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♥ Localiza-se atrás do peritônio, entre a grande curvatura do estômago e do duodeno. ♥ Cerca de 15 cm e pesa em torno de 85-100 g. ♥ A cabeça do pâncreas está perto do duodeno, e seu corpo e sua cauda estendem-se em direção ao baço. ♥ Glândula exócrina e endócrina. - Exócrina: ácinos, que produzem o suco pancreático, e no sistema de ducto, que carrega o suco pancreático para o intestino delgado - Endócrina consiste nas ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langerhans), as quais secretam hormônios que entram no sistema circulatório. ♥ Entre 500 mil e 1 milhão de ilhotas pancreáticas estão dispersas entre os ductos e os ácidos do pâncreas. ♥ Cada ilhota é composta de : - 20% de células alfa, que secretam glucagon, um pequeno hormônio proteico - 75% de células beta, que secretam insulina, pequeno hormônio proteico que consiste em duas cadeias polipeptídicas ligadas. - 5% de células imaturas que produzem secreções com funções digestórias ou células delta que secretam somatostatina, um pequeno hormônio polipeptídico. ♥ Nervos das duas divisões do sistema nervoso autônomo que inervam as ilhotas pancreáticas e uma rede de capilares bem desenvolvida envolvem cada ilhota. EFEITOS DA INSULINA E DO GLUCAGON EM SEUS TECIDOS-ALVO ♥ Regulação da concentração crítica de nutrientes no sistema circulatório, especialmente glicose e aminoácidos ♥ Os maiores tecidos-alvo da insulina são o fígado, tecido adiposo, músculo esquelético e o centro de saciedade dentro do hipotálamo. ♥ O centro de saciedade é uma coleção de neurônios no hipotálamo que controla o apetite, mas a insulina não afeta diretamente a maioria das áreas do sistema nervoso. INSULINA : ♥ Moléculas de insulina ligam-se a receptores de membrana das células-alvo e fosforilam proteínas de membrana específicas. ♥ Em parte, as respostas celulares à insulina são para aumentar o número de proteínas de transporte na membrana plasmática para a glicose e aminoácidos. ♥ A insulina e seus receptores entram na célula por endocitose, a insulina é liberada de seu receptore e quebrada, e o receptor retorna à membrana plasmática. ♥ Tecido-alvo responde à insulina pelo aumento da sua habilidade de capturar e utilizar glicose e aminoácidos. ♥ Moléculas de glicose que não são necessárias imediatamente são armazenadas como glicogênio no músculo esquelético, fígado, bem como convertidas a lipídeos no tecido adiposo. ♥ Os aminoácidos podem ser quebrados e utilizados como fonte de energia ou podem ser convertidos a proteínas. ♥ Sem a insulina, a habilidade desses tecidos para captar e utilizar glicose e aminoácidos é mínima. ♥ A regulação normal do nível de glicose no sangue requer insulina. ♥ O nível de açúcar no sangue pode aumentar significativamente quando pouca insulina é ou quando seus receptores não respondem (Impacto clínico: “Diabetes melito”). ♥ Na ausência: o movimento de glicose e de aminoácidos para as células diminui, mesmo que os níveis sanguíneos dessas moléculas possam aumentar para níveis muito altos. ♥ O centro de saciedade hipotalâmico requer insulina para que capte glicose, na ausência este não consegue detectar a presença de glicose no líquido extracelular, mesmo quando em nível alto. - Resultado: intensa sensação de fome apesar do nível alto de glicose, condição chamada de polifagia. ♥ O alto nível de glicose também causa o aumento do volume de urina (poliúria) e a perda de água por micção. ♥ A glicose é filtrada do sangue nos túbulos renais. Nesse local, ela cria um gradiente osmótico que favorece o movimento de água para dentro dos túbulos e sua subsequente perda na urina ♥ O elevado nível de glicose no sangue também aumenta a osmolaridade sanguínea resultando no aumento da sensação de sede (polidipsia). ♥ Quando muita insulina é secretada, o nível sanguíneo de açúcar pode cair muito, e pelo tecido