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Aula 2 Anatomia, histologia e citologia do trato genital feminino. Aspectos hormonais. Componentes Celulares Teoria Celular: Todos os seres vivos são formados por células A célula é a unidade básica de estrutura e de função dos seres vivos Todas as células provém de células preexistentes A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade dos seres vivos ESTRUTURAS QUE CONSTITUEM AS CÉLULAS EUCARIÓTICAS: MEMBRANA CELULAR As membranas celulares envolvem a célula, definem os seus limites e mantêm as diferenças essenciais entre o meio intracelular e o meio extracelular. Membrana Celular ao microscópio CITOPLASMA O citoplasma das células eucarióticas aparece sem estrutura visível mesmo quando examinado ao microscópio eletrônico. Formado pelo Citosol, que é o meio interno da célula onde estão incluídas todas as suas estruturas, é uma massa semifluida, homogenea. NÚCLEO O núcleo ocupa 10% do volume celular total. Contém o material genético que controla as reações que ocorrem na célula. FILAMENTOS DE CROMATINA NUCLEOPLASMA NUCLÉOLO INVÓLUCRO NUCLEAR Espermiogênese humana Lisossomos – Função heterofágica Histologia – Epitélios de Revestimento COMPONENTES DOS TECIDOS • Especializados em revestir e proteger todas as superfícies do organismo; • Formados por células justapostas e poliédricas; • Desprovidas de vasos sanguíneos, são nutridos pelos tecidos adjacentes; Tecido Epitelial de Revestimento • Estão sempre apoiados sobre uma camada de tecido conjuntivo subjacente; a lâmina própria. Tecido Epitelial de Revestimento Tipos de Tecidos Epiteliais camadas de células • Simples: formado por uma camada de células. Tipos de Tecidos Epiteliais camadas de células • Estratificado: formado por várias camadas de células. Tipos de Tecidos Epiteliais camadas de células • Pseudo-estratificado: formado por uma camada de células, de tamanhos diferentes. Tipos de Tecidos Epiteliais formato celular • Pavimentoso ou plano: células achatadas. Tipos de Tecidos Epiteliais formato celular • Cúbico: forma de cubo. Tipos de Tecidos Epiteliais formato celular • Cilíndrico ou colunar: mais alta do que larga. Tipos de Tecidos Epiteliais formato celular • De transição: várias camadas, grande flexibilidade, com formato variado. Pavimentoso Simples Epitélio Simples Cúbico Sistema Reprodutor Feminino Sistema Reprodutor Feminino Funções • Fornecer gametas • Receber gametas (masculinos) • Fecundação “Receber, alojar e manter o produto conceptual em desenvolvimento” • Expulsão no parto. Conceito Consiste em um trato tubular com glândulas acessórias e se liga a porção caudal do sistema urinário. Organização Ovário Tuba uterina Útero Vagina Placenta Glândula Mamária • Ovários: Produz Óvulo - São as gônadas femininas responsáveis pela produção dos gametas femininos ovogênese. Produz Hormônios sexuais femininos. (Estrógeno e progesterona) Ovários • Órgãos ovais compostos por TER (Tecido Epitelial de Revestimento) simples cúbico intercalados com áreas de TER simples pavimentoso. • Túnica albugínea (tecido conjuntivo frouxo): Forma a cápsula que reveste o ovário. • Ovócito primário envolto por células foliculares. • O hormônio FSH estimula o desenvolvimento do ovário e dos folículos. Ovulação ▪ Liberação do ovócito na tuba uterina. Ocorre pelo aumento da secreção do hormônio LH. Epitélio colunar simples, em diversas espécies Tuba uterina: células ciliadas, células secretoras, lâmina própria Revestimento interno das células epiteliais que revestem as fímbrias da porção infundibular da tuba uterina de coelhos e possuem cílios e microvilos Útero • Recebe o óvulo que foi fecundado na trompa (tuba uterina) • Aloja o embrião (gravidez) • Desenvolvimento do embrião Posição normal do útero • Curvado anteriormente sobre si mesmo • O corpo angula em relação ao colo uterino (anteflexão) • O corpo roda em torno de um eixo que passa pelo ístimo (anteversão) Estrutura do útero • Possui 3 camadas Vagina • Órgão feminino de cópula • Recebe o sêmen • Escoamento do sangue menstrual • No parto, da passagem para o produto conceptual Sistema Reprodutor Feminino Glândula de Bartholin • Localizada de cada lado dos lábios menores da vagina (uma em cada lado) • Libera um fluido lubrificante. RUGAS VAGINAIS • Pequenas pregas Monte do púbis • Coxim gorduroso acima do osso do púbis da mulher. ▪ Lábios: tecido conjuntivo frouxo a denso, com extensa rede de fibras elásticas ▪ Vestíbulo: epitélio escamoso estratificado não-queratinizado ▪ Clitóris: Corpo cavernoso clitoriano envolvido por tecido conjuntivo denso Externamente revestido pelo invólucro prepucial (epitélio escamoso estratificado não-queratinizado) O colo do útero tem como função proteger a entrada de agentes patogênicos para o interior da cavidade pélvica, pois existe uma ligação entre o meio exterior e a cavidade pélvica (via cavidade uterina e lúmen das tubas uterinas). COLO DO ÚTERO Secreta muco e anticorpos que ocupa a cavidade cervical e impedem a progressão de agentes patogênicos para o interior da cavidade uterina. Além disso, possui papel importante na ativação dos espermatozóides. Deve ser lembrado que o corpo do útero é o local em que ocorre a implantação, nutrição e proteção do embrião, com função bem definida e essencial para o sucesso da gravidez. Durante a gravidez o colo do útero se fecha fortemente mantendo o feto no seu interior. Alterações nesse mecanismo fazem com que possa ocorrer abortamento. Já no momento do parto, é necessário além das contrações uterinas, que ocorram modificações bioquímicas no estroma cervical para permitir a dilatação do colo do útero (amolecimento cervical). COLO DO ÚTERO HISTOLOGIA DO APARELHO GENITAL FEMININO Colo do útero Constituído por duas mucosas e por um tecido conjuntivo fibromuscular Um mucosa reveste o colo pelo lado de fora e a outra reveste o canal cervical internamente Orifício HISTOLOGIA DO APARELHO GENITAL FEMININO Cérvix ou cérvice Inicia-se dentro da vagina Possui glândulas cervicais na mucosa CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO O trato genital feminino apresenta vários tipos de epitélio e tecidos de sustentação Epitélio Escamoso Queratinizado Encontrado nos lábios maiores e em alguma condições patológicas da vagina, útero e do endométrio CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO Epitélio Escamoso Queratinizado Camada superficial de queratina, na qual não existe núcleo CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado Reveste os pequenos lábios da vulva, a vagina e a parte externa do colo uterino CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado Os epitélios que revestem a ectocérvice e a JEC apresentam variações decorrentes do estímulo hormonal Recém-nascida, pré-puberdade, menarca, menacme, menopausa, reposição hormonal, contraceptivos orais, gravidez CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado Na idade reprodutiva estímulo hormonal faz o epitélio escamoso sofrer maturação completa e descamação celular Céls que formam este epitélio são: • Células basais, parabasais, intermediárias e superficiais CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado O processo de maturação destas céls leva a alteração na sua morfologia Citoplasma: citoplasmas aumentam de tamanho na medida em que as céls se afastam da membrana basal Núcleos: de grandes e vesiculosos , tornam-se picnóticos Citologia Básica do Trato Genital Feminino O Epitélio Escamoso Estratificado não queratinizado característico dos pequenos lábios, canal vaginal e ectocérvice, contribui com a citologia ginecológica com três tipos básicos celulares: • Células Superficiais • Células Intermediárias. • Células Parabasais. CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO Células Superficiais Células Intermediárias Células Parabasais Células Basais Membrana Basal CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Células Superficiais • Apresentam citoplasma abundante de aspecto delicado • Núcleo é pequeno, denso, central e picnótico • Encontram-se na fase final de maturação do epitélio escamoso EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Células Superficiais Ausência de pontes intercelulares As células superficiais apresentam em sua maioria citoplasma acidofílico, com formato que lembra estrutura geométricas. EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Células Intermediárias • Tem forma poligonal • Citoplasma abundante • Núcleo apresenta forma arredondada • Possuem alto teor de glicogênio • Descamam em aglomerados por conta da presença de desmossomos (pontes intercelulares) As células intermediárias são de característica cianofílica, apresentam núcleo ovalado com cromatina frouxa ou granular. EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Células Parabasais • São maiores (se comparadas com as basais) • Arredondadas • Citoplasma basófilo e de coloração azul-esverdeado podendo também ser observadas em rosa • Citoplasma mais abundante que as céls basais EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Células Parabasais Observadas principalmente: • No pós-parto • Na pós-menopausa • Na infância As células parabasais possuem característica esférica e apresentam núcleo com cromatina frouxa. EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Células Basais • Presentes na camada mais profunda do epitélio • São basófilas (coradas em azul arroxeado – hematoxilina) • Pequenas • Tem forma redonda • Apresentam núcleo volumoso e central EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Células Basais EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Células Basais Principal área de atividade mitótica, permitindo a renovação do