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Prática Civil

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EXCELENSTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ______ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE IBIÚNA/SP.
CAIM, brasileiro, estado civil, profissão, endereço residencial e eletrônico em XX, inscrito no CPF/MF XX sob o n.º XX e portador da Cédula de Identidade n.º XX, por seu advogado abaixo subscrito (fls XX), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, ajuizar a presente:
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS,
Com fulcro no artigo 554 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC) e no artigo 1.210 do Código Civil Brasileiro (CC), em face de SILAS, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço, inscrito no CPF/MF XX sob o n.º XX, portador da Cédula de Identidade n.º XX, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I. DOS FATOS
Na data de XX de XXXX de XXXX, o autor recebeu, por força de transmissão hereditária, o imóvel descrito na matrícula nº (...) do X Cartório de Registro de Imóveis de Ibiúna – SP, registrado na Prefeitura sob o nº de contribuinte (...), atualmente avaliado em cerca de R$ 300.000,00, conforme lançamento fiscal do Poder Público.
E assim, vinha exercendo pacificamente seu direito de posse e propriedade, utilizando o imóvel como casa de veraneio.
Ocorre que, em dezembro de 2020, foi acometido por uma grave pneumonia e permaneceu internado por cerca de 2 meses no Hospital São Jorge, ficando, nesse período, impossibilitado de deslocar-se até sua casa de veraneio em Ibiúna.
Após receber alta médica voltou para sua chácara, quando, então, se deparou com a ocupação de uma família, que ali adentrou com propósito de fixar moradia.
Surpreso com a ocupação indevida do imóvel, procurou o representante da família que se identificou como Silas, para reaver sua posse de forma amigável, entretanto não obteve êxito, constando que além do esbulho cometido, os invasores também ocasionaram danos ao seu telhado ao tentar instalar uma antena pirata, o que, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade, provocou graves infiltrações no imóvel, gerando um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais).
Além disso, o requerido e sua família vêm colhendo e vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar do autor, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 19.000,00(dezenove mil reais).
Muito embora, tenha sido devidamente notificado para deixar o imóvel, o requerido prontamente se negou, não restando alternativa ao autor a não ser o ajuizamento da presente demanda dentro do prazo de ano e dia previsto no art. 558 do Código de processo Civil, para reaver sua posse sobre o bem.
II – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA E DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA
O Requerente informa a este juízo que não possui recursos suficiente para pagar as custas, despesas processuais e honorários advocatícios, sendo pessoa pobre na acepção jurídica do termo. Assim, possui direito à gratuidade da justiça.
Isto porque, o artigo 98 se seguintes do CPC e o artigo 5°, incisos XXXV, LV e LXXIV da Constituição Federal Brasileira asseguram à pessoa hipossuficiente financeiramente, o acesso à justiça. 
Vale ressaltar também que o Requerente informa ter mais de 70 (setenta) anos de idade (Doc. Anexo) e, conforme dispõe o artigo 71 do Código de Processo Civil, o presente feito deve ter prioridade em sua tramitação, o que fica expressamente requerido.
III. DO DIREITO
A. DA REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
Conforme narrado acima, estamos diante de um esbulho possessório, pois o requerente se apropriou da propriedade do requerente de forma injusta, sem o uso de violência.
Nos termos do artigo 1.210 do Código Civil Brasileiro, “O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado”. 
Na mesma linha, dispõe o art. 560 do CPC que “O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho.” (grifo nosso)
Ademais, para que o Requerente tenha acionado seu direito de reintegração de sua posse em caso de esbulho, nos termos do artigo 561 do Código de Processo Civil, deverá provar: (i) a sua posse; (ii) a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; (iii) a data da turbação ou do esbulho; (iv) a continuação da posse, e (v) a perda da posse.
Importante destacar que o autor, em abril do presente ano, enviou uma notificação extrajudicial para o réu, para que desocupasse o imóvel imediatamente para que o autor pudesse retomar o que era seu por direito. (Doc. XX)
Neste sentido é o entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. Pedido inicial julgado procedente e improcedente o pedido reconvencional. Insurgência dos requeridos. Inadmissibilidade. Posse anterior do autor devidamente comprovada nos autos. Réus que, notificados extrajudicialmente para devolver o imóvel ao requerente, nele permaneceram de forma ilegal. Esbulho caracterizado. Preenchidos os requisitos previstos no artigo 927 do CPC então vigente (artigo 561 do Código de Processo Civil de 2015) para a almejada proteção possessória, a procedência do pleito exordial é medida que se impõe. DANOS MATERIAIS. Ocupação indevida após a notificação extrajudicial. Inteligência do artigo 82 do CC. Indenização que deve ser arbitrada em sede de liquidação de sentença. Recurso dos réus não provido. Recurso do autor parcialmente provido para condenar os requeridos ao pagamento de aluguéis durante o tempo de ocupação indevida do imóvel.