nervoso depende primordialmente da glicose sanguínea como fonte de energia,. com baixo nível de glicose sanguínea há mudanças nas funções do sistema nervoso central, incluindo tontura, perda da função cognitiva e, em casos extremos, a perda da consciência. GLUCAGON : ♥ Influencia principalmente o fígado, embora tenha algum efeito sobre o músculo esquelético e o tecido adiposo ♥ Ele liga-se a receptores de membrana, ativa proteínas G e aumenta a síntese de cAMP ♥ Causa a quebra do glicogênio e aumenta a síntese de glicose no fígado e a quebra de lipídeos. ♥ A glicose liberada pelo fígado para o sangue aumenta drasticamente após o aumento da secreção de glucagon. ♥ Por ser secretado para a circulação porta-hepática, que carrega o sangue do intestino e do pâncreas para o fígado ♥ Transportado a uma concentração relativamente alta para o fígado onde exerce o seu maior efeito. ♥ O órgão também o metaboliza rapidamente. Regulação da secreção dos hormônios pancreáticos ♥ Os níveis de nutrientes no sangue, a estimulação neural e os hormônios controlam a secreção de insulina. ♥ Hiperglicemia, ou concentração de glicose no sangue elevada, estimula diretamente a secreção de insulina pelas células . ♥ Hipoglicemia, ou baixa concentração de glicose no sangue, está diretamente relacionada à baixa secreção de insulina. ♥ Certos aminoácidos podem também estimular a secreção atuando diretamente sobre as células . ♥ Após uma refeição, quando os níveis de glicose e aminoácidos no sangue estão altas, a secreção de insulina aumenta. ♥ Em jejum, quando o nível de glicose no sangue é baixo, a taxa de secreção declina ♥ O sistema nervoso simpático e autônomo podem controlar a secreção de insulina. ♥ A estimulação parassimpática associada com a ingestão de comida atua com o elevado nível de glicose no sangue para aumentar a secreção. ♥ A inervação simpática inibe secreção e ajuda a prevenir a rápida queda do nível de glicose no sangue. ♥ A maioria dos tecidos (à exceção do tecido nervoso) requer insulina para captar glicose; por isso, a estimulação simpática mantém o nível de glicose sanguínea em níveis normais durante períodos de atividade física ou excitação. ♥ Hormônios gastrintestinais envolvidos na regulação da digestão, como gastrina, secretina e colecistoquinina, aumentam a secreção de insulina. ♥ A somatostatina inibe a secreção de insulina e glucagon ♥ Baixo nível de glicose no sangue estimula a secreção de glucagon, e alto nível de glicose no sangue a inibe. ♥ Certos aminoácidos e a estimulação simpática também aumentam a secreção de glucagon. ♥ Após uma refeição altamente proteica, os aminoácidos aumentam tanto a secreção de insulina quanto de glucagon. ♥ A insulina causa a captura de aminoácidos nos tecidos-alvo para a síntese de proteínas ♥ A secreção de glucagon aumenta o processo de síntese de glicose a partir de aminoácidos no fígado (gliconeogênese). ♥ Tanto a síntese de proteínas quanto o uso de aminoácidos para manter o nível de glicose no sangue resultam da baixa, secreção de insulina e glucagon induzida por refeições rica em proteínas. Regulação da secreção de insulina (1) A glicose no sangue está dentro dos valores normais. (2) O nível de glicose no sangue aumenta para fora dos valores normais. (3) As ilhotas pancreáticas secretam insulina em reposta direta à elevação de glicose no sangue. Hormônios digestivos e atividade parassimpática também estimulam a secreção de insulina. (4) A maioria dos tecidos capta glicose quando a insulina liga-se ao seu receptor nos tecidos. O fígado e o músculo esquelético convertem a glicose a glicogênio. (5) O nível de glicose no sangue diminui e volta para os valores normais. (6) A homeostase é restaurada. Regulação hormonal da utilização de nutrientes ♥ Após a refeição e sobre condições de repouso, a secreção de glucagon, cortisol, GH e adrenalina estão reduzidas ♥ Tanto o aumento