epitélio a cada quatro dias em média Dificilmente sofrem descamação, podendo aparecer em esfregaço citológico após o parto por queda hormonal brusca que leva a descamação intensa EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Lâmina Basal Composta por colágeno e outras proteínas fibrilares EPITÉLIO MEMBRANA BASAL LÂMINA BASAL EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO Lâmina Basal Eventuais rupturas na membrana basal são importantes na definição do caráter invasivo das alterações epiteliais malignas As céls malignas precisam atravessar a membrana basal para que o câncer seja caracterizado como invasivo EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL Células Endocervicais A endocervice é revestida por epitélio cilíndrico simples • Secretoras (95%) • Ciliadas (5%) Também denominadas céls glandulares, são céls altas, possuem núcleo redondo ou oval e volumoso EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL Células Endocervicais Secretoras: produzem o muco cervical Ciliadas: criam uma corrente de líquido (uma corrente mucociliar) que carrega céls e partículas em direção a vagina EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL Células Endocervicais O citoplasma apresenta-se basófilo e delicado Normalmente descamam em agrupamentos de células • Disposição em “favo de mel” quando vistas de cima • “Paliçada” quando vistas lateralmente EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL Células Endocervicais As células endocervicais são provenientes do epitélio cilíndrico simples da endocérvice; possuem cromatina frouxa, citoplasma claro e normalmente estão dispostas em "favo de mel". EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL Células Endocervicais Células em Favos de Mel Células Ciliadas EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL Células Endocervicais Em certas patologias as células do epitélio endocervical podem seu número Condição é conhecida como hiperplasia das células de reserva da endocérvice ENDOMÉTRIO Parte mais interna do útero --> responsável pelo suprimento vascular e nutritivo do feto Recoberta por mucosa vascularizada, com espessura normal de 1 a 8mm Responde as variações de estrogênio e progesterona ENDOMÉTRIO Células Endometriais • São pequenas • Núcleo é arredondado ou oval e pequeno • Descamam em agrupados celulares densos podendo também ser vistas isoladas • São menores do que as céls endocervicais As células endometriais são provenientes do endométrio, possuem citoplasma mal conservado e núcleo finamente granulado. Costumam aparecer em aglomerados. ENDOMÉTRIO Células Endometriais A visualização dessas céls após os doze primeiros dias do ciclo menstrual em esfregaços cérvico-vaginais é considerada anormal EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL Células Endocervicais A presença dessas céls no esfregaço cérvico-vaginal é um importante indicativo de qualidade do mesmo (coleta foi realizada na JEC) EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR JEC A área do colo na qual o epitélio endocervical encontra o epitélio escamoso JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR JEC Deve estar localizada no orifício externo da cérvice, no entanto sua posição varia de acordo com a idade da mulher Por volta dos 30 anos de idade a JEC passa a assumir posição mais cranial Na menopausa ela geralmente se encontra no interior do canal endocervical As células metaplásicas são oriundas da JEC. Apresentam contornos irregulares no citoplasma e núcleo esférico com cromatina granular. JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR Desenho esquemático da JEC A) Na ectocérvice durante a puberdade B) No orifício externo durante a menarca C) No canal endocervical, após a menopausa OUTRAS ESTRUTURAS Leucócitos Presença de leucócitos, principalmente neutrófilos constitui um achado frequente em esfregaços cérvico-vaginais Os linfócitos são bem menos frequentes, exceto em infecções crônicas OUTRAS ESTRUTURAS Hemácias e histiócitos Hemácias aparecem de forma predominante nos esfregaços durante o período menstrual, por essa razão não é recomendada coleta de material nesse período Os histiócitos são comuns em esfregaços OUTRAS ESTRUTURAS Muco e espermatozóides A presença de muco secretado pelas céls endocervicais não apresenta significado clínico no exame de Papanicolaou Os espermatozóides muitas vezes não apresentam cauda, podendo ser confundido com leveduras Candida spp OUTRAS ESTRUTURAS Bacilos de Döderlein A flora vaginal em condições de normalidade é representada pelos bacilos de Döderlein Essas bactérias são bacilos, se coram em azul, alimentam-se de glicogênio auxiliando na manutenção do pH vaginal HISTOLOGIA DO OVÁRIO FUNÇÃO: Produção gameta Endócrina HISTOLOGIA Duas regiões: Cortical Medular HISTOLOGIA DO OVÁRIO HISTOLOGIA DO OVÁRIO Região Cortical Local onde ocorre a oogênese Revestimento: Epitélio cúbico simples Túnica albugínea – Conjuntivo denso Estroma- Conjuntivo denso Função sustentação Produção de esteróides Envolve os folículos Folículos HISTOLOGIA DA TUBA UTERINA HISTÓLOGIA DO ÚTERO: ENDOMÉTRIO Fase Folicular Ovulaçäo Fase Lútea 1 7 14 28Dias Menstruaçäo Fase Proliferativa Fase Secretora Estral Ovariano Uterino Menstrual Aula 3 Citologia esfoliativa e de material obtido por punção: convencional e em meio líquido. Processamento técnico das amostras Histórico 1908/1910 –Schauestein e Rubin – relatos de lesões pré-neoplásicas na histopatologia; 1928 –Papanicolaou e Babes –pap test; 1945 –Primeiros programas de triagem; 1955 –Redução da mortalidade. Histórico Finalidades do exameCitopatológico neoplásicas do colo uterino, antes 1- Pesquisar células neoplásicas ou pré- que progridam para carcinoma invasor; 2- Avaliação da microflora; 3- Auxílio na avaliaçãohormonal. Este exame previne o câncer de colo uterino. Deve ser realizado em todas as mulheres com vida sexualmente ativa ou não, pelo menos uma vez ao ano. Se o resultado do exame for negativo por três anos seguidos, a mulher pode fazê-lo de 3 em 3 anos. A eficácia do teste é consiste na detecção do vírus HPV e de outras doenças que ocorrem no colo do útero antes do desenvolvimento do câncer. O exame não é somente uma maneira de diagnosticar a doença mas serve principalmente para determinar o risco de uma mulher vir adesenvolver ocâncer. Localização Casos Novos % Mama Feminina 48.930 28 Colo do Útero 19.260 11 Cólon e Reto 13.970 8 Traquéia, Brônquio e Pulmão 9.320 5 Estômago 8.230 4 Leucemias 4.220 2 Cavidade Oral 3.410 2 Pele Melanoma 3.050 2 Esôfago 2.610 1 Epidemiologia do Ca deColo Porcentagemde mulheres com CAde Colo segundo a dificuldade para consultar Dificuldade Intraepitelial Invasivo Pessoais 63% 43% Desmotivação/vergonha 87% 81% Distância 19% 40% Parentes/filhos 30% 28% Trabalho fora de casa 29% 28% Dinheiro/transporte 11% 14% Serviço de Saúde 73 40 Médico não examina 60% 60% Tempo de espera 48% 60% Agendamento Tardio 47% 50% Falta médico 42% 35% Greve 7% 3% O exame ginecológico completo consiste do exame e palpação das mamas e depois o exame de Papanicolau. O exame consiste na coleta de material do colo uterino para exame em laboratório. E deve ser realizado, pelo menos, uma semana antes da menstruação. Evitando-se realizar duchas vaginais, colocação de cremes vaginais e relações sexuaisdois dias antes do exame. Métodos para a coleta doExame de Papanicolaou Coleta da Citologia Cervico Vaginal- Papanicolaou Para que o teste seja eficiente, o esfregaço cérvico- vaginal deve conter células representativas do ectocérvice e do endocérvice; As lesões malígnas ou pré-malignas do colo do útero somente poderão ser detectadas se o esfregaço for de boa qualidade incluindo elementos representativos de todas asáreas de risco. A coleta inadequada é a maior causa de falsos resultados (neg: +/- 10%;posit: +/- 4%). Material paracoleta: Lâmina com uma extremidade fosca Espéculo Espátula deAyre Escovacervical Par de luvas para procedimento Formulário de requisição doexame Lápis nº 2 (para identificação dalâmina) Máscara cirúrgica Fixador apropriado Recipiente para acondicionamento das lâminas,sendo preferível caixas de madeira Lençol para cobrir apaciente Avental ANTES DE INICIAR ACOLETA Humanização; Não estar menstruada; Não ter tido relações sexuais há 2dias; Cremes, duchas... Pacientes virgens, coleta só pelo médico; Paridade e tamanho do espéculo; Gravidez ou suspeita; Identificar a lâmina, na extremidade fosca, com lápis n.º 2, antes dacoleta; Deixar o fixador próximo à lâmina já identificada. Coleta de Material para Exame dePapanicolau: Verificar se a sala está devidamente montada, limpa e abastecida; Verificar se todos os materiais para a coleta estão disponíveis na quantidade necessária; Testar os equipamentos; Preencher a requisição de exame citopatológico, de preferência, em local reservado para que a paciente sinta-se àvontade ao responder àsperguntas; Orientar a paciente sobre o exame mostrando a ela o espéculo e demais materiais que serão utilizados durante a coleta; Identificação daLâmina Espéculo Coleta de Material para Examede Papanicolaou: Colocar a usuária em posição ginecológica, respeitando a sua privacidade, cobrindo-a com lençol; Lavar as mãos e calçar as luvas; Proceder à coleta começando pela inspeção da vulva, vagina e colo do útero com introdução do espéculo; Expor bem o colo Procurar lesões, verrugas, etc Proceda à coleta doectocérvice: Utilize a espátula de madeira tipo Ayre, do lado que apresenta reentrância. Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo, apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem na mucosa ectocervical em movimento rotativo de 360º, em torno de todo o orifício, procurando exercer uma pressão firme, mas delicada, sem agredir o colo, para não prejudicar a qualidade da amostra. Oexame é feito na parte externa da vulva e depois se introduz um instrumento chamado especulo pelo canal vaginal para que se possa visualiza-lo e ao colo do útero (parte final do útero, do qual serão recolhidas ascélulas para exame microscópico). Coleta da ectocérvice Esfregaço do raspado da ectocérvice Caso considere que a coleta não tenha sido representativa, faça mais uma vez o movimento de rotação. Estenda o material ectocervical na lâmina dispondo-o no sentido vertical ou horizontal, ocupando 2/3 da parte transparente da lâmina, em movimento de ida e volta esfregando a espátula com suave pressão, garantindo uma amostra uniforme. Proceda à coleta do canalendocervical: Utilize a escova de coleta endocervical Recolha o material introduzindo a escova delicadamente no canal endocervical, girando-a360º Ocupando 1/3 restante da lâmina, estenda o rolando a de cima para material escova baixo. Coleta Endocervical Esfregaço do raspadoEndocervical Polietilenoglicol Álcool à95% Propinilglicol Coleta de Material para Exame de Papanicolau: Dispor o esfregaço na lâmina, fixando-oimediatamente; Fechar o espéculo e retirá-lo; Orientar sobre a retirada do resultado, entregando-lhe o cartão com a data prevista para tal. Organizar a sala para receber a próxima paciente. Outras orientaçõesNas pacientes histerectomizadas, fazer a coleta com o lado arredondado da espátula deAyre; Nas gestantes não há contraindicação da coleta endocervical, mas orientar quanto aosangramento. A ectopia fisiológica das gestantes torna, na maioria das vezes, a coleta ectocervical satisfatória. Algumas Causas de Resultados Falsos Negativos • Muitas vezes, ao fazer o esfregaço, apenas 10 a 20% das células coletadas com o pincel são colocadas na folha. • A fixação nem sempre é feita em 15 a 30% das amostras. • Podem haver grandes áreas de muco, artefatos, PMN, material necrótico e / ou sangue que impedem a leitura da folha. • Cerca de 10 a 39% dos diagnósticos têm esta condição: "limitado por“. O Caminho da Excelência • Isso levou à busca de métodos para melhorar o desempenho de diagnósticos citológicos. • Três são os caminhos fundamentais que foram explorados para esse efeito: 1. Procedimentos para melhorar a coleta de amostras. células,2. Procedimentos para melhorar a conservação das otimizar sua propagação e visualização microscópica. 3. Procedimentos para automatizar objetivamente e quantificar diferenças morfológicas celulares através do estudo de imagens microscópicas e computação. • O estudo da citologia em base líquida inclui tecnologias que correspondem aos dois primeiros pontos indicados. Citologia em Base Líquida • É um procedimento que melhora a preservação das células e otimiza sua propagação na folha em uma camada disposta em um único plano (monolayer). • O primeiro é obtido através de um líquido de preservação especial que preserva a integridade e as características das células por até 60 dias, permitindo, se necessário, repetir os exames sem custos adicionais. • O segundo - estendido em "monocamada" - é conseguido passando esta suspensão de células através de um gradiente de densidade por centrifugação em que apenas as células a serem estudadas, livres de detritos, são obtidas como sedimento. contém a cabeça O frasco marcado que da escova é tampado. O rótulo do laboratório é colado com seus dados e é enviado ao Laboratório de Patologia. Procedimento da Amostra Procede-se a homogeneização no vortex Adiciona-se o reagente que permite o gradiente de densidade das amostras. Coloca-se os tubos na centrífuga por 2 minutos a 1080 RPM. As lâminas ficam em repouso na estufa de 15 a 20 minutos a 45°C. Em seguida procede- se a coloração usual de papanicolaou Coloca-se 800 microlitros de liquido centrifugado sobre a lâmina que está previamente em uma base estabilizadora. Por último procede-se a montagem com bálsamo do Canadá. Papanicolaou convencional Papanicolaou BaseLíquida Preenchimento da Requisição Preenchimento da requisição Laudo A colposcopia é indicada nos casos de resultados anormais do exame de papanicolaou para se identificar as lesões precursoras do câncer de colo de útero. Este aparelho permite o aumento de10 a 40 vezes do tamanho normal. O exame é realizado no próprio consultório médico com a paciente na mesa de exame. Após colocar o espéculo vaginal o médico examina a vulva, a vagina e o colo do útero com o colposcópio. Colposcopia : Colposcopia : Anamnese Lesões iniciais: epitélio aceto-branco mosaico pontilhado vasos atípicos zona iodo negativa Esquematização de Vasos Atípicos Visualização de estados de colo deútero • Colo do útero normal Colo do útero comcervicite http://www.gineco.com.br/colon.htm http://www.gineco.com.br/colon.htm http://www.gineco.com.br/colon.htm http://www.gineco.com.br/colon.htm Epitélio Aceto-brancoDenso PontilhadoGrosseiro Mosaico Grosseiro, Pontilhado e EpitélioAceto-Branco Mosaico Grosseiro e EpitélioAceto-branco Colposcopia Histologia Epitélio escamoso Epitélio colunar epitélioEpitélio colunar substituido por escamoso metaplásico Colo uterino normal Ectopia Zona de transformação normal Colpite afeta tanto os tecidos o epitélio escamoso (com Inflamação que conjuntivos como descamação) Pólipo Paraqueratose-hiperqueratose Pólipo Queratose (leucoplasia) Erosão Descamação do epitélio escamoso e infiltração difusa inflamatória; infiltração do tecido conjuntivo, carcinoma invasor Infecção por HPV, NIC associada ao HPV Paraqueratose, acantose, metaplasia madura Metaplasia madura-imatura, NIC I Condilomatose Área iodonegativa não-acetobranca Epitélio acetobranco Mosaico fino HPV, metaplasiaParaqueratose, infecção por madura ou imatura (NIC I) NIC I (NICII)Pontilhado fino Epitélio acetobranco denso Mosaico grosseiro Pontilhado grosseiro Vasos atípicos CIN (I)-II-III, CIN associada aoHPV NIC II-III, NIC associada ao HPV, carcinoma microinvasor NIC III, carcinoma microinvasor, carcinoma invasor Carcinoma microinvasor, carcinoma invasor Exercícios Q1. As mulheres apresentam duas estruturas ovoides com aproximadamente três centímetros de comprimento que são denominadas ovários. Essas estruturas, além de serem responsáveis por dar origem aos óvulos, produzem os hormônios: a) insulina e glucagon. b) glucagon e testosterona. c) estrógenos e progesterona. d) ocitocina e calcitonina. e) antidiurético e estrógenos. Q2. O que é a JEC? Faça um desenho esquematizando sua anatomia e explique qual a sua importância para o exame de Papanicolaou. Exercícios Q3. Faça um esquema dos principais tecidos encontrados no trato genital feminino. Coloque o “nome e sobrenome”. Q4. Escreva os principais aspectos morfológicos que diferem as células superficiais, intermediárias, parabasais, basais, endocervicais e endometriais. Exercícios Q5. Faça um resumo do processo de coleta do exame de Papanicolaou Q6. Quais os “pros e contras” da citologia líquida? Q7. Quais as condições principais e ideais para uma coleta padrão de Papanicolaou? Métodos para a coloraçãodo Exame de Papanicolaou Aplicação É um sistema de coloração utilizado para células colhidas por raspagem em cavidades como a vagina, a mucosa bucal e fluidos com células a partir de derrames de outras cavidades. Deve ser apenas usada in vitro. MECANISMO O mecanismo pelos quais as células são coloridas ainda não é completamente entendido, mas são importantes duas hipóteses: a adsorção e as características de afinidades químicas na coloração. Em ambos os casos, a concentração dos corantes nas soluções e a forma iônica sob as quais se encontram são importantes. Considera-se que as estruturas celulares ácidas tendem a atrair cátions, tanto por adsorção como em reações químicas e as básicas com os radicais aniônicos dos corantes. MECANISMO O método de Papanicolaou utiliza um conjunto de corantes e tem como objetivo a evidenciá-lo das variáveis na morfologia e dos graus de maturidade e de atividade metabólica celular. Esse método se baseia nas ações de um corante básico (com afinidade pelo núcleo das células: a hematoxilina), um corante ácido (que se combina com o citoplasma das células queratinizadas: Orange G) e um corante policromático (que oferece tonalidades de cores diferentes no citoplasma das células:EA-65). Este método abrange cincoetapas: 1. Hidratação: esta etapa requer a reposição gradual da água das células por meio de banhos alcoólicos de concentrações decrescentes até aágua destilada. 2. Coloração nuclear: as células hidratadas podem agora receber um corante aquoso para corar os núcleos (hematoxilina de Harris). 3. Desidratação: para receber corantes alcoólicos citoplasmáticos, devemos agora retirar a água das células com banhosalcoólicos de concentraçõescrescentes. 4. Coloração citoplasmática: nesta etapa, o citoplasma das células é corado pelos corantes Orange Ge EA-65, de modo a diferenciar com diversas tonalidades o citoplasma das células de acordo com asuamaturidade e metabolismo. 5. Desidrata-o, clarificação e selagem: a água agora deve ser retirada com concentrações alcoólicas crescentes, clarificadas e seladas com meios permanentes hidrofóbicos. Utensílios Utensílios Corantes / reagentes Tempo / mergulhos 1. Álcool 80% (+ ou -) 15 mergulhos 2. Álcool70% 15 mergulhos 3. Álcool50% 15 mergulhos 4. Águadestilada 05 mergulhos 5. Hematoxilina deHarris 02 minutos 6. Águacorrente para tirar o excesso decorante 7. Solução aquosa de Hcl a0,25% 02 mergulhos rápidos 8. Águacorrente 10 minutos aproximadamente 9. Águadestilada 10 minutos 10. Álcool 50% 15 mergulhos 11. Álcool70% 15 mergulhos 12. Álcool80% 15 mergulhos 13. OrangeC-6 1 minuto 14. Álcool absoluto 15mergulhos 15. Álcool absoluto 15mergulhos 16. Álcool absoluto 15mergulhos 17. EA36 05 minutos 18. Álcool absoluto 15mergulhos 19. Álcool absoluto 15mergulhos 20. Álcool absoluto 15mergulhos 21. Álcool absoluto 15mergulhos 22. Álcool absoluto / xilol 10mergulhos 23. 