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Aula 2
Anatomia, histologia e citologia do trato genital 
feminino. Aspectos hormonais.
Componentes Celulares
Teoria Celular:
Todos os seres vivos são formados por células
A célula é a unidade básica de estrutura e de
função dos seres vivos
Todas as células provém de células preexistentes
A célula é a unidade de reprodução, de
desenvolvimento e de hereditariedade dos seres
vivos
ESTRUTURAS QUE 
CONSTITUEM AS CÉLULAS 
EUCARIÓTICAS:
MEMBRANA CELULAR
As membranas celulares envolvem a célula, definem os 
seus limites e mantêm as diferenças essenciais entre o 
meio intracelular e o meio extracelular.
Membrana Celular ao microscópio
CITOPLASMA
O citoplasma das células eucarióticas aparece sem estrutura
visível mesmo quando examinado ao microscópio eletrônico.
Formado pelo Citosol, que é o meio interno da célula onde
estão incluídas todas as suas estruturas, é uma massa
semifluida, homogenea.
NÚCLEO
O núcleo ocupa 10% do volume celular total.
Contém o material genético que controla as
reações que ocorrem na célula.
FILAMENTOS
DE CROMATINA
NUCLEOPLASMA
NUCLÉOLO
INVÓLUCRO
NUCLEAR
Espermiogênese humana
Lisossomos – Função heterofágica
Histologia – Epitélios 
de Revestimento
COMPONENTES DOS TECIDOS
• Especializados em revestir e proteger todas as
superfícies do organismo;
• Formados por células justapostas e poliédricas;
• Desprovidas de vasos sanguíneos, são nutridos
pelos tecidos adjacentes;
Tecido Epitelial de Revestimento
• Estão sempre apoiados sobre uma camada de tecido 
conjuntivo subjacente; a lâmina própria.
Tecido Epitelial de Revestimento
Tipos de Tecidos Epiteliais
camadas de células
• Simples: formado por uma camada de células.
Tipos de Tecidos Epiteliais
camadas de células
• Estratificado: formado por várias camadas de células.
Tipos de Tecidos Epiteliais
camadas de células
• Pseudo-estratificado: formado por uma camada de 
células, de tamanhos diferentes.
Tipos de Tecidos Epiteliais
formato celular
• Pavimentoso ou plano: células achatadas.
Tipos de Tecidos Epiteliais
formato celular
• Cúbico: forma de cubo.
Tipos de Tecidos Epiteliais
formato celular
• Cilíndrico ou colunar: mais alta do que larga.
Tipos de Tecidos Epiteliais
formato celular
• De transição: várias camadas, grande flexibilidade, com 
formato variado.
Pavimentoso Simples
Epitélio Simples Cúbico
Sistema Reprodutor Feminino
Sistema Reprodutor Feminino
Funções
• Fornecer gametas 
• Receber gametas (masculinos)
• Fecundação “Receber, alojar e manter o produto 
conceptual em desenvolvimento”
• Expulsão no parto.
Conceito
Consiste em um trato tubular com glândulas acessórias e se liga a 
porção caudal do sistema urinário.
Organização
Ovário
Tuba uterina
Útero
Vagina
Placenta
Glândula Mamária
• Ovários:
Produz Óvulo - São as
gônadas femininas
responsáveis pela
produção dos gametas
femininos ovogênese.
Produz Hormônios
sexuais femininos.
(Estrógeno e progesterona)
Ovários
• Órgãos ovais compostos por TER (Tecido Epitelial de
Revestimento) simples cúbico intercalados com áreas de TER
simples pavimentoso.
• Túnica albugínea (tecido conjuntivo frouxo): Forma a cápsula que
reveste o ovário.
• Ovócito primário envolto por células foliculares.
• O hormônio FSH estimula o desenvolvimento do ovário e dos
folículos.
Ovulação
▪ Liberação do ovócito na tuba uterina.
Ocorre pelo aumento da secreção do hormônio LH.
Epitélio colunar simples, em diversas espécies
Tuba uterina: células ciliadas, células secretoras, lâmina própria
Revestimento interno das células epiteliais que revestem as fímbrias da porção
infundibular da tuba uterina de coelhos e possuem cílios e microvilos
Útero
• Recebe o óvulo que foi 
fecundado na trompa (tuba 
uterina)
• Aloja o embrião (gravidez) 
• Desenvolvimento do embrião
Posição normal do útero
• Curvado anteriormente
sobre si mesmo
• O corpo angula em
relação ao colo uterino
(anteflexão)
• O corpo roda em torno
de um eixo que passa
pelo ístimo (anteversão)
Estrutura do útero
• Possui 3 camadas 
Vagina 
• Órgão feminino de 
cópula
• Recebe o sêmen 
• Escoamento do sangue 
menstrual 
• No parto, da passagem 
para o produto 
conceptual 
Sistema Reprodutor Feminino
Glândula de Bartholin
• Localizada de cada lado dos lábios 
menores da vagina (uma em cada 
lado)
• Libera um fluido lubrificante. 
RUGAS VAGINAIS
• Pequenas pregas 
Monte do púbis
• Coxim gorduroso 
acima do osso do 
púbis da mulher.
▪ Lábios: tecido conjuntivo frouxo a denso, com extensa rede de 
fibras elásticas
▪ Vestíbulo: epitélio escamoso estratificado não-queratinizado
▪ Clitóris:
 Corpo cavernoso clitoriano envolvido por tecido conjuntivo 
denso
 Externamente revestido pelo invólucro prepucial (epitélio 
escamoso estratificado não-queratinizado)
O colo do útero tem como função proteger a entrada de agentes 
patogênicos para o interior da cavidade pélvica, pois existe uma 
ligação entre o meio exterior e a cavidade pélvica (via cavidade 
uterina e lúmen das tubas uterinas). 
COLO DO ÚTERO 
Secreta muco e anticorpos que ocupa a cavidade
cervical e impedem a progressão de agentes
patogênicos para o interior da cavidade uterina. Além
disso, possui papel importante na ativação dos
espermatozóides.
Deve ser lembrado que o corpo do útero é o local em
que ocorre a implantação, nutrição e proteção do
embrião, com função bem definida e essencial para o
sucesso da gravidez.
Durante a gravidez o colo do útero se fecha fortemente
mantendo o feto no seu interior. Alterações nesse
mecanismo fazem com que possa ocorrer abortamento.
Já no momento do parto, é necessário além das
contrações uterinas, que ocorram modificações
bioquímicas no estroma cervical para permitir a
dilatação do colo do útero (amolecimento cervical).
COLO DO ÚTERO 
HISTOLOGIA DO APARELHO GENITAL FEMININO
Colo do útero
Constituído por duas mucosas e por um tecido conjuntivo
fibromuscular
Um mucosa reveste o colo pelo lado de fora e a outra reveste
o canal cervical internamente
Orifício
HISTOLOGIA DO APARELHO GENITAL FEMININO
Cérvix ou cérvice
Inicia-se dentro da vagina
Possui glândulas cervicais na mucosa
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO
O trato genital feminino apresenta vários tipos de epitélio e
tecidos de sustentação
Epitélio Escamoso Queratinizado
Encontrado nos lábios maiores e em alguma condições
patológicas da vagina, útero e do endométrio
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO
Epitélio Escamoso Queratinizado
Camada superficial
de queratina,
na qual não existe
núcleo
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO
Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
Reveste os pequenos lábios da vulva, a vagina e a parte
externa do colo uterino
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO
Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO
Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
 Os epitélios que revestem a ectocérvice e a JEC
apresentam variações decorrentes do estímulo hormonal
Recém-nascida, pré-puberdade, menarca, menacme,
menopausa, reposição hormonal, contraceptivos orais,
gravidez
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO
Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
Na idade reprodutiva  estímulo hormonal faz o epitélio
escamoso sofrer maturação completa e descamação celular
Céls que formam este epitélio são:
• Células basais, parabasais, intermediárias e superficiais
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO
Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
O processo de maturação destas céls leva a alteração na sua
morfologia
Citoplasma: citoplasmas aumentam de tamanho na medida
em que as céls se afastam da membrana basal
Núcleos: de grandes e vesiculosos , tornam-se picnóticos
Citologia Básica do Trato Genital Feminino
O Epitélio Escamoso Estratificado não queratinizado
característico dos pequenos lábios,
canal vaginal e
ectocérvice, contribui com a citologia ginecológica com
três tipos básicos celulares:
• Células Superficiais
• Células Intermediárias.
