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Dimensões Sócio-Antropológicas na Educação

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1) “Não adianta acreditar que podemos educar nossos filhos como quisermos. Somos obrigados a seguir as regras reinantes no meio social em que vivemos. A opinião nos impõe este comportamento, e a opinião é uma força moral cujo poder opressivo não é menor do que o da força física” (DURKHEIM, Émile. Educação e Sociologia. Rio de Janeiro: ed. Vozes, 2013, p. 78,).
O papel da educação, e também da escola, na construção e conservação das sociedades, ocupa lugar central na obra de Durkheim. Segundo a perspectiva deste autor:
R= A educação é um exercício de coerção, uma vez que a prática pedagógica impõe sobre os indivíduos valores e normas já constituídos.
2) Por meio do conceito de capital cultural, Bourdieu analisa a relação entre os sistemas escolares e a manutenção e legitimação das desigualdades sociais. Sobre a concepção do autor, assinale a alternativa correta:
R= Bourdieu define que a escola constitui-se num campo de violência simbólica ao legitimar determinado conjunto de códigos e valores, pertencentes às classes dominantes, como naturais e universais.
3) Leia o trecho abaixo, escrito por Max Weber:
“O âmbito da influência com caráter de dominação sobre as relações sociais e os fenômenos culturais é muito maior do que parece à primeira vista. Por exemplo, é a dominação que se exerce na escola, que se reflete nas formas de linguagens oral e escrita consideradas ortodoxas. [...] Mas a dominação exercida pelos pais e pela escola estende-se para muito além da influência sobre aqueles bens culturais (aparente apenas) formais até a formação do caráter dos jovens e, com isso, dos homens” (WEBER, Max. 1994, p. 141).
Para Weber, a escola e a educação ocupam um papel específico nas sociedades que vão além da transmissão de cultura e dos saberes. Sobre a educação na abordagem weberiana, está correto:
R= A educação e as formas de escolarização se relacionam com formas de poder e dominação característicos de cada ordem social que buscam legitimar uma determinada cultura.
4) Sobre o processo de socialização, analise as sentenças abaixo:
I. A socialização consiste na transmissão da cultura de uma época com a finalidade de inserir o indivíduo no meio social.
II. O processo de socialização se dá, nas sociedades modernas, exclusivamente pela escola e pela transmissão da educação formal.
III. A socialização leva necessariamente ao aprimoramento moral e intelectual da sociedade, superando os erros cometidos pelos indivíduos no passado.
IV. O processo de socialização se realiza de acordo com o contexto histórico. Ou seja, em cada sociedade e contexto social haverá formas e instituições próprias de socialização.
 
Estão corretas:
R= I e IV, apenas.
5) A ação social é um dos pontos centrais na interpretação da realidade, conforme a análise de Weber. Sobre esse conceito, leia as afirmativas abaixo:
I. A ação social corresponde à ideologia e sua origem está na esfera econômica.
II. Ação social refere-se às condutas humanas, as quais são responsáveis pelas formas de socialização e coesão social.
III. Segundo Weber, a ordem social é resultado das ações sociais empreendidas pelos indivíduos.
IV. A ação social pode ser definida como comportamento humano dotado de sentido compartilhado entre os indivíduos de determinado meio social.
 
Estão corretas apenas as afirmativas:
R= III e IV.
6) Sobre a definição de sujeito social, analise as afirmativas indicando se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F). Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
I. ( ) A caracterização do sujeito social corresponde a um duplo aspecto: é aquele que influencia e é influenciado pelo meio social.
II. ( ) O sujeito social é uma construção histórica. Assim, sua forma e significado estão condicionados pela estrutura e ordem social das quais faz parte.
III. ( ) A constituição do sujeito social é uma herança biológica. Dessa forma, o modo de atuar, as crenças e valores são herdados pela genética.
IV. ( ) O sujeito social é uma categoria sociológica que identifica o indivíduo como o ser passivo no meio social. Neste sentido, ele é determinado e construído integralmente pelo seu meio.
R= V, V, F, F.
