Buscar

PDF_PSA_20_10_21

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
CADERNO DE QUESTÕES – PSA – DIURNO – 20.10.2021 (duração: 2 horas) 
 
Questão 1. Analise a charge a seguir. 
 
 
Disponível em <https://tirasarmandinho.tumblr.com/>. Acesso em 29 jun. 2021. 
 
Considerando as informações, é correto afirmar que a charge 
A. apresenta uma reflexão acerca da linguagem culta. 
B. demonstra que as crianças desconhecem uma alimentação saudável. 
C. remete à reflexão sobre a riqueza do vocabulário brasileiro. 
D. representa o respeito à diversidade e as relações de gênero. 
E. apresenta a pluralidade do cardápio brasileiro. 
 
Questão 2. Leia o texto a seguir, intitulado “Pandemia e acessibilidade: Entenda a 
importância da inclusão e os novos desafios causados pela Covid-19”, de Brenda Xavier, 
publicado em 18/02/2021. 
A pandemia causada pelo novo coronavírus espalhou-se pelo mundo de forma rápida e 
impactante, fazendo com que muitas pessoas se isolassem. Antes de tudo isso, quem é 
cego, surdo, cadeirante ou tem algum tipo de deficiência física ou intelectual já 
enfrentava vários desafios e, com a pandemia, novas barreiras surgiram para a 
acessibilidade. 
Agora, um deficiente visual, que precisa tocar em superfícies ou ter o apoio de outras 
pessoas, está mais vulnerável do que nunca. Tocando em diferentes superfícies ou 
falando com pessoas que ele não sabe se estão usando máscara, como evitar a 
contaminação pela Covid-19? Quais são os impactos da pandemia na acessibilidade e no 
direito de ir e vir? 
Thays Martinez, advogada, responsável pela Lei estadual N° 10.784 (atualizada pela Lei 
Nº 12.907, de 15 de abril de 2008), que garante que cães-guia possam entrar em 
transporte público, compartilha sua experiência. Ela explica que as pessoas que têm 
deficiência visual estão mais vulneráveis à Covid-19, devido à necessidade de contato 
com pessoas e, sobretudo, superfícies. “Com a pandemia, as compras online 
aumentaram, mas muitos aplicativos e sites tornam inviável o uso por pessoas deficientes 
visuais”, relata. 
Com a visão comprometida, o tato é um dos principais sentidos utilizados por pessoas 
com deficiência visual. O contato físico se faz necessário sempre, e é justamente isso 
2 
que os deixa mais expostos à Covid-19. De acordo com dados do IBGE no Censo 2010 
(gráfico 1), 1.203.353 pessoas têm deficiência visual no estado de São Paulo. O que 
equivale a 40% do total de moradores com algum tipo de deficiência. 
Sobre as vulnerabilidades que pessoas deficientes enfrentam, Martinez ressalta a 
importância da consciência de quem oferece um produto ou serviço – uma reflexão que 
demanda revisão. “As empresas precisam pensar na inclusão e deixar que seus serviços 
sejam acessíveis para todos. A consciência sobre isso precisa ser desenvolvida, e a 
pandemia nos mostrou isso”, comenta. 
Disponível em <https://aupa.com.br/pandemia-e-acessibilidade/>. Acesso em 02 ago. 2021. 
 
Gráfico 1. Porcentagem da população, de acordo com o tipo de deficiência. (Brasil-2010). 
 
IBGE, Censo Demográfico, 2010. 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A análise do gráfico confirma que são os portadores de deficiência auditiva os mais 
prejudicados pelas dificuldades de acessibilidade durante a pandemia do coronavírus. 
PORQUE 
II. As vulnerabilidades da acessibilidade são características presentes na vida dos 
portadores de deficiência e elas se acentuaram durante o período de pandemia. 
Assinale a alternativa correta. 
A. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. 
B. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. 
C. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. 
D. A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. 
E. As asserções I e II são falsas. 
 
Questão 3. Leia o texto a seguir. 
O brasileiro tem fama de ser solidário nas situações mais extremas, mas não cultiva 
tradicionalmente o hábito de doar tempo, dinheiro e objetos para causas importantes. 
3 
No relatório World Giving Index 2019, estudo internacional que mede o nível de 
solidariedade das nações, o Brasil aparece em 74º lugar entre 126 países. O ranking é 
feito pela Charities Aid Foundation e é representado, no Brasil, pelo IDIS (Instituto para 
o Desenvolvimento do Investimento Social). 
Em tempos de covid-19, contudo, a solidariedade se manifestou no cotidiano de pessoas, 
empresas e outras organizações da sociedade, criando uma rede de apoio para muitos 
trabalhadores informais, pequenos empreendedores, profissionais autônomos e 
trabalhadores que perderam a fonte de renda. Até o final de junho de 2020, 425 mil 
pessoas e instituições haviam doado quase R$6 bilhões para o combate aos efeitos da 
pandemia, segundo o Monitor de Doações Covid-19, que registra, em tempo real, o 
volume em dinheiro doado para essa causa. 
A solidariedade é uma maneira de a sociedade participar das mudanças que precisam 
ser feitas no mundo. A ideia é que, se cada um fizer a sua parte, por menor que ela seja, 
podemos juntos ajudar a reduzir as vulnerabilidades às quais estão sujeitos brasileiros e 
brasileiras que vivem na pobreza, com fome, sem teto e sem alguém com quem possam 
contar. Fazendo isso, ajudamos a criar uma sociedade mais justa e mais segura para 
todos nós. 
Ser solidário não exige, necessariamente, um grande esforço. Ao contrário, qualquer ato 
conta, e muito. 
Disponível em <https://meubolsoemdia.com.br/Materias/solidareidade-na-pandemia>. Acesso em 03 ago. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os atos de solidariedade cresceram durante a pandemia, confirmando o 
estereótipo do brasileiro solidário e melhorando a posição do país no ranking do 
World Giving Index. 
II. Durante a pandemia, a sociedade brasileira tem revelado a solidariedade por meio 
de atos direcionados a grupos vulneráveis. 
III. Uma sociedade justa é caracterizada por atos solidários que envolvem doações 
financeiras e por ações que evidenciam a empatia pelo outro. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. II, apenas. 
C. II e III, apenas. 
D. I e II, apenas. 
E. I, II e III. 
 
Questão 4. Leia o texto a seguir. 
Duas exigências comparecem no discurso científico: 
I) precisa ser lógico, não conter contradições, apresentar-se formalmente bem-feito, 
ordenado, com um texto bem tecido, sobretudo bem argumentado; 
II) precisa ser experimental, espelhar-se na realidade empírica, girando em torno de 
dados mensuráveis, comprováveis e retestáveis. 
(...) 
4 
De fato, ciência é, substancialmente, questão de método: o que torna um discurso 
científico é o modo como é elaborado, metodicamente, analiticamente, ordenadamente, 
criticamente, muito diferente do que seria o discurso do senso comum. 
DEMO, Pedro. Praticar Ciência. Metodologias do Conhecimento Científico. São Paulo: Saraiva, 2011, p.26. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Não basta que os dados científicos sejam mensuráveis, comprováveis e possam 
ser testados, é preciso também que a apresentação dos resultados tenha lógica, 
um bom texto e argumentos válidos. 
II. Os resultados dos estudos científicos estão sujeitos à interpretação de quem os 
recebe e às convicções pessoais de cada um; por isso, podem ser aceitos ou 
rejeitados. 
III. O senso comum não é constituído por análise crítica, método e possibilidade de 
comprovação. 
IV. Para duvidar de modo irrefutável de resultados científicos, é preciso apenas ter 
uma opinião diferente daquela que o pesquisador exprimiu. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I. 
B. I e II. 
C. II e IV. 
D. I, III e IV. 
E. I e III. 
 
