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RELATORIO DE ESTAGIO EDUCAÇÃO INFANTIL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL-UNINTER
COSMA JUSTINO ARAUJO 
DAMIANA JUSTINO ARAUJO 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO
EDUCAÇÃO INFANTIL
GUARABIRA-PB
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL-UNINTER
COSMA JUSTINO ARAUJO 
DAMIANA JUSTINO ARAUJO 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO
ENSINO FUNDAMENTAL-ANOS INICIAIS
Relatório do Estágio supervisionado em Educação Infantil do curso de Licenciatura em Pedagogia Centro Universitário Internacional- UNINTER
GUARABIRA-PB
2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	DESENVOLVIMENTO	5
Estado da Arte	6
Campo externo Remoto- Análise Imagética	8
Ficha técnica	9
Material didático: criação e reflexão	10
Prática do campo e as teorias: práxis	11
3.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	14
4.	REFERÊNCIAS	15
1. INTRODUÇÃO 
Este relatório tem o objetivo de registrar as experiências vividas no estágio em Educação infantil que foi iniciado no dia 14 de junho de 2021 indo até o dia 25 do mesmo mês, em uma turma da pré-escola com 23 alunos com idade média de 05 anos.
O estágio foi realizado no município de Japi - Rio grande do Norte, em uma instituição pública de ensino, localizada no centro da cidade. A escola conta com 4 salas de aula, cozinha, pátio descoberto, parque infantil, banheiro com chuveiro e almoxarifado. Disponibiliza alimentação escolar para os alunos, água e acesso à internet e está equipada com TV, DVD, Impressora e Aparelho de som. A instituição ministra as aulas, em dois turnos, para quatro turmas com média de 17 alunos por turma. A instituição oferece toda a estrutura necessária para o conforto e desenvolvimento educacional dos seus alunos. 
Segundo Pimenta (1997), o estágio supervisionado é indispensável para a formação docente e oferece condições para estes, em específico aos estudantes da graduação, a oportunidade de estabelecer uma relação próxima com o ambiente que envolve o cotidiano de um professor, possibilitando que, a partir desta experiência, os acadêmicos passem a se enxergarem como futuros professores, pela primeira vez encarando o desafio de conviver, falar e ouvir, com linguagens e saberes distintos do seu meio, mais acessível à criança (PIMENTA, 1997).
O estágio proporciona a união entre o conhecimento adquirido nas universidades com os adquiridos na prática e torna mais fácil o processo de compreender a profissão. A esse respeito Scalabrin, Molinari (2013, p. 1) comenta:
O Estágio Curricular Supervisionado, indispensável na formação de docentes nos cursos de licenciatura é um processo de aprendizagem necessário a um profissional que deseja realmente estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira e deve acontecer durante todo o curso de formação acadêmica, no qual os estudantes são incentivados a conhecerem espaços educativos entrando em contato com a realidade sociocultural da população e da instituição. Como preparação à realização da prática em sala de aula, o tradicional estágio se configura como uma possibilidade de fazer uma relação entre teoria e prática, conhecer a. realidade da profissão que optou para desempenhar, pois, quando o acadêmico tem contato com as atividades que o estágio lhe oportuniza, inicia a compreensão aquilo que tem estudado e começa a fazer a relação com o cotidiano do seu trabalho. 
Devido à pandemia causada pelo SARS-CoV-2/COVID-19 o estágio foi realizado de maneira remota. O estágio foi realizado em duas partes, a primeira parte corresponde a 21 horas de observação docente. A segunda parte corresponde a 09 horas de prática docente com implantação de uma horta orgânica. 
2. DESENVOLVIMENTO
As atividades desenvolvidas no estágio foram iniciadas no dia 14 de junho de 2021 e terminaram no dia 25 do mesmo mês em uma turma da pré-escola com 23 alunos com idade média de 05 anos. Ao total, foram 30 horas de estágio divididas em 21 horas de observação docente e 9 horas de prática docente. Devido a impossibilidade de acontecerem aulas presenciais, as aulas observadas foram conduzidas pela professora e ocorreram de maneira remota por meio de aulas abordando o conteúdo comum do ano letivo. 
A prática docente teve início com uma exposição teórica por meio de vídeo-aulas. Primeiramente, o conteúdo foi abordado por meio da apresentação de imagens de legumes e verduras enquanto foi questionado, aos discentes, se eles conhecem e se costumam consumir os alimentos apresentados. A partir das respostas de cada aluno, foi discutido, de maneira lúdica e atrativa, a importância do consumo de vegetais bem como a possibilidade de cultivar muitos deles na própria casa, possibilitando o consumo de alimentos não contaminados e contribuindo para economia familiar. Para essa parte teórica, os alunos foram divididos em 3 grupos para que a turma ficasse menor e fosse possível exercer maior controle sobre as crianças e prender a atenção delas, sendo disponibilizada uma hora para cada grupo. Nessa aula, foi proposto aos discentes e seus responsáveis, o desenvolvimento de uma pequena horta caseira utilizando materiais que, possivelmente, seriam descartados. 