• Células Parabasais.
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO
Células Superficiais
Células
Intermediárias
Células
Parabasais
Células
Basais
Membrana
Basal
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Células Superficiais
• Apresentam citoplasma abundante de aspecto delicado
• Núcleo é pequeno, denso, central e picnótico
• Encontram-se na fase final de maturação do epitélio
escamoso
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Células Superficiais
Ausência de pontes intercelulares
As células superficiais apresentam em sua maioria
citoplasma acidofílico, com formato que lembra estrutura
geométricas.
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Células Intermediárias
• Tem forma poligonal
• Citoplasma abundante
• Núcleo apresenta forma arredondada
• Possuem alto teor de glicogênio
• Descamam em aglomerados por conta da presença de
desmossomos (pontes intercelulares)
As células intermediárias são de característica cianofílica,
apresentam núcleo ovalado com cromatina frouxa ou granular.
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Células Parabasais
• São maiores (se comparadas com as basais)
• Arredondadas
• Citoplasma basófilo e de coloração azul-esverdeado
podendo também ser observadas em rosa
• Citoplasma mais abundante que as céls basais
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Células Parabasais
Observadas principalmente:
• No pós-parto
• Na pós-menopausa
• Na infância
As células parabasais possuem característica esférica e
apresentam núcleo com cromatina frouxa.
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Células Basais
• Presentes na camada mais profunda do epitélio
• São basófilas (coradas em azul arroxeado – hematoxilina)
• Pequenas
• Tem forma redonda
• Apresentam núcleo volumoso e central
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Células Basais
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Células Basais
Principal área de atividade mitótica, permitindo a renovação
do epitélio a cada quatro dias em média
Dificilmente sofrem descamação, podendo aparecer em
esfregaço citológico após o parto por queda
hormonal brusca que leva a descamação intensa
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Lâmina Basal
Composta por colágeno e outras proteínas fibrilares
EPITÉLIO
MEMBRANA
BASAL
LÂMINA BASAL
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
Lâmina Basal
Eventuais rupturas na membrana basal são importantes na
definição do caráter invasivo das alterações epiteliais
malignas
As céls malignas precisam atravessar a membrana basal para
que o câncer seja caracterizado como invasivo
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL
Células Endocervicais
A endocervice é revestida por epitélio cilíndrico simples
• Secretoras (95%)
• Ciliadas (5%)
Também denominadas céls glandulares, são céls altas,
possuem núcleo redondo ou oval e volumoso
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL
Células Endocervicais
Secretoras: produzem o muco cervical
Ciliadas: criam uma corrente de líquido (uma corrente
mucociliar) que carrega céls e partículas em direção a vagina
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL
Células Endocervicais
O citoplasma apresenta-se basófilo e delicado
Normalmente descamam em agrupamentos de células
• Disposição em “favo de mel” quando vistas de cima
• “Paliçada” quando vistas lateralmente
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL
Células Endocervicais
As células endocervicais são provenientes do epitélio cilíndrico
simples da endocérvice; possuem cromatina frouxa, citoplasma
claro e normalmente estão dispostas em "favo de mel".
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL
Células Endocervicais
Células em Favos de Mel Células Ciliadas
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL
Células Endocervicais
Em certas patologias as células do epitélio endocervical
podem seu número
Condição é conhecida como hiperplasia das células de
reserva da endocérvice
ENDOMÉTRIO
Parte mais interna do útero --> responsável pelo suprimento
vascular e nutritivo do feto
Recoberta por mucosa vascularizada, com espessura normal
de 1 a 8mm
Responde as variações de estrogênio e progesterona
ENDOMÉTRIO
Células Endometriais
• São pequenas
• Núcleo é arredondado ou oval e pequeno
• Descamam em agrupados celulares densos podendo
também ser vistas isoladas
• São menores do que as céls endocervicais
As células endometriais são provenientes do endométrio, possuem
citoplasma mal conservado e núcleo finamente granulado. Costumam
aparecer em aglomerados.
ENDOMÉTRIO
Células Endometriais
A visualização dessas céls após os doze primeiros dias do ciclo
menstrual em esfregaços cérvico-vaginais é considerada
anormal
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL
Células Endocervicais
A presença dessas céls no esfregaço cérvico-vaginal é um
importante indicativo de qualidade do mesmo (coleta foi
realizada na JEC)
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL
JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR
JEC
A área do colo na qual o epitélio endocervical encontra o
epitélio escamoso
JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR
JEC
Deve estar localizada no orifício externo da cérvice, no entanto
sua posição varia de acordo com a idade da mulher
Por volta dos 30 anos de idade a JEC passa a assumir posição
mais cranial
Na menopausa ela geralmente se encontra no interior do canal
endocervical
As células metaplásicas são oriundas da JEC. Apresentam contornos
irregulares no citoplasma e núcleo esférico com cromatina granular.
JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR
Desenho esquemático da JEC
A) Na ectocérvice durante a puberdade
B) No orifício externo durante a menarca
C) No canal endocervical, após a menopausa
OUTRAS ESTRUTURAS
Leucócitos
Presença de leucócitos, principalmente neutrófilos constitui
um achado frequente em esfregaços cérvico-vaginais
Os linfócitos são bem menos frequentes, exceto em infecções
crônicas
OUTRAS ESTRUTURAS
Hemácias e histiócitos
Hemácias aparecem de forma predominante nos esfregaços
durante o período menstrual, por essa razão não é
recomendada coleta de material nesse período
Os histiócitos são comuns em esfregaços
OUTRAS ESTRUTURAS
Muco e espermatozóides
A presença de muco secretado pelas céls endocervicais não
apresenta significado clínico no exame de Papanicolaou
Os espermatozóides muitas vezes não apresentam cauda,
podendo ser confundido com leveduras Candida spp
OUTRAS ESTRUTURAS
Bacilos de Döderlein
A flora vaginal em condições de normalidade é representada
pelos bacilos de Döderlein
Essas bactérias são bacilos, se coram em azul, alimentam-se de
glicogênio auxiliando na manutenção do pH vaginal
HISTOLOGIA DO OVÁRIO
FUNÇÃO: 
Produção 
gameta
Endócrina
HISTOLOGIA
Duas regiões:
Cortical
Medular
HISTOLOGIA DO OVÁRIO
HISTOLOGIA DO OVÁRIO
Região Cortical
Local onde ocorre a oogênese
Revestimento:
Epitélio cúbico simples
Túnica albugínea –
Conjuntivo denso
Estroma-
Conjuntivo denso 
Função sustentação
Produção de esteróides
Envolve os folículos
Folículos
HISTOLOGIA DA TUBA UTERINA
HISTÓLOGIA DO ÚTERO: ENDOMÉTRIO
Fase Folicular Ovulaçäo Fase Lútea
1 7 14 28Dias
Menstruaçäo Fase Proliferativa Fase Secretora
Estral
Ovariano
Uterino
Menstrual
Aula 3
Citologia esfoliativa e de material
obtido por punção: convencional e
em meio líquido.
Processamento técnico das amostras
Histórico
1908/1910 –Schauestein e Rubin – relatos de 
lesões pré-neoplásicas na histopatologia;
1928 –Papanicolaou e Babes –pap test;
1945 –Primeiros programas de triagem;
1955 –Redução da mortalidade.
Histórico
Finalidades do exameCitopatológico
neoplásicas do colo uterino, antes
1- Pesquisar células neoplásicas ou pré-
que
progridam para carcinoma
invasor;
2- Avaliação da microflora;
3- Auxílio na avaliaçãohormonal.
Este exame previne o câncer de colo uterino.
Deve ser realizado em todas as mulheres com
vida sexualmente ativa ou não, pelo menos
uma vez ao ano. Se o resultado do exame for
negativo por três anos seguidos, a mulher pode
fazê-lo de 3 em 3 anos.
A eficácia do teste é consiste na detecção do
vírus HPV e de outras doenças que ocorrem
no colo do útero antes do desenvolvimento do
câncer. O exame não é somente uma maneira
de diagnosticar a doença mas serve
principalmente para determinar o risco de
uma mulher vir adesenvolver ocâncer.
