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Mecânica Respiratória


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MECÂNICA RESPIRATÓRIA
FISIOTERAPIA EM UTI
Profª. Elisiane Tonon Marques
• Processo de inspiração e expiração
• É necessário uma diferença de pressão
• Forças da musculatura respiratória
- retração elástica dos pulmões e tórax
- resistência ao fluxo aéreo
FISIOTERAPIA EM UTI
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
• MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO:
Responsáveis pela variação das pressões pulmonares, possibilitando a 
movimentação dos gases pelas vias aéreas
Inspiração: 
Músculos Principais
1) Diafragma
- inervação: nervo frênico
- contração - promove aumento dimensão vertical da cavidade torácica
- costelas são levantadas → ↑ diâmetro transverso do tórax 
- repouso: o diafragma move-se cerca de 1 cm
- inspiração e expiração forçadas: excursão total de até 10 cm
FISIOTERAPIA EM UTI
Inspiração: 
Músculos Principais
- músculos intercostais externos: elevam as costelas, ampliando a largura 
da cavidade torácica 
Músculos acessórios
- músculos escalenos: elevam as duas primeiras costelas 
- músculos esternocleidomastóideos: elevam o esterno 
FISIOTERAPIA EM UTI
Expiração: 
É passiva e ocorre em resultado da retração elástica dos pulmões
Expiração ativa:
- durante exercício e hiperventilação voluntária
- músculos reto do abdome, oblíquos interno e externo e transverso do 
abdome: aumentam a pressão intra-abdominal empurrando o diafragma para 
cima 
- tosse, vômito e defecação 
- músculos intercostais internos (exceto parte intercondral): tracionam as 
costelas para baixo e para dentro, diminuindo o volume torácico
FISIOTERAPIA EM UTI
Esternocleidomastóideo
Escaleno médio
Escaleno anterior
Escaleno posterior
Intercostais 
externos
Parte intercondral 
dos intercostais 
internos
Diafragma
Reto do abdome
Oblíquo externo
Oblíquo interno
Expiração ativa
Intercostais 
internos 
(exceto parte 
intercondral)
Transverso do 
abdome
Músculos Respiratórios
FISIOTERAPIA EM UTI
• PRESSÕES E GRADIENTES PRESSÓRICOS
- A mobilização de ar para dentro e para fora dos pulmões depende das 
diferenças de pressão
- Pressão atmosférica (barométrica) = 760 mmHg
considerada igual a zero (0 cmH2O)
- Pressão no interior do pulmão
755 mmHg - “negativa” 
765 mmHg - “positiva” 
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• Pressão da superfície corporal (Psc)
• Pressão na boca com as vias aéreas (VA) abertas (Pao)
• Pressão alveolar (Palv)
• Pressão nas vias aéreas (Pva)
• Pressão pleural (Ppl) ou intrapleural: 
É menor que a atmosférica (subatmosférica), ou seja, é menor 
que 760 mmHg ou zero, sendo por isso definida como negativa 
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• Gradientes de pressão:
É a diferença entre duas pressões
Mecânica ventilatória: 
- pressão transtorácica (Pw)
- pressão transpulmonar (Pp)
- pressão transmural (Pt)
- pressão trasnrespiratória (Prs)
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Pva
Ppl
Pt
Pressões e gradientes pressóricos
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• Pressão transpulmonar (Pp): 
É a diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural
É o responsável direto pela manutenção de um volume alveolar
Pp = Palv – Ppl
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
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• Gradientes Pressóricos X Ventilação Pulmonar:
Pressão Transpulmonar 
REPOUSO:
- glote aberta
- ausência de fluxo nas VA 
- neste caso, 
Palv = Patm (zero cmH2O ou 760mmHg) 
Ppl seria subatmosférica (-5cmH2O ou 755mmHg)
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INSPIRAÇÃO:
- contração dos músculos ventilatórios
- redução de Ppl
- redução da Palv
- Palv < Patm
- aumento do volume
Ao final da inspiração, a Palv retorna a zero (ausência de fluxo), porém, 
este retorno ao zero implica em ganho de volume, inclusive para os alvéolos 
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EXPIRAÇÃO:
- relaxamento dos músculos ventilarórios
- retorno elástico do pulmão 
- aumento da Ppl
- aumento da Palv
- Palv > Patm
- redução do volume
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
FISIOTERAPIA EM UTI
• COMPLACÊNCIA E RESISTÊNCIA PULMONAR
1) Complacência pulmonar:
É a mudança no volume pulmonar por mudança na pressão no pulmão
C = ΔV 
 ΔP
A elasticidade pulmonar é oposta à complacência, ou seja, é a 
capacidade do tecido pulmonar em retornar ao seu estado morfológico 
inicial após prévia deformação 
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• Pulmão ↑ complacência – facilmente distendido 
• Pulmão ↑ elastância – difícil de se distender
 
• Complacência reduzida:
- atelectasias
- fibrose pulmonar
- SARA ou SDRA
• Complacência aumentada:
- enfisema pulmonar 
- idade 
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Alterações na complacência pulmonar associadas com doença
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Pressão Platô e Pressão de Pico
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• Complacência estática do sistema respiratório (Cest): 
Cest = Vt _
 Pplatô – PEEP
Valor de normalidade = 50 – 100 mL/cmH2O
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• Complacência dinâmica do sistema respiratório (Cdyn):
Cdyn = Vt _
 Ppico – PEEP
Valor de normalidade = 100 – 200 mL/cmH2O
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2) Resistência pulmonar:
Propriedades resistivas: conjunto de fatores que dificultam a passagem 
do ar pelas VA 
Composta:
- Resistência tecidual: 20% da resistência à passagem do fluxo de ar
- Resistência das VA: 80% da resistência à passagem do fluxo de ar
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• Resistência pulmonar:
É a diferença de pressão entre os alvéolos e a boca por unidade de 
fluxo de ar
Raw = Ppico – Pplatô
 Ø
Valor de normalidade = 4 – 7 cmH2O/ l / s
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• Fluxo aéreo:
É a relação entre a quantidade de ar que passa pelas VA por unidade de 
tempo e é mensurado em l/min 
- VA centrais (grande calibre): fluxo turbulento
- Bifurcação dos brônquios: fluxo transicional
- VA periféricas (pequeno calibre): fluxo laminar 
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Fluxo de ar nas vias 
aéreas
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Turbulento
Transicional
Laminar
Fluxo de ar nas vias aéreas
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3) Constantes de tempo (CT):
- É a relação direta entre a complacência e a resistência alveolar
- Reflete a mecânica de enchimento e esvaziamento pulmonar
- Cada unidade alveolar possui uma constante de tempo própria que varia 
de acordo com suas complacência e resistência
- Alvéolos ↓ CT - expande mais rapidamente
- Alvéolos ↑ CT - expandem-se mais lentamente 
CT = complacência X resistência 
FISIOTERAPIA EM UTI
1 CT = 0,4 s
1 CT - 63% de volume 
2 CT - 85% de volume 
3 CT - 95% de volume nas VA
 
Portanto, se 1 CT é igual a 0,4s e, para obter 95% do volume 
são necessários 3 CT, isso levaria 1,2s
CONSTANTE DE TEMPO
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	Músculos Respiratórios
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	Pressões e gradientes pressóricos
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	Alterações na complacência pulmonar associadas com doença
	Pressão Platô e Pressão de Pico
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	Fluxo de ar nas vias aéreas
	Fluxo de ar nas vias aéreas
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