Na segunda aula, a turma foi dividida da mesma maneira e os alunos viram o passo a passo para o desenvolvimento da horta caseira desde a escolha do local, o preparo dos recipientes ao preparo do substrato e plantio das hortaliças. Ao final da aula, pedimos aos pais dos alunos que providenciassem o material para a implantação da horta e enviamos, para auxiliar na construção da horta, um pequeno manual (cartilha) contendo imagens ilustrativas e uma linguagem bem simples mostrando o passo-a-passo para desenvolvimento e manutenção da horta. 
A terceira aula, que foi ministrada para a turma completa, também realizada através de vídeo-aula, foi desenvolvida de forma prática com duração de três horas. Nessa aula ocorreu a instalação das hortas orgânicas caseiras. Primeiramente, sobre a nossa orientação, deu-se início ao preparo do substrato, em seguida o substrato foi transferido para os recipientes e após ser regado foi feito a semeadura. Das hortaliças sugeridas, houve predominância do coentro. 
Estado da Arte 
O ambiente escolar é sem sombra de dúvidas um dos ambientes onde a criança passa grande parte do seu tempo, desse modo desde que ingressa na educação infantil é importante que a criança tenha contato com conteúdos que a estimulem a desenvolverem uma boa qualidade de vida e uma consciência ambiental. 
Para Arruda et al. (2017), desenvolver projetos que abordem a temática ambiental no ambiente escolar, é de suma importância para promover o contato ser humano - natureza e ultrapassar a barreira da somente teoria e a construção de hortas no ambiente escolar é um exemplo de projetos desta natureza. Nesse sentido, como dito por Silva (2008) as aulas práticas apresentam grande importância pois permitem o desenvolvimento, no aluno, da atenção em relação à diversidade da natureza, facilitando a observação e comparação, as quais, segundo Ferrara (2001), orientam o desenvolvimento da atenção, Sons, texturas, paladares, cheiros, cores são possibilidades de identificação do universo.
 Sendo assim, desenvolver, no ambiente escolar, atividades práticas que possibilitem a socialização entre os alunos e, ao mesmo tempo, abordem a questão ambiental é uma estratégia extremamente eficiente para solucionar esses impasses. Para Coelho e Silva (2019) diante desse cenário, a utilização da horta na escola se apresenta como uma ferramenta poderosa, no sentido da dinamização das aulas, do surgimento de oportunidades de avanços na alfabetização científica e no crescimento de possibilidades de desenvolvimento de práticas interdisciplinares.
Para os autores, a construção de uma horta e as diversas atividades que podem ser realizadas nela, favorecem a compreensão e construção de conhecimentos, o desenvolvimento de atitudes coerentes e atos de reflexão sobre o porquê daquele estudo e seus significados. Além disso, essas atividades facilitam a compreensão fundamental sobre o ambiente, a necessidade do seu equilíbrio, a intervençãohumana como integrante desse meio e sua responsabilidade como cidadão crítico e responsável pelo planeta. 
No mesmo sentido Zompero, (2015) ressalta a importância de sensibilizar as crianças em relação a importância da alimentação correta e seus benefícios à qualidade de vida a fim de evitar problemas de saúde. A partir do uso de metodologias atrativas sobre educação alimentar, é possível construir o conhecimento sobre o tema e, consequentemente, promover as mudanças dos hábitos alimentares dos sujeitos (Lopes et al., 2019). 
Segundo Pessoa (2014), as hortas escolares possibilitam a discussão sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, e também fazem com que o aluno, principalmente o do centro urbano, tenha um contato com a terra, permitindo a interatividade da ação educacional na relação direta com o fazer cultural. 
O cultivo de hortaliças nas escolas é uma ação que além de agregar conhecimentos, por meio da realização de atividades práticas, é favorável para uma mudança nos hábitos de vida de alunos e professores (SANTOS et al., 2014). A horta escolar é uma estratégia para a aprendizagem sobre alimentação e nutrição, onde as crianças possuem várias experiências e o contato com as hortaliças se torna mais prazeroso e atraente, contribuindo para o interesse em experimentá-las, promovendo dessa forma uma alimentação adequada e saudável dessas crianças (REIS; SANTOS, 2005).
Além disso, como afirma Froes et al., (2015), as hortas podem se tornar um instrumento facilitador do trabalho dos temas transversais, dentre os quais, o autor cita o Meio Ambiente, Saúde, Trabalho e Consumo. Ainda, segundo o autor, a horta pode também se tornar um ambiente integrador da comunidade escolar e instrumento para o ensino das diferentes disciplinas do ensino fundamental, propiciando atividades práticas e prazerosas a alunos, professores, funcionários e famílias. Dessa forma, ao analisarmos o conceito de interdisciplinaridade trazido por alguns autores, podemos considerar a horta como uma excelente ferramenta interdisciplinar.