Localização Casos Novos %
Mama Feminina 48.930 28
Colo do Útero 19.260 11
Cólon e Reto 13.970 8
Traquéia, Brônquio e 
Pulmão
9.320
5
Estômago 8.230 4
Leucemias 4.220 2
Cavidade Oral 3.410 2
Pele Melanoma 3.050 2
Esôfago 2.610 1
Epidemiologia do Ca deColo
Porcentagemde mulheres com CAde Colo segundo a dificuldade 
para consultar
Dificuldade Intraepitelial Invasivo
Pessoais 63% 43%
Desmotivação/vergonha 87% 81%
Distância 19% 40%
Parentes/filhos 30% 28%
Trabalho fora de casa 29% 28%
Dinheiro/transporte 11% 14%
Serviço de Saúde 73 40
Médico não examina 60% 60%
Tempo de espera 48% 60%
Agendamento Tardio 47% 50%
Falta médico 42% 35%
Greve 7% 3%
O exame ginecológico completo consiste do
exame e palpação das mamas e depois o
exame de Papanicolau.
O exame consiste na coleta de material do
colo uterino para exame em laboratório. E
deve ser realizado, pelo menos, uma semana
antes da menstruação. Evitando-se realizar
duchas vaginais, colocação de cremes vaginais
e relações sexuaisdois dias antes do exame.
Métodos para a coleta doExame 
de Papanicolaou
Coleta da Citologia Cervico Vaginal-
Papanicolaou
Para que o teste seja eficiente, o esfregaço cérvico-
vaginal deve conter células representativas do
ectocérvice e do endocérvice;
As lesões malígnas ou pré-malignas do colo do útero
somente poderão ser detectadas se o esfregaço for de
boa qualidade incluindo elementos representativos de
todas asáreas de risco.
A coleta inadequada é a maior causa de falsos
resultados (neg: +/- 10%;posit: +/- 4%).
Material paracoleta:
Lâmina com uma extremidade fosca
Espéculo
Espátula deAyre
Escovacervical
Par de luvas para procedimento
Formulário de requisição doexame
Lápis nº 2 (para identificação dalâmina)
Máscara cirúrgica
Fixador apropriado
Recipiente para acondicionamento das lâminas,sendo
preferível caixas de madeira
Lençol para cobrir apaciente
Avental
ANTES DE INICIAR ACOLETA
Humanização;
Não estar menstruada;
Não ter tido relações sexuais há 2dias;
Cremes, duchas...
Pacientes virgens, coleta só pelo médico;
Paridade e tamanho do espéculo;
Gravidez ou suspeita;
 Identificar a lâmina, na extremidade fosca, com lápis 
n.º 2, antes dacoleta;
Deixar o fixador próximo à lâmina já identificada.
Coleta de Material para Exame dePapanicolau:
Verificar se a sala está devidamente montada, limpa e 
abastecida;
Verificar se todos os materiais para a coleta estão
disponíveis na quantidade necessária;
Testar os equipamentos;
Preencher a requisição de exame citopatológico, de
preferência, em local reservado para que a paciente sinta-se
àvontade ao responder àsperguntas;
Orientar a paciente sobre o exame mostrando a ela o
espéculo e demais materiais que serão utilizados durante a
coleta;
Identificação daLâmina
Espéculo
Coleta de Material para Examede 
Papanicolaou:
Colocar a usuária em posição ginecológica, 
respeitando a sua privacidade, cobrindo-a com lençol;
Lavar as mãos e calçar as luvas;
Proceder à coleta começando pela inspeção da vulva, 
vagina e colo do útero com introdução do espéculo;
Expor bem o colo 
Procurar lesões, verrugas, etc
Proceda à coleta doectocérvice:
Utilize a espátula de madeira tipo Ayre, do lado que
apresenta reentrância.
Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do
colo, apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem na
mucosa ectocervical em movimento rotativo de 360º, em
torno de todo o orifício, procurando exercer uma pressão
firme, mas delicada, sem agredir o colo, para não prejudicar a
qualidade da amostra.
Oexame é feito na parte externa da vulva e depois se
introduz um instrumento chamado especulo pelo
canal vaginal para que se possa visualiza-lo e ao colo
do útero (parte final do útero, do qual serão
recolhidas ascélulas para exame microscópico).
Coleta da ectocérvice
Esfregaço do 
raspado da 
ectocérvice
Caso considere que a coleta não tenha sido
representativa, faça mais uma vez o movimento de
rotação.
Estenda o material ectocervical na lâmina dispondo-o
no sentido vertical ou horizontal, ocupando 2/3 da
parte transparente da lâmina, em movimento de ida e
volta esfregando a espátula com suave pressão,
garantindo uma amostra uniforme.
Proceda à coleta do canalendocervical:
Utilize a escova de coleta endocervical
Recolha o material introduzindo a escova delicadamente 
no canal endocervical, girando-a360º
Ocupando 1/3 restante
da lâmina, estenda o 
rolando a
de cima para
material 
escova 
baixo.
Coleta Endocervical
Esfregaço do raspadoEndocervical
Polietilenoglicol
Álcool à95%
Propinilglicol
Coleta de Material para Exame de 
Papanicolau:
Dispor o esfregaço na lâmina, fixando-oimediatamente;
Fechar o espéculo e retirá-lo;
Orientar sobre a retirada do resultado, entregando-lhe o
cartão com a data prevista para tal.
Organizar a sala para receber a próxima paciente.
Outras orientaçõesNas pacientes histerectomizadas, fazer a coleta com o lado arredondado da 
espátula deAyre;
Nas gestantes não há contraindicação da coleta endocervical, mas 
orientar quanto aosangramento.
A ectopia fisiológica das gestantes torna, na maioria das vezes, a coleta 
ectocervical satisfatória.
Algumas Causas de Resultados Falsos Negativos
• Muitas vezes, ao fazer o esfregaço, apenas 10 a 20% das
células coletadas com o pincel são colocadas na folha.
• A fixação nem sempre é feita em 15 a 30% das amostras.
• Podem haver grandes áreas de muco, artefatos, PMN,
material necrótico e / ou sangue que impedem a leitura da
folha.
• Cerca de 10 a 39% dos diagnósticos têm esta condição:
"limitado por“.
O Caminho da Excelência
• Isso levou à busca de métodos para melhorar o desempenho
de diagnósticos citológicos.
• Três são os caminhos fundamentais que foram explorados 
para esse efeito:
1. Procedimentos para melhorar a coleta de amostras.
células,2. Procedimentos para melhorar a conservação das 
otimizar sua propagação e visualização microscópica.
3. Procedimentos para automatizar objetivamente e quantificar
diferenças morfológicas celulares através do estudo de imagens
microscópicas e computação.
• O estudo da citologia em base líquida inclui tecnologias que 
correspondem aos dois primeiros pontos indicados.
Citologia em Base Líquida
• É um procedimento que melhora a preservação das células
e otimiza sua propagação na folha em uma camada
disposta em um único plano (monolayer).
• O primeiro é obtido através de um líquido de preservação
especial que preserva a integridade e as características das
células por até 60 dias, permitindo, se necessário, repetir os
exames sem custos adicionais.
• O segundo - estendido em "monocamada" - é conseguido
passando esta suspensão de células através de um
gradiente de densidade por centrifugação em que apenas
as células a serem estudadas, livres de detritos, são obtidas
como sedimento.
contém a cabeça
 O frasco marcado que
da
escova é tampado.
 O rótulo do laboratório é
colado com seus dados e
é enviado ao Laboratório
de Patologia.
Procedimento da Amostra
Procede-se a
homogeneização
no vortex
 Adiciona-se o reagente
que permite o gradiente
de densidade das
amostras.
 Coloca-se os tubos
na centrífuga por 2 
minutos a 1080 RPM.
 As lâminas ficam em
repouso na estufa de
15 a 20 minutos a
45°C.
 Em seguida procede-
se a coloração usual
de papanicolaou
 Coloca-se 800
microlitros de liquido
centrifugado sobre a
lâmina que está
previamente em uma
base estabilizadora.
 Por último procede-se
a montagem com
bálsamo do Canadá.
Papanicolaou 
convencional
Papanicolaou 
BaseLíquida
Preenchimento da Requisição
Preenchimento da requisição
Laudo
A colposcopia é indicada nos casos de 
resultados anormais do exame de 
papanicolaou para se identificar as 
lesões precursoras do câncer de colo de 
útero.