 7) “Toda a educação consiste num esforço contínuo para impor às crianças maneiras de ver, de sentir e de agir às quais elas não chegariam espontaneamente, – observação que salta aos olhos todas as vezes que os fatos são encarados tais como são e tais quais sempre foram. Desde os primeiros anos de vida, são as crianças forçadas a comer, beber, dormir em horas regulares; são constrangidas a terem hábitos higiênicos, a serem calmas e obedientes; mais tarde, obrigamos-as a aprender a pensar nos demais, a respeitar usos e conveniências, forçamos-as ao trabalho, etc. Se, com o tempo, esta coerção deixa de ser sentida, é porque pouco a pouco dá lugar a hábitos, a tendências internas que a tornam inútil, mas que não a substituem senão porque dela derivam” DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 11ª ed. São Paulo: Melhoramentos, 1978, p.5). 
No segmento do texto acima, Durkheim trata, sobretudo:
R= do conceito de fato social e dos processos de educação e socialização.
8) “Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade, mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-los a cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente lemos, mas vimos ocorrer entre vizinhos nossos contemporâneos (MONTAIGNE, ops cit LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p.13).
No trecho acima, o filósofo francês Montaigne reflete acerca da condição humana, a partir dos costumes rituais praticados entre os Tupinambás. Esta reflexão pode ser compreendida como:
R= relativista, pois ao refletir sobre os costumes tupinambás, também provocou estranhamento sobre sua própria cultura e sociedade.
9) “Bourdieu apresenta uma problemática central que orienta toda a concepção do seu texto: o sistema escolar, em vez de ser considerado um fator de mobilidade social, na realidade desempenha função contrária, ou seja, é um dos mais eficazes fatores de conservação social, pois legítimas desigualdades sociais e sanciona a herança cultural como dom social e natural” (PILETTI, Nelson; PRAXEDES, Walter. Sociologia da Educação: do Positivismo aos estudos culturais. São Paulo: Ática, 2010, p. 82).  
O trecho acima faz referência a um dos pontos centrais da análise da educação, segundo Bourdieu que aponta, entre outras questões, a função da escola na legitimação e reprodução das desigualdades sociais. Um dos conceitos elaborados por Bourdieu que descreve tal fato é:
R= Capital Cultural.
 10) Afirmar que os seres humanos são seres culturais implica considerar que:
R= os sentimentos, os pensamentos e os valores dos seres humanos são consideravelmente influenciados pelo universo cultural em que se situam.
11) Este tema [o da Pluralidade Cultural] propõe uma concepção da sociedade brasileira que busca explicitar as diversidades étnica e cultural que as compõem, compreender suas relações, marcadas por desigualdades socioeconômicas, e apontar transformações necessárias. Considerar a diversidade não significa negar a existência de características comuns, nem a possibilidade de constituirmos uma nação, ou mesmo a existência de uma dimensão universal do ser humano. Pluralidade Cultural quer dizer a afirmação da diversidade como traço fundamental na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanentemente, e o fato de que a humanidade de todos se manifesta em formas concretas e diversas de ser humano.
[...]
Historicamente, registra-se dificuldade para se lidar com a temática do preconceito e da discriminação racial/étnica. O País evitou o tema por muito tempo, sendo marcado por “mitos” que veicularam uma imagem de um Brasil homogêneo, sem diferenças, ou, em outra hipótese, promotor de uma suposta “democracia racial”.Na escola, muitas vezes, há manifestações de racismo, discriminação social e étnica, por parte de professores, de alunos, da equipe escolar, ainda que de maneira involuntária ou inconsciente. Essas atitudes representam violação dos direitos dos alunos, professores e funcionários discriminados, trazendo consigo obstáculos ao processo educacional, pelo sofrimento e constrangimento a que essas pessoas se vêem expostas. 
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : pluralidade cultural, orientação sexual / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. p. 19-20
Elabore um texto dissertativo (de 6 a 10 linhas), apontando quais seriam as características da educação multicultural e diversa. Com o fortalecimento dos movimentos sociais étnico-raciais e de gênero, qual o papel da escola na consolidação da diversidade cultural?
Sua Resposta:
A educação multicultural é  inclusiva, incluindo crianças de outras culturas, mas não subordinada a elas. A escola deve ajudar a criança estrangeira a integrar-se na cultura nacional. Se fala uma língua diferente da cultura dominante, deverá ter aulas desta, mas todas as outras aulas são na língua dominante. A escola deve ser crítica e humano, questionando o que vai ensinar aos seus alunos e propor reformas pedagógicas já que ela e o mediador do conhecimento, ouvindo seus alunos quanto a suas dificuldades, incentivar trabalhos que levem os mesmos a pesquisa sua realidade local, humano quando não despreza um aluno que não pertence ao padrão cultural aceito, ele deve ser um profissional com todas essas competências e não apenas aquele que sabe do conteúdo, mas que com sua bagagem teórica ensine a viver neste mundo capitalista.