Questão 5. Leia a imagem e o texto a seguir. 
 
Disponível em <https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/category/janeiro-branco/>. Acesso em 03 ago. 2021. 
5 
A rápida disseminação do novo coronavírus por todo o mundo, as incertezas sobre como 
controlar a doença e sobre sua gravidade, além da imprevisibilidade acerca do tempo de 
duração da pandemia e dos seus desdobramentos,caracterizam-se como fatores de risco 
à saúde mental da população geral (Zandifar & Badrfam, 2020). Esse cenário parece 
agravado também pela difusão de mitos e informações equivocadas sobre a infecção e 
as medidas de prevenção, assim como pela dificuldade da população geral em 
compreender as orientações das autoridades sanitárias (Bao, Sun, Meng, Shi, & Lu, 
2020). Nesse sentido, videoclipes e mensagens alarmantes sobre a Covid-19 têm 
circulado em mídias sociais, por meio de smartphones e computadores, frequentemente 
provocando pânico (Goyal et al., 2020). Da mesma forma, notícias falsas vêm sendo 
compartilhadas (Barros-Delben et al., 2020; Shimizu, 2020), por vezes contrariando as 
orientações de autoridades sanitárias e minimizando os efeitos da doença. Isso parece 
contribuir para condutas inapropriadas e exposição a riscos desnecessários, pois os 
comportamentos que as pessoas apresentam estão ligados à compreensão que têm 
acerca da severidade da Covid-19 (Shojaei & Masoumi, 2020). Pessoas com suspeita de 
infecção pelo novo coronavírus podem desenvolver sintomas obsessivo-compulsivos, 
como a verificação repetida da temperatura corporal (Li et al., 2020b). A ansiedade em 
relação à saúde também pode provocar interpretação equivocada das sensações 
corporais, fazendo com que as pessoas as confundam com sinais da doença e se dirijam 
desnecessariamente a serviços hospitalares, conforme ocorreu na pandemia de influenza 
H1N1, em 2009 (Asmundson & Taylor, 2020). Ademais, medidas como isolamento de 
casos suspeitos, fechamento de escolas e universidades e estabelecimento de 
distanciamento social de idosos e outros grupos de risco, bem como quarentena, acabam 
por provocar diminuição das conexões face a face e das interações sociais rotineiras, o 
que também pode consistir em um estressor importante nesse período (Brooks et al., 
2020; Zandifar & Badrfam, 2020; Zhang, Wu, Zhao, & Zhang, 2020b). 
Disponível em <https://www.scielo.br/j/estpsi/a/L6j64vKkynZH9Gc4PtNWQng/?lang=pt>. Acesso em 03 ago. 2021. 
 
Com base na figura e no texto apresentados, avalie as afirmativas. 
I. A difusão de fake news e de informações incoerentes sobre o processo pandêmico 
do Covid-19 colaboram para o acometimento da saúde física e mental da 
população. 
II. A suspeita de infecção pelo coronavírus pode favorecer o desenvolvimento de 
comportamentos obsessivo-compulsivos, como a verificação quase contínua da 
temperatura corporal. 
III. A redução do contato interpessoal, observado pelo fechamento de escolas e 
universidades e pelo isolamento social, tem contribuído para o aumento do 
estresse na população em geral. 
IV. O objetivo da figura é mostrar as atividades que podem melhorar a saúde mental, 
que foi afetada pela pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I, II e IV. 
B. II e III. 
6 
C. III e IV. 
D. I e III. 
E. I, II e III. 
 
Questão 6. Leia os quadrinhos e a notícia. 
 
Disponível em <https://www.ideiademarketing.com.br/2012/01/28/os-doodles-e-uma-experiencia-mais-agradavel/charge/>. 
Acesso em 24 set. 2021. 
 
IBGE aponta desigualdade de acesso à internet entre estudantes 
Alunos de escolas públicas têm mais dificuldade de conexão; o celular é meio 
utilizado pelos alunos de todas as redes 
Karla Dunder, do R7 – 14.04.2021 
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (14) 
os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua) que 
analisa o uso da televisão e da internet pelas famílias brasileiras. Os números são 
referentes a 2019 e indicam que estudantes de escolas particulares têm mais acesso à 
internet que aqueles da rede pública. 
A pesquisa aponta diferenças sociais de acesso à internet em 2019 e que ficaram mais 
evidentes após a pandemia de covid-19, que impôs isolamento social e ensino remoto. 
De acordo com os dados da Pnad de 2019, 88,1% dos estudantes brasileiros acessaram 
a internet. No entanto, a pesquisa mostra uma diferença social: 98,4% dos estudantes 
da rede privada tiveram acesso à rede e esse percentual entre os estudantes da rede 
pública de ensino foi de 83,7%. 
A Pnad também aponta diferenças de acesso por região do país. Nas regiões Norte e 
Nordeste, o percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 
68,4% e 77,0%, respectivamente; nas demais regiões, esse percentual variou de 88,6% 
a 91,3%. A distância fica ainda maior quando apenas os estudantes da rede privada são 
analisados; o percentual de uso ficou acima de 95,0% em todas as regiões, "alcançando 
praticamente a totalidade dos estudantes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste". 
https://noticias.r7.com/educacao/pesquisa-internet-foi-o-maior-problema-das-escolas-em-2020-10032021
https://noticias.r7.com/educacao/36-dos-estudantes-tiveram-dificuldade-com-a-internet-06112020
https://noticias.r7.com/educacao/36-dos-estudantes-tiveram-dificuldade-com-a-internet-06112020
7 
O acesso à internet pelo celular é o meio mais comum a todos os estudantes tanto na 
rede pública (96,8%) quanto na rede privada (98,5%). A diferença volta quando o foco 
está na posse do aparelho. Nas escolas particulares, 92,6% dos alunos tinham telefone 
celular para uso pessoal; esse percentual era de apenas 64,8% entre aqueles da rede 
pública. A maior diferença ocorreu na região Norte: apenas 47,5% de estudantes da 
rede pública tinham o próprio aparelho celular. 
Do total de estudantes que tinham aparelho celular para uso pessoal no país, um 
contingente de 26,3 milhões de pessoas, a parcela que tinha acesso à Internet nesse 
aparelho era de 97,8%, acima da parcela estimada para o total da população de 10 anos 
ou mais de idade (91,0%). 
A diferença social volta a ganhar força quando o meio de acesso à web é o computador 
— 81,8% dos estudantes da rede privada acessavam a internet pelo computador; esse 
percentual era apenas 43,0% entre os estudantes da rede pública. 
O uso da televisão para acessar a Internet ocorria para 51,1% dos estudantes da rede 
privada, sendo esse percentual o dobro do apresentado entre estudantes da rede pública 
(26,8%). No uso do tablet, a diferença chega a quase três vezes. 
Entre os estudantes da rede pública, a principal finalidade do uso da Internet foi assistir 
a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (93,4%), ao passo que, entre os estudantes 
da rede privada, o maior percentual ocorreu na finalidade enviar ou receber mensagens 
de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (97,2%). 
Disponível em <https://noticias.r7.com/educacao/ibge-aponta-desigualdade-de-acesso-a-internet-entre-estudantes-14042021>. 
Acesso em 25 set. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os quadrinhos mostram, com humor, a importância que a internet tem atualmente 
como fonte de pesquisa para os mais variados assuntos. 
II. O uso da internet pelos estudantes brasileiros revela desigualdades entre as 
regiões brasileiras e entre alunos de escolas particulares e de escolas públicas. 
III. De acordo com a pesquisa, mais de 90% dos estudantes da rede pública não 
utilizam a internet para o estudo: usam essa rede apenas para assistirem a vídeos e a 
programas de entretenimento. 
IV. A intenção dos quadrinhos é mostrar que, em qualquer situação, as informações 
encontradas no Google são verdadeiras. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I, II e III. 
B. II, III e IV. 
C. I e III. 
D. I, II e IV. 
E. I e II. 
 