Este aparelho permite o aumento de10 
a 40 vezes do tamanho normal. O 
exame é realizado no próprio 
consultório médico com a paciente na 
mesa de exame. Após colocar o 
espéculo vaginal o médico examina a 
vulva, a vagina e o colo do útero com o 
colposcópio.
Colposcopia :
Colposcopia :
Anamnese
Lesões iniciais:
epitélio aceto-branco
mosaico
pontilhado
vasos atípicos
zona iodo negativa
Esquematização de Vasos Atípicos
Visualização de estados de colo deútero
• Colo do útero normal Colo do útero comcervicite
http://www.gineco.com.br/colon.htm http://www.gineco.com.br/colon.htm
http://www.gineco.com.br/colon.htm
http://www.gineco.com.br/colon.htm
Epitélio Aceto-brancoDenso
PontilhadoGrosseiro
Mosaico Grosseiro, Pontilhado e EpitélioAceto-Branco
Mosaico Grosseiro e 
EpitélioAceto-branco
Colposcopia Histologia
Epitélio escamoso 
Epitélio colunar
epitélioEpitélio colunar substituido por 
escamoso metaplásico
Colo uterino normal 
Ectopia
Zona de transformação normal 
Colpite afeta tanto os tecidos
o epitélio escamoso (com
Inflamação que 
conjuntivos como 
descamação)
Pólipo
Paraqueratose-hiperqueratose
Pólipo
Queratose (leucoplasia) 
Erosão Descamação do epitélio escamoso e infiltração
difusa inflamatória; infiltração do tecido 
conjuntivo, carcinoma invasor
Infecção por HPV, NIC associada ao HPV 
Paraqueratose, acantose, metaplasia madura
Metaplasia madura-imatura, NIC I
Condilomatose
Área iodonegativa não-acetobranca 
Epitélio acetobranco
Mosaico fino HPV, metaplasiaParaqueratose, infecção por 
madura ou imatura (NIC I)
NIC I (NICII)Pontilhado fino
Epitélio acetobranco denso
Mosaico grosseiro
Pontilhado grosseiro 
Vasos atípicos
CIN (I)-II-III, CIN associada aoHPV
NIC II-III, NIC associada ao HPV, carcinoma 
microinvasor
NIC III, carcinoma microinvasor, carcinoma invasor 
Carcinoma microinvasor, carcinoma invasor
Exercícios
Q1. As mulheres apresentam duas estruturas ovoides com
aproximadamente três centímetros de comprimento que são
denominadas ovários. Essas estruturas, além de serem responsáveis
por dar origem aos óvulos, produzem os hormônios:
a) insulina e glucagon.
b) glucagon e testosterona.
c) estrógenos e progesterona.
d) ocitocina e calcitonina.
e) antidiurético e estrógenos.
Q2. O que é a JEC? Faça um desenho esquematizando sua anatomia
e explique qual a sua importância para o exame de Papanicolaou.
Exercícios
Q3. Faça um esquema dos principais tecidos
encontrados no trato genital feminino. Coloque o “nome e
sobrenome”.
Q4. Escreva os principais aspectos morfológicos que
diferem as células superficiais, intermediárias,
parabasais, basais, endocervicais e endometriais.
Exercícios
Q5. Faça um resumo do processo de coleta do
exame de Papanicolaou
Q6. Quais os “pros e contras” da citologia líquida?
Q7. Quais as condições principais e ideais para
uma coleta padrão de Papanicolaou?
Métodos para a coloraçãodo 
Exame de Papanicolaou
Aplicação
É um sistema de coloração utilizado para células
colhidas por raspagem em cavidades como a vagina,
a mucosa bucal e fluidos com células a partir de
derrames de outras cavidades. Deve ser apenas
usada in vitro.
MECANISMO
O mecanismo pelos quais as células são coloridas ainda não
é completamente entendido, mas são importantes duas
hipóteses: a adsorção e as características de afinidades
químicas na coloração. Em ambos os casos, a concentração
dos corantes nas soluções e a forma iônica sob as quais se
encontram são importantes. Considera-se que as estruturas
celulares ácidas tendem a atrair cátions, tanto por adsorção
como em reações químicas e as básicas com os radicais
aniônicos dos corantes.
MECANISMO
O método de Papanicolaou utiliza um conjunto de corantes e
tem como objetivo a evidenciá-lo das variáveis na morfologia
e dos graus de maturidade e de atividade metabólica celular.
Esse método se baseia nas ações de um corante básico (com
afinidade pelo núcleo das células: a hematoxilina), um
corante ácido (que se combina com o citoplasma das células
queratinizadas: Orange G) e um corante policromático (que
oferece tonalidades de cores diferentes no citoplasma das
células:EA-65).
Este método abrange cincoetapas:
 1. Hidratação: esta etapa requer a reposição gradual da água
das células por meio de banhos alcoólicos de concentrações
decrescentes até aágua destilada.
 2. Coloração nuclear: as células hidratadas podem agora
receber um corante aquoso para corar os núcleos (hematoxilina
de Harris).
 3. Desidratação: para receber corantes alcoólicos
citoplasmáticos, devemos agora retirar a água das células com
banhosalcoólicos de concentraçõescrescentes.
 4. Coloração citoplasmática: nesta etapa, o citoplasma das
células é corado pelos corantes Orange Ge EA-65, de modo a
diferenciar com diversas tonalidades o citoplasma das células
de acordo com asuamaturidade e metabolismo.
 5. Desidrata-o, clarificação e selagem: a água agora deve ser
retirada com concentrações alcoólicas crescentes, clarificadas
e seladas com meios permanentes hidrofóbicos.
Utensílios
Utensílios
Corantes / reagentes Tempo / mergulhos
1. Álcool 80% (+ ou -) 15 mergulhos
2. Álcool70% 15 mergulhos
3. Álcool50% 15 mergulhos
4. Águadestilada 05 mergulhos
5. Hematoxilina deHarris 02 minutos
6. Águacorrente para tirar o excesso decorante
7. Solução aquosa de Hcl a0,25% 02 mergulhos rápidos
8. Águacorrente 10 minutos aproximadamente
9. Águadestilada 10 minutos
10. Álcool 50% 15 mergulhos
11. Álcool70% 15 mergulhos
12. Álcool80% 15 mergulhos
13. OrangeC-6 1 minuto
14. Álcool absoluto 15mergulhos
15. Álcool absoluto 15mergulhos
16. Álcool absoluto 15mergulhos
17. EA36 05 minutos
18. Álcool absoluto 15mergulhos
19. Álcool absoluto 15mergulhos
20. Álcool absoluto 15mergulhos
21. Álcool absoluto 15mergulhos
22. Álcool absoluto / xilol 10mergulhos
23. 1º Xilol 10mergulhos
24. 2º Xilol 10mergulhos
25. 3º Xilol 10mergulhos
26. 4º Xilol demontagem 10 minutos
 Montar a lâmina com a lamínula e Bálsamo do 
Canadá.
 Cuidados:
1. Filtrar diariamente antes do uso:Hematoxilina.
2. Filtar diariamente depois do uso: Xilol demontagem
3. Filtar diariamente depois do uso: Álcoolabsoluto.
4. Filtrar semanalmente os demais corantes.
Resumindo:
Bateria decoloração
As células superficiais apresentam em
formato que lembra
sua maioria 
estruturacitoplasma acidofílico, com 
geométricas.
Células escamosas superficiais com citoplasma 
eosinofílico ou basofílico. Um polimorfonuclear (seta)
As células intermediárias são de característica cianofílica, 
apresentam núcleo ovalado com cromatina frouxa ougranular.
A: células escamosas superficiais, com citoplasma 
plano basofílico ou eosinofílico.
B: Aspecto atrófico
As células parabasais possuem característica esférica e apresentam 
núcleo com cromatina frouxa.
Células Parabasais: redondas com núcleo vesicular
As células metaplásicas são oriundas da JEC. Apresentam contornos 
irregulares no citoplasma e núcleo esférico com cromatinagranular.
Células metaplásicas: Apresentam-se em placas, com presença de
pontes intercelulares e tem citoplasma homogêneo, às vezes
eosinofílico.
As células endocervicais são provenientes do epitélio cilíndrico
simples da endocérvice; possuem cromatina frouxa, citoplasma
claro e normalmente estão dispostas em "favo
de mel".