12) Pesquisa identifica evasão escolar na raiz da violência extrema.
Dois grupos de jovens de idade semelhante, todos homens, pobres e criados na mesma região. Um grupo vira matador e o outro, trabalhador. Por quê?
O sociólogo Marcos Rolim procurou essa resposta ao investigar a violência extrema, aquela que mata ou fere mesmo quando não há provocação nem reação da vítima. Modalidade que, acredita ele, está em alta no Brasil.
Em experimento inédito no país, ele entrevistou um grupo de jovens violentos de 16 a 20 anos que cumpriam pena na Fase (Fundação de Atendimento Socioeducativo) do Rio Grande do Sul. Ao final, pediu que indicassem um colega de infância sem ligação com o crime e foi atrás dessas histórias.
Rolim esperava que prevalecessem, no grupo dos matadores, relatos de violência familiar e uso de drogas, mas outro fator se destacou: a evasão escolar (quando o aluno deixa de frequentar a escola). E, aliado a isso, a aproximação com grupos armados que "treinam" esses jovens a serem violentos.
Entre os que cumpriam pena, todos, sem exceção, tinham largado a escola entre 11 e 12 anos. E citavam motivos banais: são "burros" e não conseguem aprender, a escola é "chata", o sapato furado era motivo de chacota. Os colegas de infância continuavam estudando.
Razões da evasão
E por que as escolas não conseguem manter esses jovens na escola?
Embora o assunto não tenha sido foco da pesquisa, Rolim arrisca algumas possíveis explicações, a partir do contato com colegas que desenvolvem pesquisas em instituições de ensino.
A primeira, diz, é o despreparo de professores para lidar com alunos mais vulneráveis e problemáticos.
"O jovem de área de exclusão, que nunca abriu um livro e tem pai analfabeto, tem toda uma diferença de preparação, e grande parte dos professores não está preparada para lidar com ele", afirma [...]
Fonte: GUIMARÃES, Thiago. Pesquisa identifica evasão escolar na raiz da violência extrema no Brasil. BBC Brasil, 28 mai. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-40006165 (Links para um site externo.).
Considerando a pesquisa apresentada, elabore um texto comentando os resultados apontados pela reportagem acima e a abordagem de Bourdieu sobre a escola e a reprodução das desigualdades sociais. Aponte, em seu texto:
O conceito de capital cultural. De que modo este conceito se relaciona, ou não, com a situação apresentada?
O conceito de violência simbólica. Cite um exemplo da prática da violência simbólica nos contextos escolares.
Sua Resposta:
Acredito que o estudante quando entra na sala leva consigo bagagens e histórias, suas experiências sejam boas ou ruins, ou seja, a evasão escolar também faz parte dessa caminhada pois muitos estudantes chegam na escola com comportamentos bem difíceis enquanto outros não demostram muito interesse pelas aulas. Essa situação transforma um professor cheio de ideias em um ser frustrado e angustiado, sendo que exige um esforço e dedicação por trás de cada planejamento de aula pois os professores investem tempo para que os estudantes superem suas dificuldades referente ao componente. Mas por outro lado, pela formação que os professores tem, muitos conseguem mediar e conduzir essas dificuldades da melhor forma possível com a ajuda de outros profissionais da educação em favor do alinhando da visão entre discente e docente. Mas existe um outro ponto bem importante, o sistema escolar é excludente, nos momentos de muitas dificuldades como simplesmente quando o estudante não tem condições de comprar o material escolar e por não ter o material ele não faz a atividade proposta naquele dia na aula, infelizmente isso ainda acontece e essa não é a educação que queremos.
13) Claro está aqui que todos nós vivemos em sociedade e que muitos se reconhecem como membros de uma ou de várias comunidades. Pode-se dizer que uma das necessidades humanas mais fundamentais é a convivência social e que a vida humana é praticamente impossível fora da sociedade. Quando uma criança nasce, torna-se visível a sua fragilidade, a qual exige cuidados especiais dos adultos que a cercam [...] Claro está também que, desde quando nascemos, começamos a ser inseridos na vida em sociedade. A esse processo de inserção, de internalizar ação dos modos de viver em cada sociedade particular, dá-se o nome de socialização, processo que se realiza pela educação.” (SOUZA, João Valdir Alves de. Introdução à Sociologia da Educação. 3 ed. ver. amp. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015, p. 25).
