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Bases Bioquímica do Pâncreas Exócrino

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Bases Bioquímica do Pâncreas Exócrino
· O estômago possui uma importância vital para a absorção de vitamina B12 nos adultos (fato intrínseco), além de iniciar a digestão proteica (pepsina). Porém, não é o órgão principal para a digestão como um todo. Já que, quem secreta e sintetiza a maioria das enzimas digestórias (proteases, hidrolases como maltase, sacarase e lipase) necessárias para o processo digestório é o pâncreas exócrino. 
 
· No pâncreas a quantidade de produtos formados devido a ação enzimática das diversas gamas de enzimas produzidas e secretadas por ele é muito grande. (Substrato + Enzima Produto)
· O pâncreas é essencial para a digestão e a consequente absorção de nutrientes básicos, principalmente as biomoléculas do grupo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Deve se saber que o pâncreas é quem faz a maior contribuição de enzimas digestórias em comparação a saliva e o estomago, e que tais enzimas são levadas/liberadas para o lúmen do duodeno, onde realizam suas funções de catalise.
· Uma das funções do pâncreas exócrino é produzir HCO3. O bicarbonato de sódio não neutraliza (embora essa nomenclatura seja normalmente utilizada) o ph do quimo proveniente do estomago, já que o ph neutro é 7. O bicarbonato alcaliniza o quimo/quilo, com ph que varia de 8 a 10, já que as enzimas digestivas secretadas pelo intestino tem atividade ótima nessa faixa de ph, necessitando do mesmo para ter atividade ótima no lúmen. 
· As enzimas de origem proteica (proteases) precisam ser secretadas na forma inativa, na forma de zimogênio (assim como a pepsina no estômago). Já que não pode se ter uma atividade prematura dessa enzima antes que ela se encontre no local de catalise, pois ela pode catalisar/digerir o parênquima, ocorrendo uma inflamação nos órgãos que estão sendo expostos as mesmas (pancreatite). 
· O pâncreas tem seus componentes divididos didaticamente em o componente aquoso (que contêm água, bicarbonato e eletrólitos/sais minerais) e o componente enzimático. Porém, tais componentes não se encontram divididos (não se pode separar os mesmos), já que as enzimas digestórias são globulares, ou seja, solúveis em água, precisando do componente aquoso.
· Assim, a função exócrina do pâncreas se resume a produção de bicarbonato e enzimas (amilase, lipase, tripsina/tripsinogênio, quimotripsina/quimiotripsinogênio, enterases e carboxipeptidases/pró-carboxipeptidases).
· Perfil bioquímico do componente aquoso: Possui uma composição eletrolítica estabelecida pelas células epiteliais dos ductos pancreáticos, que secretam HCO3, formando um composto alcalino (com concentração de HCO3 maior que o plasma), visando alcalinizar o ph ácido do quimo. Tal componente se encontra em maior volume do que o componente enzimático. Assim, os ductos pancreáticos são responsáveis por estabelecer a solução/secreção hidroeletrolítica. 
· Perfil bioquímico do componente enzimático: Tal componente é secretados pelos ácinos. Existe aproximadamente 20 precursores de enzimas digestórias na forma de zimogênio. Se encontra em menor volume e são semelhantes ao plasma (isotônicos).
· O pâncreas, do ponto de vista da biologia celular, possui uma quantidade de RER (faz síntese proteica) bastante significativa, assim como complexos de golgi (armazena em vesículas/grânulos as proteases na forma de zimogênio). Vale destacar que o pâncreas tem função endócrina (secreta hormônios endócrinos) e exócrina (pelas células acinares libera enzimas em um composto hidroeletrolítico).
· A célula acinar pancreática sintetisa e libera enzimas do grupo das proteases na sua forma inativa. Amilase e lipase pancreatica não passam por esse proceso, já que não são proteases.
· Secreção de bicarbonato nos ductos (semelhante a secreção de HCL, porém muda a célula, o direcionamento da bomba e a passagem por difusão é de H2Oao invés de Cl-):
· O CO2 sai do plasma (por difusão simples) e se liga a água (pode ser a água que ingerimos ou metabólica) presente no hialoplasma das células ductais.
· Em presença de anidrase carbônica se tem a catalise/síntese de ácido carbônico, que é instável e se dissocia em íons H+ e HCO3-. 
· Tal bicarbonato é transportado junto ao sódio para o lúmen ductal, devido a ação de uma bomba, por transporte ativo primário/direto. 
· Os íons H+ vão para o plasma sanguíneo sendo trocados por Na, que vai para dentro da célula (por transporte ativo secundário/indireto, que aproveita a energia do transportador de HCO3 e Na). 
· Vale destacar que a água atravessa a célula por osmose. O movimento de Na e HCO3 para o lúmen gera um gradiente osmótico que promove tal osmose (difusão água vai do meio hipotônico para o hipertônico). 
· Toda essa reação que ocorre nos ductos tem como função tornar o componente aquoso, rico em HCO3 e água (alcalino), para que esse possa alcalinizar o quimo no intestino. Promovendo grande quantidade de álcali no ph intestinal.
 
