando e controle, estruturando através de planejamento empresarial as prioridades da administração, e buscando um alinhamento destas através do orçamento empresarial. A estrutura da empresa se adequada ao planejamento através dos departamentos de planejamento empresarial e de uma área de orçamento, as outras áreas da empresa participam da elaboração do planejamento pela proximidade de suas atividades com os públicos interessados, dentre elas destaca-se a Comissão de Regulação Tarifa e Mercado, que tem como atribuição acompanhar as ações estabelecidas pelo regulador e o comportamento do mercado e fornecedores. O orçamento pode ser considerado o principal instrumento de alinhamento das ações do planejamento estratégico, uma vez que os objetivos estratégicos estão estabelecidos em um ciclo de planejamento realizado a quatro anos atrás, é através do orçamento que os gerentes operacionais estabelecem suas prioridades para atingir as metas estabelecidas pela alta administração A empresa utiliza o modelo de planejamento estratégico formal, com base nos elementos tradicionais, missão, visão, objetivos estratégicos e princípios e valores. Os elementos foram elaborados através de oficinas de planejamento, utilizando o instrumento de diagnóstica matriz DAFO (Debilidades, Ameaças, Fraquezas e Ameaças), a priorização é feita de forma racional pelos gerentes da empresa. 4.2. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DE GESTÃO EMPRESARIAL Como as empresas de distribuição federalizadas estiveram durante muito tempo incluído no Plano Nacional de Desestatização – PND a empresa controladoria desenvolveu instrumentos gerenciais com a finalidade de maximizar o valor patrimonial das empresas sob seu comando. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a SustentabilidadeNiterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 8 O intuito de tais instrumentos era possibilitar uma gestão eficiente da obtenção de resultados vinculados às metas negociadas e definidas. Neste contexto o principal instrumento de administração estratégica foi o Sistema de Acompanhamento de Gestão Empresarial (SIAGE) baseado nos princípios de transparência das informações e processos, de comunicabilidade entre os agentes e de acompanhamento e controle (accountability), tal sistema tem as seguintes finalidades: 1. Disponibilizar um Sistema de Informação para a Gestão Empresarial; 2. Propiciar a elaboração de um Plano de Gestão para as Empresas Federalizadas, contemplando metas para os principais parâmetros de avaliação empresarial nas áreas Administrativa, Mercadológica, Econômico-Financeira e de Engenharia; 3. Elaborar um Plano de Ações, com a finalidade de atingimento das metas especificadas para cada indicador; 4. Acompanhar o desempenho dos diferentes segmentos das atividades das empresas de energia elétrica. O SIAGE ampliou a participação da controladora em sua atividade de holding, dentro do contexto de gestão das empresas, para isso foi criado um Comitê de Acompanhamento da Gestão das Empresas Federalizadas - COAGE, com as seguintes atribuições: 1. Formular anualmente as diretrizes e metas para os indicadores de desempenho do SIAGE e as ações do Plano de Gestão para as Empresas Federalizadas; 2. Propor as prioridades nas ações de gestão e de investimento a serem consideradas no Plano de Gestão; 3. Submeter a aprovação do Plano de Gestão à Diretoria Executiva; 4. Acompanhar o desempenho das empresas nas áreas Financeiras, Técnica, Mercadológica e Administrativa, bem como das ações do Plano de Gestão; 5. Avaliar o desempenho empresarial global de cada empresa. O SIAGE possui 117 indicadores, sendo 27 relacionados à área financeira, 51 relacionados à área de mercado, 25 relacionados à área administrativa e 14 relacionados à área de engenharia. Tais indicadores procuram englobar todos os aspectos ligados ao desempenho das empresas. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 9 5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os instrumentos de planejamento considerados na pesquisa foram os descritos anteriormente. A avaliação dos instrumentos de planejamento foi realizada com base em questionário adaptado da tese de doutorado de Rezende (2002), este utiliza uma escala likert, com itens que variam de é “totalmente relevante ou contemplado pela organização” até “não é necessário ou contemplado pela organização”, dividida em quatro blocos: pessoas (13 itens); Planejamento Estratégico Empresarial (6 itens); contexto organizacional (8 itens) e alinhamento (7 itens). O questionário foi adaptado com o intuito