1º Xilol 10mergulhos 24. 2º Xilol 10mergulhos 25. 3º Xilol 10mergulhos 26. 4º Xilol demontagem 10 minutos Montar a lâmina com a lamínula e Bálsamo do Canadá. Cuidados: 1. Filtrar diariamente antes do uso:Hematoxilina. 2. Filtar diariamente depois do uso: Xilol demontagem 3. Filtar diariamente depois do uso: Álcoolabsoluto. 4. Filtrar semanalmente os demais corantes. Resumindo: Bateria decoloração As células superficiais apresentam em formato que lembra sua maioria estruturacitoplasma acidofílico, com geométricas. Células escamosas superficiais com citoplasma eosinofílico ou basofílico. Um polimorfonuclear (seta) As células intermediárias são de característica cianofílica, apresentam núcleo ovalado com cromatina frouxa ougranular. A: células escamosas superficiais, com citoplasma plano basofílico ou eosinofílico. B: Aspecto atrófico As células parabasais possuem característica esférica e apresentam núcleo com cromatina frouxa. Células Parabasais: redondas com núcleo vesicular As células metaplásicas são oriundas da JEC. Apresentam contornos irregulares no citoplasma e núcleo esférico com cromatinagranular. Células metaplásicas: Apresentam-se em placas, com presença de pontes intercelulares e tem citoplasma homogêneo, às vezes eosinofílico. As células endocervicais são provenientes do epitélio cilíndrico simples da endocérvice; possuem cromatina frouxa, citoplasma claro e normalmente estão dispostas em "favo de mel". Diferentes tipos de células glandulares endocervicais – A e B: células secretoras; C: células ciliadas; D: núcleos nus de células glandulares endocervicais. As células endometriais são provenientes do endométrio, possuem citoplasma mal conservado e núcleo finamente granulado. Costumam aparecer em aglomerados. As células endometriais são provenientes do endométrio, possuem citoplasma mal conservado e núcleo finamente granulado. Costumam aparecer em aglomerados. INFLAMAÇÃO Trato genital feminino é constituído por estruturasque se comunicam com o exterior Em todos os esfregaços vaginais podem ser observadas células inflamatórias, principalmente osneutrófilos INFLAMAÇÃO Não é sempre que a presença destas células pode indicar infecção Deve-se ter atenção na análise dosesfregaços Note se o número de neutrófilos está abundante e seexistem outras alterações INFLAMAÇÃO •Presença de neutrófilos relacionada com uma inflamação aguda •Presença de neutrófilos e linfócitos pode indicar uma inflamação crônica INFLAMAÇÃO A vagina e colo do útero possuem um ecossistema complexo com com numerosas espéciesbacterianas a causa deEm circunstâncias particulares podem ser cervicovaginites acompanhadas de corrimentos INFLAMAÇÃO INFLAMAÇÃO INFLAMAÇÃO Cervicovaginites Infecção da vagina e da cérvice acompanhadas de corrimentos Esfregaços evidenciam colônias bacterianas em grupamentos ou disseminadas Alterações das céls epiteliais podem ser acompanhadas da presença de leucócitos INFLAMAÇÃO O que é um processoinflamatório? Qualquer que seja a mucosa atingida, o processoinflamatório pode ser específico ou inespecífico INFLAMAÇÃO O que é um processoinflamatório? Mecanismo de defesa do organismo contra aagressão Reação ao agente agressor seguida do processo de reparação dos danos resultantes Provoca o aparecimento de leucócitos, histiócitos e fenômenos de necrose celular que modificam o aspecto doesfregaço INFLAMAÇÃO Exsudato Inflamatório Independente da causa da inflamação epitélio. Ex: INFLAMAÇÃO Como identificar a inflamação? • Presença de leucócitos no local dainflamação • Modificação da morfologia das células do ruptura demembrana • Pode ter a presença do agentecausal PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR I- HaloPerinuclear Presença de halo em volta donúcleo PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR II- Vacuolização Presença de vacúolos dentro do citoplasma podendoindicar inflamação PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR de partículas sólidas, indicando atividadeEnglobamento fagocítica III. Apagamento das bordasplasmáticas Bordas tornam-se finas a ponto de não seremvistas IV. Fagocitose PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR V- Cariomegalia Aumento do núcleo com aumento decromatina VI- FormasAberrantes Tendo o núcleo benigno, indica processoinflamatório PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR VII- Cariopicnose Condensação nuclear, observado em células superficiais VIII- Ruptura demembrana Cromatina formando grumos comespaçamentos PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR IX- Displasia Distúrbio do epitélio com prognósticoduvidoso X- Cariorrexe Cromatina em partículas e ausência de membrana nuclear PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR X-Cariorrexe PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR XI- Metaplasia Substituição de um tipo celular poroutro XII- Citólise Destruição da cél por dissolução de suasestruturas PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR XIII- Binucleação emultinucleação Pode ser sugestiva de infecções virais Ex:herpes Cél escamosa com atipia nucleare grande halo. Sugestivo de infecção por HPV O tecido metaplásico é mais resistente àsagressões INFLAMAÇÃO Metaplasia Representa uma substituição adaptativa das células que são sensíveis ao “stress” por tipos celulares mais bem preparados para suportar o ambienteadverso • A própria modificação epitelial induzida por hormônios (ex. modificação reativa ou reparativa) • Em casos de inflamações ouinfecções INFLAMAÇÃO Metaplasia Considerada uma alteração celular benigna que pode ocorrer devido: INFLAMAÇÃO Metaplasia As alterações reativas ou reparativas podem provocar mudanças nucleares ou citoplasmáticas nas células analisadas em um esfregaçovaginal INFLAMAÇÃO Metaplasia Esse aspecto indica que foram removidas da cervice, em lugar de serem células esfoliadas da camadasuperficial INFLAMAÇÃO Metaplasia Céls têm mais citoplasma que as células de reserva, mas são ainda bastante imaturas INFLAMAÇÃO Metaplasia Características citológicas • Aumento do volumenuclear • Binucleação • Hipercromasia • Nucléolos bem evidentes • Confusão com lesõespré-cancerosas Endometrites: infecções no endométrio, comumpós-parto INFLAMAÇÃO Metaplasia Específica Cervicites: infecções do epitélio do colo do útero presença marcada por uma leucorréia purulenta INFLAMAÇÃO Metaplasia Específica Causas • Bactérias • Vírus • Fungos • Parasitas • Traumas (Ex.: cirurgia, parto) • Agentes químicos ou físicos INFLAMAÇÃO Fatores que favorecem infecçãobacteriana É normal ter bactérias na vagina contudo, se a quantidade de bactérias aumenta muito pode causar a vaginitebacteriana INFLAMAÇÃO Vaginites Bacterianas • Inflamação comum da vagina • Surge devido supercrescimento de diversos tipos debactérias VAGINA Incubadora natural Condições de umidade, temperatura e nutrientes Sujeita a interferências endógenas e exógenas Flora: 105 - 107 UFC/g lactobacilos comensais potencial / patogênicas Fluido (3-5g): muco cervical transudato vaginal células epiteliais água/eletrólitos proteínas acídos graxos carboidratos metabólitos bacterianos componentes s. imune População dinâmica ORIGEM? BACTÉRIAS ENDÓGENAS DA VAGINA Podem coexistir de maneira independente ou ter uma relação de comensalismo (sinérgico ou antagonista) IMPORTÂNCIA DOS LACTOBACILOS Bacilos Döderlein Esfregaço de Papanicolaou FLUTUAÇÕES DA FLORA NORMAL GLICOSE H2O2 Flora normal: Fatores endógenos e exógenos??? VAGINOSE BACTERIANA VAGINOSE BACTERIANA (VB) Conceito: síndrome clínica na qual ocorre uma substituição dos lactobacilos por bactérias anaeróbias ou facultativas como Gardnerella vaginalis, bacterióides, Mobiluncus sp e Mycoplasma sp Sintomas: corrimento fino branco-acinzetado, frequentemente com odor fétido ( de “peixe”) que se acentua pós relação Sexual e no período menstrual Mais de 50% dos casos são assintomáticos Erroneamente denominada apenas de Gardnerella vaginalis ou Haemophilus vaginalis COMPLICAÇÕES aumento do risco de aquisição e transmissão de HIV aumento do risco de desenvolvimento de NIC Infecção do trato urinário aumento do risco de trabalho de parto prematuro aumento do risco de infecção intraaminiótica endometrite pós-parto possível associação com doença inflamatória pélvica DIAGNÓSTICO DA VAGINOSE BACTERIANA DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA VAGINOSE BACTERIANA Clínico: critérios de Amsel: 1. pH vaginal > 4.5 2. Teste de Whiff ou teste das aminas positivo 3. Presença da clue cells no exame a fresco 4. Corrimento característico Se pelo menos três destes critérios estiverem presentes Temos o diagnóstico de Vaginose Bacteriana DIAGNÓSTICO CLÍNICO CRITÉRIOS DE AMSEL (1983) 1) pH vaginal ≥ 4.5 Pontuação segundo a quantidade de bacteria observada à microscopia Tipo morfológico Nada 1+ 2+ 3+ 4+ Bacilos longos Gram + 4 3 2 1 0 Cocobacilos Gram - 0 1 2 3 4 Bacilos curvos Gram- 0 1 1 2 2 DIAGNÓSTICO BACTERIOSCÓPICO DA VAGINOSE BACTERIANA Gram: Pontuação 0-3: NORMAL Gram: Pontuação 4-6: INTERMEDIÁRIA Gram: Pontuação ≥ 7: VAGINOSE BACTERIANA EXAME DE PAPANICOLAOU PARA DIAGNÓSTICO DA VAGINOSE BACTERIANA EXAME DE PAPANICOLAOU EXAME DE PAPANICOLAOU • GOMPEL e KOSS, 2006: Discacciati et al, 2006. Diagnostic Cytopathology • Vaginose Bacteriana: presença de clue cells em mais de 20% do esfregaço • Considerar 10 campos representativos com pelo menos 10 células epiteliais, considerando