· Enzimas digestivas pancreáticas :
· As células acinares pancreáticas, produtoras dessas enzimas, possui quantidade significativa de RER e complexo golgi, repleto de grânulos de zimogênio. 
 
· As enzimas secretadas como zimogênio precisam ser ativadas para que tenha sua função (digestão proteica e de peptídeo) ocorrendo. Caso contrário não exercem função digestiva alguma. Assim, os zimogênios não têm função digestiva antes de serem ativados.
· As enzimas não zimogênicas, já são secretadas na sua forma ativa. Ou seja, assim que secretadas já exercem sua função.
· A DNase degrada DNA e a RNase degrada RNA. Porém, os mesmos são pouco aproveitado no pronto de vista digestório, não atoa fazemos síntese de purinas e pirimidinas.
· A ativação dos zimogênios no intestino delgado se dá pela remoção do peptídeo protetor da enzima em forma de zimogênio. 
· A partir do momento em que se tem uma molécula de enzima ativa, essa pode realizar a autocatálise dos demais zimogênios que estiverem no local.
Ex.: O tripsinogênio é a pró-enzima, e pela ação da enteroquinase se trona tripsina (enzima ativa), que por usa vez pode quebrar as ligações peptídicas especificas para fazer auto catalise e até mesmo a ativação de outros zimogênios. 
· O local da ativação dessas enzimas é o intestino delgado.
· Quando o tripsinogênio vai para o lúmen intestinal os enterócitos liberam enteroquinase, que é a enzima que realizará sua primeira ativação.
· O primeiro ativador de tripsinogênio é a enteropeptidase, porém a tripsina ao ser formada, de forma específica, cliva a molécula proteica onde estiver ligações peptídicas de arginina e lisina.
Obs.: A proteína ingerida e digerida só tem estrutura primaria entre aminoácidos, ou seja, ligações peptídicas (covalentes) que só se quebram com enzima, liberando aminoácidos.
 
· A digestão de lipídeos da dieta por enzimas pancreáticas:
· A enzima hidrolase de éster de glicerol pancreática (muito eficiente) quebra o triglicerídeo (éster de glicerol ou triacilglicerol) em 3 ácidos graxos e 1 glicerol. (obs.: O 2-monoglicerideo vira 1 AG e 1 glicerídeo)
 
· A enzima hidrolase de éster de colesterol pancreática quebra/digere o éster do colesterol em colesterol (exógeno/da dieta) e 1 ácido graxo. Os sais biliares aumentam sua atividade.
· A fosfolipase A2 quebra a lecitina (junção de vários AG + colina) em lisolecitina e AG. Os sais biliares aumentam sua atividade.
· A enzima colipase tem perfil enzimático e hormonal, já que estimula o aumento de secreção da lipase pancreática e de sais biliares. É uma coenzima necessária para atividade enzimática ótima da lipase pancreática. É secretada pelo pâncreas em uma forma inativa, a pro-colipase, que é ativada no lúmen intestinal pela tripsina. Sua função é prevenir o efeito inibitório dos sais biliares na hidrólise intraduodenal catalisada por lipase dos triglicerídeos de cadeia longa da dieta.
· A lipase pancreática é um marcador para pancreatite (enzima de valor diagnóstico). Quebra triacilglicerol em ácidos graxos e glicerol. Vale destacar que a quebra do triacilglicerol em digestão é por ação da lipase pancreática,já na -oxidação é por ação da lipase sensível a hormônios (glucagon).
· Todas essas enzimas funcionam em atividade ótima em ph alcalino.
· A amilase pancreática (também tem valor diagnóstico) faz a digestão do amido e do glicogênio. 
· Quebra o glicogênio e tem como produto final a maltose, glicose, maltotriose ou dextrina -limite. 
· Dessas, apenas a glicose consegue ser absorvida pelo intestino (passa pela membrana luminal). As demais precisam ser quebradas/degradadas por outras enzimas do suco entérico até constituírem o tamanho necessário para serem absorvidas (maltase degrada a maltose para que essa seja absorvida).
Obs.: A lactose seria degradada pela lactase, formando galactose, que é absorvida. Assim como a sacarose, que seria degradada pela sacarase, formando frutose, que é absorvida.
 
· As células S e I do intestino secretam secretina e CKK respectivamente. A secretina atua no ducto estimulando a liberação de HCO3 e o aumento de volume de liquido em casos de ph ácido. Já a CKK, estimulada pela presença de gordura, estimula a célula acinar a sintetizar enzimas no pâncreas. 
pró-
proteases pancreáticas:
proteases pancreáticas:
ATIVAÇÃO DAS ENZIMAS PROTEOLÍTICAS PANCREÁTICAS
Tripsinogênio
Tripsina
ENTEROQUINASE
Quimotripsinogênio
Pro-carboxipeptidases A e B
Quimotripsina
Carboxipeptidases

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