Buscar

DJi - Lei Excepcional ou Temporária - Leis de Vigência Temporária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

- Índice Fundamental do Direito
Legislação - Jurisprudência - Modelos - Questionários - Grades
Leis de Vigência Temporária - Lei Excepcional ou Temporária - Art. 3º, Lei Excepcional ou
Temporária - Aplicação da Lei Penal - Código Penal - CP - DL-002.848-1940 - Art. 4º, Lei Excepcional
ou Temporária - Aplicação da Lei Penal Militar - Código Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969
Penal
- fato praticado durante a sua vigência: Art. 3º, CP
Leis de Vigência Temporária
"Art. 3º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de
sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se
ao fato praticado durante sua vigência.
Leis auto-revogáveis: são também chamadas de leis de vigência
temporária. Comportam duas espécies, a lei excepcional e a lei
temporária:
a) lei excepcional: é a feita para vigorar em períodos anormais, como
guerra, calamidades etc. Sua duração coincide com a do período (dura
enquanto durar a guerra, a calamidade etc.);
b) lei temporária: é a feita para vigorar em um penodo de tempo
previamente fixado pelo legislador. Traz em seu bojo a data de cessação
de sua vigência. É uma lei que desde a sua entrada em vigor está marcada
para morrer.
Características:
a) São auto-revogáveis: em regra, uma lei somente pode ser revogada
por outra lei, posterior, que a revogue expressamente, que seja com ela
incompatível ou que regule integralmente a matéria nela tratada (LICC,
art. 2º, § 1º). As leis de vigência temporária constituem exceção a esse
princípio, visto que perdem sua vigência automaticamente, sem que outra
lei as revogue. A temporária se auto-revoga na data fixada em seu
próprio texto; a excepcional, quando se encerrar o período anormal.
Neste último caso, tal data é incerta, pois nunca se sabe exatamente
quando a situação se encerrou (nunca se sabe ao certo quando a
calamidade ou epidemia foi controlada, quando a guerra ou rebelião
acabou, e assim por diante).
b) São ultrativas: a ultratividade significa a possibilidade de uma lei se
aplicar a um fato cometido durante a sua vigência, mesmo após a sua
revogação (a lei adere ao fato como se fosse um carrapato,
acompanhandoo para sempre, mesmo após a sua morte). O art. 5º, XL,
da CF, consagrou o princípio da ultratividade in mellius. Assim, por
exemplo, se um sujeito pratica um homicídio qualificado antes da entrada
em vigor da Lei n. 8.930, de 6 de setembro de 1994, que passou a
considerá-Io crime hediondo, continuará tendo direito à progressão de
regime, já que a nova lei, por ser prejudicial, não pode retroagir para
impor o regime integralmente fechado ao agente. É o caso dos assassinos
Referências
e/ou
Doutrinas
Relacionadas:
Ab-Rogação da Lei
Ação Penal
Anterioridade da Lei
Aplicação da Lei
Penal
Aplicação da Pena
Caducidade da Lei
Causas de Extinção
da Punibilidade
Classificação dos
Crimes
Concepção do
Direito Penal
Concurso de Crimes
Concurso de Pessoas
Conduta
Conflito Aparente de
Normas
Contagem do Prazo
Crime Continuado
Crime Impossível
Crime Preterdoloso
ou Preterintencional
Crimes Culposos
Desconhecimento da
Lei
Derrogação da Lei
Desistência
Voluntária e
Arrependimento
Eficaz
Direito Penal no
Estado Democrático
de Direito
da atriz Daniela Perez, os quais se valeram da ultratividade in mellius para
obter a passagem para o regime semi-aberto e depois ao aberto. No
caso das leis de vigência temporária, porém, a ultratividade é um pouco
diferente: ela ocorre sempre, ainda que prejudique o réu. Assim, um fato
praticado sob a vigência de uma lei temporária ou excepcional continuará
sendo por ela regulado, mesmo após sua auto-revogação e ainda que
prejudique o agente. Por exemplo: durante um surto epidêmico, cria-se
um delito para aquele que omitir a notificação da varíola. Erradicada essa
doença, cessa a vigência da norma excepcional, entretanto, não se
poderá falar em abolitio criminis, pois a lei transitória
 
incriminadora continuará alcançando o autor do crime, mesmo depois da
cessação de sua vigência. Tal implica restrição ao princípio da
retroatividade in mellius, previsto no art. 5º, XL, da CF, pois a nova lei
mais benéfica fica impedida de retroagir. Isto se justifica porque, do
contrário, ninguém respeitaria a norma transitória, na convicção de que,
mais cedo ou mais tarde, ela desapareceria. Restringe-se, portanto, um
princípio constitucional para se garantir outro, qual seja, o de que as leis
devem proteger eficazmente os bens jurídicos (CF, art. 5º, caput).