(TJ-SP - AC: 10068260620188260451 SP 1006826-06.2018.8.26.0451, Relator: Marcos Gozzo, Data de Julgamento: 16/11/2016, 23ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 24/09/2020)
Portanto, assim o faz o Requerente, juntado nesta oportunidade, todos os documentos comprobatórios necessários, em especial a matrícula do imóvel, a notificação extrajudicial encaminhado ao Requerido, e a respectiva recusa sobre a desocupação do imóvel.
B. DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS.
Conforme faz prova a documentação anexa, o Requerido ao tentar instalar uma antena pirata, acabou por danificar o telhado do imóvel, o que, devido Às fortes chuvas, provocou graves infiltrações ao imóvel, gerando um dano estimado de R$ 6.000,00.
Igualmente, o Requerido também causou enorme prejuízo ao Requerente, apurado em R$ 19.000,00, ao promover a colheita e a venda de boa parte da produção de laranjas no pomar alocado sobre o imóvel, conforme documentação anexa.
Dessa feita, uma vez que nitidamente demonstrados os prejuízos causado pelo Requerido ao Requerente, faz-se imprescindível à invocação do quanto disposto nos artigos 186 e 927 do Código Civil Brasileiro:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Portando, requer seja o Requerido condenado ao pagamento de indenização por Danos Materiais na importância de R$ XX, em razão do prejuízo a ser suportado pelo Requerente pelos atos praticados pelo Requerido.
C – DA INDENIZAÇÃO DOS FRUTOS PERCEBIDOS.
Nos termos do artigo 555 do Código de Processo Civil, é lícito ao autor da ação de reintegração de posse cumular ao pedido possessório pedido de condenação em perdas e danos pelos eventuais prejuízos decorrentes da ocupação indevida do imóvel pelo possuidor de má-fé.
Ao dispor sobre os efeitos da posse, o artigo 1218 do Código Civil estabeleceu que o possuidor de má-fé respondesse pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
Conforme constado, após adentrarem no imóvel os invasores danificaram o telhado da casa ao tentar instalar uma antena pirata, o que, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade, provocou graves infiltrações no imóvel, gerando um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais).
Não há, portanto, que se falar em força maior, tampouco que os danos teriam ocorrido mesmo queo imóvel estivesse sob a posse do autor, uma vez que por culpa exclusiva do requerido, o telhado do imóvel, que antes estava em perfeitas condições, foi danificado.
IV – DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA
Conforme consta no artigo 558 do Código de Processo Civil, as ações de manutenção e reintegração de posse ajuizadas dentro do prazo de ano e dia contados da data da turbação ou do esbulho submetem-se ao procedimento especial previsto nos artigos 560 e seguintes do aludido diploma. 
Ou seja, havendo a devida comprovação da posse, do esbulho, da data do esbulho praticado e da perda da posse, pode o juiz conceder a respectiva medida liminar inaudita altera parte para restituir a posse ao seu legítimo possuidor. Resta evidenciado que o autor detinha a posse mansa e pacifica do imóvel que recebeu por transmissão hereditária, bem como que teve sua posse esbulhada a menos de ano e dia do ajuizamento da demanda, sendo completamente impedido de exercer seus direitos possessórios sobre o bem.
Ante o exposto, tendo em vista que todos os requisitos previstos no artigo 560 do Código de Processo Civil foram devidamente comprovados por meio dos documentos que instruem a inicial, necessário se faz a concessão de medida liminar inaudita altera parte autorizando a reintegração de posse do imóvel, nos termos do artigo 562 do Código de Processo Civil.
V. DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer respeitosamente que Vossa Excelência se digne:
a) conceder os benefícios da justiça gratuita ao Requerente e determinar a tramitação prioritário do presente feito;
b) Seja concedida medida liminar inaudita altera parte, nos termos do artigo 560 do Código de Processo Civil, expedindo-se o competente mandado de reintegração de posse em favor da parte autora;
c) determinar a designação de data para realização de audiência de conciliação, nos termos do artigo 334, § 4° do Código de Processo Civil;
d) determinar a citação do Requerido para, querendo, contestar a ação no prazo conforme artigo 564 do Novo CPC,
e) julgar totalmente procedentes os pedidos, para determinar a reintegração da posse do imóvel em favor do Requerente, bem como condenar o Requerido ao pagamento da importância de R$ XX a título de indenização por Danos Materiais e Frutos Percebidos;
f) condenar os Requeridos ao pagamento das custas e dos honorários advocatícios nos termos do artigo 85 do Código de Processo Civil;
Ainda, protesta pela juntada de todas as provas admitidas em direito para que o presente feito reste perfeitamente instruído.
Dá-se à causa o valor de R$ XX.
Termo em que
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado OAB n.º

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