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Compreender o homem em suas complexas Inter- relações; Reflexão sobre os fundamentos que embasam as metodologias; Construir um paradigma norteador do diagnóstico do Psicólogo na organização não tem sido tarefa fácil. Primeiro pela escassez de bibliografia específica; segundo e talvez como condição geradora, a dificuldade do psicólogo de dar conta da singularidade humana da complexidade da organização. Oscila o profissional entre não fazer uma prática de diagnóstico, ou fazê-lo de uma forma a se deter tão somente a técnicas e métodos, sem uma análise cuidadosa dos conteúdos de valor envolvidos em uma situação organizacional. O diagnostico psicologico é o processo por meio do qual, por intermédio de métodos e técnicas psicológicas, se analisa e se estuda o comportamento de pessoas, de grupos, de instituições e de comunidades, identificando as variáveis nele envolvidas. Antes de qualquer coisa, existe a necessidade de o psicólogo fazer um diagnóstico considerado fundamentalmente a perspectiva psicossocial de sua formação, o que o tornará apto a se integrar com outras perspectivas sem perder sua especificidade, condição primária, na busca da interdisciplinaridade, quando se tem como objetivo dar conta da complexidade da relação homem & organização. A questão que julgamos fundamental para o posicionamento profissional do psicólogo na organização é sua clareza em relação à concepção de homem adotada. É preciso que o psicólogo se posicione quanto a sua concepção de homem, que possa analisar a organização e definir uma metodologia diagnostica; é preciso que o profissional esteja consciente enquanto seu papel de agente de transformação. Aspectos que devem nortear um diagnóstico: diagnóstico e cultura organizacional Textos: Diagnostico psicosocial (Hely Aparecida Zavattaro) & Cultura organizacional ( Angela Lago). Clara explicação dos pressupostos metodológicos do instrumento de diagnostico a ser construído na situação de trabalho; Reflexão e coerência entre os pressupostos adotados e as praticas empreendidas; Visão de investigação constante da realidade; Realizar uma pré analise da organização e definir a melhor metodologia de diagnostico; Definir e ter clareza de quem é seu cliente, para quem efetivamente se trabalha, que valores promove e quem é o beneficiário de sua ação. modelos de diagnóstico MODELO CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO CLIENTE: Nesse modelo, os objetivos do roteiro devem ser: orientar/sugerir indicadores para o diagnóstico da organização cliente, especialmente quanto a função Recursos Humanos, objeto de estudo do psicólogo organizacional; inicialmente com enfoque mais abrangente, busca-se conhecer a organização cliente através de sua história, ciclo de vida, missão/negócio, etc.; focalizasse a função recursos humanos enfatizando os Conceitos que sustentam suas diretrizes, políticas, processos procedimentos, instrumentos, fluxos e resultados (esperados e reais) Algumas das estratégias de coleta de dados são: entrevista dirigida com o profissional responsável pela função; questionário descritivo (somente para pesquisa de campo); obtenção de material fornecidas e autorizadas pela organização cliente. A coleta de dados deve incluir informações sobre: a organização cliente, a função do recursos humano, o recrutamento e seleção de pessoal, o treinamento e desenvolvimento de pessoal, sobre a gestão de desempenho, sobre a remuneração e benefícios, sobre segurança, planejamento de recursos humanos e a descrição do perfil do cargo. MODELO DIAGNÓSTICO E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS (DO): Toda organização em desenvolvimento enfrenta problemas. Nos enquanto profissionais, podemos utilizar passos sequenciais recomendados para melhor diagnosticas e solucionar tais conflitos. Primeiro precisamos ter a definição clara do problema, para então fazer uma analise e encontrar alternativas de resolução do problema. MODELO CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO: O diagnostico psicossocial na organização tem como objetivo a identificação e analise de complexas inter- relações entre o individuo e o contexto do trabalho, compreendido a nível social, organizacional, grupal e individual. O ambiente externo, o ambiente organizacional e as pessoas compõem uma sinergia, uma rede de relações, interações e interdependência, de forma a serem consideradas no mesmo nível de importância. Assim, o enfoque da manutenção deve ser nas relações entre o homem e seu trabalho. Uma relação de qualidade pode ser definida quando o trabalho estiver servido: ao homem em sua função de sobrevivência; e a organização, em seu objetivo de produtividade, qualidade e competência para fazer frente ao mercado presente e futuro. cultura organizacional Cultura organizacional é um tema que, embora pesquisado no exterior desde a década de 50, somente a partir da década de 80 é que se tem dado maior atenção ao mesmo no Brasil. Assim , tem se tornado um dos grandes temas em debate na Psicologia do Trabalho, tanto na academia, como nas publicações da imprensa em geral. Cada organização têm uma vida própria, que inclui formalidade nas regras, formas de comunicação, estilos gerenciais, formas de tratamento dos funcionários, benefícios, etc. Qualquer pessoa que tenha trabalhado em diversas empresas, mesmo do mesmo ramo, pode perceber isso a partir de sua própria vivência pessoal. Estas pessoas têm que se adaptar a novas regras, com mais formalidade ou informalidade nas relações pessoais. Esses aspectos são parte da cultura de cada organização. Os fundadores são a fonte primaria da cultura, tem uma visão geral daquilo que a organização deve ser. Crenças e pressupostos: expressam aquilo que é tido como verdade na organização. Valores: definição do que é importante para atingir o sucesso. Ritos: atividades planejadas para tornar a cultura mais visível; por exemplo processos de interação. Mitos: narrações e eventos sobre a organização, as vezes sem fundo de verdade. Tabus: proibições que muitas vezes não estão explicitas em manuais Normas: regras sobre o que é esperado Heróis: personagens que condensam a força da organização. Processo de comunicação: inclui a rede de relações, papeis informais; tem a função de transmitir e administrar a cultura. Os fundadores das organizações irão contratar funcionários que pensam como eles, para que assim, seu comportamento possa agir como um modelo, encorajando os funcionários a agir como eles. Em uma empresa de sucesso, a personalidade dos fundadores passa a ser parte integrante da cultura organizacional. Assim, a cultura organizacional passa a ser um modelo de pressupostos básicos que um dado grupo inventou, descobriu ou desenvolveu, no processo de aprendizagem, para lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna. São elementos da cultura organizacional: Existem também as subculturas, que podem ser definidas por departamentos ou experiências comuns de seus membros. A cultura nacional também interfere na cultura organizacional. A cultura da organização pode acabar funcionando como barreiras, impedindo mudança e implementação de diversidade. Porém, ela traz para os funcionários um senso de identidade, estimulando a estabilidade do contexto social e favorecendo o comprometimento. O recursos humanos acaba servindo como um guardião da cultura, definindo os perfis compatíveis com os valores, desenhando programas de treinamento que enfatizem a historia da organização , definindo critérios de avaliação etc.
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