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FUND. DA ONCOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A ESTADIAMENTO DO CÂNCER Por que fazer o estadiamento?: O estadiamento é PROGNÓSTICO, uma vez que uma pequena doença localizada tem maiores chances de boa evolução no tratamento que grandes doenças. É possível definir grupos de tratamento. União de análise de envolvimento entre tamanho de tumores e acometimento de linfonodos. FUND. DA ONCOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A O estadiamento permite também identificar o mínimo de tratamento necessário para que aquele volume de doença necessita para um melhor desfecho. Classificação: T: tamanho do tumor – quanto o tumor invade o epitélio. Geralmente o crescimento do tumor é no lúmen do órgão. TUMOR NÃO INVASIVO: pequena infiltração. Os vasos linfáticos e grandes vasos sanguíneos não estão tão presentes. Nesses casos de tumor in situ é possível que uma terapia local seja feita para tratamento, havendo grandes chances de cura por não ainda ter nesse estágio êmbolos neoplásicos. Ex: alguns casos de tumor de esôfago tipo adenocarcinoma não invasivo – ressecção submucosa com soro e retirada de parte com margem de segurança. T1: ruptura da membrana basal e invasão da muscular da mucosa. Chance de metástase linfática maior pelo maior acesso desse tipo de vaso ao grupamento de células. Esse tipo de tumor geralmente não toca a camada muscular própria. T2: invasão da camada muscular própria (responsável pelo peristaltismo dos órgãos). T3: atinge a serosa (linfonodos). Aumenta significativamente as chances de haver metástase linfonodal. T4: tumores que invadem estruturas adjacentes que não fazem parte do órgão. FUND. DA ONCOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A N: envolvimento de linfonodos. N0: sem invasão linfonodal – sobrevida muito maior. N1: poucos linfonodos acometidos. N2: alguns linfonodos acometidos. N3: vários linfonodos acometidos. M: doença a distância. Em alguns tumores, acometimento linfonodal pode ser considerado METÁSTASE A DISTÂNCIA – tumor gástrico, tumor de mama, etc. Tomografia Cintilografia óssea: um material radioativo que se liga a células com alta capacidade de divisão é introduzido e tira-se uma ‘chapa’ do indivíduo – osso preto, vísceras brancas, onde houver mais acometimento de doença fica preto mais escuro. Ex: câncer de próstata. Ressonância nuclear magnética: utilizado para diferenciar lesões malignas de benignas. PET-CT: devido a alta captação de glicose, injeta-se no paciente juntamente com material radioativo e, quando atinge o tumor, brilha (fica laranja). Exame clínico: Tumor de mama: fácil de identificar a olho nu quando já avançado (T4) devido ao comprometimento da pele. Em casos de pequenos nódulos, como de 1cm, apenas a identificação por um exame de imagem já é o suficiente para definir a conduta: CIRURGIA. Tumor de colo de útero: a palpação permanece a identificação se o tumor invade a cúpula vaginal, do paramétrio, da bexiga, se existem linfonodos inguinais. Comum que, juntamente a palpação, utilize-se também a colposcopia. Padrão ouro para estadiamento: RESSONÂNCIA DA PELVE. T4 FUND. DA ONCOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A Estadiamento patológico: Melhor método para avaliar o T (tamanho) e o N (comprometimento de linfonodos), porque efetivamente é possível reconhecer as bordas e dimensões da neoplasia. Estadiamento cirúrgico: Um exemplo claro é o CÂNCER DE OVÁRIO. Devido a sua disseminação celômica (‘andando’ pelo peritôneo), as células neoplásicas podem sair do ovário e atingir alguma parte do peritôneo. Com isso, o cirurgião retira partes que podem não ter demonstrado nada na tomografia para avaliar se comprometida. Linfonodo sentinela: muito utilizado em tumores de mama. Injeta-se no tumor uma substância radioativa ou corante e observa-se qual é o primeiro linfonodo para que segue. Retira-se tal linfonodo e analisa se está comprometido. Em casos em que esse NÃO se encontra acometido por câncer, muito provavelmente não existem outros linfonodos atingidos. Já em situações em que há acometido do linfonodo analisado, muito provavelmente haverá acometimento de outros linfonodos. Geralmente, os linfonodos acometidos primeiro são os da axila. Após o exame, o corante ou substância radioativa sai junto com os linfonodos. A mama pode ficar corada em verde (corante) ou azul (corante que delimita margens). FUND. DA ONCOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A Exceções: NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS: PET, biópsia de medula – apenas o PET-CT não costuma ser suficiente! CÂNCER DE COLO UTERINO: estadiamento clínico devido ao comportamento local da doença. CÂNCER DE MAMA: estadiamento clínico guia os exames de estadiamento. O tamanho do tumor e o acometimento de linfonodos guiam o quanto de exames será solicitado. CÂNCER DE PELE NÃO MELANOMA: estadiamento clínico somente.
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