Fundamento: em regra, são leis de curta duração que perderiam toda a
sua força intimidativa se não tivessem a ultratividade.
Hipótese de retroatividade da lei posterior: quando a lei posterior for mais
benéfica e fizer expressa menção ao período anormal ou ao tempo de
vigência, passará a regular o fato praticado sob a égide da lei temporária
ou excepcional.
Alteração do complemento da norma penal em branco: questão
interessante versa sobre a revogação do complemento dessas normas,
como no caso da exclusão de uma substância entorpecente da relação
administrativa do Ministério da Saúde ou da redução do preço constante
de uma tabela oficial. Haveria retroatividade em benefício do agente?
Silva Franco observa o seguinte a respeito do tema: " ... Se o
complemento promana da mesma fonte legislativa (norma penal em
branco homogênea), então a retroatividade penal benéfica se toma
inafastável. Assim, se, por exemplo, o legislador excluiu do rol dos
impedimentos para o casamento um determinado fato, tal atitude reflete-
se na figura típica do art. 237 do CP, beneficiando o agente. No caso,
contudo, de o complemento ser de origem legislativa diversa (norma
penal em branco heterogênea), a retroatividade pode ou não ocorrer. Se
a legislação complementar não se reveste de excepcionalidade nem traz
consigo a sua auto-revogação, a retroatividade se mostra admissível,
como nos casos de alteração de portarias sanitárias que elencam
moléstias cuja notificação é obrigatória. A situação, porém, modifica-se
quando a proibição aparece em legislação editada em situação de
anormalidade econômica ou social que reclama uma pronta e segura
intervenção do poder público, tendente a minimizar ou elidir seus efeitos
danosos sobre a população. Nesse caso, a legislação complementar
possui certo parentesco com a norma excepcional ou temporária".
Em síntese:
a) quando o complemento da norma penal em branco também for lei, sua
Efeito Diferido da Lei
Efeito Imediato da
Lei
Efeito Repristinatório
da Lei
Efeitos da
Condenação
Eficácia da Lei no
Tempo
Eficácia da Lei Penal
no Tempo
Eficácia de Sentença
Estrangeira
Exceção (ões)
Exercício Regular do
Direito
Extraterritorialidade
da Lei Penal
Brasileira
Fato Típico
Fontes do Direito
Penal
Função Ético-Social
do Direito Penal
Ignorância da Lei
Ilícito Penal
Ilicitude
Imputabilidade
Interpretação da Lei
Penal
Irretroatividade da
Lei
Irretroatividade da
Lei Penal
Lacunas da Lei
Lei
Lei Especial
Lei Nova Mais
Benéfica
Lei Penal
Lei Penal no Tempo
Lei Posterior
Lei Repristinatória
Lei Revogada
Leis Processuais no
Tempo
Limites de Penas
Livramento
Condicional
revogação retroagirá em benefício do agente, tomando atípico o fato
cometido. Exemplo: a modificação da lei civil, excluindo um determinado
impedimento do rol do art. 1.521, I a VII, do novo Código Civil
brasileiro, repercute sobre a conduta descrita no art. 237 do Código
Penal (contrair casamento com violação a impedimento dirimente),
extinguindo a punibilidade do agente. Nesse caso, a modificação da lei
complementadora altera a própria estrutura da figura típica, pois
demonstra que o agente não violou impedimento algum;
b) quando o complemento for ato normativo infralegal, sua supressão
somente repercutirá sobre a conduta quando a norma complementar não
tiver sido editada em uma situação temporária ou de excepcionalidade.