A interdisciplinaridade busca a abertura de um espaço de mediação entre os conhecimentos e articulação dos saberes, no qual as disciplinas estejam em situação de mútua coordenação e cooperação, construindo um marco conceitual e metodológico comum para a compreensão de realidades complexas (CARVALHO, 2012). 
Nesse sentido, a horta escolar pode propiciar um vasto universo de conhecimento, pois em um pequeno espaço, que muitas vezes é deixado de lado, tem a capacidade de abrir um leque de conhecimentos, que possibilita o professor a trabalhar inúmeros componentes curriculares, e melhor ainda, há a possibilidade de correlaciona-las, possibilitando o educador fazer um trabalho interdisciplinar (GOMES, 2019). 
Em síntese, através da horta pedagógica é possível provocar mudanças de valores e atitudes. Na escola, proporciona um espaço de formação e informação, favorecendo a aprendizagem de conteúdos que transcendem as atividades escolares e inserem o educando no universo das questões sociais, fazendo com que o mesmo seja capaz de intervir na realidade local, de modo a contribuir na reformulação de pensamentos dos atores envolvidos (FREIRE, 2008). 
Campo externo Remoto- Análise Imagética
O documentário Plantar Saber é uma produção da Universidade Federal Rural do Semiárido e conta com a participação especial da professora e contadora de histórias, Goreth Medeiros, fotografia de Eduardo Mendonça, edição de Diego Faria, finalização Carlos Adams e Higo Lima, Arte: Amanda Freitas e assistente de Produção Luana Laíse e Felipe Freitas.
O filme aborda o trabalho desenvolvido há anos pela Universidade, na Escola Estadual Francisca Martins de Souza, com o Projeto de Extensão “Horta Didática na Escola”. De forma lúdica, o documentário Plantar Saber mostra o caráter interdisciplinar do trabalho numa horta escolar ao envolver educação, meio ambiente, saúde e artes. O projeto é conduzido por alunos bolsistas dos cursos de Licenciatura em Educação do Campo, Engenharia Florestal e Agronomia da Universidade que localizada no Município de Mossoró no Rio Grande do Norte. O Plantar Saber mostra a importância da Universidade com a extensão universitária ao oportunizar a prática desses acadêmicos. 
O documentário tem como maior protagonista a horta didática, um recurso didático capaz de envolver todos os atores que compõem o ambiente escolar. “É a horta mudando a rotina da escola, envolvendo toda comunidade – estudantes, professores, merendeiras, familiares e demais servidores”, conforme explica Giorgio Mendes, coordenador do Projeto de Extensão e idealizador do filme
O documentário tem início com uma roda de história formada pelas crianças, onde a contadora de história, Goreth Medeiros, declama um poema sobre a importância das hortaliças. Em seguida, o documentário exibe a fala do idealizador do projeto. Ele começa falando sobre a importância do projeto para a comunidade escolar e a sociedade como um todo, destacando a sua relevância para a segurança alimentar e nutricional, assim como sua contribuição para promoção da interdisciplinaridade. São atividades teóricas e práticas que vão além do ambiente da sala de aula. No documentário há diversos depoimentos que enfatizam a importância do projeto. Os educadores destacaram o aumento do interesse das crianças pelas aulas e a geração de diálogos entusiasmados pós-prática, já a merendeira da escola relatou que os alunos diminuíram o consumo de lanches industrializados e uma discente relatou que passou a consumir hortaliças após participar das atividades na horta escolar. Segundo Rosar (2012) a escola é o local em que o estudante passa a maior parte de seu dia, por isso é importante dar uma atenção especial ao que se refere aos bons hábitos alimentares. Ainda, segundo a autora, aprender a fazer na pratica, pode induzir o indivíduo ao prazer de poder usufruir daquilo que ele mesmo plantou, cuidou e compartilhou no dia a dia da horta. 
O documentário assistido exibe uma iniciativa inovadora que foi bem-sucedida na escola contemplada e que pode ser de grande influência para que demais instituições se inspirem e adotem atividades práticas, em especial, as que são voltadas para a preservação do Meio Ambiente e consumo de alimentos saudáveis, a exemplo das Hortas Escolares. O conteúdo da obra é claro, direto e objetivo, o que faz com que tenha um maior alcance podendo ser consumido por diversos públicos. 
Desta maneira, a obra faz conexão com o plano de aula elaborado, uma vez que ambos sugerem a implantação de hortas de cunho pedagógico com objetivo de oferecer melhorias no processo de alfabetização e nos hábitos alimentares dos envolvidos. 
Ficha técnica
	