VB quando houver pelo menos duas clue cells em cada campo EXAME DE PAPANICOLAOU Exame de Papanicolaou para VB Patognomônico: achado de clue cells (células chaves ou células indicadoras) as quais são células escamosas com uma camada cocobacilar em sua superfície citoplasmática, conferindo uma coloração violeta Outros achados no esfregaço: acentuada diminuição de lactobacilos e fundo de lâmina com uma “nuvem” cocobacilar Sinais menores como ausência de alterações celulares inflamatórias, diminuição de PMN e aumento de CS: uso controverso Quantificação das clue cells aumenta a sensibilidade CRITÉRIO PARA DIAGNÓSTICO DE VAGINOSE BACTERIANA NO EXAME DE PAPANICOLAOU Presença de 20% ou mais de clue cells no esfregaço Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP OUTRAS BACTÉRIAS QUE PODEM SER VISUALIZADAS NA EXAME DE PAPANICOLAOU Flora mista Leptothrix vaginalis Actinomyces sp Mobiluncus sp Cocos Bacilos Difteróides Fusobacterium Encontrados em epitélio atrófico FLORAMISTA Corresponde a flora intermediária pelo critério de Nugent Há uma substituição parcial dos lactobacilos por outras bactérias, mas ainda não há a inversão completa para VB Pode significar um estágio em evolução para VB ou retorno para a normalidade Alguns laboratórios a relatam como flora normal ou flora composta de cocos e bacilos não-döderlein Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP Flora mista Leptothrix sp Bactéria anaeróbia filamentosa em forma de “fio de cabelo”, que se cora em roxo ou negro Associada ao Trichomonas vaginalis: 80% dos casos em simbiose Não causa alterações citológicas Sintomas parecidos com VB Actnomyces sp Bactéria anaeróbia restrita, com comportamento de fungo Forma tufos bacterianos em forma de “ouriço do mar”, com filamentos Se cora pela hematoxilina Frequente em usuária de DIU, devido a alteração do potencial de oxi-redução e suporte para crescimento Necessário tirar o DIU Mobiluncus sp Bactéria aneróbia curva e móvel forma de “unha” Mobiluncus curtissii: resistente ao MTZ Mobiluncus mulieres: sensível ao MTZ No exame de Papanicolaou: “comma cells” Seu diagnóstico coincide com o de VB Mobiluncus no Gram Papanicolaou Bacilos difteróides Bacilos anaeróbios Se apresentam com forma de “halter” Assintomático Comum em epitélio atrófico Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP Dificuldade diagnóstica: Pseudo clue-cell Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP PRINCIPAIS AGENTES INDUTORESDE ALTERAÇÕES METAPLÁSICAS • Agentes protetores da flora normal • Podem causar vaginites quando a citólise édemasiada • Abundantes em mulheres jovens, são menos frequentesna puberdade e após amenopausa PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Lactobacilos (bacilos deDorderlein) Responsáveis pelo pH ácido (glicogênio-ácido lático) PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Lactobacilos (bacilos deDorderlein) Provocam citólise preferencialmente em céls intermediárias, poupando asparabasais e superficiais PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Gardnerella vaginalis • Bacilo gram-negativo • Corado em azul pelo método dePapanicolau • Corrimento cinzento emal-cheiroso • Encontrado em 10% das mulheres • Bacilos que se estabelecem em sua superfície PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Gardnerella vaginalis PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Gardnerella vaginalis As bactérias são visualizadas no fundo, principalmente sobreas célulasescamosas PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Cocos Gram-positivos Mais comuns são os estafilococos e estreptococos Presença de “correntes” coradas em azul por Papanicolaou Cocos Gram-negativos Gonorréia (diplococo Gram-negativo: Neisseriagonorrhoeae) Cocos difíceis de distinguir emPapanicolau PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Infecções Micóticas Candida albicans: pode ser encontrada na vagina, vulva e raramente no colo uterino Leucorréia cremosa e espessa com presença de prurido e queimação Presença de esporos e filamentos PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS InfecçõesMicóticas Presença de filamentos Hifas eesporos PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Trichomonas vaginalis Na citologia apresenta-se redondo corazul • Presença de corrimento abundante, mal cheiroso e de cor amarelo-esverdeada • Presença de halo perinuclear • Intenso aspecto inflamatório Ectocérvice inflamatória: halo perinuclear claro : infecção por Trichomonas vaginalis (parasitas não visíveis) PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Fundo inflamatório, céls escamosas com halo perinuclear e núcleo hipercromático de tamanho aumentado (seta violeta): infecção por Trichomonas vaginalis (seta preta) PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Ectocérvice inflamatória: presença de Trichomonas vaginalis (em forma de pera,seta) PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Chlamydia Bactéria intracelular Responsável por uretrites Sexualmente transmissível A zona de junção dos epitélios é a mais atingida PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Chlamydia Presença de numerosos PMN Presença de vacúolo contendo asbactérias O método citológico possui pouca sensibilidade • Nas mulheres: discreto corrimento • Nos homens: uretrite PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Chlamydia • Essa uretrite tem como característica ser menos purulenta do que a gonorreia • Disúria (dor ao urinar) e um pruridouretral • Não apresenta sintomas ou sinais clínicos específicos, dificultando muito a identificação daspessoascontaminadas PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Chlamydia PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Enterobiusvermicularis Ovo de Enterobius vermicularis com espessa cápsula eosinofílica e uma larva no interior PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Enterobiusvermicularis PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Herpes Genital • Presençade céls multinucleadas • Sexualmente transmissível, recorrente e causada pelo herpes vírus 2 • Infecções de recém-nascidos no parto pode gerar doenças graves PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Herpes Genital Infecção é assintomática Dura de 2-3 semanas alterações citológicas sãovisíveis • Esfregaço inflamatório intenso • Céls metaplásicas e profundas PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Herpes Genital PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Herpes Genital PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS HPV O Papilomavírus humano pertence ao grupo dos papovavírus com DNA Existem mais de 100 tipos já identificados no homem, dosquais são capazes de infectar os epitélios da pele e dasmucosas PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS HPV pela formação do coilócitoSua presença é caracterizada (alteração celular típica) Alterações Regenerativas • A cicatrização do epitélio ulcerado ou erosado é realizada através da proliferação da camada de células basais do epitélio escamoso adjacente e pela expansão das células de reserva do endotélio local e das criptas. Inicialmente a área lesada é coberta por células metaplásicas imaturas que eventualmente se transformam em epitélio escamoso ou colunar maduro. • As alterações regenerativas são caracterizadas por arranjos de células metaplásicas colunares e imaturas com núcleos grandes e nucléolos proeminentes ou cromocentros que refletem a atividade mitótica recente. Cervicites não Específicas e Endocervicites Inflamação não específica, endocervicite, reparo e cervicite atrófica podem simular a neoplasia intraepitelial, e são discutidas e ilustradas na seção sobre "armadilhas". DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS METAPLÁSICAS, DISPLÁSICASE NEOPLÁSICAS Metaplasia Displasia Neoplasia Núcleo Relação n/c 2-3X 4-5X >6X Hipercromia Leve Moderada Intensa Membrana Regular Quase irregular Irregular Nucléolos Ausência/presença Geralmente ausência Presença Cromatina Uniforme e bem distribuída Depósito na membrana Dispersa, espaços claros, irregular. Citoplasma Coloração Metacromia Metacromia Metacromia Vacúolos Sim/não Sim/não Sim/não Tamanho Quanto mais grave, menor Quanto mais grave, menor Quanto mais grave, menor Fundo do esfregaço Hemácias Sim/não Pode ser hemorrágico Crenadas Leucócitos Sim Em grande quantidade geralmente Fundo do esfregaço corado em rosa (intensa vascuolização) Aula 5 Citologia cervical hormonal: índice de maturação. Exercícios. AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Citologia Hormonal Apesar das limitações é eficiente em estabelecer as condições hormonais de uma paciente Atualmente avaliações nas funções ováricas e distúrbios endócrinos são realizados por análises bioquímicas como por exemplo do estrogênio eprogesterona AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Citologia Hormonal Fundamenta-se no fato do epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado ser provido de receptores hormonais que controlam amaturação e adiferenciação celular Epitélio sofre alterações que depende da secreção de hormônios ováricos como estrogênio eprogesterona AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Estrogênio • Ação está relacionada com o controle da ovulação e com o desenvolvimento de características femininas • Induzem a maturação epitelial levando a predominância das células superficiais maduras nosesfregaços Sendo assim ausência de estrogênio e hormônios relacionados leva a do nível de maturação do epitélio escamoso (atrofia) AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Progesterona Inibe o processo dematuração AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Aplicações da CitologiaHormonal Além de estabelecer a condição hormonal feminina é válido também: • avaliar função ovárica normal e patológica napuberdade • estimar o tempo daovulação • auxiliar na seleção de terapia hormonal • acompanhar resultados de tratamentos hormonais • Alterações hormonais produzem mudanças nos ovários durantes os anos reprodutivos normais AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Ciclo Menstrual Mensal • Promove alterações mensais nas taxas de secreção dos hormônios femininos de GnRH• Hipotálamo, mediante secreção (hormônio liberador degonadotrofina) • Hipófise anterior, secretando FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônioluteinizante) • Ovários que secreta estrógeno e progesterona AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Ciclo Menstrual Mensal Este processo é regulado primeiramente: AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Ciclo Menstrual Mensal GnRH: principal mediador do processo reprodutivo • Atua sobre a hipófise anterior agindo com receptores de células produtoras de FSH eLH • Estes são liberados na circulação sistêmica de modo que alcancem os ovários AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Ciclo Menstrual Mensal FSH: estimula proliferação das céls folicularesovarianas • Estimula secreção de estrogênio, fundamental para a produção dos folículos • Atua em conjunto com oLH A progesterona embrião se prepara o útero para a implantação do houver fecundação o embrião produz gonadotrofina coriônica, que mantém o corpo lúteo caso contrário este se degenera, ocorrendo amenstruação AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Ciclo Menstrual Mensal LH: estimula produção de progesterona a partir do corpo lúteo Corpo lúteo – se desenvolve de forma cíclica É uma "cicatriz“ derivada do o folículo cresceu, amadureceu e se rompeu para a saída do óvulo do ovário Essa cicatriz torna-se uma glândula pequena temporária secretória conhecida como corpo lúteo ou corpoamarelo AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Ovócito não fertilizado → Corpo lúteo involui e degenera Menopausa / Anestro → suspensão permanente da liberação de gametas AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Ciclo Menstrual Mensal Ovários: órgão central do sistema reprodutor feminino e tem duas funções principais: • produção de céls reprodutoras ou gametas • secreção de hormônios ciclo sexual mensalEste padrão rítmico é denominado feminino ou ciclomenstrual AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Ciclo Menstrual Mensal Os anos reprodutivos normais da mulher caracterizam-se por mudanças cíclicas mensais nas taxas de secreção dos hormônios AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Ciclo Menstrual Mensal Dura em media 28 dias podendo ter variações (20 a 45 dias) Tais eventos culminam: • Na liberação de um óvulo a cadamês • Endométrio uterino preparado para a implantação do embrião por céls epiteliaisRepresentado quase exclusivamente escamosas do tipo parabasais AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Infância Aavaliação dos aspectos citológicos de uma menina pode ser indicada em casos de infecções vaginais ou distúrbios hormonais (puberdade precoce) AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Pré-Puberdade Puberdade início da faseadulta Aumento de secreção de hormônios gonadotróficos pela hipófise anterior (aprox. aos 8 anos) culminando com o início da menstruação (entre 11 e 16anos) Período reprodutivo damulher AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Menacme (períodofértil) Período de estabilização dos ciclos menstruais no qual o epitélio vaginal estará sob a ação do estrogênio e da progesterona AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO FaseMenstrual (1º ao 5º dia do ciclo) Esfregaços vaginais contém: • Céls epiteliais (principalmente intermediárias) • Hemácias, leucócitos • Céls glandulares endometriais • Raras células endocervicais há também progressiva de célsCom do estrogênio escamosas superficiais AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Fase Estrogênica Inicial (6º ao 12ºdia) Ainda há predomínio de céls intermediárias (decorrências do efeito da progesterona do cicloanterior) podem ser observadas (até o12ºCéls endometriais ainda dia) O muco pode aparecer no esfregaço, desaparecendo antes da ovulação AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Fase Estrogênica Inicial (6º ao 12ºdia) Observa-se raras hemácias e diminuição de leucócitos superficiais isoladas, de Do 6º ao 13º dia as céls glandulares endocervicaisapresentam citoplasma basófilo e núcleo central AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Fase Pré-Ovulatória (12º e 13ºdia) Observa-se de céls escamosas formato achatado e núcleo picnótico Céls glandulares endocervicais sãograndes AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Fase Ovulatória (14º e 15ºdia) Pico de LH e estrogênio, pico de céls superficiais achatadas, eosinofílicas, com núcleo picnótico (pico de maturidade celular) Lactobacilos em abundância que podem causar citólisedas céls intermediária AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Fase Progestacional (16º e 28ºdia) Redução progressiva de céls epiteliais em razão da ação da progesterona data para começar: a da últimaMenopausa, tem menstruação davida AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Climatério Fase de limites imprecisos na vida feminina, compreende a transição do período reprodutivo para o nãoreprodutivo AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO A menopausa é descrita como o decréscimo naprodução de hormônios esteróides AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Menopausa Dos 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual geralmente torna-se irregular e a ovulação muitas vezes não ocorre No início: predominam céls escamosas intermediárias, podendo surgir algumassuperficiais AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Menopausa Três padrões citológicos podem ser observados: Com a na secreção de estrogênio ocorre a inibição da maturação das céls escamosas Predomínio de céls escamosas intermediárias associada a presença de céls escamosasparabasais AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Menopausa Com o tempo (meses até anos): há queda progressiva da atividade estrogênica Predomínio de céls escamosas parabasais indicando baixíssima produção estrogênica AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO Menopausa Por fim: observa-se a presença do epitélio com a ausência de maturação • CICLOS REPRODUTIVOS FEMININO • início puberdade • envolvem atividade hipotálamo, hipófise, ovários, útero, tubas uterinas, vagina e glândulas mamárias; • preparam sistema reprodutor – gravidez; Células hipotálamo sintetizam o hormônio liberador de gonodotrofinas (GnRH) GnRH- estimula hipófise estimula produção hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) FSH desenvolvimento folículos ovarianos; produção de estrógenos pelas células foliculares. LH gatilho da ovulação; estimula células foliculares e corpo lúteo produzir progesterona. • CICLO OVARIANO • FSH e LH – mudanças ciclícas nos ovários (desenvolvimento folículos, ovulação e formação corpo lúteo) • Durante ciclo: • FSH – promove crescimento folículos primários; • Apenas 1 transforma-se em folículo maduro → rompe superfície do ovário → expele ovócito • 4 a 11 folículos degeneram a cada mês. • OVULAÇÃO • Folículo primário - células foliculares envolvem o ovócito → espaços com fluído → formam cavidade – antro com fluído folicular → forma o folículo secundário • Ovócito primário deslocado para um dos lados → folículo crescimento até maturidade → folículo ovariano maduro • Ovulação desencadeada por um pico produção LH – introdução estrógeno no sangue → rompimento estigma expelindo ovócito secundário e fluído folicular • Ovócito expelido envolvido pela zona pelúcida e camadas células foliculares que formam a coroa radiata • Corpo lúteo forma-se após ovulação = das paredes do folículo ovariano e teca folicular colam formando dobras; • Influência do LH se transformam estrutura glandular o corpo lúteo secreta progesterona e pouco estrôgeno • Progesterona levam glândulas do endométrio a secretar e preparar o endométrio para implantação do blastocisto • OVÓCITO FERTILIZADO • Corpo lúteo cresce – corpo lúteo da gravidez e aumenta produção hormônios; • Quando há gravidez – não degenera corpo lúteo impedida gonodotrofina coriônica humana (hCG) produzida pelo trofoblasto (camada células do embrião) • Corpo lúteo permanece funcionando até 20 semanas; • Placenta assume produção de estrógeno e progesterona para manutenção da gravidez. • OVÓCITO NÃO FERTILIZADO • Corpo lúteo degenera 10 a 12 dias após ovulação; • Corpo lúteo da menstruação → transforma-se tecido cicatricial branco do ovário → formando corpo albicans (corpo lúteo em degeneração). • CICLO MENSTRUAL • Mudança no endométrio do útero → produzido estrógeno e progesterona • Fase Menstrual • Camada parede uterina descama e endométrio torna-se delgado • Fase Proliferativa • estrógeno secretado folículos estimula aumento epitélio, glândulas e artérias espiraladas • Fase Secretora • Progesterona estimula epitélio secretar material rico em glicogênio - glândulas largas, endométrio mais espesso. • Fase Isquêmica • artérias se contraem, diminuição progesterona, necrose tecidos, ruptura vasos lesados, sangue extravasa. Fase luteínica Ciclo menstrual - Conceito • Período entre o início de uma menstruação e o início da próxima menstruação. • Controlado hormonalmente. • Ocorre, de forma normal, quando após a