do nível de glicose no sangue quanto a estimulação parassimpática elevam a secreção insulina para aumentar a captura de glicose, aminoácidos e lipídeos pelos tecidos-alvo. ♥ As substâncias que não são utilizadas imediatamente para o metabolismo celular são estocadas. A glicose é convertidapara glicogênio nos músculos esqueléticos e no fígado, e também é utilizada para a síntese de lipídeos no tecido adiposo e pelo fígado. ♥ A rápida captura e estocagem da glicose previne o aumento exagerado de seu nível no sangue. ♥ Os aminoácidos são incorporados às proteínas, e os lipídeos que foram ingeridos como parte da refeição são estocados no tecido adiposo e no fígado. ♥ Refeição rica em proteínas: pequena quantidade de glucagon é secretada, aumentando a taxa de uso de aminoácidos pelo fígado para formar glicose. ♥ De uma a duas horas após uma refeição: absorção do material digerido do trato digestório diminui, e o nível de glicose no sangue declina, e as as secreções de glucagon, GH, cortisol e adrenalina aumentam. ♥ Com o declínio da glicose a secreção de insulina diminui, bem como a taxa de entrada de glicose para os tecidos-alvo da insulina. ♥ O glicogênio, estocado nas células, é reconvertido em glicose e utilizado como fonte de energia. ♥ O fígado libera a glicose para o sangue. ♥ A queda da captura de glicose, combinada com a liberação de glicose pelo fígado, ajuda a manter o nível de glicose necessário para as funções normais do cérebro. ♥ Células que usam menos glicose começam a usar mais lipídeos e proteínas. ♥ O tecido adiposo libera ácidos graxos, e o fígado libera triglicérides (em lipoproteína) e corpos cetônicos para o sangue. ♥ Os tecidos captam essas substâncias no sangue e as utilizam como energia. ♥ As interações da insulina, GH, glucagon, adrenalina e cortisol são excelentes exemplos de mecanismo de retroalimentação negativa. - nível de glicose no sangue está alto: hormônios causam uma rápida captura e estocagem de glicose, aminoácidos e lipídeos. - nível de glicose está baixo: liberação de glicose e mudança no metabolismo para o uso de lipídeos e proteínas como fontes de energia ♥ Durante o exercício, o músculo esquelético requer energia para o suporte do processo de contração ♥ Nutrientes intracelulares podem sustentar a contração muscular por um período de tempo curto, porém, fontes de energia adicionais são necessárias para atividade prolongada. ♥ A atividade do sistema nervoso simpático, que aumenta durante o exercício, estimula a liberação de adrenalina da medula suprarrenal e a liberação de glucagon pelo pâncreas ♥ Esses hormônios induzem a conversão do glicogênio para glicose no fígado e liberam glicose para o sangue, fornecendo, portanto, uma fonte de energia ao músculo esquelético. ♥ A adrenalina e o glucagon têm meias-vidas curtas; por isso, rapidamente ajustam o nível de glicose no sangue em diferentes condições de atividades. ♥ Durante uma atividade contínua, a liberação de glicose pelo fígado e outros tecidos não é adequada para sustentar a atividade muscular, e existe, assim, o perigo de que o nível de glicose no sangue fique muito baixo para conseguir sustentar as funções do encéfalo. ♥ Uma diminuição da insulina previne a captura de glicose pela maioria dos tecidos e, portanto, conserva o nutriente para o cérebro. ♥ Além de outras funções, adrenalina, glucagon, cortisol e GH causam um aumento dos ácidos graxos, triglicérides e corpos cetônicos para o sangue. ♥ Devido ao GH aumentar a síntese de proteínas e diminuir a quebra de proteínas, as proteínas musculares não são utilizadas como fonte de energia. ♥ Consequentemente, o metabolismo de glicose diminui, e o metabolismo de lipídeos no músculo esquelético aumenta. ♥ Ao final de uma longa corrida, por exemplo, os músculos dependem do metabolismo de lipídeos como fonte energia.
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