Assim, no caso do crime previsto no art. 2º, VI, da Lei n. 1.521/51 (Lei
de Economia Popular), consistente na venda de gêneros acimadas
tabelas de preços oficiais, será irrelevante a futura supressão do
tabelamento, porque não haverá qualquer repercussão sobre a realização
da figura típica básica. Em outras palavras, independentemente do atual
valor constante da tabela ou da sua inexistência, foi cometido o crime
descrito na Lei de Economia Popular. Não houve qualquer abalo na
estrutura típica da conduta básica, uma vez que, com ou sem a revogação
do complemento, o agente continuou vendendo o gênero acima da tabela
vigente à época. Na hipótese, entretanto, do art. 12, caput, da Lei n.
6.368/76 (tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins) - Art. 33, L-
011.343-2006, a exclusão da substância da relação constante da
Portaria n. 28/86, da DIMED, toma o fato atípico. É que a sua exclusão
da relação complementadora da norma repercute diretamente sobre o
tipo penal, alterando a estrutura da figura típica. O agente deixou de ter
cometido tráfico de drogas porque a substância não é considerada como
tal.
Nossa posição: ocorrendo modificação posterior in mellius do
complemento da norma penal em branco, para se saber se haverá ou não
retroação, é imprescindível verificar se o complemento revogado tinha ou
não as características de temporariedade.
Vejamos a hipótese da violação das tabelas oficiais. Quando a Lei de
Economia Popular prevê como crime desobedecer às tabelas de preços,
estáse referindo àquelas existentes ao tempo da infração penal, como se
dissesse: "é crime afrontar o tabelamento existente à época". Pouco
importa que o valor venha a ser aumentado posteriormente, pois o que se
pretendia era a observância da imposição vigente ao tempo do crime. Por
essa razão, não se opera a retroatividade in mellius, nem é afetada a
estrutura do tipo.
No caso da Lei de Tóxicos, contrariamente, se a substância deixou de
integrar o rol do Ministério da Saúde, é porque, posteriormente, veio a
entender-se que ela não causava dependência física ou psíquica. Ora, se
não causa agora, não é razoável supor que antes provocava; logo, o
material jamais poderia ter sido algum dia considerado entorpecente. Não
havia nenhum caráter de temporariedade na enumeração do Ministério da
Saúde. A proibição não era dirigida a um período específico, como no
caso do tabelamento. A Lei de Tóxicos não diz "é crime consumir droga
durante um determinado período", mas simplesmente "se a substância for
Lugar do Crime
Medida de Segurança
Nexo Causal
Objeto do Direito
Penal
Pena de Multa
Penas Privativas de
Liberdade
Prescrição
Princípio da
Anterioridade da Lei
Princípio da
Irretroatividade da
Lei Penal
Princípio da
Legalidade
Promulgação de Leis
Publicação da Lei
Reabilitação
Reincidência
Repristinação
Repristinação da Lei
Resultado
Revogação da Lei
Sanção da Lei
Sanção Penal
Servidor Temporário
Suspensão
Condicional da Pena
Tabelamento de
Preços
Tempo do Crime
Tempo do Crime e
Conflito Aparente de
Normas
Temporalidade
Temporário
Teoria do Crime
Territorialidade da
Lei Penal Brasileira
Tipicidade
Tipo Penal nos
Crimes Culposos
Tipo Penal nos
Crimes Dolosos
Ultratividade da Lei
Vigência
Vigência da
Legislação Tributária
considerada entorpecente, é crime consumi-Ia". Por essa razão, opera-se
a retroatividade. A estrutura típica é modificada e desaparece a elementar
"substância entorpecente ou que determina dependência física ou
psíquica".