liberação do gameta feminino a fecundação não acontece. • Para a interpretação do que é um ciclo menstrual normal, parâmetros clínicos relacionados a intervalo, duração e quantidade são comumente utilizados Ciclo menstrual ? Ciclo menstrual – divisão Fases: Folicular: compreendendo o período do sangramento até a oocitação (inclusive), Lútea: que se inicia logo após, estendendo-se até o início do sangramento. Ação do estrógeno e seus variantes – estradiol e estrona http://loja.bioaulas.com.br/product_info.php?products_id=98&osCsid=3c9390b5fcfa188a0b982eb562f5dba0 Ação do estrógeno • Regula produção dos hormônios GnRH • Regula produção FSH e LH Ação do estrógeno Mama adulta Desenvolvimento das glândulas mamárias - Lactogênese http://www.saberweb.com.br/wp-content/uploads/imagens/anatomia/seios/01g.jpg Ação do estrógeno Atua na regulação do metabolismo do cálcio, na absorção intestinal deste mineral e na secreção e expressão do gene paratireoidiano. Estimula o crescimento de todos os ossos na puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se "extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então, pára. http://www.saberweb.com.br/wp-content/uploads/imagens/anatomia/esqueleto-humano/01g.jpg Ação do estrógeno Estimula produção de proteínas transportadoras dos hormônios estróides como a SBHG ou β- globulina Aumenta a atividade do receptor hepático de LDL, desta forma aumenta-se a concentração de Lipoproteína de Alta Densidade (HDL-colesterol) Ação do estrógeno • Tem efeito vasodilatador • O estrogênio afeta o sistema de coagulação, aumentado os níveis de fatores pró-coagulantes (fatores VII, IX, X, XII e XIII) e reduzindo a concentração de fatores anti- coagulantes (antitrombina e proteína S), favorecendo um estado pró-trombótico. • Redução da proliferação celular após lesões Ação do estrógeno • aumenta a densidade de receptores de serotonina - humor • protege o sistema nervoso central contra lesões e aumentar a sobrevivência neuronal, bem como estimular fatores de crescimento neuronal • Influência na plasticidade sináptica • aprendizagem • Memória • Fome Ação do estrógeno • Sensibilidade aumentada ao doce – come mais salgado e/ou amargo • Diminuição do apetite • Funcionamento melhor Ação da progesterona Permitir começo e fim da gravidez!!! http://loja.bioaulas.com.br/product_info.php?products_id=98&osCsid=3c9390b5fcfa188a0b982eb562f5dba0 Ação da progesterona • Regula produção dos hormônios GnRH • Regula produção FSH e LH Ação da progesterona • mecanismo complexo de feedback envolvendo aldosterona, renina e angiotensina. • Hormônios relacionados a retenção hídrica mamas sangue tecidos Ação da progesterona Mama adulta Desenvolvimento das glândulas mamárias - Lactogênese Retenção hídrica – mastalgia!!!! http://www.saberweb.com.br/wp-content/uploads/imagens/anatomia/seios/01g.jpg Ação da progesterona • Aumento de volume sangüíneo - (começa a aumentar 2 dias após a oocitação e atinge um pico máximo 2-3 dias antes do sangramento). • ↑PA (?) • Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL-colesterol) é mais baixo (7%) na fase lútea Ação da progesterona • Aumento de sensibilidade a salgados, amargo e azedo – preferência por doce! • Aumento do apetite • Movimentos reduzidos – trânsito alimentar mais lento - náuseas, constipação • Retenção hídrica – inchaço – aumento sensível de peso • Alteração de captação de glicose - Ação da progesterona • Fome • Depressor – aumento sensibilidade (calmante???) • Fadiga • Insônia • Dificuldades de concentração Associado a ação da progesterona, temos a diminuição nas concentrações de estrógeno. Resultado? TPM • Thys-Jacobs et al. (1998) citam um diário com quatro categorias, em um total de 17 itens: • 1) afeto negativo: alterações de humor, depressão-tristeza, tensão-irritabilidade, ansiedade-irritabilidade, irritação- agressão-descontrole, excesso de choro; • 2) retenção hídrica: suor nas extremidades, sensibilidade do seio, entumescimento abdominal, cefaléia, fadiga; • 3) compulsão alimentar: aumento ou diminuição do apetite, compulsão por doces ou sal; • 4) dor: cólicas no baixo abdômen, dor lombar e dores generalizadas. http://1.bp.blogspot.com/_nHPAsrl4f5I/SScgieCabwI/AAAAAAAADEw/nXZGVs-NPaI/s400/tpm.jpg Eis algumas outras definições para TPM: - TPM = Todos os Problemas Misturados - TPM = Tendências a Pontapés e Murros - TPM = Tocou, Perguntou, Morreu - TPM = Tô Pirada Mêrrmo - TPM = Tempo Pra Meditação - TPM = Tendência Para Matar - TPM = Tira as Patas, Moleque - TPM = Total Paranóia Mental http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2001/espaco06mar/editorias/capa.htm Terapia da TPM ou SPM • Aconselhamento psicológico • exercício físico, • Avaliação dietética • Só se realmente necessário, intervenção farmacológica • Eliminar açúcar, sal, cafeína, álcool, carne vermelha e outros alimentos gordurosos; • comer 4-6 refeições por dia e não pular refeições; • ingerir maior quantidade de líquidos; • praticar 20-30 minutos de exercício físico, três vezes/semana (corrida, caminhada, ciclismo, natação); • utilizar técnicas de relaxamento (respiração profunda, ioga, meditação); • repousar no período mais agudo; não planejar atividades estressantes para essa fase • Massagens, acupuntura, suplementos vitamínicos, cálcio, ansiolíticos e hormônios http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&site=religareterapias.wordpress.com&url=http://religareterapias.files.wordpress.com/2008/06/acupuntura1.jpg&sref=http://religareterapias.wordpress.com/2008/06/25/a-eficacia-da-acupuntura/ Tudo termina e recomeça! Pílula Anticoncepcional Anticoncepcionais hormonais • Estima-se que 100 milhões de mulheres usam um contraceptivo oral no mundo todo. • Progestinas: acetato de ciproterona, desogestrel, levonorgestrel, drospirenona, levonorgestrel, Noretisterona, Linestrenol, acetato de medroxiprogesterona, desogestrel e gestodeno O comportamento das concentrações de progesterona e estrogênio naturais em um ciclo normal de 28 dias, sem e com o uso de ACO, pode ser visto no esquema da figura abaixo, que apresenta as características principais envolvidas. Quando se inicia o uso de ACO, a concentração destes hormônios muda: deixam de existir os picos e o nível de estrogênio e progesterona associados passa a ser constante. Portanto o uso de estrógeno e progesterona (anticoncepcionais) vão inibir a produção dos hormônios folículo-estimulante (FSH) e do luteinizante (LH) na hipófise. Impedindo assim a maturação dos folículos ovarianos, “imitando” a ação da placenta quando há fecundação. Climatério e Menopausa • A instalação da menopausa é definida como período de 12 meses sem menstruações, e é um fato previsível e esperado, no climatério, tanto quanto é o início dos ciclos menstruais na puberdade. Portanto, a série de eventos endócrinos acontece de forma natural, com sua gama de sintomas e sinais semelhante à menarca, sendo também necessária como nesta, uma fase de adaptação. Transição • Inicialmente, os ovários vão se tornando menos sensíveis aos estímulos gonadotróficos. • Os folículos (células da granulosa) diminuem a produção de inibina e estradiol. • O FSH se eleva e provoca uma hiperestimulação folicular, podendo ocorrer algumas vezes ovulações precoces e encurtamento da fase folicular, sem alteração da fase lútea. • O estradiol sofre flutuações importantes, chegando muitas vezes a elevar-se consideravelmente. • Conclui-se, portanto, que o aumento do FSH ocorre mais em função da queda das concentrações séricas da inibina do que em função da diminuição do estradiol, refletindo verdadeiramente a reserva folicular ovariana. • Nesta fase o LH pode permanecer inalterado. • O estradiol, diminui em até 80% e vai sendo nesta fase substituído pela estrona, que predomina na pós-menopausa. Climatério e Menopausa http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf Climatério e Menopausa Hormônio Natural: O termo natural diz respeito a uma substância retirada da natureza que não passa por nenhum processo de transformação industrial e pode ser de origem vegetal, animal ou mineral. Hormônio Sintético: O termo sintético refere-se a uma substância que passou por um processo industrial de síntese, transformação ou modificação em sua estrutura química. Hormônio Bioidêntico: O termo bioidêntico refere-se a uma substância cuja estrutura molecular é exatamente idêntica à dos equivalentes produzidos pelo nosso próprio organismo, independentemente da fonte da qual se origina. INFLAMAÇÃO Trato genital feminino é constituído por estruturasque se comunicam com o exterior Em todos os esfregaços vaginais podem ser observadas células inflamatórias, principalmente osneutrófilos INFLAMAÇÃO Não é sempre que a presença destas células pode indicar infecção Deve-se ter atenção na análise dosesfregaços Note se o número de neutrófilos está abundante e seexistem outras alterações INFLAMAÇÃO •Presença de neutrófilos relacionada com uma inflamação aguda •Presença de neutrófilos e linfócitos pode indicar uma inflamação crônica INFLAMAÇÃO A vagina e colo do útero possuem um ecossistema complexo com com numerosas espécies bacterianas a causa deEm circunstâncias particulares podem ser cervicovaginites acompanhadas de corrimentos INFLAMAÇÃO INFLAMAÇÃO INFLAMAÇÃO Cervicovaginites Infecção da vagina e da cérvice acompanhadas de corrimentos Esfregaços evidenciam colônias bacterianas em grupamentos ou disseminadas Alterações das céls epiteliais podem ser acompanhadas da presença de leucócitos INFLAMAÇÃO O que é um processoinflamatório? Qualquer que seja a mucosa atingida, o processoinflamatório pode ser específico ou inespecífico INFLAMAÇÃO O que é um processoinflamatório? Mecanismo