Questão 7. Leia a charge e o trecho a seguir e avalie as afirmativas. 
 
https://noticias.r7.com/educacao/whatsapp-se-tornou-ferramenta-para-estudantes-sem-conexao-22032021
https://noticias.r7.com/educacao/whatsapp-se-tornou-ferramenta-para-estudantes-sem-conexao-22032021
8 
 
Disponível em <https://www.reddit.com/r/brasil/comments/mk5z37/brasil_2021/>. Acesso em 02 ago.2021. 
 
Algo muito estranho está acontecendo no mundo atual. Vivemos melhor do que qualquer 
outra geração anterior. Pessoas são saudáveis graçasàs ciências da saúde. Moram em 
residências robustas, produto da engenharia. Usam eletricidade, domada pelo homem 
devido ao seu conhecimento de química e física. Paradoxalmente, essas mesmas pessoas 
ligam seus computadores, tablets e celulares para adquirir e disseminar informações que 
rejeitam a mesma ciência que é tão presente em suas vidas. Vivemos num mundo em 
que pessoas usam a ciência para negar a ciência. 
KOWALTOWSKI, Alicia. Usando a ciência para negar a ciência. 2019. Disponível em https://www.nexojornal.com.br/ (com 
adaptações). Acesso em 02 ago. 2021. 
 
I. A charge ilustra o paradoxo que se afirma no texto: novas tecnologias, frutos do 
desenvolvimento científico, são usadas para negar a ciência. 
II. A charge tem por objetivo contrapor um professor arcaico com as novas 
tecnologias, que permitem assimilar o conhecimento de forma mais rápida. 
III. De acordo com o texto, é paradoxal que as pessoas atualmente, com o 
desenvolvimento científico contemporâneo, ainda fiquem doentes e não tenham 
moradias robustas. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I. 
B. II. 
C. III. 
D. I e II. 
E. I e III. 
9 
Questão 8. Leia o texto a seguir, publicado em 8 de agosto de 2021 no site do jornal O 
Estado de S. Paulo. 
Pandemia faz país ter menor número de nascidos em 26 anos 
Dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, 
mostram que, com a pandemia de covid-19, o número de nascimentos no País em 2020 
foi o menor desde 1994, informam Fabiana Cambricoli e Paula Felix. Foram 2.687.651 
recém-nascidos no ano passado, ante 2.849.146 em 2019, baixa de 5,66%. Os 
nascimentos já estavam em queda ou em estabilidade nos últimos anos, mas em ritmo 
menos acelerado. Entre 2018 e 2019, a diminuição no número de recém-nascidos havia 
sido de 3,2%. Entre 2017 e 2018, o país havia registrado leve alta, de 0,7%. Especialistas 
dizem que a queda de nascimentos é algo comum em períodos críticos e não significa 
que o fenômeno se manterá constante com o passar dos anos. No campo econômico, as 
mudanças na pirâmide etária impõem ao país o desafio de aumentar a produtividade nos 
anos seguintes. 
O impacto da pandemia no número de recém-nascidos foi maior até mesmo que o 
impacto do surto de zika e da microcefalia que afetou o país entre 2015 e 2016. Naquele 
período, em que muitos casais adiaram a gravidez por medo das sequelas deixadas pelo 
zika em algumas crianças, a queda de nascimentos foi de 5,3%. A última vez que o Brasil 
registrou número menor de nascimentos do que em 2020 foi há 26 anos, quando, em 
1994, 2.571.571 bebês nasceram. 
Os dados de 2020 analisados mês a mês demonstram que as maiores quedas porcentuais 
ocorreram em novembro e em dezembro, justamente nove e dez meses depois de o 
coronavírus ser confirmado no Brasil. Nesses meses, a queda foi de 9%, quase o dobro 
da média do ano. 
Disponível em <https://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo/20210808/281479279470929 >. Acesso em 15 ago. 2021 (com 
adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Com a pandemia de covid-19, houve decréscimo apreciável na população 
brasileira, pois a taxa de mulheres que engravidaram em 2020 diminuiu. 
II. A redução no número de nascimentos altera a pirâmide etária da população 
brasileira e tem impactos econômicos na sociedade. 
III. Desde 1994, o número de nascidos vem decrescendo continuamente. 
É correto o que se afirma em 
A. I, II e III. 
B. I e II, apenas. 
C. II e III, apenas. 
D. I e III, apenas. 
E. II, apenas. 
 
Questão 9. Leia o texto a seguir. 
 
 
10 
Capoeira 
Gustavo Pereira Côrtes 
Dança, luta ou jogo de origem negra, a capoeira foi introduzida no Brasil pelos escravos 
bantos de Angola, tendo se difundido com grande intensidade no Nordeste do Brasil, 
especialmente nas capitanias da Bahia e de Pernambuco, durante o período colonial. 
Marcada por movimentos que imitavam animais, era utilizada como instrumento de 
defesa pessoal. Seu nome refere-se às antigas roças, conhecidas por capoeiras, onde os 
negros realizavam seus treinos. Após a abolição, a capoeira foi marginalizada, sendo 
reprimida pela polícia da época. 
Em Recife e, também, no Rio de Janeiro, não há um estilo sincronizado, sendo 
considerada um jogo de rua, uma malandragem. Na Bahia, assume um caráter especial, 
uma vez que é marcada pala presença de cantigas de roda e pelo uso de berimbaus e 
pandeiros, o que lhe confere um aspecto amigável e menos ofensivo. 
Atualmente, vulgarizou-se e pode ser encontrada em todo o país, relacionada a 
atividades ligadas ao esporte e à educação. A indumentária é simples, com calças largas 
e cordões amarrados na cintura, que indicam o estágio no qual o participante se insere. 
CORTES, Gustavo. Dança, Brasil: festas e danças populares. Belo Horizonte: Leitura, 2000. 
 