de proporcionar maior aderência à organização objeto de pesquisa. O questionário foi aplicado na empresa, com uma pequena amostra de 10 pessoas, levando-se em consideração os diferentes níveis organizacionais, os resultados foram tabulados no Microsoft Excel, utilizando-se métodos de estatística descritiva, foram excluídos da análise valores que estava acima e abaixo do desvio padrão. Apesar de utilizar questionário para avaliação das práticas de planejamento da organização, seus resultados serviram como ponto de partida para análises qualitativas, sendo que a partir dos resultados apresentados, procederam-se entrevistas, observações e análises documentais, com o intuito de melhorar o entendimento a respeito do fenômeno da pesquisa. Tal desenho de pesquisa permitiu a melhor estruturação das técnicas qualitativas. Ressalta-se que durante a apresentação dos resultados da pesquisa serão expostas argumentações baseadas nos resultados da aplicação dos questionários, nas entrevistas e em análise documental. 6. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A apresentação dos resultados foi apresentada de acordo com as seções utilizadas na escala utilizada na pesquisa, estas avaliam os instrumentos de planejamento quanto a pessoas, contexto organizacional, atividades inerentes ao Planejamento Estratégico e Alinhamento, ao final é realizada uma avaliação global dos instrumentos de planejamento da empresa. 6.1. QUANTO ÀS PESSOAS V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 10 A avaliação das pessoas em relação aos instrumentos de planejamento, gráfico 1, analisou 13 itens, conforme gráfico abaixo: Gráfico 1: Avaliação do planejamento quanto ao item pessoas O primeiro ponto analisado está relacionado à comunicação e ao relacionamento, as respostas ficaram entre “não são valorizado pela organização” e “não é relevante para a organização”. Observando o cotidiano da organização percebe-se que não são comuns reuniões ou oficinas periódicas a respeito do planejamento, isso dificulta a comunicação a respeito de resultados, revisões e direcionamentos. Outro ponto que pode ser ressaltado é fato de que a centralização das atividades de planejamento dificulta o relacionamento interpessoal, sugerindo que é necessária redução na formalidade da comunicação em busca de maior agilidade. Nas questões relacionadas à definição de papéis, auto-desenvolvimento dos profissionais, desenvolvimento de competências, conhecimento do negócio e perfil dos profissionais, as perguntas ficaram entre “é indiferente para a organização” e “é parcialmente adequado na organização”, sugerindo que tais fatores não são críticos para a efetividade dos instrumentos de planejamento. Observa-se, no entanto, que a excessiva centralização das atividades de planejamento, dificulta o desenvolvimento das competências necessárias no planejamento da empresa como um todo. Este problema é observado também pelo fato de não V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 11 existir atividades de socialização e educação corporativa, estruturadas com o intuito de potencializar as competências necessárias nas atividades de planejamento. O desenvolvimento de competências na empresa é canalizado em áreas ou treinamentos que pouco acrescentam às estas, além disso, grande parte dos aspectos relacionados à gestão da empresa não é trabalhado em treinamentos para gerentes do nível operacional, o que pode dificultar as atividades de alinhamento. Em relação à definição de prazos, limites e recursos, pode se afirmar que em função dos prazos estabelecidos pela controladora, estes são bem definidos, existe algumas datas limites para apresentação dos resultados do planejamento, isso faz com que os profissionais envolvidos com planejamento possuam atividades programadas. Entretanto a definição de papéis e recursos não é clara, a integração entre o processo de planejamento e o orçamento empresarial não é adequada, isso pode ser observado pela forma fragmentada pela qual o orçamento é confeccionado, apesar da empresa possui uma orientação estratégica, as áreas realizam suas propostas de acordo com suas necessidades especificas. As questões relacionadas à remuneração e o ambiente externo ficaram entre, “não está alinhada com a realidade econômica financeira” e é “indiferente para a organização”, entretanto percebe-se que apesar dos resultados não satisfatórios, tal fator não se configura como um grave problema para as atividades de planejamento, isso pode ser explicado pela insatisfação dos pesquisados com sua remuneração. Por outro lado, no que se