de defesa do organismo contra aagressão Reação ao agente agressor seguida do processo de reparação dos danos resultantes Provoca o aparecimento de leucócitos, histiócitos e fenômenos de necrose celular que modificam o aspecto doesfregaço INFLAMAÇÃO Exsudato Inflamatório Independente da causa da inflamação epitélio. Ex: INFLAMAÇÃO Como identificar a inflamação? • Presença de leucócitos no local dainflamação • Modificação da morfologia das células do ruptura demembrana • Pode ter a presença do agentecausal PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR I- HaloPerinuclear Presença de halo em volta donúcleo PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR II- Vacuolização Presença de vacúolos dentro do citoplasma podendo indicar inflamação PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR de partículas sólidas, indicando atividadeEnglobamento fagocítica III. Apagamento das bordas plasmáticas Bordas tornam-se finas a ponto de não seremvistas IV. Fagocitose PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR V- Cariomegalia Aumento do núcleo com aumento decromatina VI- FormasAberrantes Tendo o núcleo benigno, indica processoinflamatório PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR VII- Cariopicnose Condensação nuclear, observado em células superficiais VIII- Ruptura demembrana Cromatina formando grumos comespaçamentos PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR IX- Displasia Distúrbio do epitélio com prognósticoduvidoso X- Cariorrexe Cromatina em partículas e ausência de membrana nuclear PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR X-Cariorrexe PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR XI- Metaplasia Substituição de um tipo celular poroutro XII- Citólise Destruição da cél por dissolução de suasestruturas PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO CELULAR XIII- Binucleação emultinucleação Pode ser sugestiva de infecções virais Ex:herpes Cél escamosa com atipia nuclear e grande halo. Sugestivo de infecçãopor HPV O tecido metaplásico é mais resistente àsagressões INFLAMAÇÃO Metaplasia Representa uma substituição adaptativa das células que são sensíveis ao “stress” por tipos celulares mais bem preparados para suportar o ambienteadverso • A própria modificação epitelial induzida por hormônios (ex. modificação reativa ou reparativa) • Em casos de inflamações ouinfecções INFLAMAÇÃO Metaplasia Considerada uma alteração celular benigna que pode ocorrer devido: INFLAMAÇÃO Metaplasia As alterações reativas ou reparativas podem provocar mudanças nucleares ou citoplasmáticas nas células analisadas em um esfregaçovaginal INFLAMAÇÃO Metaplasia Esse aspecto indica que foram removidas da cervice, em lugar de serem células esfoliadas da camada superficial INFLAMAÇÃO Metaplasia Céls têm mais citoplasma que as células de reserva, mas são ainda bastante imaturas INFLAMAÇÃO Metaplasia Características citológicas • Aumento do volume nuclear • Binucleação • Hipercromasia • Nucléolos bem evidentes • Confusão com lesõespré-cancerosas Endometrites: infecções no endométrio, comumpós-parto INFLAMAÇÃO Metaplasia Específica Cervicites: infecções do epitélio do colo do útero presença marcada por uma leucorréiapurulenta INFLAMAÇÃO Metaplasia Específica Causas • Bactérias • Vírus • Fungos • Parasitas • Traumas (Ex.: cirurgia, parto) • Agentes químicos ou físicos INFLAMAÇÃO Fatores que favorecem infecção bacteriana É normal ter bactérias na vagina contudo, se a quantidade de bactérias aumenta muito pode causar a vaginite bacteriana INFLAMAÇÃO Vaginites Bacterianas • Inflamação comum da vagina • Surge devido supercrescimento de diversos tipos debactérias VAGINA Incubadora natural Condições de umidade, temperatura e nutrientes Sujeita a interferências endógenas e exógenas Flora: 105 - 107 UFC/g lactobacilos comensais potencial / patogênicas Fluido (3-5g): muco cervical transudato vaginal células epiteliais água/eletrólitos proteínas acídos graxos carboidratos metabólitos bacterianos componentes s. imune População dinâmica ORIGEM? BACTÉRIAS ENDÓGENAS DA VAGINA Podem coexistir de maneira independente ou ter uma relação de comensalismo (sinérgico ou antagonista) IMPORTÂNCIA DOS LACTOBACILOS Bacilos Döderlein Esfregaço de Papanicolaou FLUTUAÇÕES DA FLORA NORMAL GLICOSE H2O2 Flora normal: Fatores endógenos e exógenos??? VAGINOSE BACTERIANA VAGINOSE BACTERIANA (VB) Conceito: síndrome clínica na qual ocorre uma substituição dos lactobacilos por bactérias anaeróbias ou facultativas como Gardnerella vaginalis, bacterióides, Mobiluncus sp e Mycoplasma sp Sintomas: corrimento fino branco-acinzetado, frequentemente com odor fétido ( de “peixe”) que se acentua pós relação Sexual e no período menstrual Mais de 50% dos casos são assintomáticos Erroneamente denominada apenas de Gardnerella vaginalis ou Haemophilus vaginalis COMPLICAÇÕES aumento do risco de aquisição e transmissão de HIV aumento do risco de desenvolvimento de NIC Infecção do trato urinário aumento do risco de trabalho de parto prematuro aumento do risco de infecção intraaminiótica endometrite pós-parto possível associação com doença inflamatória pélvica DIAGNÓSTICO DA VAGINOSE BACTERIANA DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA VAGINOSE BACTERIANA Clínico: critérios de Amsel: 1. pH vaginal > 4.5 2. Teste de Whiff ou teste das aminas positivo 3. Presença da clue cells no exame a fresco 4. Corrimento característico Se pelo menos três destes critérios estiverem presentes Temos o diagnóstico de Vaginose Bacteriana DIAGNÓSTICO CLÍNICO CRITÉRIOS DE AMSEL (1983) 1) pH vaginal ≥ 4.5 Pontuação segundo a quantidade de bacteria observada à microscopia Tipo morfológico Nada 1+ 2+ 3+ 4+ Bacilos longos Gram + 4 3 2 1 0 Cocobacilos Gram - 0 1 2 3 4 Bacilos curvos Gram- 0 1 1 2 2 DIAGNÓSTICO BACTERIOSCÓPICO DA VAGINOSE BACTERIANA Gram: Pontuação 0-3: NORMAL Gram: Pontuação 4-6: INTERMEDIÁRIA Gram: Pontuação ≥ 7: VAGINOSE BACTERIANA EXAME DE PAPANICOLAOU PARA DIAGNÓSTICO DA VAGINOSE BACTERIANA EXAME DE PAPANICOLAOU EXAME DE PAPANICOLAOU • GOMPEL e KOSS, 2006: EXAME DE PAPANICOLAOU Sistema de Bethesda: Discacciati et al, 2006. Diagnostic Cytopathology • Vaginose Bacteriana: presença de clue cells em mais de 20% do esfregaço • Considerar 10 campos representativos com pelo menos 10 células epiteliais, considerando VB quando houver pelo menos duas clue cells em cada campo EXAME DE PAPANICOLAOU Exame de Papanicolaou para VB Patognomônico: achado de clue cells (células chaves ou células indicadoras) as quais são células escamosas com uma camada cocobacilar em sua superfície citoplasmática, conferindo uma coloração violeta Outros achados no esfregaço: acentuada diminuição de lactobacilos e fundo de lâmina com uma “nuvem” cocobacilar Sinais menores como ausência de alterações celulares inflamatórias, diminuição de PMN e aumento de CS: uso controverso Quantificação das clue cells aumenta a sensibilidade CRITÉRIO PARA DIAGNÓSTICO DE VAGINOSE BACTERIANA NO EXAME DE PAPANICOLAOU Presença de 20% ou mais de clue cells no esfregaço Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP OUTRAS BACTÉRIAS QUE PODEM SER VISUALIZADAS NA EXAME DE PAPANICOLAOU Flora mista Leptothrix vaginalis Actinomyces sp Mobiluncus sp Cocos Bacilos Difteróides Fusobacterium Encontrados em epitélio atrófico FLORAMISTA Corresponde a flora intermediária pelo critério de Nugent Há uma substituição parcial dos lactobacilos por outras bactérias, mas ainda não há a inversão completa para VB Pode significar um estágio em evolução para VB ou retorno para a normalidade Alguns laboratórios a relatam como flora normal ou flora composta de cocos e bacilos não-döderlein Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP Flora mista Leptothrix sp Bactéria anaeróbia filamentosa em forma de “fio de cabelo”, que se cora em roxo ou negro Associada ao Trichomonas vaginalis: 80% dos casos em simbiose Não causa alterações citológicas Sintomas parecidos com VB Actnomyces sp Bactéria anaeróbia restrita, com comportamento de fungo Forma tufos bacterianos em forma de “ouriço do mar”, com filamentos Se cora pela hematoxilina Frequente em usuária de DIU, devido a alteração do potencial de oxi-redução e suporte para crescimento Necessário tirar o DIU para evitar DIP Mobiluncus sp Bactéria aneróbia curva e móvel forma de “unha” Mobiluncus curtissii: resistente ao MTZ Mobiluncus mulieres: sensível ao MTZ No exame de Papanicolaou: “comma cells” Seu diagnóstico coincide com o de VB Mobiluncus no Gram Papanicolaou Bacilos difteróides Bacilos anaeróbios Se apresentam com forma de “halter” Assintomático Comum em epitélio atrófico Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP Dificuldade diagnóstica: Pseudo clue-cell Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP PRINCIPAIS AGENTES INDUTORESDE ALTERAÇÕES METAPLÁSICAS • Agentes protetores da flora normal • Podem causar vaginites quando a citólise édemasiada • Abundantes em mulheres jovens, são menos frequentes na puberdade e após amenopausa PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Lactobacilos (bacilos deDorderlein) Responsáveis pelo pH ácido (glicogênio-ácido lático) PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Lactobacilos (bacilos deDorderlein) Provocam citólise preferencialmente em céls intermediárias, poupando asparabasais e superficiais PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Gardnerella vaginalis • Bacilo gram-negativo • Corado em azul pelo método dePapanicolau • Corrimento cinzento emal-cheiroso • Encontrado em 10% das mulheres • Bacilos que se estabelecem em sua superfície PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS Gardnerellavaginalis