Com base no texto e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
A. O autor considera que, atualmente, embora esteja associada ao esporte e à 
educação, a capoeira pode ser considerada uma atividade vulgar, ou seja, inconveniente 
e inadequada. 
B. A capoeira praticada na Bahia tem caráter amigável e pouco ofensivo, ao contrário 
das modalidades praticadas no Rio de Janeiro e no Recife, que têm, como principal 
objetivo, a defesa pessoal. 
C. No passado, a prática da capoeira era reprimida, por ser associada a populações 
que viviam à margem da sociedade. 
D. Segundo o autor, a capoeira é uma mistura de jogo, dança e luta que foi inventada 
no Brasil por escravos angolanos. 
E. O autor conta que, no Rio de Janeiro, aqueles que praticam a capoeira são 
considerados vagabundos. 
 
Questão 10. Leia o texto. 
O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas 
odiamos falar por telefone? 
Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa e confusa série de 
mensagens de WhatsApp 
Sílvia Lopez – 01/06/2019 
Para iniciar um texto, Hemingway dizia a si mesmo: “Escreva a frase mais verdadeira 
que você conhece”. Neste caso, seria: a psicóloga Cristina Pérez, do Siquia, respondeu 
por meio de mensagens de áudio às perguntas que lhe enviamos por e-mail. Essa 
curiosidade metajornalística não tem importância nem altera a qualidade de suas 
respostas, só ilustra a variedade e a fluidez de opções com as quais podemos nos 
http://www.siquia.com/
11 
comunicar hoje. Recebemos um e-mail? Respondemos com um áudio. Chegou um áudio 
de WhatsApp? Respondemos com um texto. Recebemos um telefonema? Não 
respondemos. Esperamos. Esperamos. E escrevemos: “Você me ligou? Não posso falar, 
é melhor me escrever”. O paradoxo do grande vício do século XXI é que estamos presos 
ao celular, mas temos fobia das ligações telefônicas. 
Voto de silêncio 
É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas 
etárias: só na Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas como 
WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger é quase o dobro do uso de ligações por 
telefone fixo e celular, segundo o Relatório da Sociedade Digital na Espanha de 2018, da 
Fundação Telefónica. Não só preferimos as mensagens instantâneas aos telefonemas, 
como também preferimos essas mensagens a interagir com outras pessoas. Ou pelo 
menos foi o que 95,1% da população espanhola disse preferir (o cara a cara só tem 
86,6% de popularidade). A ligação telefônica − que, até não muito tempo atrás, 
esperávamos com alegria ou tolerávamos com resignação, mas nunca evitávamos com 
uma rejeição universal – tornou-se uma presença intrusiva e incômoda, perturbadora e 
tirânica, mas por quê? “Uma das razões é que quando recebemos uma ligação, ela 
interrompe algo que estávamos fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar 
nesse momento”, explica a psicóloga Cristina Pérez. “Por outro lado, também exige de 
nós uma resposta imediata, ao contrário do que ocorre na comunicação escrita, que nos 
permite pensar bem no que queremos dizer. E a terceira razão seria o fato de não poder 
saber de antemão qualserá a duração do telefonema”, acrescenta. 
Introvertidos e entregues às telas 
Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, segundo 
um relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas mais de 40 vezes ao dia, e 
uma de cada quatro pessoas faz isso entre 100 e mais de 200 vezes. 
Talvez a coisa mais valiosa que nosso interlocutor exija em uma ligação não seja o 
tempo, e sim a concentração. Será que o ódio de falar por telefone poderia ser sintoma 
de um problema mais profundo, como um distúrbio de déficit de atenção? “Em princípio 
não”, responde a psicóloga. Mas “sim, é possível que uma pessoa com déficit de atenção 
tenha dificuldade para manter uma longa conversa telefônica e até mesmo que às vezes 
perca o fio da meada e volte sua atenção para outra coisa, assim como lhe ocorreria em 
uma conversa frente a frente, mas isso não quer dizer que desenvolva um ódio de falar 
por telefone”. 
Cristina Pérez alerta: “Sim, pode ser sinal de uma personalidade introvertida. O 
imediatismo de um telefonema faz com que as pessoas introvertidas não se sintam 
confortáveis neles. São pessoas que dependem muito da observação e, por telefone, não 
podem examinar a expressão do interlocutor. Se uma interação social já é incômoda 
para elas, é muito pior quando não têm essa ajuda visual que utilizam tanto. De fato, 
esse tipo de personalidade prefere a comunicação escrita à falada”. 
Como cortar a ligação 
Infelizmente, para esses introvertidos, não há uma fórmula que os libere de todos os 
telefonemas, embora o identificador do número que está ligando lhes dê certa 
autoridade. “Quando você recebe uma ligação, é você que decide se é o momento de 
atendê-la ou de deixá-la para mais tarde”, assinala a psicóloga. “Se você decidir atendê-
la e precisar cortá-la, a melhor maneira de fazer isso é de forma assertiva (estabelecendo 
limites, embora inicialmente isso nos custe um pouco, já que podemos pensar que a 
outra pessoa ficará chateada, mas é questão de treinamento e paciência), só que você 
também deve detectar qual é o momento certo para cortar”. 
12 
O problema não é apenas que nosso interlocutor queira falar ad infinitum. Ele muitas 
vezes quer de nós uma resposta rápida, se for, por exemplo, um telefonema de trabalho. 
O terror de não ter tempo para pensar o que devemos responder também nos impede 
de atender o telefone. A psicóloga também tem um truque para esses casos: “Se pedem 
uma resposta imediata que nesse momento você não pode dar, uma frase muito útil é 
‘vou pensar com calma e amanhã conversamos’, já que se não temos certeza quanto a 
uma resposta, o melhor é adiá-la, porque o imediatismo nos faz agir impulsivamente e 
é possível que depois nos arrependamos da resposta dada”. 
Adeus à dialética? 
A aversão à conversa da chamada “geração muda” poderia ter mais consequências do 
que apenas evitar as reuniões sociais. “O preço a pagar por nascer nesta geração é, 
muitas vezes, a falta de habilidade na hora de iniciar ou manter uma conversa, embora 
essas pessoas possam passar horas e horas no celular, porque estão mais concentradas 
naquilo que seu dispositivo lhes pode oferecer (o que às vezes será uma conversa com 
outra pessoa, mas não frente a frente). São gerações nas quais o vício por novas 
tecnologias está na ordem do dia, e o problema não é apenas que não valorizem o 
quanto uma boa conversa pode ser enriquecedora. Os efeitos do uso excessivo do 
celular afetam também sua personalidade, já que são pessoas com baixa tolerância à 
frustração e com necessidade de um reforço social contínuo, que ocorre através 
das curtidas. Em suma, a tecnologia é boa desde que seja usada de forma compatível 
com a vida cotidiana da pessoa, ou seja, quando não interferir em sua vida social, 
trabalhista ou pessoal”, destaca a psicóloga. 
Disponível em 
<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/01/tecnologia/1559392400_168692.html?utm_source=Facebook&ssm=FB_BR_CM&fbclid
=IwAR0tUqfDyfynJW1aheWqEnGYU1GxGvsGbJmdxD63FnvmY-jCT7CAkjKswWs#Echobox=1625268988>. Acesso em 06 jul. 2021 
(com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a pesquisa, falar ao telefone ou encontrar alguém pessoalmente 
são ações indesejadas pela maioria da população. 
II. O paradoxo apontado no texto refere-se ao fato de as pessoas alternarem diversos 
formatos de respostas às mensagens do dia a dia. 
III. De acordo com a psicóloga, o telefonema apresenta, para muitas pessoas, a 
desvantagem de exigir uma resposta imediata e de interromper o que se está fazendo 
no momento. 
É correto o que se afirma em 
A. I, II e III. 
B. III, apenas. 
C. I e III, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I e II, apenas. 
 
