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COAGULAÇÃO SANGUÍNEA ● A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela deficiência ou anormalidade da atividade coagulante do fator VIII (hemofilia A) ou do fator IX (hemofilia B). ● Embora o processo de coagulação seja uma matriz dinâmica e altamente entrelaçada de múltiplos processos, ele pode ser visto como ocorrendo em fases → Lesão endotelial e formação do plugue plaqueta. → Propagação do processo de coagulação pela cascata de coagulação. → Término da coagulação por mecanismos de controle antitrombóticos. → Remoção do coágulo por fibrinólise. HEREDITARIEDADE ● As hemofilias são transmitidas quase que exclusivamente a indivíduos do sexo masculino por mães portadoras da mutação (cerca de 70% dos casos). Porém, em cerca de 30% dos casos, a doença origina-se a partir de uma mutação de novo, fenômeno que pode ocorrer na mãe ou no feto. ● Filhas de homem com hemofilia serão portadoras obrigatórias . Apesar de muito rara, a hemofilia pode ocorrer em mulher, em decorrência da união de homem com hemofilia e mulher portadora. CLASSIFICAÇÃO MODERADA A doença leve é definida como um nível de atividade fatorado acima de 5 e abaixo de 40%. A doença moderada é um fator de atividade entre 1 e 5% LEVE A doença grave é um fator de atividade abaixo de 1%. GRAVE 5% - 40% 1 % - 5% >1% A hemofilia é classificada de acordo com o nível plasmático de atividade coagulante do fator deficiente em leve, moderada e grave. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS HEMATOMAS Ocorrem espontaneamente ou associados a pequenos traumatismos. HEMARTROSES Sangramentos intra-articulares que afetam articulações mono-axiais (tipo dobradiça) → Podem levar a incapacidade e atrofia muscular → Podem acarretar em consequências muito sérias, devido à compressão de estruturas nobres. HEMATÚRIA SANGRAMENTO GASTROINTESTINAL SANGRAMENTO INTRACRANIANO DIAGNÓSTICO • Deve-se suspeitar de hemofilia sempre que há história de sangramento fácil após pequenos traumas, ou espontâneo, podendo ser hematomas subcutâneos nos primeiros anos de vida, ou sangramento muscular e/ou articular em meninos acima de dois anos, ou mesmo com história de sangramento excessivo após procedimentos cirúrgicos ou extração dentária. • Histórico familiar • Coagulograma→ Tempo de protrombina e tempo de tromboplastina parcialmente ativada. • Dosagem da atividade coagulante do fator VIII (hemofilia A) ou fator IX (hemofilia B). TRATAMENTO • Reposição do fator (DDAVP é alternativa para fator VIII) • Profilaxia • Tratamento gênico • Inibidores REFERÊNCIAS • BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo - Patologia. São Paulo: Grupo GEN, 2016. • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Manual de hemofilia– 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. • HOOTS, W Keith; SHAPIRO, Amy D. Inhibitors in hemophilia: Mechanisms, prevalence, diagnosis, and eradication. UPTODATE, 2021. • HOOTS, W Keith; SHAPIRO, Amy D; HEIMAN, Meadow. Genetics of hemophilia A and B. UPTODATE, 2020. • HOOTS, W Keith; SHAPIRO, Amy D. Clinical manifestations and diagnosis of hemophilia. UPTODATE, 2021. • LEUNG, Lawrence LK. Overview of hemostasis. UPTODATE, 2019.
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