refere ao ambiente interno, a remuneração não está alinhada a resultados e competências, prejudicando o engajamento dos empregados quanto ao cumprimento de metas, este aspectose apresenta como um sério entrave à efetividade dos instrumentos de planejamento. Os valores éticos da empresa estão expressos, embora haja um grande distanciamento entre aos valores formalizados e a cultura organizacional, neste sentido, grande parte dos pesquisados responderam que os valores humanos, éticos e morais “estão parcialmente expressos”, no entanto é necessário mais pesquisas a respeito da cultura organizacional da empresa, para que possamos identificar se esta facilita ou prejudica as atividades de planejamento. 6.2. QUANTO AO CONTEXTO ORGANIZACIONAL V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 12 Quanto ao contexto organizacional foram analisados 8 itens, conforme gráfico 2, relacionados à imagem institucional, elementos de Planejamento Estratégico, modelos decisórios, procedimentos e funções da empresa, plano de ação, valores organizacionais, estrutura organizacional e infra-estrutura tecnológica. A empresa não possui boa relação com o ambiente institucional, em função principalmente do elevado valor das tarifas de energia, do histórico de ineficiência e do histórico de influência de partidos políticos, além disso, a empresa mantém relações de terceirização sem estabelecer adequados mecanismos de controle. As respostas dos pesquisados em relação ao ambiente institucional, ficaram entre, “é parcialmente positiva” e “não é positiva”. O item referente à missão, visão, objetivos e estratégias, destaca-se entre os outros, sendo que todos os pesquisados responderam que estes “estão parcialmente formulados e comunicados para os envolvidos no planejamento”. Por outro lado a análise de documento do planejamento aponta que os objetivos e estratégias não contemplam as fraquezas da empresa, um exemplo disso, é o fato de que segundo as entrevistas um dos graves problemas estratégicos da empresa é o baixo nível de qualificação dos empregados, e este não foi considerado no plano através do item, objetivos e estratégias. Outro aspecto avaliado refere-se aos dos modelos decisórios da empresa, segundo os respondentes estes não são justos, sobretudo por estarem completamente desconectados das áreas operacionais, sendo que as políticas definidas pela organização não são condizentes com a realidade das unidades de negócios. Os pesquisados apontam que os procedimentos e processos das funções empresariais estão parcialmente definidos e comunicados. Os processos são modificados de acordo com a necessidade, sem formalização, o que gera retrabalhos e perda de ineficiência, sugerindo a necessidade de um trabalho de redesenho de processos. Os planos de ação estão parcialmente elaborados, quando da decisão de executar, os gerentes elaboram planos de ação, entretanto, estes desconsideram recursos intangíveis, como capital humano, tecnologia da informação e capital relacional, necessários para a execução dos planos. Outro ponto mencionado nas entrevistas é a falta de adequados mecanismos de controle. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 13 Gráfico 2: Contexto Organizacional em Relação ao Planejamento Com base em observações não existe formalização a respeito dos valores a serem cultivados pela organização, da filosofia de trabalho e das políticas que a organização deve seguir, corroborando tais observações, os pesquisados responderam que tais itens são “indiferentes para a organização”. A estrutura organizacional da empresa apresenta rigidez funcional, apresentando dificuldades de comunicação e decisão entre as áreas, ocorre uma atitude defensiva entre as áreas, prejudicando alinhamento do planejamento. Os sistemas de informação da empresa não apresentam possibilidade de análise processual, não sendo estes integrados, cada área “constrói” seus próprios sistemas de informação operacionais. O SIAGE é um sistema de informação que detecta indicadores de resultado, além disso, estas informações são pouco consideradas pelos gerentes operacionais no processo de gestão, excetuando aquelas que são monitoradas pelos principais stakeholders. Isto sugere que a priorização na organização se dá apenas em função do que afeta diretamente a relação da empresa com a controladora, regulador e governo, havendo uma sobrevalorização de alguns indicadores de resultado, e desatenção para com a causas dos problemas organizacionais. Conclui-se que o contexto organizacional não facilita as atividades de planejamento, sendo este um aspecto chave na melhoria de tais atividades. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 14 6.3. QUANTO ÀS ATIVIDADES INERENTES AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO As atividades de planejamento estratégico foram avaliadas, gráfico 3, levando em consideração os seguintes pontos, comprometimento e clima organizacional, aceitação de erros, troca de experiências e aprendizado entre os profissionais e elaboração interna e externa do planejamento estratégico. Gráfico 3: Aspectos Relacionados ao Planejamento Estratégico De certa forma as atividades de planejamento são indiferentes para o cotidiano da organização, os empregados estão sempre preocupados com as atividades operacionais. A estrutura funcional hierárquica proporciona a criação de “silos” organizacionais, fazendo com que os empregados se preocupem com a eficiência de sua área e não com a eficiência da empresa, se a área vai bem e o resto da organização vai mal, o problema é creditado às outras áreas, isto prejudica o clima de trabalho para planejamento que prescinde de uma visão sistêmica. As atividades de planejamento em geral são realizadas por empregados da empresa, com a atribuição específica de realizar estudos a respeito dos ambientes, político, de mercado, de fornecedores e etc., no entanto observa-se a influência de profissionais da empresa V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 15 controladora e de outras empresas do setor, no pensamento e estruturação de planejamento da empresa e, sobretudo no sistema SIAGE. As atividades de planejamento são centralizadas em algumas pessoas, observa-se assim que entre estas pessoas há troca de experiências e aprendizado, ressalta-se, entretanto, a necessidade do envolvimento de mais pessoas no processo de aprendizado. Não existem discussões a respeito da realização do planejamento estratégico, as diretrizes e resultados, são comunicados periodicamente, embora inexistam instrumentos de controle e responsabilização de gerentes pelos resultados, com isso os resultados em geral são aquém do planejado, mas não há reconhecimento específico dos erros, por isso não há aprendizado. 6.4. QUANTO AO ALINHAMENTO DAS ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO Foram avaliados os seguintes itens: funções, táticas e processos organizacionais, a gestão do planejamento estratégico, quanto à cooperação e quanto a alinhamento, as revisões do planejamento estratégico e os indicadores de mensuração. As áreas da empresa não estão alinhadas com os objetivos da organização, atuam nos problemas organizacionais de maneira desconectada, a integração é feita apenas em momentos de crise, existem poucos grupos de trabalho inter-funcionais. As táticas da empresa não se integram por que são elaboradas, sem um direcionamento estratégico comum, seja nas unidades gerenciais ou operacionais. Em se tratando de processos organizacionais os pesquisados responderam que estes são indiferentes para a organização, entretanto, com base em entrevista, observa-se que estessão parcialmente identificados, ocorre apenas um problema de integração entre os mesmos, tal situação provoca problemas de comunicação e ineficiência para a organização. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 16 Gráfico 4: Alinhamento das Atividades de Planejamento A gestão do planejamento estratégico é realizada apenas pelo setor de planejamento, estando esta apenas sob o domínio do gerencia de planejamento estratégico. Observa-se que não são realizadas revisões formais no planejamento estratégico da organização, o que se apresenta como um grave problema nos processos de administração estratégica. Por outro lado, destaca-se a existência de indicadores de mensuração dos resultados do planejamento estratégico que se encontram devidamente estruturados e comunicados. 6.5. AVALIAÇÃO GLOBAL DO PLANEJAMENTO De forma geral, os instrumentos de planejamento da empresa seguem uma linha prescritiva, isso pode ser explicado pelo fato da empresa ter estado por muito tempo incluído no Plano Nacional de Desestatização – PND, gerando um desinteresse da controladora em adotar estratégias de longo prazo. Não foram realizados os investimentos necessários ao desenvolvimento de competências duradouras na organização, fazendo com que a empresa atingisse baixos índices efetividade dos instrumentos de administração estratégica, conforme gráfico 5. Tal hipótese é corroborada por Ansoff (1981) que afirma que quando se implantam instrumentos de gestão V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 17 que exigem competências