Questão 11. Leia o texto a seguir, publicado em 27 de julho de 2021 no site da BBC. 
13 
Simone Biles: por que desistir às vezes pode fazer bem à saúde, segundo 
especialistas 
"Não somos apenas atletas. Somos pessoas, afinal de contas, e às vezes é preciso dar 
um passo atrás", disse a norte-americana Simone Biles na terça-feira (27/7) ao deixar a 
arena da Olimpíada de Tóquio, depois de desistir da final por equipes da ginástica 
artística. 
Apesar de nem todos terem a visibilidade de Biles ou viverem a pressão a que atletas 
são submetidos na competição mais importante do mundo, o gesto da atleta pode servir 
como lição e reflexão para todos nós, dizem especialistas em saúde mental ouvidos pela 
BBC News Brasil. 
"Hoje, se fala mais da saúde mental nos esportes, na música, na educação, e o fato de 
tocar nisso desmistifica o assunto", afirma Lívia Castelo Branco, psiquiatra da clínica 
Holiste. 
"Há artistas que escolhem se afastar das redes sociais ou que decidiram nem entrar nas 
Olimpíadas. Quando se trata de um problema físico, as pessoas conseguem falar de 
forma mais natural — por exemplo, que houve uma ruptura do ligamento do joelho, por 
isso o atleta está afastado. Já a saúde mental, por mais que estejamos falando mais 
nela, é mais difícil de mensurar e abordar", completa. 
"Algumas pessoas vão encarar a desistência como falta de vontade ou covardia, mas na 
verdade é um ato de coragem muito grande expor a dificuldade, a fraqueza, a saúde 
mental ao público". 
O peso do mundo nas costas 
Vale destacar que uma decisão dessas, de abandonar uma competição tão importante, 
ganha uma repercussão ainda maior quando uma personalidade do esporte mundial está 
envolvida. Aos 24 anos, Biles já é considerada a maior ginasta de todos os tempos. 
Esse reconhecimento se deve às quatro medalhas de ouro conquistadas na Rio 2016 e 
aos cinco títulos mundiais em 2013, 2014, 2015, 2018 e 2019, feito inédito na história 
da modalidade. 
Antes dos Jogos de Tóquio, a americana já era apontada como a grande estrela do 
evento e carregava nas costas a certeza (quase a obrigação) de levar os Estados Unidos 
para muitos pódios. 
A psicóloga Valeska Bassan, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo 
(USP), destaca a "coragem" de Biles ao reconhecer e expor seus limites — e sugere que 
a decisão pode ter sido motivada por fatores relacionados ao estresse, mas também por 
autoconhecimento. 
"Precisamos aprender que podemos desistir. A gente se programa, se prepara, tem um 
foco, mas em algum momento esse foco pode ser diferente", destaca a psicóloga. 
"É se perguntar: por que preciso passar por tudo isso? E, principalmente, para quem?", 
aponta Bassan, destacando as pressões externas às quais Biles, e todos nós, estamos 
submetidos. 
"No dia a dia, vemos muitas situações assim relacionadas ao trabalho. Por exemplo, uma 
pessoa que cursou uma faculdade ou exerce uma profissão para cumprir a expectativa 
da família. Ou nos relacionamentos, já que foi imposto socialmente que casar é pra 
sempre". 
"Por tentar atender às expectativas dos outros, a pessoa acha que desistir é um fracasso, 
porque estaria decepcionando mais pessoas". 
A própria Simone Biles apontou a pressão que vive. "Acho que a saúde mental é mais 
importante nos esportes nesse momento.Temos que proteger nossas mentes e nossos 
corpos e não apenas sair e fazer o que o mundo quer que façamos". 
 
14 
Atenção aos sinais 
Simone Biles desistiu de seguir na competição na terça-feira depois de marcar a 
pontuação mais baixa no salto olímpico. "Depois da apresentação que fiz, simplesmente 
não queria continuar", disse ela. 
"Eu não confio mais tanto em mim mesma. Talvez seja o fato de estar ficando mais 
velha. "Eu não queria ir lá, fazer algo estúpido e me machucar. Sinto que muitos atletas 
se manifestando realmente me ajudou". 
Para a psiquiatra Lívia Castelo Branco, o que Biles manifestou não parece ser uma 
decisão impulsiva, mas sim alguma questão de saúde mental que vinha escalando. Algo 
que todos nós, atletas ou não, podemos observar com sinais — e, com sorte, buscarmos 
ajuda em um ambiente que seja acolhedor, como uma equipe técnica que não apenas 
cobre, mas escute. 
No trabalho, as pessoas podem perceber que estão desgastadas emocionalmente, por 
exemplo, se há frequentes faltas, queda de produtividade, dificuldade de atenção e um 
sentimento de que os objetivos profissionais (individuais e coletivos) não são cumpridos. 
Valeska Bassan menciona também alterações no sono, na alimentação, pensamentos 
repetitivos, a sensação de incapacidade ou estímulo para fazer atividades conhecidas, o 
próprio sofrimento e, por último, o burnout (aquela sensação de completo esgotamento 
físico e mental que impede a realização de qualquer atividade). 
Ignorar todos esses incômodos não só deixa de resolver, como pode prejudicar nossas 
atividades profissionais, sociais, entre outras. 
"A nossa saúde física e mental está interligada. Eu brinco que o corpo é o porta-voz da 
psique: quando não estamos dando conta ou não damos atenção à saúde mental, o 
corpo dá um jeito de parar e avisar", explica a psicóloga. 
Os sintomas citados pelas especialistas não configuram necessariamente uma patologia, 
como a depressão ou a ansiedade — mas podem ser um indício importante de que algo 
não vai bem e, por isso, a assistência profissional de um psicólogo ou um psiquiatra é 
recomendada. 
Lívia Castelo Branco diz que, na maioria dos casos, o acompanhamento psicológico é 
suficiente, mas, em alguns, a intervenção com medicamentos — sob orientação médica 
— pode ser necessária. 
Pelo cotidiano de pressões a que são submetidos, a psiquiatra diz que é esperado que 
atletas de alto desempenho tenham acompanhamento psicológico a longo prazo. 
O exemplo de Biles, portanto, reforça a ideia de que determinação e disciplina são 
ingredientes fundamentais para o sucesso, mas às vezes é preciso se conhecer e, caso 
seja necessário, dar um passo para trás pelo bem da saúde do corpo e da mente. 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57993220>. Acesso em 12 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, Simone Biles “amarelou” por ser psicologicamente fraca 
e não saber lidar com a frustração: desistiu de competir após marcar a pontuação 
mais baixa no salto olímpico. 
II. No dia a dia, segundo o texto, é necessário refletir sobre as pressões a que todos 
estamos submetidos e não tentar atender sempre às expectativas dos outros. 
III. Simone Biles, atleta da ginástica artística, demonstrou, conforme o texto, 
autoconhecimento e coragem ao desistir da competição quando percebeu que 
poderia se machucar. 
15 
É correto o que se afirma somente em 
A. I. 
B. III. 
C. I e III. 
D. II e III. 
E. I e II. 
 
