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Mulher de 32 anos iniciou com um quadro de vômito e diarreia desde o dia anterior relatando dor abdominal difusa e cólicas. Teve 15 episódios de diarreia na últimas 24 horas. As fezes amareladas e esverdeadas em grande quantidade e vômitos simultâneos (3 episódios nas últimas 24 horas). Nega febre. Relatou ter ido ao restaurante e ingerido maionese e outros alimentos. Na avaliação física: mucosas estavam seca, mau estado geral, palidez, sudorese, PA= 130/66 mmHg, T= 35oC, FR= 15ipm, TPC = 6 segundos (tempo de preenchimento capilar), abdômen flácido pouco doloroso difusamente à palpação - ruídos hidroaéreos presentes e aumentados, ausculta pulmonar e cardíaca normais 1. Qual o tipo de choque que se refere o caso? Choque hipovolêmico, onde a perda de líquidos torna impossível que o coração bombeie quantidade suficiente de sangue para o corpo. 2. Quais outras causas deste tipo de choque? As outras causas que podem levar ao choque hipovolêmico são algumas patologias, como Diabetes Mellitus, peritonites e até lesões térmicas ou químicas. Também é o choque mais comum no caso de hemorragias. 3. Explique a fisiopatologia do choque apresentado pelo paciente? O choque hipovolêmico é causado por perda de sangue ou líquidos, fazendo com que a o sangue bombeado para o corpo seja insuficiente e podendo causar falência de diversos órgãos. A contração das arteríolas, causam aumento da RVP, levando ao aumento da pre carga e da frequência cardíaca. Os rins detectam essa perda, e estimulam o aumento de secreção de renina, que completa seu ciclo sendo finalmente convertida em angiotensina II pelos pulmões e fígado, assim promovendo secreção de aldosterona, hormônio que tem como principal função o equilíbrio eletrolítico. Mulher de 37 anos chegou ao pronto atendimento queixando-se de falta de ar há uma hora associada com falta de ar intensa de início súbito acompanhada de opressão retroesternal, tonturas que impedem de caminhar. Após uma discussão no trabalho iniciou sintomas de sibilância, tosse e expectoração. A paciente relata edema em perna esquerda e pouco dolorosa, presença de varizes em ambas as pernas. Faz uso de anticoncepcional há 15 anos e tabagista. Nega casos de infarto na família e nega etilismo e tabagismo. No exames físico: mau estado geral, cianose labial e de extremidades, estase jugular presente, edema em perna esquerda presente até meio da coxa e pouco doloroso. Recebeu atendimento emergencial de suporte porém evoluiu para óbito após 20 minutos 1. Qual o tipo de choque que se refere o caso? Choque cardiogênico, onde há insuficiência de perfusão. 2. Quais outras causas deste tipo de choque? Miocardite aguda, insuficiência ventricular direita, intoxicação medicamentosa e infecções em estagio avançado. 3. Explique a fisiopatologia do choque apresentado pelo paciente? A redução da pressão do enchimento capilar é denominador para definir um choque. No choque cardiogênico, a má perfusão tecidual é resultado do baixo debito cardíaco, geralmente oriundo de uma patologia, como no caso, a estase jugular. A causa mais comum é IAM, dada pela necrose da parede ventricular. Esse choque ativa o SNS, onde barroreceptores e quimioreceptores são ativados. A situação leva a hipoxia tecidual, acumulo de metabólitos e a acidose metabólica, favorecendo a extensão da área da necrose miocárdica. Nesse choque, há o desencadeamento de mecanismos compensatórios, como o sistema angiotensina e aldosterona, levando ao aumento de consumo de O2 e a piora da função ventricular. A baixa perfusão de oxigênio pode gerar confusão mental e arritmias. O choque cardiogênico costuma evoluir para falência de múltiplos órgãos. Homem de 65 anos motorista de ônibus com quadro de pneumonia está internado recebendo antibióticos intravenosos e oxigênio. No terceiro dia de internação paciente desenvolve febre e taquicardia. Foi realizado cultura de sangue e urina. No dia seguinte o paciente apresenta letargia e não consegue despertar. A temperatura aferida é de 35oC, PA = 80/40mmHg, frequência cardíaca de 11 bpm (normal 60/80) e respiratória de 20rpm (normal12/28).O raio x pulmonar não teve alterações se mantendo estertores crepitantes na base esquerda. O exame cardiológico evidencia um ritmo rápido, regular sem sopros. Sem presença de alterações neurológicas. A paciente é transferida para a UTI para tratamento de presumível sepse e recebe líquidos e antibióticos intravenosos. Culturas de sangue e urina são positivas para bacilos gram-negativo. 1. Qual o tipo de choque que se refere o caso? Choque Séptico, decorrente de uma infecção grave. 2. Explique a fisiopatologia do choque apresentado pelo paciente? No choque séptico, uma infecção local é transmitida para outros tecidos pela corrente sanguínea, adquirindo caráter sistêmico. Os agentes causadores produzem toxinas que induzem a liberação de mediadores inflamatórios, como interleucinas, que tem ação vasodilatadora e é uma resposta crucial para o combate do invasor; porém, em uma infeção sistêmica, a vasodilatação generalizada diminui o RVP, e consequentemente há queda nos níveis de pressão arterial e PEC, também prejudicando a pré-carga cardíaca e do retorno venoso. O choque também é agravado pela perda de líquidos, impulsionada pelos mediadores inflamatórios, que aumentam a permeabilidade vascular e causando edema. O mecanismo de homeostase muitas vezes é atrapalhado durante o choque séptico, pois as endotoxinas liberadas de forma generalizada, são capazes de vasodilatar e refratar os mecanismos compensatórios.
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