que a organização não possui, a primeira conseqüência é a resistência em relação à efetividade dos mesmos. Gráfico 5: Visão Global dos Instrumentos de Administração Estratégica Observa-se que todos os itens avaliados apresentaram baixos índices de avaliação, estando próximos ao terceiro valor da escala, que corresponde à resposta “é indiferente para a organização” embora com base nas análises realizadas anteriormente, alguns itens são contemplados parcialmente pela organização. Desta forma, o gráfico 5 corresponde apenas a um indicador geral da efetividade dos instrumentos de planejamento. Destaca-se o item alinhamento ficou abaixo dos demais, isso possivelmente se dá em função da inexistência de uma gestão baseada em processos e a conseqüente formação de silos organizacionais. Neste sentido, observa-se que os baixos valores atribuídos ao item alinhamento sugerem que o planejamento efetivamente praticado pela empresa é descritivo e a gestão desenvolvida pela empresa não é de característica estratégica. Analisando o planejamento sob a ótica das dez escolas apresentadas por Mintzberg et. al. (2000) pode se afirmar que os instrumentos utilizados pela empresa são pertencentes à Escola do Planejamento e à Escola do Desgin. Considerando que a empresa apresenta baixos níveis de recursos e capacidades, as prescrições feitas pelos responsáveis pelo planejamento se distanciem daquilo que a empresa pode realizar. Percebe-se um distanciamento entre a formulação da estratégia, realizada pelos gestores, baseadas em racionalismo e prescrição e a efetiva implementação das estratégias, V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 18 baseada em empirismo e descrição. Tal situação sucinta um problema estratégico para a organização, uma vez que, para que haja efetividade na formulação é necessário amplo conhecimento do ambiente e dos recursos organizacionais necessários, condição não encontrada nos instrumentos da organização. Por outro lado, quando analisadas as estratégias efetivamente implementadas, sob uma ótica empirista e descritiva, percebe-se que não existe os fatores necessários ao aprendizado da organização, algo considerado de fundamental importância para o sucesso de tal abordagem. 7. CONCLUSÕES Atualmente existe atenção da controladora em busca de proporcionar eficiência de gestão às Empresas Federalizadas de Distribuição de Energia Elétrica, neste sentido, estruturar instrumentos de planejamento efetivos é fundamental para atingir tal objetivo. O estudo explicitou que os atuais instrumentos de administração estratégica não respondem ao problema estratégico de garantir prontidão de resposta da organização às rápidas mudanças do ambiente externo. Dentre os problemas apontados nos atuais instrumentos planejamento, destaca-se o excesso de prescrição, algo já trabalhado na academia, basta apenas analisarmos as criticas feitas por Mintzberg et. al.(2000) aos instrumentos prescritivos de planejamento, tais autores afirmam que o planejamento do tipo formal-prescritivo não gera estratégias assim como análise não é síntese. Em alguns casos o planejamento formal-prescritivo pode até se útil para as organizações, todavia, para que isso aconteça é necessário que a empresa possua as competências necessárias e uma configuração interna que propicie o sucesso das estratégias propostas. A estruturação dos instrumentos de planejamento deve considerar a formação e a implementação da estratégia e não apenas a formulação. Observa-se que o problema central da empresa não é a formulação de estratégias e sim as condições para a implementação do que foi formulado. Tais aspectos, não foram levados em consideração nos últimos anos, as competências e recursos necessários para a formação e implementação de estratégia não foram V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009 19 desenvolvidos, resultado disso é o baixo índice de efetividade dos instrumentos de planejamento prescritivos utilizados pela empresa. Segundo Hamel e Prahalad (1996) é importante que a administração da empresa considere não apenas o paradigma tradicional de planejamento, passando a observar também a empresa como um portfólio de recursos e capacidades que podem ser combinados de várias maneiras e não como uma coleção de atividades e áreas de atuação. São estas as premissas que devem ser consideradas no direcionamento de novos instrumentos de planejamento para estas organizações. Referências Bibliográficas AAKER, David A. Administração Estratégica de Mercado. Ed. Bookman, 2007. 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