Nome do filme ou documentário ou espaço cultural: Projeto Plantar saber: Horta didática na Escola
	
Ano (produção do filme/documentário ou inauguração do espaço cultural): 2016
	
País de origem: Brasil
	
Palavras-chave: Educação. Autonomia. Ludicidade. Inovação. Metodologia
	
Idade recomendada filme/documentário ou público e tipo de interação possível om o acervo do espaço cultural: Indicado para todas as idades
	
Gênero filme/documentário: Documentário
	
Cor filme/documentário: colorido 
	
Direção filme/documentário: Passos Júnior
	
Idioma filme/documentário: Português
	
Elenco principal filme/documentário: Alunos, Pais e Professores. 
	
Identificação- imagem do espaço visitado: -
	
Composição do acervo do espaço visitados (salas, temas, principais obras): -
	
Duração do filme/documentário ou da visita ao espaço cultural: 19 minutos
	
Informações de produção: 
	
Restrições: Livre para todos os públicos 
	
Sinopse do filme/documentário ou resumo do que é possível conhecer no espaço cultural: O documentário Plantar Saber é uma produção da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O filme aborda o trabalho desenvolvido há anos pela Universidade, na Escola Estadual Francisca Martins de Souza, com o Projeto de Extensão “Horta Didática na Escola”. De forma lúdica, o documentário Plantar Saber mostraro caráter interdisciplinar do trabalho numa horta escolar ao envolver educação, meio ambiente, saúde e artes. A realização é da equipe de comunicação da Ufersa. 
	
Conteúdos explícitos: Instalação de hortas, Consumo de hortaliças, Interação dos discentes, Atividades práticas no processo de ensino aprendizagem.
	
Conteúdos implícitos: Interdisciplinaridade, Aprendizagem, Inclusão. 
	
