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Relógio Placentário

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–
 
Relógio Placentário
PADRÃO HORMONAL: 
• Progesterona impede a contratilidade 
uterina 
• Estrogênio aumenta a contratilidade 
uterina 
INÍCIO DO PARTO: 
O parto é um evento fisiológica envolvendo um 
conjunto multifatorial de alterações no tecido do 
útero materno, placenta, hipófise, adrenal e que 
ocorrem gradualmente durante um período de 
dias até semanas antecedendo o momento do 
nascimento. 
 
O início do trabalho de parto é determinado por 
complexas interações de vários hormônios 
placentários e fetais. Como a progesterona inibe 
as contrações uterinas, o trabalho de parto não 
pode ocorrer até que os efeitos da progesterona 
sejam diminuídos. Perto do final da gestação, os 
níveis de estrogênios no sangue da mãe sobem 
acentuadamente, produzindo alterações que 
superam os efeitos inibidores da progesterona. 
 
O aumento nos estrogênios resulta da secreção 
crescente do hormônio liberador da 
corticotropina pela placenta, que estimula a 
adeno-hipófise do feto a secretar ACTH (hormônio 
adrenocorticotrófico). Por sua vez, o ACTH 
estimula a glândula suprarrenal fetal a secretar 
cortisol e desidroepiandrosterona (DHEA), o 
principal androgênio suprarrenal. 
 
A placenta então converte o DHEA em um 
estrogênio. Os níveis elevados de estrogênios 
fazem com que o número de receptores para a 
ocitocina nas fibras do músculo uterino aumente, 
e fazem com que as fibras do músculo uterino 
formem junções comunicantes entre si. 
 
A ocitocina liberada pela neuro-hipófise estimula 
as contrações uterinas, auxiliada pela relaxina 
liberada pela placenta que aumenta a flexibilidade 
da sínfise púbica e ajuda a dilatar o colo do útero. 
O estrogênio estimula também a placenta a liberar 
prostaglandinas, as quais induzem a produção de 
enzimas que digerem as fibras colágenas no colo 
do útero, fazendo com que ele amoleça 
 
- HORMÔNIO LIBERADOR DE CORTICOTROFINA 
(CRH) – PLACENTA 
Placenta como póssivel “relógio” para o 
nascimento. 
Evidências: 
• Níveis circulantes de CRH placentário 
aumentam exponencialmente conforme a 
gestação se aproxima do parto 
• Níveis baixos de CRH em partos “pós-
maduros” 
• Níveis altos de CRH em partos “pré-
maturos” 
–
 
 
PRODUÇÃO DE CRH NA GESTAÇÃO: 
- CRH → aumenta a secreção de DHEAS e cortisol 
pela adrenal fetal → elevação produção de 
estrogênio pela placenta → razão 
estradiol:progesterona alta (últimas 5 semanas 
gestação) 
 
- Cortisol fetal aumentado → aumenta CRH 
placentário → mais cortisol → feedback positivo 
entre a placenta e o eixo hipófiseadrenal fetal. 
 
- Estradiol → efeito uterino → “preparação” para 
contração 
- Cortisol → importante maturação pulmonar 
(surfactação) 
 
- Estrógeno → Aumenta a contratilidade uterina 
• Aumenta o nº de junções comunicantes 
entre as células musculares lisas do 
miométrio 
• Aumenta a expressão de receptores para 
ocitocina no útero 
• Estimula produção PGF2α 
 
Efeito da ocitocina no útero 
- Secretado pela neuro-hipófise → contração 
uterina 
• Ativado por irritação e distensão do colo 
do útero 
• Manutenção do trabalho de parto 
 
- Produzido também pela placenta → contração 
uterina 
• A interação da ocitocina com o seu 
receptor eleva a concentração de cálcio 
intracelular 
• Ocitocina amplifica a intensidade e a 
freqüência das contrações uterinas 
 
A diferença na sensibilidade é pela maior 
expressão de receptores para ocitocina que ocorre 
ao final da gestação 
Após o parto, receptores para ocitocina 
apresentam uma rápida redução, enquanto no 
tecido mamário a expressão aumenta ao longo da 
lactação.

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