Igualmente, na hipótese do art. 237 do Código Penal, quando o Código
Civil proíbe o casamento de filho com mãe, não está estabelecendo um
impedimento para "hoje, esta semana ou este ano". A proibição é
definitiva. Desse modo, se houver supressão do complemento em
benefício do agente, haverá retroação, pois, dado o seu caráter definitivo,
qualquer alteração modificará a própria estrutura do tipo. Por exemplo, o
novo Código Civil não repetiu um dos impedimentos absolutamente
dirimentes previstos no Diploma anterior, qual seja, o casamento do
cônjuge adúltero com o coréu condenado por este crime (CC de 1916,
art. 183, VII - revogado). À vista disso, operou-se verdadeira abolitio
criminis, que retroage em benefício dos agentes. Do mesmo modo, em
relação ao art. 236 do Código Penal, que tipifica a conduta de casar,
induzindo em erro essencial o outro contraente, o novo Código Civil
eliminou a hipótese do desconhecimento do marido de defloramento da
mulher (antigo CC, art. 219, IV - revogado), devendo também retroagir
em benefício do agente. Em compensação, foi criado um novo caso de
erro essencial, qual seja, o desconhecimento de doença mental grave
(novo CC, art. 1.557, IV). Houve uma nova tio legis incriminadora.
Em suma, quando se vislumbrar no complemento a característica da
temporariedade, típica das normas de vigência temporária, também se
operará a sua ultratividade. Nessa hipótese, o comando legal era para
que a norma não fosse desobedecida naquela época, de maneira que
quaisquer modificações ulteriores serão impassíveis de alterar a estrutura
do tipo. Ao contrário, quando inexistir a característica da
temporariedade, haverá retroatividade in mellius. Finalmente, ante o
exposto, não interessa se o complemento advém de lei ou de ato
infralegal, pois a retroatividade depende exclusivamente do caráter
temporário ou definitivo da norma.
Ultratividade "In Pejus" das Leis Temporárias e excepcionais
Este fenómeno é uma exceção ao princípio constitucíonal de que a lei
penal mais benéfica pode retroagir para beneficiar o agente. No caso, a
lei temporária ou excepcíonal continua a regular o fato e a punir o agente,
mesmo após a sua revogação, de modo que a nova ordem jurídica não
pode ser aplicada retroativamente ao fato praticado sob a égide das leis
de vigência temporária."
Capez, Fernando, Curso de Direto Penal, parte geral, vol. 1,
Saraiva, 10ª ed., 2006
(Revista Realizada por Suelen Anderson - Acadêmica em Ciências
Jurídicas - 17 de outubro de 2009)
Jurisprudência Relacionada:
- Condenação por Crimes Hediondos ou Assemelhados - Progressão de
Regime Prisional - Súmula nº 471 - STJ
Aplicação da Lei Penal
Vigência da Lei
Vigência da Lei no
Tempo
Anterioridade da lei - Contagem de Prazo - Eficácia de Sentença
Estrangeira - Extraterritorialidade - Frações Não Computáveis da Pena -
Legislação Especial - Lei Penal no Tempo - Lugar do Crime - Pena
Cumprida no Estrangeiro - Tempo do Crime - Territorialidade
Ação Penal - Concurso de Pessoas - Crime - Crimes contra a
administração pública - Crimes Contra a Família - Crimes contra a fé
pública - Crimes Contra a Incolumidade Pública - Crimes Contra a
Organização do Trabalho - Crimes Contra a Paz Pública - Crimes
Contra a Pessoa - Crimes Contra a Propriedade Imaterial - Crimes
Contra o Patrimônio - Crimes contra o sentimento religioso e contra o
respeito aos mortos - Crimes Contra os Costumes - Extinção da
Punibilidade - Imputabilidade Penal - Medidas de Segurança - Penas
[Direito Criminal] [Direito Penal]
Normas Relacionadas:
Art. 3º, Lei Excepcional ou Temporária - Aplicação da Lei Penal -
Código Penal - CP - DL-002.848-1940
Art. 4º, Lei Excepcional ou Temporária - Aplicação da Lei Penal
Militar - Código Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969
Ir para o início da página
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ir para o início da página

Outros materiais