Interdisciplinaridade com outras disciplinas: todas as áreas da educação
	
Observações:
 Material didático: criação e reflexão
Para auxiliar a implantação, condução e manutenção das hortas, foi criado um material contendo o passo a passo de todo o processo. Esse material, que aqui chamaremos de cartilha, (Figura 1) contém imagens ilustrativas e uma linguagem bem simples e objetiva com instruções para o planejamento, implantação e cultivo. A cartilha foi desenvolvida para os estudantes e para que os pais pudessem sanar possíveis dúvidas que poderiam surgir na hora da implantação da horta. O objetivo da cartilha, além de passar e aprimorar o conhecimento sobre a produção de hortaliças em casa e conscientizar pais, professores e alunos a respeito dos benefícios de uma alimentação saudável, é possibilitar que os pais tenham condições de manter as hortas após o término dos estágios. 
Figura 1. Cartilha da Horta orgânica.
Na cartilha, listamos todos os elementos necessários para iniciar uma horta em casa. Entre eles: terra, água, sementes ou mudas, ferramentas e utensílios, e também, a luz solar, nutrientes. Também foi citada a possibilidade de usar diferentes tipos de recipientes como garrafas de plásticos, e diferentes locais como canteiros suspensos, hortas verticais nas paredes ou muros. Foram sugeridas as seguintes hortaliças: alface, coentro e cebolinha. 
Prática do campo e as teorias: práxis
	O estágio relatado no presente relatório foi dividido em duas fases, que foram elas: observação e prática docente. O ato de observar as aulas foi uma experiência extremamente importante que nos proporcionou a oportunidade de conhecer e compreender a realidade de uma sala de aula, as dificuldades enfrentadas pelo professor, a relação entre professor e aluno, os métodos utilizados, sua postura, os conteúdos utilizados. Podemos observar também, que ao chegar em uma sala de aula, vamos nos deparar com diferentes realidades sociais, culturais e econômicas. A observação nos permitiu perceber que cada criança tem uma maneira única de aprendizagem e que é preciso planejar uma aula que respeite a individualidade de cada um. Para Silva e Aragão (2012), o ato de observar é fundamental para analisar e compreender as relações dos sujeitos entre si e com o meio em que vivem.
	Durante o Curso de Licenciatura em Pedagogia, por meio de algumas disciplinas, tivemos contato com a teoria que envolve o processo de ensino-aprendizagem. No estágio, tivemos contato com a prática que foi de fundamental importância para a formação de indivíduos críticos. É muito importante que o aluno (estagiário) compreenda a aula em sua totalidade e seja capaz de observar a didática do professor e ainda na observação, comece a planejar a sua própria prática docente. 
	 Entre todas as experiências vividas durante a observação, a oportunidade de visualizar as dificuldades que um professor da rede pública pode passar, foi a mais importante, principalmente a necessidade de adequar as aulas as diferentes realidades. Vivenciar essas dificuldades nos preparou para enfrenta-las no futuro e para saber que a realidade de uma escola não é fácil e a prática docente não é simples. 
	Um dos grandes desafios enfrentados pelo professor é desenvolver práticas inovadoras que despertem o interesse do aluno ao mesmo tempo em que desempenhe um papel relevante para toda a sociedade. Na segunda fase do estágio, que corresponde a atuação docente, procurou-se unir a teoria com a prática por meio de uma proposta de implantação de uma horta orgânica de cunho pedagógico. Antes do início da implantação da horta, ministramos uma aula teórica abordando assuntos relacionados a questões ambientais e alimentares, partindo do conhecimento prévio dos alunos, que devem sempre ser valorizados. 
	É de comum acordo que as aulas práticas podem ajudar no processo ensino-aprendizagem. Segundo Peruzzi e Fofonka (2021), o uso de teorias de ensino diferentes enriquece o trabalho em sala de aula, por tanto, podemos somar, por exemplo, a abordagem construtivista e a cognitiva objetivando qualificar o processo de aprendizagem. A instalação da horta favoreceu o processo de construção do conhecimento para todos os envolvidos na prática. Para Penin e Vasconcellos (1994; 1995 apud DEMO, 2011, p.9) 
A aula que apenas repassa conhecimento, ou a escola que somente se define como socializadora do conhecimento, não sai do ponto de partida, e, na prática, atrapalha o aluno, porque o deixa como objeto de ensino e instrução. Vira treinamento”. Por tanto, para possibilitar a aprendizagem significativa é necessário transformar o aluno em sujeito da ação de aprender.
	Observamos que, conduzir a horta, possibilitou ampliar conhecimentos e estimular habilidades como: a capacidade de observação, organização, reflexão e discussão. Para as crianças, a aula prática estimulou a criatividade, o interesse e a capacidade de solucionar problemas usando sua imaginação e raciocínio. Também observamos que, preparar uma aula prática requer tempo, capacidade de controlar a turma, principalmente quando se trata de crianças muito pequenas e domínio do conteúdo, além de contar com imprevisto, como a falta de material e/ou instalações adequadas. 