Questão 12. Leia as informações a seguir. 
 
 
Disponível em <https://cetesb.sp.gov.br/posgraduacao/wp-content/uploads/sites/33/2019/04/Apostila-Ordenamento-
Jur%C3%ADdico-Ambiental-T3.pdf>. Acesso em 13 ago. 2021. 
 
Ética 
Substantivo feminino 
1. parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, 
disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito 
da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer 
realidade social. 
2. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um 
grupo social ou de uma sociedade. 
Disponível em <https://www.abecbrasil.org.br/eventos/meeting_2019/palestras/segunda/rui.pdf>. Acesso em 27 set. 2021. 
 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta. 
A. A imagem em forma de pirâmide é a mais representativa da ética ambiental 
porque representa a superioridade humana como único ser vivo capaz de zelar pelos 
demais. 
B. As duas imagens são boas representações da ética ambiental, embora dependam 
do contexto econômico e social do país onde ela é desenvolvida. 
16 
C. A imagem em forma circular não representa a ética ambiental justamente por não 
considerar o poder do ser humano como definidor da ética. 
D. A imagem triangular representa a ética ambiental de forma mais adequada porque 
impõe a hierarquia e o protagonismo representados pelo ser humano. 
E. A imagem circular representa melhor a ética ambiental porque considera o ser 
humano no mesmo nível dos demais seres, mostrando que somos parte do meio 
ambiente e merecemos respeito tanto quanto qualquer ser vivo. 
 
Questão 13. Leia o poema de Conceição Evaristo e avalie as afirmativas. 
Vozes-mulheres 
A voz de minha bisavó 
ecoou criança 
nos porões do navio 
ecoou lamentos 
de uma infância perdida. 
A voz de minha avó 
ecoou obediência 
aos brancos-donos de tudo. 
A voz de minha mãe 
ecoou baixinho revolta 
no fundo das cozinhas alheias 
debaixo das trouxas 
roupagens sujas dos brancos 
pelo caminho empoeirado 
rumo à favela 
A minha voz ainda 
ecoa versos perplexos 
com rimas de sangue e fome. 
A voz de minha filha 
recolhe todas as nossas vozes 
recolhe em si 
as vozes mudas caladas 
engasgadas nas gargantas. 
A voz de minha filha 
recolhe em si 
a fala e o ato. 
O ontem – o hoje – o agora. 
Na voz de minha filha 
se fará ouvir a ressonância 
O eco da vida-liberdade. 
Poemas de recordação e outros movimentos, p. 10-11. 
Disponível em <http://www.letras.ufmg.br/literafro/24-textos-das-autoras/187-conceicao-evaristo-textos-selecionados>. Acesso 
em 06 set. 2021. 
 
I. O poema, por meio das vozes de gerações de mulheres, revela aspectos históricos 
e sociais do Brasil, como a escravidão e as desigualdades econômicas. 
17 
II. O poema afirma que a voz da atual geração expressa a liberdade, sem ecos do 
passado, pois a escravidão acabou. 
III. O poema exalta a importância da ancestralidade e da memória na formação da 
mulher negra. 
É correto o que se afirma em 
A. I, II e III. 
B. I e II, apenas. 
C. I e III, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. III, apenas. 
 
Questão 14. Leia os textos 1 e 2. 
 
Texto 1 
A fome é exclusão da terra, da renda, do emprego, do salário, da educação, da economia, 
da vida e da cidadania. Quando uma pessoa chega a não ter o que comer é porque tudo 
o mais já lhe foi negado. É uma espécie de cerceamento moderno ou de exílio. O exílio 
da Terra. Mas a alma é política. 
A história do Brasil pode ser contada de vários modos e sob vários ângulos, mas, para a 
maioria, ela é, na verdade, a história da indústria da fome e da miséria. Um modo 
perverso de dividir o mundo em dois, produzindo um gigantesco apartheid. 
SOUZA, Herbert. A alma da fome é política. IN MEDINA, C.; GRECO, M. (Orgs). Saber plural. São Paulo: ECA/USP/CNPq, 1994. 
 
Texto 2 
No Brasil, 84,9 milhões de pessoas estão com fome ou em insegurança 
alimentar. Número corresponde a 41% da população. Na Venezuela, são 
33% no patamar da insegurança, segundo dados do Programa Mundial de 
Alimentos da ONU 
Agência O Globo|Brasil Econômico - 19/08/2021 
 
 
Daniel Marenco/Agência O Globo. 
Número corresponde a 41% da população. Na Venezuela, são 33% no patamar da insegurança, 
segundo dados do Programa Mundial de Alimentos da ONU 
18 
Cerca de 41% da população brasileira, ou 84,9 milhões de pessoas, convivem com fome 
ou com algum grau de insegurança alimentar.Os números são da Pesquisa de 
Orçamentos Familiares (POF), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, e compreendem 
o período entre 2017 e 2018. Para colocar em perspectiva, na Venezuela essa realidade 
assola um terço na população, segundo dados do Programa Mundial de Alimentos da 
ONU (Organização das Nações Unidas). 
Dessa parcela brasileira, 27% vivem com insegurança alimentar leve, quando há 
preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, além de perda na 
qualidade dos alimentos, a fim de não comprometer a quantidade de alimentação 
consumida. 
Já a população residente em domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave, 
em que a qualidade e a quantidade desejadas em relação aos alimentos já estavam 
comprometidas, o percentual é de 13,9%. Nessa situação, a fome passa a ser uma 
experiência vivida no domicílio. 
Como os dados são anteriores ao período da pandemia, a tendência é que a dificuldade 
para garantir alimentação de qualidade e quantidade (segurança alimentar) esteja ainda 
maior. 
Isso porque o desemprego bateu recorde, e o país se recupera lentamente da sua pior 
recessão. Apesar da manutenção do auxílio emergencial às famílias, o valor menor do 
programa neste ano frente ao avanço da inflação não reduz o difícil acesso à compra de 
itens básicos, como alimentos, sobretudo pelos mais pobres. 
Disponível em <https://economia.ig.com.br/2021-08-19/fome-inseguranca-alimentar-no-brasil.html>. Acesso em 13 set. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto 1, a fome é a condição dos exilados políticos, daqueles 
que deixam sua terra. 
II. Os dois textos apontam que a fome é um problema presente na realidade 
brasileira: o texto 1 culpa a indústria pela desigualdade, e o texto 2 aponta os efeitos da 
pandemia na falta de segurança alimentar. 
III. Segundo o texto 1, a fome é um estágio daqueles que já foram destituídos de 
seus direitos básicos. 
É correto o que se afirma em 
A. I, II e III. 
B. I e II, apenas. 
C. II e III, apenas. 
D. I e III, apenas. 
E. III, apenas. 
 