Diferentes tipos de células glandulares endocervicais – A e B:
células secretoras; C: células ciliadas; D: núcleos nus de células
glandulares endocervicais.
As células endometriais são provenientes do endométrio, possuem
citoplasma mal conservado e núcleo finamente granulado. Costumam
aparecer em aglomerados.
As células endometriais são provenientes do endométrio, possuem
citoplasma mal conservado e núcleo finamente granulado. Costumam
aparecer em aglomerados.
INFLAMAÇÃO
Trato genital feminino é constituído por estruturasque se
comunicam com o exterior
Em todos os esfregaços vaginais podem ser observadas células
inflamatórias, principalmente osneutrófilos
INFLAMAÇÃO
Não é sempre que a presença destas células pode indicar 
infecção
Deve-se ter atenção na análise dosesfregaços
Note se o número de neutrófilos está abundante e seexistem 
outras alterações
INFLAMAÇÃO
•Presença de neutrófilos  relacionada com uma inflamação 
aguda
•Presença de neutrófilos e linfócitos  pode indicar
uma inflamação crônica
INFLAMAÇÃO
A vagina e colo do útero possuem um ecossistema complexo
com com numerosas espéciesbacterianas
a causa deEm circunstâncias particulares  podem ser
cervicovaginites acompanhadas de corrimentos
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
Cervicovaginites
Infecção da vagina e da cérvice acompanhadas de corrimentos
Esfregaços evidenciam colônias bacterianas em grupamentos ou
disseminadas
Alterações das céls epiteliais podem ser acompanhadas da 
presença de leucócitos
INFLAMAÇÃO
O que é um processoinflamatório?
Qualquer que seja a mucosa atingida, o processoinflamatório
pode ser específico ou inespecífico
INFLAMAÇÃO
O que é um processoinflamatório?
 Mecanismo de defesa do organismo contra aagressão
 Reação ao agente agressor seguida do processo de 
reparação dos danos resultantes
Provoca o aparecimento de leucócitos, histiócitos e fenômenos
de necrose celular que modificam o aspecto doesfregaço
INFLAMAÇÃO
Exsudato Inflamatório
Independente da causa da inflamação
epitélio. Ex:
INFLAMAÇÃO
Como identificar a inflamação?
• Presença de leucócitos no local dainflamação
• Modificação da morfologia das células do 
ruptura demembrana
• Pode ter a presença do agentecausal
PRINCIPAIS ACHADOS
DE ALTERAÇÃO
CELULAR
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
I- HaloPerinuclear
Presença de halo em volta donúcleo
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
II- Vacuolização
Presença de vacúolos dentro do citoplasma podendoindicar 
inflamação
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
de partículas sólidas, indicando atividadeEnglobamento 
fagocítica
III. Apagamento das bordasplasmáticas
Bordas tornam-se finas a ponto de não seremvistas
IV. Fagocitose
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
V- Cariomegalia
Aumento do núcleo com aumento decromatina
VI- FormasAberrantes
Tendo o núcleo benigno, indica processoinflamatório
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
VII- Cariopicnose
Condensação nuclear, observado em células superficiais
VIII- Ruptura demembrana
Cromatina formando grumos comespaçamentos
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
IX- Displasia
Distúrbio do epitélio com prognósticoduvidoso
X- Cariorrexe
Cromatina em partículas e ausência de membrana nuclear
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
X-Cariorrexe
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
XI- Metaplasia
Substituição de um tipo celular poroutro
XII- Citólise
Destruição da cél por dissolução de suasestruturas
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
XIII- Binucleação emultinucleação
Pode ser sugestiva de infecções virais Ex:herpes
Cél escamosa com atipia nucleare grande halo. Sugestivo de infecção por HPV
O tecido metaplásico é mais resistente àsagressões
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Representa uma substituição adaptativa das células que são
sensíveis ao “stress” por tipos celulares mais bem preparados
para suportar o ambienteadverso
• A própria modificação epitelial induzida por hormônios (ex.
modificação reativa ou reparativa)
• Em casos de inflamações ouinfecções
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Considerada uma alteração celular benigna que pode ocorrer 
devido:
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
As alterações reativas ou reparativas podem provocar
mudanças nucleares ou citoplasmáticas nas células analisadas
em um esfregaçovaginal
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Esse aspecto indica que foram removidas da cervice, em lugar
de serem células esfoliadas da camadasuperficial
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Céls têm mais citoplasma que as células de reserva, mas são 
ainda bastante imaturas
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Características citológicas
• Aumento do volumenuclear
• Binucleação
• Hipercromasia
• Nucléolos bem evidentes
• Confusão com lesõespré-cancerosas
Endometrites: infecções no endométrio, comumpós-parto
INFLAMAÇÃO
Metaplasia Específica
Cervicites: infecções do epitélio do colo do útero  presença 
marcada por uma leucorréia purulenta
INFLAMAÇÃO
Metaplasia Específica
Causas
• Bactérias
• Vírus
• Fungos
• Parasitas
• Traumas (Ex.: cirurgia, parto)
• Agentes químicos ou físicos
INFLAMAÇÃO
Fatores que favorecem infecçãobacteriana
É normal ter bactérias na vagina  contudo, se a quantidade
de bactérias aumenta muito pode causar a vaginitebacteriana
INFLAMAÇÃO
Vaginites Bacterianas
• Inflamação comum da vagina
• Surge devido supercrescimento de diversos tipos debactérias
VAGINA
Incubadora natural
Condições de umidade, temperatura e nutrientes 
Sujeita a interferências endógenas e exógenas
Flora:  105 - 107 UFC/g
lactobacilos
comensais
potencial / patogênicas
Fluido (3-5g): muco cervical
transudato vaginal
células epiteliais
água/eletrólitos
proteínas
acídos graxos
carboidratos
metabólitos bacterianos
componentes s. imune
População dinâmica 
ORIGEM?
BACTÉRIAS ENDÓGENAS DA VAGINA
Podem coexistir de maneira independente
ou ter uma relação de comensalismo 
(sinérgico ou antagonista)
IMPORTÂNCIA DOS LACTOBACILOS
Bacilos Döderlein
Esfregaço de 
Papanicolaou
FLUTUAÇÕES DA FLORA NORMAL
GLICOSE
H2O2
Flora normal:
Fatores 
endógenos e 
exógenos???