	Logo de cara, nos deparamos com o primeiro desafio: a impossibilidade de implantar a horta na escola, uma vez que as aulas estavam sendo remotas. Com isso, foi preciso adequar o plano de aula e sugerimos a implantação de hortas domésticas que foram orientadas à distância e desempenhadas pelos pais dos alunos. Mesmo não sendo no ambiente escolar, as hortas tornaram o ambiente mais agradável e permitiram que os alunos e seus pais tivessem contato com a natureza, vivenciassem os ciclos vitais da natureza e os cuidados com os seres vivos, além de contribuir para uma alimentação saudável para toda a família. Diante disso, confirmamos o que foi dito anteriormente: trabalhar com aulas práticas requer planejamento e sempre surgirão imprevisto, mas que vale a pena enfrentá-los, pois os resultados foram satisfatórios. Foi possível observar que a horta escolar traz inúmeros benefícios aos alunos. Conforme afirmam Souza e Jatobá (2020, p.10)
Além de propiciar informações sobre alimentação saudável, a importância de uma alimentação balanceada para a saúde, produtos orgânicos, disposição física, contribuição para melhoria da merenda escolar, criatividade e aprendizado. A horta escolar promove união, trabalho conjunto, integração, aulas atrativas que saem da rotina das quatro paredes, uma vez que é extraclasse. Essas aulas geralmente se transformam em momentos de descontração e aprendizado.
Na prática, confirmamos que a horta é uma excelente ferramenta para se trabalhar a interdisciplinaridade. Alunos e pais entenderam que um mesmo assunto pode ser abordado de diferentes pontos de vista. Com a horta orgânica, pode-se trabalhar a preservação ambiental incentivando o consumo de alimentos livres de agrotóxicos que contaminam o solo, ar e água e consequentemente causam danos à saúde. Logo, são incentivados a inserirem em sua alimentação, alimentos mais naturais e menos industrializados. Todos passaram a ter mais conhecimento sobre a importância da natureza, podendo desenvolver o desejo de preservá-la. Ainda, puderam enxergar a possibilidade de reaproveitar as coisas, como as garrafas de plástico utilizadas como recipientes nas hortas, com isso, lançarão menos resíduos sólidos no ambiente. Nesse sentido, a prática auxiliou a aplicação de diversos conteúdos de um jeito simples e permitiu que professores e alunos mantenham uma relação mais próxima e pessoal, tornando o processo ensino aprendizagem mais levee prazeroso. Ainda, podemos destacar que a prática aproximou os pais da rotina escolar dos seus filhos, o que é extremamente necessário. Quando os pais iniciam uma parceria com a escola, o trabalho com as crianças pode ir além da sala de aula, e as aprendizagens na escola e em casa passam a se complementar mutuamente” (SPODEK; SARACHO, 1998, p. 167).
Todas as experiências do estágio supervisionado nos possibilitaram conhecer a prática docente na educação infantil, colocar em prática conhecimentos adquiridos ao longo do curso interagindo com a teoria e a prática. Durante a observação e a prática foi possível confirmar o quão complexo e necessário é o trabalho do professor. A proximidade com o aluno contribuiu para o autoconhecimento e para construir a própria identidade como educando. A experiência do estágio é primordial para a formação integral do aluno, onde se pode considerar que cada vez mais são solicitados profissionais com habilidades e bem preparados. Todos os alunos e professores entendem o estágio como uma atividade que traz os elementos da prática para serem objeto de reflexão, de discursão e, que propicia um conhecimento da realidade na qual irão atuar (PIMENTA, 2011). 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades desenvolvidas no período de estágio, apesar de terem ocorrido de forma remota na sua maior parte, foram de grande importância no processo de desenvolvimento e aprendizagem no campo de estágio proposto. Poder acompanhar a realidade vivenciada pelos docentes em relação a Educação infantil nos possibilitou compreender além da importância desse processo nessa fase da vida, mas também os principais desafios que podem ser encontrados nessa etapa. A observação participativa foi de grande relevância, através dela podemos ampliar a nossa percepção da realidade da educação pública do Brasil, o que certamente contribuiu para o nosso desenvolvimento enquanto futuro profissionais da educação. 
A atividade prática de implantação de uma horta caseira, desenvolvida com a crianças e responsáveis, se mostrou como uma excelente ferramenta educativa, pois sem sombra de dúvidas as atividades realizadas no desenvolvimento de hortas contribuem significativamente para o desenvolvimento cognitivo e motor das crianças, incentivam o consumo de hortaliças orgânicas e especificamente nesse caso proporcionou uma maior interação entre pais e alunos. 	
O documentário Plantar Saber (Horta didática na escola) é um grande exemplo de atividades inovadoras que podem ser desenvolvidas no ambiente escolar. O filme, através de imagens e depoimentos, evidencia os bons resultados que podem ser obtidos por meio da implantação de hortas escolares, resultados esses que também foram observados ao finalizar a construção das hortas caseiras propostas nas atividades de estágio. Dessa forma, o estágio nos possibilitou, aprender, ensinar e crescer juntamente com todos os envolvidos. 
REFERÊNCIAS
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CARVALHO, I.C.de M. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico - 6. ed. – São Paulo: Cortez, 2012.
COELHO, F. A. O; SILVA, M. de F. V. da. Horta Escolar: Espaço para Práticas Interdisciplinares em aulas de Ciências. VI Congresso de Educação-CONEDU. Fortaleza- CE, 2019. 
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 7. ed. Campinas: Autores Associados, 2011. 
FERRARA, L. D’A. Leitura sem palavras. São Paulo: Ática, 2001. 72 p. (Série Princípios).
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