A partir do trecho acima, podemos compreender que:
R= Todo processo de socialização envolve algum modo de educação que pode ser realizado pela escola ou por outras instituições e grupos que transmitam aos mais jovens o modo de funcionamento da vida em sociedade.
14) II. A ação social, exercida pelo indivíduo, é o principal agente das relações sociais. Dessa forma, a compreensão de uma dada realidade histórica se faz por meio da compreensão dos sentidos das ações exercidas pelo indivíduo.
III. A sociedade deve ser compreendida a partir da análise da sua infraestrutura, ou seja, da base material que compõe e forma a sociedade. O modo como o trabalho e a produção/ consumo estão organizados definem o conjunto de relações sociais entre os indivíduos.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente as sequências acima expostas e as respectivas corrente sociológicas/autores:
R= I. Positivista-Funcionalista/ Durkheim;
II. Sociologia Compreensiva/Weber;
III. Materialista Histórico-Dialética/Marx.
15) “A educação escolar integra-se a esse projeto de reconstrução por várias razões, como se pode ver no livro ‘Democracia e educação’, em que Dewey atribui aos educadores a responsabilidade de utilizar a ciência para modificar atitudes e hábitos de pensamento pouco adequados ao projeto de construção da sociedade democrática. A educação é campo fértil para a filosofia por fornecer o espaço de investigação que esta necessita para testar suas hipóteses sobre o homem, mais precisamente sobre o homem em coletividade”. (CUNHA, Marcus Vinicius da Cunha. John Dewey e o pensamento educacional brasileiro. Revista Brasileira de Educação. Maio/Jun/Jul/Ago 2001 Nº 17, p. 89. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n17/n17a06.pdf (Links para um site externo.)) Maio/Jun/Jul/Ago 2001 Nº 17
 
Tomando como referência a abordagemde Dewey sobre a educação nas sociedades modernas, assinale a alternativa correta:
R= Dewey entendia que a escola democrática devia formar gente pronta para a ação, capaz de por si mesmo, pela pesquisa ou pela atuação, encontrar os caminhos para o seu lugar na sociedade.
16) Um dos autores mais influentes nas teorias pedagógicas e debates sobre educação que surgiram nos séculos XX e XXI, Marx não chegou, de fato, a se dedicar especificamente à discussão sobre esse tema. Ainda assim, é possível encontrar em sua obra passagens que contribuem para as análises sobre o papel da escola e da educação numa sociedade de classes. Segundo o autor, a educação deve ser compreendida dialeticamente: ao mesmo tempo em que participa dos processos de transformação social, é também condicionada pelo processo e ideologia capitalista.
Tendo a perspectiva marxista como referência, analise as sentenças abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
 
I. Em Marx, a educação ocupa um lugar na superestrutura e, assim, em que as demais esferas da sociedade como o Estado e a família, também é afetada pela ideologia e pelos processos produtivos do capitalismo.
II. Segundo Marx, é fundamental que a educação fortaleça os laços de solidariedade social garantido, dessa forma, a coesão social e estabilidade da ordem social.
III. A educação, segundo a teoria marxista, se relaciona à noção de burocracia e às formas de dominação racional, características da sociedade capitalista.
IV. Ao definir como ideal o modelo de educação omnilateral, Marx concebe um modelo de educação que passa necessariamente pelo mundo do trabalho. 
Estão corretas apenas:
R= I e IV.
17) Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber, considerados os teóricos fundadores da Sociologia, desenvolveram conceitos e interpretações acerca da realidade e da sociedade que permanecem como referências ainda nos dias atuais.
Leia as sentenças abaixo e assinale como Verdadeiro (V) ou Falso (F). Em seguida, indique a alternativa que apresenta a sequência correta:
( ) Para Marx, uma das características essenciais da sociedade capitalista é o fato desta ser dividida entre classes sociais que possuem interesses opostos. Nesta estrutura social, Marx identifica a classe operária e a classe burguesa.
( ) A definição de sociedade em Weber passa pelas noções do trabalho e do modo de produção. Segundo a perspectiva weberiana, as relações sociais e de dominação entre as classes são resultados dos processos produtivos e ideológicos.