Questão 15. Leia a charge do cartunista Adão Iturrusgarai e a notícia publicada no 
portal Bahia Notícias. 
19 
 
Disponível em <http://umbrasil.com/charges/charge-09-08-2021/>. Acesso em 10 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Brasil chega a 152 mi de pessoas com acesso à internet; país tem aumento 
de 7% em relação a 2019 
No Brasil, tem crescido, ano a ano, o número de pessoas com acesso à internet, e a 
pandemia acelerou esse processo. Pesquisa promovida pelo Comitê Gestor da Internet 
do Brasil revelou que, em 2020, o país chegou a 152 milhões de usuários - aumento de 
7% em relação a 2019. Com isso, 81% da população com mais de 10 anos têm internet 
em casa. 
Segundo a Agência Brasil, o coordenador da pesquisa, Fábio Storino, destaca que a 
pandemia fez com que os indicadores de acesso à internet apresentassem os maiores 
crescimentos dos 16 anos da série histórica. 
O crescimento do total de domicílios com acesso à internet ocorreu em todos os 
segmentos analisados. As residências da classe C com acesso à internet passaram de 
80% para 91% em um ano. Já os usuários das classes D e E com internet em casa 
saltaram de 50% para 64% na pandemia. 
Porém Fábio Storino explica que esse acesso à internet é desigual, uma vez que cerca 
de 90% das casas das Classes D e E se conectam à rede exclusivamente pelo celular. 
A desigualdade de acesso à internet no Brasil reflete-se também no ensino básico. O 
censo escolar de 2020 revelou que apenas 32% das escolas públicas do ensino 
fundamental têm acesso à internet para os alunos, porcentagem que chega a 65% no 
caso das escolas públicas do ensino médio. 
Além de aumentar os investimentos em infraestrutura para internet nas escolas, o diretor 
executivo da ONG D3e, Antonio Bara Bresolin, que atua na produção de pesquisas para 
orientar políticas de educação, afirma que é necessário também capacitar os profissionais 
da área. 
O governo federal espera aumentar a infraestrutura da internet nas escolas a partir do 
leilão do 5G (...). Segundo o ministro das Comunicações, Fabio Faria, 6,9 mil escolas 
públicas urbanas que hoje não têm acesso à internet receberão a infraestrutura nos 
primeiros anos da instalação do 5G no Brasil. O edital do 5G prevê investimentos para 
20 
levar internet de alta velocidade para todas as escolas em locais com mais de 600 
habitantes até 2029. 
Disponível em <https://www.bahianoticias.com.br/noticia/261360-brasil-chega-a-152-mi-de-pessoas-com-acesso-a-internet-pais-
tem-aumento-7-em-relacao-a-2019.html>. Acesso em 23 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos dados apresentados, avalie as afirmativas. 
I. O número de residências da classe C com acesso à internet aumentou 11% entre 
2020 e 2021. 
II. A charge ilustra o problema de falta de acesso à internet enfrentado por muitas 
pessoas. 
III. Um pouco menos de 107 milhões de pessoas tinham acesso à internet em 2019. 
IV. O percentual de usuários das classes D e E com internet em casa cresceu 28% 
durante o período da pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e II. 
B. I e III. 
C. II e IV. 
D. II, III e IV. 
E. III e IV. 
 
Questão 16. Leia o poema. 
Porta do armário aberta 
Marina Colassanti 
Abro a porta do armário 
como abro um diário, 
a minha vida ali 
dependurada 
meu frusto cotidiano 
sem segredos 
intimidade exposta 
que os botões não defendem 
nem se veda nos bolsos, 
espelho mais real que todo espelho 
entregando à devassa 
as medidas do corpo. 
Armário 
tabernáculo do quarto 
que abro de manhã 
como à janela 
para sagrar o ritual do dia. 
Sala de Barba Azul 
coalhada de pingentes 
longas saias e véus 
21 
emaranhados sem que sangue goteje. 
Corpos decapitados 
ausentes minhas mãos 
dos murchos braços. 
Do armário minhas roupas 
me perseguem 
como baú de herança ou 
maldição. 
Peles minhas pendentes 
em repouso 
silenciosas guardiãs 
dos meus perfumes 
tessituras de mim 
mais delicadas 
que a luz desbota 
que o tempo gasta 
que a traça rói 
ainda assim durarão nos seus cabides 
muito mais do que eu sobre meus ossos. 
Nenhuma levarei. 
Irei despida 
deixando atrás de mim 
a porta aberta. 
COLASSANTI, Marina. Rota de colisão. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo do poema é questionar a necessidade de substituição das roupas no 
guarda-roupa de acordo com os ditames da moda. 
II. Metaforicamente, o poema tem por objetivo revelar, por meio do armário e de 
suas roupas penduradas, a perda de um amor. 
III. A questão central do poema é o ressentimento da mulher pelo fato de que suas 
roupas estão desbotadas e roídas pelas traças. 
IV. A poetisa compara o armário a um diário: as roupas penduradas revelam aspectos 
da sua vida. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e III. 
B. II e IV. 
C. II e III. 
D. IV. 
E. II, III e IV. 
 
Questão 17. Leia o texto e o gráfico. 
22 
Seca e fogo amplificam morte de árvores e emissões de CO2 na Amazônia 
Elton Alisson, Agência FAPESP – 20/07/2021 
As secas extremas estão se tornando cada vez mais frequentes e intensas devido às 
mudanças climáticas, o que pode ter grandes impactos na Amazônia. Entre o final de 
2015 e o início de 2016, durante o verão, o bioma foi atingido por uma grande estiagem 
e incêndios florestais associados ao El Niño. Os efeitos do evento climático duraram pelos 
três anos posteriores, resultando, até 2018, na morte de 3 bilhões de árvores e na 
emissão de 495 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) – superior à média anual 
do desmatamento em toda a Amazônia brasileira. 
(...) Em circunstâncias normais, por causa dos altos níveis de umidade, a floresta 
amazônica não queima. No entanto, a seca extrema torna a floresta temporariamente 
inflamável. Dessa forma, o fogo utilizado para queimar a floresta derrubada em uma 
área desmatada ou para auxiliar na limpeza de um pasto pode escapar do controle e sedispersar pela floresta, provocando grandes incêndios florestais. 
(...) A perda de árvores foi muito pior nas florestas secundárias e em outras florestas 
afetadas pela intervenção humana. As árvores com menor densidade de madeira e 
cascas mais finas foram mais propensas a morrer com a seca e os incêndios. Essas 
árvores menores são mais comuns em florestas afetadas pelo homem. 
(...) As emissões de CO2 das florestas queimadas por incêndios florestais foram quase 
seis vezes maiores do que as florestas afetadas apenas pela seca. 
(...) Após três anos, apenas cerca de um terço (37%) das emissões foi reabsorvido pelo 
crescimento das plantas na floresta. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/seca-e-fogo-amplificam-morte-de-arvores-e-emissoes-de-co2--na-amazonia/36372/>. 
Acesso em 14 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Desmatamento da Amazônia dispara de novo em 2020 
Herton Escobar – 07.08.2020 
 
 
Disponível em <https://jornal.usp.br/ciencias/desmatamento-da-amazonia-dispara-de-novo-em-2020/>. Acesso em 14 ago. 2021. 
 