VAGINOSE BACTERIANA
VAGINOSE BACTERIANA (VB)
Conceito: síndrome clínica na qual ocorre uma substituição dos
lactobacilos por bactérias anaeróbias ou facultativas como Gardnerella
vaginalis, bacterióides, Mobiluncus sp e Mycoplasma sp
Sintomas: corrimento fino branco-acinzetado, frequentemente com
odor fétido ( de “peixe”) que se acentua pós relação Sexual e no
período menstrual
Mais de 50% dos casos são assintomáticos
Erroneamente denominada apenas de Gardnerella vaginalis ou
Haemophilus vaginalis
COMPLICAÇÕES
aumento do risco de aquisição e transmissão de HIV
aumento do risco de desenvolvimento de NIC
Infecção do trato urinário
aumento do risco de trabalho de parto prematuro
aumento do risco de infecção intraaminiótica
endometrite pós-parto
possível associação com doença inflamatória pélvica
DIAGNÓSTICO DA VAGINOSE BACTERIANA
DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA VAGINOSE
BACTERIANA
Clínico: critérios de Amsel:
1. pH vaginal > 4.5
2. Teste de Whiff ou teste das aminas positivo
3. Presença da clue cells no exame a fresco
4. Corrimento característico
Se pelo menos três destes critérios estiverem presentes Temos o 
diagnóstico de Vaginose Bacteriana
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
CRITÉRIOS DE AMSEL (1983)
1) pH vaginal ≥ 4.5
Pontuação segundo a quantidade de 
bacteria observada à microscopia
Tipo morfológico
Nada 1+ 2+ 3+ 4+
Bacilos longos Gram + 4 3 2 1 0
Cocobacilos Gram - 0 1 2 3 4
Bacilos curvos Gram- 0 1 1 2 2
DIAGNÓSTICO BACTERIOSCÓPICO DA
VAGINOSE BACTERIANA
Gram: Pontuação 0-3:
NORMAL
Gram: Pontuação 4-6:
INTERMEDIÁRIA
Gram: Pontuação ≥ 7:
VAGINOSE BACTERIANA
EXAME DE PAPANICOLAOU PARA DIAGNÓSTICO
DA VAGINOSE BACTERIANA
EXAME DE PAPANICOLAOU
EXAME DE PAPANICOLAOU
• GOMPEL e KOSS, 2006:
Discacciati et al, 2006. Diagnostic
Cytopathology
• Vaginose Bacteriana: presença de clue cells em mais de 20% do
esfregaço
• Considerar 10 campos representativos com pelo menos 10
células epiteliais, considerando VB quando houver pelo menos
duas clue cells em cada campo
EXAME DE PAPANICOLAOU
Exame de Papanicolaou para VB
Patognomônico: achado de clue cells (células chaves ou células
indicadoras) as quais são células escamosas com uma camada cocobacilar
em sua superfície citoplasmática, conferindo uma coloração violeta
Outros achados no esfregaço: acentuada diminuição de lactobacilos e
fundo de lâmina com uma “nuvem” cocobacilar
Sinais menores como ausência de alterações celulares inflamatórias,
diminuição de PMN e aumento de CS: uso controverso
Quantificação das clue cells aumenta a sensibilidade
CRITÉRIO PARA DIAGNÓSTICO DE
VAGINOSE BACTERIANA NO EXAME DE PAPANICOLAOU
Presença de 20% ou mais de
clue cells no esfregaço
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
OUTRAS BACTÉRIAS QUE PODEM
SER VISUALIZADAS NA EXAME DE PAPANICOLAOU
Flora mista
Leptothrix vaginalis
Actinomyces sp
Mobiluncus sp
Cocos
Bacilos Difteróides
Fusobacterium
Encontrados em epitélio atrófico
FLORAMISTA
Corresponde a flora intermediária pelo critério de Nugent
Há uma substituição parcial dos lactobacilos por outras bactérias,
mas ainda não há a inversão completa para VB
Pode significar um estágio em evolução para VB ou retorno para a
normalidade
Alguns laboratórios a relatam como flora normal ou flora composta de
cocos e bacilos não-döderlein
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
Flora mista
Leptothrix sp
Bactéria anaeróbia filamentosa em forma de “fio de 
cabelo”, que se cora em roxo ou negro
Associada ao Trichomonas vaginalis: 80% dos 
casos em simbiose
Não causa alterações citológicas
Sintomas parecidos com VB
Actnomyces sp
Bactéria anaeróbia restrita, com comportamento de fungo
Forma tufos bacterianos em forma de “ouriço do mar”, com
filamentos
Se cora pela hematoxilina
Frequente em usuária de DIU, devido a alteração do potencial de
oxi-redução e suporte para crescimento
Necessário tirar o DIU
Mobiluncus sp
Bactéria aneróbia curva e móvel
 forma de “unha”
Mobiluncus curtissii: resistente ao MTZ
 Mobiluncus mulieres: sensível ao MTZ
No exame de Papanicolaou: “comma cells”
Seu diagnóstico coincide com o de VB
Mobiluncus no Gram
Papanicolaou
Bacilos difteróides
Bacilos anaeróbios
Se apresentam com forma de “halter”
Assintomático
Comum em epitélio atrófico
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
Dificuldade diagnóstica: Pseudo clue-cell
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
PRINCIPAIS AGENTES 
INDUTORESDE ALTERAÇÕES
METAPLÁSICAS
• Agentes protetores da flora normal
• Podem causar vaginites quando a citólise édemasiada
• Abundantes em mulheres jovens, são menos frequentesna 
puberdade e após amenopausa
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Lactobacilos (bacilos deDorderlein)
Responsáveis pelo pH ácido (glicogênio-ácido lático)
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Lactobacilos (bacilos deDorderlein)
Provocam citólise preferencialmente em céls intermediárias, 
poupando asparabasais e superficiais
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Gardnerella vaginalis
• Bacilo gram-negativo
• Corado em azul pelo método dePapanicolau
• Corrimento cinzento emal-cheiroso
• Encontrado em 10% das mulheres
• Bacilos que se estabelecem em sua superfície
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Gardnerella vaginalis
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Gardnerella vaginalis
As bactérias são visualizadas no fundo, principalmente sobreas célulasescamosas
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Cocos Gram-positivos
Mais comuns são os estafilococos e estreptococos Presença de 
“correntes” coradas em azul por Papanicolaou
Cocos Gram-negativos
Gonorréia (diplococo Gram-negativo: Neisseriagonorrhoeae) Cocos 
difíceis de distinguir emPapanicolau
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Infecções Micóticas
Candida albicans: pode ser encontrada na vagina, vulva e 
raramente no colo uterino
Leucorréia cremosa e espessa com presença de prurido e 
queimação
Presença de esporos e filamentos
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
InfecçõesMicóticas
Presença de filamentos Hifas eesporos
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Trichomonas vaginalis
Na citologia apresenta-se redondo  corazul
• Presença de corrimento abundante, mal cheiroso e de cor
amarelo-esverdeada
• Presença de halo perinuclear
• Intenso aspecto inflamatório
Ectocérvice inflamatória: halo perinuclear claro : infecção
por Trichomonas vaginalis (parasitas não visíveis)
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Fundo inflamatório, céls escamosas com halo perinuclear e núcleo 
hipercromático de tamanho aumentado (seta violeta): infecção por
Trichomonas vaginalis (seta preta)
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Ectocérvice inflamatória: presença de Trichomonas
vaginalis (em forma de pera,seta)
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Chlamydia
Bactéria intracelular 
Responsável por uretrites
Sexualmente transmissível
A zona de junção dos epitélios é a mais atingida
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Chlamydia
Presença de numerosos PMN
Presença de vacúolo contendo asbactérias
O método citológico possui pouca sensibilidade
• Nas mulheres: discreto corrimento
• Nos homens: uretrite
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Chlamydia
• Essa uretrite tem como característica ser menos purulenta do que a
gonorreia
• Disúria (dor ao urinar) e um pruridouretral
• Não apresenta sintomas ou sinais clínicos específicos, dificultando
muito a identificação daspessoascontaminadas
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Chlamydia
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Enterobiusvermicularis
Ovo de Enterobius vermicularis com espessa cápsula
eosinofílica e uma larva no interior
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Enterobiusvermicularis
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Herpes Genital
• Presençade céls multinucleadas
• Sexualmente transmissível, recorrente e causada pelo herpes
vírus 2
• Infecções de recém-nascidos no parto pode gerar doenças
graves
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Herpes Genital
Infecção é assintomática
Dura de 2-3 semanas  alterações citológicas sãovisíveis
• Esfregaço inflamatório intenso
• Céls metaplásicas e profundas
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Herpes Genital
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Herpes Genital
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
HPV
O Papilomavírus humano pertence ao grupo dos papovavírus 
com DNA
Existem mais de 100 tipos já identificados no homem, dosquais
são capazes de infectar os epitélios da pele e dasmucosas
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
HPV
pela formação do coilócitoSua presença é caracterizada 
(alteração celular típica)
Alterações Regenerativas
• A cicatrização do epitélio ulcerado ou erosado é realizada através da proliferação da camada
de células basais do epitélio escamoso adjacente e pela expansão das células de reserva do
endotélio local e das criptas. Inicialmente a área lesada é coberta por células metaplásicas
imaturas que eventualmente se transformam em epitélio escamoso ou colunar maduro.
• As alterações regenerativas são caracterizadas por arranjos de células metaplásicas
colunares e imaturas com núcleos grandes e nucléolos proeminentes ou cromocentros
que
refletem a atividade mitótica recente.
Cervicites não Específicas e Endocervicites
Inflamação não específica, endocervicite, reparo e cervicite atrófica podem
simular a neoplasia intraepitelial, e são discutidas e ilustradas na seção
sobre "armadilhas".
DIFERENCIAÇÃO DE 
CÉLULAS METAPLÁSICAS, 
DISPLÁSICASE 
NEOPLÁSICAS
Metaplasia Displasia Neoplasia
Núcleo Relação n/c 2-3X 4-5X >6X
Hipercromia Leve Moderada Intensa
Membrana Regular Quase irregular Irregular
Nucléolos Ausência/presença Geralmente
ausência
Presença
Cromatina Uniforme e bem
distribuída
Depósito na
membrana
Dispersa, espaços
claros, irregular.