( ) Apesar de possuírem perspectivas distintas sobre a formação e compreensão das sociedades, Marx e Durkheim concordavam que o modo de produção capitalista gerava desigualdades sociais que apenas seriam resolvidas a partir da revolução proletária.
( ) É possível identificarmos que enquanto Weber analisa a realidade e a sociedade a partir dos significados das ações dos indivíduos, Durkheim, ao contrário, interpreta que a sociedade é estruturada pelas instituições que possuem dinâmica própria e que independem dos juízos de valor dos indivíduos.
R= V, F, F, V.
18) Pesquisa identifica evasão escolar na raiz da violência extrema.
Dois grupos de jovens de idade semelhante, todos homens, pobres e criados na mesma região. Um grupo vira matador e o outro, trabalhador. Por quê?
O sociólogo Marcos Rolim procurou essa resposta ao investigar a violência extrema, aquela que mata ou fere mesmo quando não há provocação nem reação da vítima. Modalidade que, acredita ele, está em alta no Brasil.
Em experimento inédito no país, ele entrevistou um grupo de jovens violentos de 16 a 20 anos que cumpriam pena na Fase (Fundação de Atendimento Socioeducativo) do Rio Grande do Sul. Ao final, pediu que indicassem um colega de infância sem ligação com o crime e foi atrás dessas histórias.
Rolim esperava que prevalecessem, no grupo dos matadores, relatos de violência familiar e uso de drogas, mas outro fator se destacou: a evasão escolar (quando o aluno deixa de frequentar a escola). E, aliado a isso, a aproximação com grupos armados que "treinam" esses jovens a serem violentos.
Entre os que cumpriam pena, todos, sem exceção, tinham largado a escola entre 11 e 12 anos. E citavam motivos banais: são "burros" e não conseguem aprender, a escola é "chata", o sapato furado era motivo de chacota. Os colegas de infância continuavam estudando.
Razões da evasão
E por que as escolas não conseguem manter esses jovens na escola?
Embora o assunto não tenha sido foco da pesquisa, Rolim arrisca algumas possíveis explicações, a partir do contato com colegas que desenvolvem pesquisas em instituições de ensino.
A primeira, diz, é o despreparo de professores para lidar com alunos mais vulneráveis e problemáticos.
"O jovem de área de exclusão, que nunca abriu um livro e tem pai analfabeto, tem toda uma diferença de preparação, e grande parte dos professores não está preparada para lidar com ele", afirma [...]
Fonte: GUIMARÃES, Thiago. Pesquisa identifica evasão escolar na raiz da violência extrema no Brasil. BBC Brasil, 28 mai. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-40006165 (Links para um site externo.).
Considerando a pesquisa apresentada, elabore um texto comentando os resultados apontados pela reportagem acima e a abordagem de Bourdieu sobre a escola e a reprodução das desigualdades sociais. Aponte, em seu texto:
O conceito de capital cultural. De que modo este conceito se relaciona, ou não, com a situação apresentada?
O conceito de violência simbólica. Cite um exemplo da prática da violência simbólica nos contextos escolares.
Sua Resposta:
De acordo com o autor, a violência está interligada ao capital cultural, promovendo as desigualdades sociais.
A violência simbólica pode ser vista quando a escola iguala seus discentes. Não havendo trabalho diversificado para determinado grupo que possui características diferentes.
19) Este tema [o da Pluralidade Cultural] propõe uma concepção da sociedade brasileira que busca explicitar as diversidades étnica e cultural que as compõem, compreender suas relações, marcadas por desigualdades socioeconômicas, e apontar transformações necessárias. Considerar a diversidade não significa negar a existência de características comuns, nem a possibilidade de constituirmos uma nação, ou mesmo a existência de uma dimensão universal do ser humano. Pluralidade Cultural quer dizer a afirmação da diversidade como traço fundamental na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanentemente, e o fato de que a humanidade de todos se manifesta em formas concretas e diversas de ser humano.
[...]