23 
I. O texto afirma que o principal causador dos incêndios na floresta Amazônica em 
2020 foi a seca decorrente das mudanças climáticas do fenômeno El Niño. 
II. Embora as emissões de CO2 a partir do ano de 2015 estejam associadas ao 
fenômeno El Niño, danos ambientais também são provocados por intervenção 
humana na floresta Amazônica. 
III. O gráfico mostra que a taxa de desmatamento na Amazônia em 2019/2020 
aumentou mais de 50% em comparação com o mesmo período do ano anterior. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e II. 
B. II e III. 
C. I e III. 
D. II. 
E. III. 
 
Questão 18. Para realizar pesquisas sobre o desemprego no Brasil, o Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE) divide a população total do país em dois grupos: os 
que têm e os que não têm idade para trabalhar. O grupo da população em idade para 
trabalhar, posteriormente, é subdividido em mais algumas categorias. As principais 
classificações do mercado de trabalho utilizadas pelo IBGE podem ser observadas no 
organograma a seguir. 
 
 
Disponível em <https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php>. Acesso em 15 ago. 2021 (com adaptações). 
 
24 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) é a pesquisa 
do IBGE que visa a acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução da força de 
trabalho brasileira, assim como outras informações necessárias para o estudo do 
desenvolvimento socioeconômico do país. O gráfico a seguir mostra os dados de 
ocupação, desocupação e outras divisões do mercado de trabalho brasileiro no 1º 
trimestre de 2021, de acordo com resultados da PNAD Contínua. 
 
Disponível em <https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php>. Acesso em 15 ago. 2021 (com adaptações). 
 
De acordo com as informações apresentadas no gráfico, avalie as afirmativas. 
I. A população total do Brasil é composta por mais de 210 milhões de pessoas. 
II. Há, aproximadamente, 100 milhões de pessoas com 14 anos ou mais no país. 
III. Quase metade da população do Brasil é formada por pessoas que fazem parte da 
força de trabalho. 
IV. Os aposentados não foram incluídos no gráfico por não fazerem mais parte da 
força de trabalho. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I. 
B. I e III. 
C. II e IV. 
D. I, II e III. 
E. II, III e IV. 
 
Questão 19. A tabela a seguir mostra o número de doentes e de mortes por covid-19 
nas diferentes regiões brasileiras, segundo dados fornecidos pelas secretarias de saúde 
dos estados em 15 de agosto de 2021. 
25 
Tabela. Síntese de casos, óbitos, incidência e mortalidade por covid-19 no 
Brasil, até 15 de agosto de 2021. 
Região Casos Óbitos Incidência 
(casos/100 mil 
habitantes) 
Mortalidade 
(óbitos/100 mil 
habitantes) 
Brasil 20.364.099 569.058 9.690,4 270,8 
Sul 3.940.759 88.574 13.146,4 295,5 
Centro-Oeste 2.102.391 53.676 12.900,4 329,4 
Norte 1.806.232 45.591 9.800,0 247,4 
Nordeste 4.692.381 114.059 8.221,9 199,9 
Sudeste 7.822.336 267.158 8.851,7 302,3 
Disponível em <https://covid.saude.gov.br/>. Acesso em 16 ago. 2021. 
 
Com base na leitura da tabela, avalie as afirmativas. 
I. A região Sudeste concentra o maior número de casos de covid-19 e responde por 
aproximadamente 38% do total de casos observados no país. 
II. A taxa de letalidade da doença no Brasil, calculada como a proporção entre o 
número de óbitos e o número de casos, é da ordem de 25%. 
III. Os óbitos por covid-19 na região Centro-Oeste correspondem a aproximadamente 
10% do total de mortos pela doença. 
É correto o que se afirma em 
A. I e II, apenas. 
B. II e III, apenas. 
C. III e IV, apenas. 
D. I e III, apenas. 
E. II e IV, apenas. 
 
Questão 20. Leia o texto e a figura a seguir, publicados na revista Pesquisa Fapesp. 
A Amazônia perde o gás 
Divulgado em dezembro passado, o mais recente relatório do Global Carbon Project 
estima que, desde a década de 1960, as plantas terrestres retiraram da atmosfera cerca 
de um quarto do dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa que contribui 
para o aumento do aquecimento planetário, emitido pela queima de combustíveis fósseis. 
Esse efeito benéfico ao clima ocorre porque a taxa com que os vegetais fazem 
fotossíntese – e, portanto, consomem o CO2 disponível no ar para se manter vivos e 
crescer – é ligeiramente maior do que o ritmo de emissão de dióxido de carbono por 
meio da queima de biomassa, da decomposição de material orgânico e da respiração das 
plantas. A diferença a favor da coluna das absorções em relação à coluna das emissões 
26 
é pequena, de cerca de 2%, mas suficiente para tornar as florestas, sobretudo as densas 
e exuberantes matas tropicais, importantes sumidouros de carbono. Esse termo é usado 
para designar as áreas em que as absorções de carbono superam as emissões. 
Por ser a maior floresta tropical, com cerca de 80% de sua área ainda preservada, a 
Amazônia é considerada um dos mais importantes sumidouros de carbono. Mas estudos 
feitos ao longo dos últimos 10 anos, com o emprego de diferentes metodologias 
analíticas, como dados de satélites, registros de crescimento e mortalidade de árvores e 
amostras sistemáticas do ar sobre a floresta, indicam que o leste da Amazônia virou uma 
fonte de carbono na década passada, ou seja, a quantidade de CO2 que saiu desse setor 
do bioma superou a que entrou. A situação é particularmente preocupante no sudeste 
da Amazônia, entre Pará e Mato Grosso, região em que fica o chamado Arco do 
Desmatamento, que concentra o grosso das intervenções humanas, sobretudo o 
desflorestamento, sobre a área. 
 
 
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/a-amazonia-perde-o-gas/>. Acesso em 14 ago. 2021. 
27 
De acordo com o texto e com os seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. Os vegetais têm a capacidade de emitir e de absorver o CO2. Em geral, a 
quantidade absorvida é maior do que a quantidade emitida, o que contribui 
indiretamente para a regulação da temperatura da superfície terrestre. 
II. Por conta do desmatamento, apenas 2% do CO2 emitido pela queima de 
combustíveis fósseis são absorvidos pelas árvores da floresta amazônica. 
III. Entre 2010 e 2018, a região leste da floresta amazônica emitiu aproximadamente 
dez vezes mais CO2 do que a região oeste, como consequência da diminuição da 
pluviosidade e do aumento da temperatura durante a estação seca. 
IV. Atualmente, apenas Rio Branco e Tabatinga/Tefé, a oeste da floresta amazônica, 
atuam como sumidouros de carbono. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. II, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. III e IV, apenas.

Continue navegando