Citoplasma Coloração Metacromia Metacromia Metacromia
Vacúolos Sim/não Sim/não Sim/não
Tamanho Quanto mais
grave, menor
Quanto mais
grave, menor
Quanto mais
grave, menor
Fundo do
esfregaço
Hemácias Sim/não Pode ser
hemorrágico
Crenadas
Leucócitos Sim Em grande
quantidade 
geralmente
Fundo do
esfregaço corado
em rosa (intensa
vascuolização)
Aula 5
Citologia cervical hormonal: índice de 
maturação. Exercícios.
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Citologia Hormonal
Apesar das limitações é eficiente em estabelecer as condições
hormonais de uma paciente
Atualmente avaliações nas funções ováricas e distúrbios
endócrinos são realizados por análises bioquímicas como por
exemplo do estrogênio eprogesterona
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Citologia Hormonal
Fundamenta-se no fato do epitélio estratificado pavimentoso
não queratinizado ser provido de receptores hormonais que
controlam amaturação e adiferenciação celular
Epitélio sofre alterações que depende da secreção de
hormônios ováricos como estrogênio eprogesterona
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Estrogênio
• Ação está relacionada com o controle da ovulação e com o 
desenvolvimento de características femininas
• Induzem a maturação epitelial levando a predominância 
das células superficiais maduras nosesfregaços
Sendo assim ausência de estrogênio e hormônios
relacionados leva a do nível de maturação do epitélio 
escamoso (atrofia)
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Progesterona
Inibe o processo dematuração
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Aplicações da CitologiaHormonal
Além de estabelecer a condição hormonal feminina é válido 
também:
• avaliar função ovárica normal e patológica napuberdade
• estimar o tempo daovulação
• auxiliar na seleção de terapia hormonal
• acompanhar resultados de tratamentos hormonais
• Alterações hormonais produzem mudanças nos ovários
durantes os anos reprodutivos normais
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Ciclo Menstrual Mensal
• Promove alterações mensais nas taxas de secreção dos 
hormônios femininos
de GnRH• Hipotálamo, mediante secreção 
(hormônio liberador degonadotrofina)
• Hipófise anterior, secretando FSH (hormônio folículo
estimulante) e LH (hormônioluteinizante)
• Ovários que secreta estrógeno e progesterona
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Ciclo Menstrual Mensal
Este processo é regulado primeiramente:
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Ciclo Menstrual Mensal
GnRH: principal mediador do processo reprodutivo
• Atua sobre a hipófise anterior agindo com receptores de 
células produtoras de FSH eLH
• Estes são liberados na circulação sistêmica de modo que 
alcancem os ovários
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Ciclo Menstrual Mensal
FSH: estimula proliferação das céls folicularesovarianas
• Estimula secreção de estrogênio, fundamental para a 
produção dos folículos
• Atua em conjunto com oLH
A progesterona
embrião  se
prepara o útero para a implantação do 
houver fecundação o embrião produz
gonadotrofina coriônica, que mantém o corpo lúteo caso
contrário este se degenera, ocorrendo amenstruação
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Ciclo Menstrual Mensal
LH: estimula produção de progesterona a partir do corpo 
lúteo
Corpo lúteo – se desenvolve de forma cíclica
É uma "cicatriz“ derivada do o folículo cresceu, amadureceu e 
se rompeu para a saída do óvulo do ovário
Essa cicatriz torna-se uma glândula pequena temporária 
secretória conhecida como corpo lúteo ou corpoamarelo
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Ovócito não fertilizado → Corpo lúteo involui e degenera 
Menopausa / Anestro → suspensão permanente da liberação 
de gametas
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Ciclo Menstrual Mensal
Ovários: órgão central do sistema reprodutor feminino e tem 
duas funções principais:
• produção de céls reprodutoras ou gametas
• secreção de hormônios
ciclo sexual mensalEste padrão rítmico é denominado 
feminino ou ciclomenstrual
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Ciclo Menstrual Mensal
Os anos reprodutivos normais da mulher caracterizam-se por
mudanças cíclicas mensais nas taxas de secreção dos
hormônios
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Ciclo Menstrual Mensal
Dura em media 28 dias podendo ter variações (20 a 45 dias) 
Tais eventos culminam:
• Na liberação de um óvulo a cadamês
• Endométrio uterino preparado para a implantação do 
embrião
por céls epiteliaisRepresentado quase exclusivamente
escamosas do tipo parabasais
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Infância
Aavaliação dos aspectos citológicos de uma menina pode ser
indicada em casos de infecções vaginais ou distúrbios
hormonais (puberdade precoce)
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Pré-Puberdade
Puberdade  início da faseadulta
Aumento de secreção de hormônios gonadotróficos pela
hipófise anterior (aprox. aos 8 anos) culminando com o início
da menstruação (entre 11 e 16anos)
Período reprodutivo damulher
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Menacme (períodofértil)
Período de estabilização dos ciclos menstruais no qual o
epitélio vaginal estará sob a ação do estrogênio e da 
progesterona
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
FaseMenstrual (1º ao 5º dia do ciclo)
Esfregaços vaginais contém:
• Céls epiteliais (principalmente intermediárias)
• Hemácias, leucócitos
• Céls glandulares endometriais
• Raras células endocervicais
há também progressiva de célsCom do estrogênio
escamosas superficiais
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Fase Estrogênica Inicial (6º ao 12ºdia)
Ainda há predomínio de céls intermediárias (decorrências do 
efeito da progesterona do cicloanterior)
podem ser observadas (até o12ºCéls endometriais ainda 
dia)
O muco pode aparecer no esfregaço, desaparecendo antes da 
ovulação
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Fase Estrogênica Inicial (6º ao 12ºdia)
Observa-se raras hemácias e diminuição de leucócitos
superficiais isoladas, de
Do 6º ao 13º dia as céls glandulares endocervicaisapresentam
citoplasma basófilo e núcleo central
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Fase Pré-Ovulatória (12º e 13ºdia)
Observa-se de céls escamosas 
formato achatado e núcleo picnótico
Céls glandulares endocervicais sãograndes
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Fase Ovulatória (14º e 15ºdia)
Pico de LH e estrogênio, pico de céls superficiais achatadas, 
eosinofílicas, com núcleo picnótico (pico de maturidade
celular)
Lactobacilos em abundância que podem causar citólisedas
céls intermediária
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Fase Progestacional (16º e 28ºdia)
Redução progressiva de céls epiteliais em razão da ação da 
progesterona
data para começar: a da últimaMenopausa, tem
menstruação davida
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Climatério
Fase de limites imprecisos na vida feminina, compreende a 
transição do período reprodutivo para o nãoreprodutivo
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
A menopausa é descrita como o decréscimo naprodução de
hormônios esteróides
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO
GENITAL FEMININO
Menopausa
Dos 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual geralmente torna-se 
irregular e a ovulação muitas vezes não ocorre
No início: predominam céls escamosas intermediárias,
podendo surgir algumassuperficiais
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Menopausa
Três padrões citológicos podem ser observados:
Com a na secreção de estrogênio ocorre a inibição
da maturação das céls escamosas
Predomínio de céls escamosas intermediárias associada a
presença de céls escamosasparabasais
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Menopausa
Com o tempo (meses até anos): há queda progressiva da 
atividade estrogênica
Predomínio de céls escamosas parabasais indicando
baixíssima produção estrogênica
AÇÃO HORMONAL NOAPARELHO GENITAL FEMININO
Menopausa
Por fim: observa-se a presença do epitélio com a ausência de 
maturação
• CICLOS REPRODUTIVOS FEMININO
• início puberdade
• envolvem atividade hipotálamo, hipófise, 
ovários, útero, tubas uterinas, vagina e 
glândulas mamárias;
• preparam sistema reprodutor – gravidez;
Células 
hipotálamo 
sintetizam o 
hormônio 
liberador de 
gonodotrofinas
(GnRH)
GnRH- estimula 
hipófise
estimula 
produção 
hormônio 
folículo 
estimulante
(FSH) e 
hormônio 
luteinizante (LH)
FSH
desenvolvimento folículos 
ovarianos;
produção de estrógenos
pelas células foliculares.
LH 
gatilho da ovulação;
estimula células foliculares 
e corpo lúteo produzir 
progesterona.