Historicamente, registra-se dificuldade para se lidar com a temática do preconceito e da discriminação racial/étnica. O País evitou o tema por muito tempo, sendo marcado por “mitos” que veicularam uma imagem de um Brasil homogêneo, sem diferenças, ou, em outra hipótese, promotor de uma suposta “democracia racial”. Na escola, muitas vezes, há manifestações de racismo, discriminação social e étnica, por parte de professores, de alunos, da equipe escolar, ainda que de maneira involuntária ou inconsciente. Essas atitudes representam violação dos direitos dos alunos, professores e funcionários discriminados, trazendo consigo obstáculos ao processo educacional, pelo sofrimento e constrangimento a que essas pessoas se vêem expostas.
 
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : pluralidade cultural, orientação sexual / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. p. 19-20
Elabore um texto dissertativo (de 6 a 10 linhas), apontando quais seriam as características da educação multicultural e diversa. Com o fortalecimento dos movimentos sociais étnico-raciais e de gênero, qual o papel da escola na consolidação da diversidade cultural?
Sua Resposta:
A escola precisa ter como ponto de partida os próprios participantes do contexto educacional.Valorizando as experiências, conhecimentos prévios, hipóteses.
A valorização multicultural deve levar em consideração todas as realidades.Assim os conceitos sociais, culturaissão desenvolvidos a partir da vivência de cada estudante.A  educação participante tem que ser ativa, para que as relações sociais étnico-raciais e de gênero estejam integradas e fortalecidas.
20) Leia o trecho abaixo:
“Quando desempenho meus deveres de irmão, de esposo ou de cidadão, quando me desincumbo de encargos que contraí, pratico deveres que estão definidos fora de mim e de meus atos, no direito e nos costumes. Mesmo estando de acordo com sentimentos que me são próprios, sentindo-lhes interiormente a realidade, esta não deixa de ser objetiva; pois não fui eu quem os criou, mas recebi-os por meio da educação. Assim, também o devoto, ao nascer, encontra prontas as crenças e as práticas da vida religiosa; o sistema de sinais de que me sirvo para exprimir pensamentos; o sistema de moedas que emprego para pagar dívidas; os instrumentos de crédito que utilizo nas relações comerciais; as práticas seguidas na profissão etc., etc., funcionam independentemente do uso que delas faço. Tais afirmações podem ser estendidas a cada um dos membros de que é composta uma sociedade, tomados uns após outros. Estamos, pois, diante de maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das consciências individuais. Esses tipos de conduta ou de pensamento não são apenas exteriores ao indivíduo, são também dotados de um poder imperativo e coercitivo, em virtude do qual se lhe impõem, quer queira, quer não”.
O trecho acima faz referência:
R= à noção de fato social, desenvolvida por Durkheim.
21) As relações que se estabelecem a partir do encontro de culturas distintas estão entre os temas centrais das análises antropológicas. Leia o trecho abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que aponta corretamente o termo que preenche a lacuna:
“O _______________ é produzido quando o encontro entre grupos diferentes acontece. Ao nos depararmos com as diferenças que podem ser as mais variadas (éticas, estéticas, religiosas etc.), ocorre um esforço para darmos sentido ao diferente – este é o momento da tradução. [...] a tradução se dá ao interpretarmos as coisas do outro de nosso ponto de vista”. RIBEIRO, Alessandra Stremel Pesce. Cultura e Culturas. In: Teoria e Prática em Antropologia. Curitiba: Intersaberes, 2016, ps. 71).
R= Etnocentrismo.
22) “A ideia de que a cultura desenvolve-se de maneira uniforme, de tal forma que era de se esperar que cada sociedade percorresse as etapas que já tinham sido percorridas pelas ‘sociedades mais avançadas’. Desta maneira, era fácil estabelecer uma escala evolutiva que não deixava de ser um processo discriminatório, através do qual diferentes sociedades humanas eram classificadas hierarquicamente, com nítida vantagem para culturas europeias” (LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p.34).
O trecho acima corresponde à uma abordagem sobre o significado e desenvolvimento da cultura, característica das primeiras décadas da existência da Antropologia. Assinale a alternativa que aponta corretamente esta perspectiva:
R= Evolucionismo Social.
23) As definições e a compreensão de estrutura social e sociedade são fundamentais nas análises sociológicas acerca da educação e das finalidades e funções dos sistemas escolares. Sobre estes conceitos, analise as sentenças abaixo:
I. Os elementos que formam a estrutura social são fixos e imutáveis. Uma mesma estrutura e relações que dão forma às sociedades contemporâneas, também explicam sociedades anteriores.
II. A escola é parte da estrutura social. Entretanto, a transformação de uma estrutura social não necessariamente leva à transformação dos sistemas de ensino.
III. Um dos elementos que caracterizam as sociedades são as relações de poder. Sociedades distintas possuem redes de poder também distintas.
IV. O sistema escolar e os processos educativos correspondem ao contexto social no qual estão inseridos.
Estão corretas:
R= III e IV apenas.
24) A educação e o papel da escola foram temas estudados por Gramsci, especialmente a partir da sua contextualização no sistema capitalista e como agente de transformação. A partir das perspectivas do autor, analise as afirmativas abaixo:
I. Para Gramsci, a escola contribui para a consolidação das formas de dominação e poder típicas de cada contexto social, como as formas carismáticas, racionais e tradicionais.
II. Segundo Gramsci, a escola está estruturada como um dos espaços de formação cultural e de cidadania não contribuindo, portanto, com a manutenção da ideologia e hegemonias dominantes.
III. Gramsci identifica a instituição escolar como um dos agentes mais importantes de transformação do capitalismo, na medida em que possibilitaria aos alunos identificarem as contradições e códigos de dominação desse sistema.
IV. A construção da cidadania, segundo Gramsci, passa necessariamente pela instituição escolar, pois essa possibilitaria a identificação da ideologia dominante e das formas de superação destas, possibilitando a construção de uma contrahegemonia.  
Estão corretas:
R= III e IV apenas.
25) A relação entre indivíduo e sociedade é um dos eixos centrais do pensamento sociológico. Tomando como referência as abordagens dos autores clássicos da Sociologia, é correto afirmar que:
R= Diferentemente de Marx e Durkheim, Weber centra sua análise no indivíduo, mais especificamente, nos sentidos que orientam as ações num determinado contexto de relações sociais.
26) Leia os trechos abaixo:
[...] na verdade, cada sociedade, considerada em determinado momento de seu desenvolvimento, tem um sistema de educação que se impõe aos indivíduos como uma força geralmente irresistível (DURKHEIM, Émile. Educação e Sociologia. Rio de Janeiro: ed. Vozes, 2013 p. 47-48).
[...] o ideal pedagógico de uma época expressa antes de tudo o estado da sociedade na época considerada. Contudo, para que este ideal se torne realidade, é preciso ainda fazer com que a consciência da criança se conforme (DURKHEIM, Émile. Educação e Sociologia. Rio de Janeiro: ed. Vozes, 2013, p. 95). 
Sobre o papel da educação, para Durkheim, analise as afirmações abaixo:
I. Para o autor, a educação, em todas as épocas históricas, corresponde ao processo de socialização.
II. Um fator fundamental sobre a educação, segundo Durkheim, é seu poder coercitivo. Em todas as sociedades, o modelo de educação existente se sobrepõe ao indivíduo.
III. Educação e socialização são sinônimos e, portanto, em todos os contextos sociais e sociedades, prevalecem as mesmas maneiras e modos de educar.
IV. A educação objetiva, acima de tudo, a submissão das normas coletivas aos desejos e instintos individuais. 
Estão corretas:
R= I e II apenas.
27) Leia o trecho abaixo:
[...] Pode-se dizer que cultura é, ao mesmo tempo, a expressão da capacidade humana de criar, no plano material e simbólico, de recriar historicamente sua própria criação e transmiti-la às novas gerações através da educação” (SOUZA, João Valdir Alves de. Introdução à Sociologia da Educação. 3 ed. ver. amp. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015, p. 66-67).
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a definição de cultura:
R= Pode ser compreendida como a totalidade das criações humanas, envolvendo diferentes aspectos da vida humana em sociedade, como as ideias, os hábitos e as instituições sociais.
28) Para Bourdieu, o indivíduo não é um ser isolado, mas resultado de toda uma bagagem social herdada, formado por elementos externos a ele. Com esta perspectiva, o autor buscava romper com a dicotomia sujeito/estrutura social, indicando que as estruturas sociais encontram-se internalizadas nos indivíduos sociais. Dessa forma, o autor buscava compreender o conjunto de práticas e relações sociais. Sobre os conceitos que sustentam esta teoria, considere os termos indicados abaixo:
I. Capital Ideológico
II. Capital Humano
III. Capital Cultural
IV. Habitus
V. Capital Social 
Compõem a perspectiva de Bourdieu:
R= III, IV e V apenas.
29)

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