• CICLO OVARIANO
• FSH e LH – mudanças ciclícas nos ovários 
(desenvolvimento folículos, ovulação e formação 
corpo lúteo) 
• Durante ciclo:
• FSH – promove crescimento folículos primários;
• Apenas 1 transforma-se em folículo maduro → rompe 
superfície do ovário → expele ovócito
• 4 a 11 folículos degeneram a cada mês.
• OVULAÇÃO
• Folículo primário - células foliculares 
envolvem o ovócito → espaços com fluído → 
formam cavidade – antro com fluído 
folicular → forma o folículo secundário
• Ovócito primário deslocado para um dos 
lados → folículo crescimento até 
maturidade → folículo ovariano maduro
• Ovulação desencadeada por um pico 
produção LH – introdução estrógeno no 
sangue → rompimento estigma expelindo 
ovócito secundário e fluído folicular
• Ovócito expelido envolvido pela zona 
pelúcida e camadas células foliculares que 
formam a coroa radiata
• Corpo lúteo forma-se após 
ovulação = das paredes do folículo 
ovariano e teca folicular colam 
formando dobras;
• Influência do LH se transformam 
estrutura glandular o corpo lúteo
secreta progesterona e pouco 
estrôgeno
• Progesterona levam glândulas do 
endométrio a secretar e preparar 
o endométrio para implantação do 
blastocisto
• OVÓCITO FERTILIZADO
• Corpo lúteo cresce – corpo lúteo da gravidez e aumenta 
produção hormônios;
• Quando há gravidez – não degenera corpo lúteo impedida 
gonodotrofina coriônica humana (hCG) produzida pelo 
trofoblasto (camada células do embrião)
• Corpo lúteo permanece funcionando até 20 semanas;
• Placenta assume produção de estrógeno e progesterona para 
manutenção da gravidez.
• OVÓCITO NÃO 
FERTILIZADO
• Corpo lúteo degenera 10 
a 12 dias após ovulação;
• Corpo lúteo da 
menstruação →
transforma-se tecido 
cicatricial branco do 
ovário → formando corpo 
albicans (corpo lúteo em 
degeneração).
• CICLO MENSTRUAL
• Mudança no endométrio do útero → produzido 
estrógeno e progesterona
• Fase Menstrual
• Camada parede uterina descama e endométrio 
torna-se delgado
• Fase Proliferativa
• estrógeno secretado folículos estimula aumento 
epitélio, glândulas e artérias espiraladas
• Fase Secretora
• Progesterona estimula epitélio secretar material 
rico em glicogênio - glândulas largas, endométrio 
mais espesso.
• Fase Isquêmica
• artérias se contraem, diminuição progesterona, 
necrose tecidos, ruptura vasos lesados, sangue 
extravasa.
Fase luteínica
Ciclo menstrual - Conceito
• Período entre o início de
uma menstruação e o início
da próxima menstruação.
• Controlado hormonalmente.
• Ocorre, de forma normal,
quando após a liberação do
gameta feminino a
fecundação não acontece.
• Para a interpretação do que é um ciclo menstrual
normal, parâmetros clínicos relacionados a intervalo,
duração e quantidade são comumente utilizados
Ciclo menstrual
?
Ciclo menstrual – divisão
Fases:
 Folicular: compreendendo o
período do sangramento até
a oocitação (inclusive),
 Lútea: que se inicia logo após,
estendendo-se até o início do
sangramento.
Ação do estrógeno e seus variantes –
estradiol e estrona
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Ação do estrógeno
• Regula produção dos 
hormônios GnRH
• Regula produção FSH 
e LH
Ação do estrógeno
Mama adulta
Desenvolvimento das glândulas mamárias - Lactogênese
http://www.saberweb.com.br/wp-content/uploads/imagens/anatomia/seios/01g.jpg
Ação do estrógeno
 Atua na regulação do metabolismo do
cálcio, na absorção intestinal deste
mineral e na secreção e expressão do
gene paratireoidiano.
 Estimula o crescimento de todos os
ossos na puberdade, mas promove
rápida calcificação óssea, fazendo com
que as partes dos ossos que crescem se
"extingam" dentro de poucos anos, de
forma que o crescimento, então, pára.
http://www.saberweb.com.br/wp-content/uploads/imagens/anatomia/esqueleto-humano/01g.jpg
Ação do estrógeno
Estimula produção de proteínas
transportadoras dos hormônios
estróides como a SBHG ou β-
globulina
Aumenta a atividade do receptor
hepático de LDL, desta forma
aumenta-se a concentração de
Lipoproteína de Alta Densidade
(HDL-colesterol)
Ação do estrógeno
• Tem efeito vasodilatador
• O estrogênio afeta o sistema de
coagulação, aumentado os níveis
de fatores pró-coagulantes (fatores
VII, IX, X, XII e XIII) e reduzindo a
concentração de fatores anti-
coagulantes (antitrombina e
proteína S), favorecendo um estado
pró-trombótico.
• Redução da proliferação celular
após lesões
Ação do estrógeno
• aumenta a densidade de receptores
de serotonina - humor
• protege o sistema nervoso central
contra lesões e aumentar a
sobrevivência neuronal, bem como
estimular fatores de crescimento
neuronal
• Influência na plasticidade sináptica
• aprendizagem
• Memória
• Fome
Ação do estrógeno
• Sensibilidade aumentada 
ao doce – come mais 
salgado e/ou amargo
• Diminuição do apetite
• Funcionamento melhor
Ação da progesterona
Permitir começo e fim da gravidez!!!
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Ação da progesterona
• Regula produção dos 
hormônios GnRH
• Regula produção FSH 
e LH
Ação da progesterona
• mecanismo complexo de 
feedback envolvendo 
aldosterona, renina e 
angiotensina.
• Hormônios relacionados 
a retenção hídrica
mamas sangue tecidos
Ação da progesterona
Mama adulta
Desenvolvimento das glândulas mamárias - Lactogênese
Retenção hídrica – mastalgia!!!!
http://www.saberweb.com.br/wp-content/uploads/imagens/anatomia/seios/01g.jpg
Ação da progesterona
• Aumento de volume
sangüíneo - (começa a
aumentar 2 dias após a
oocitação e atinge um pico
máximo 2-3 dias antes do
sangramento).
• ↑PA (?)
• Lipoproteína de Baixa
Densidade (LDL-colesterol)
é mais baixo (7%) na fase
lútea
Ação da progesterona
• Aumento de sensibilidade a
salgados, amargo e azedo –
preferência por doce!
• Aumento do apetite
• Movimentos reduzidos – trânsito
alimentar mais lento - náuseas,
constipação
• Retenção hídrica – inchaço –
aumento sensível de peso
• Alteração de captação de glicose -
Ação da progesterona
• Fome
• Depressor – aumento 
sensibilidade 
(calmante???)
• Fadiga
• Insônia
• Dificuldades de 
concentração
Associado a ação da progesterona, 
temos a diminuição nas concentrações 
de estrógeno. Resultado?
TPM
• Thys-Jacobs et al. (1998) citam um diário com quatro
categorias, em um total de 17 itens:
• 1) afeto negativo: alterações de humor, depressão-tristeza,
tensão-irritabilidade,
ansiedade-irritabilidade, irritação-
agressão-descontrole, excesso de choro;
• 2) retenção hídrica: suor nas extremidades, sensibilidade do
seio, entumescimento abdominal, cefaléia, fadiga;
• 3) compulsão alimentar: aumento ou diminuição do apetite,
compulsão por doces ou sal;
• 4) dor: cólicas no baixo abdômen, dor lombar e dores
generalizadas.
http://1.bp.blogspot.com/_nHPAsrl4f5I/SScgieCabwI/AAAAAAAADEw/nXZGVs-NPaI/s400/tpm.jpg
Eis algumas outras definições para 
TPM:
- TPM = Todos os Problemas 
Misturados
- TPM = Tendências a Pontapés e 
Murros
- TPM = Tocou, Perguntou, Morreu
- TPM = Tô Pirada Mêrrmo
- TPM = Tempo Pra Meditação
- TPM = Tendência Para Matar
- TPM = Tira as Patas, Moleque
- TPM = Total Paranóia Mental
http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2001/espaco06mar/editorias/capa.htm
Terapia da TPM ou SPM
• Aconselhamento psicológico
• exercício físico,
• Avaliação dietética
• Só se realmente necessário, intervenção
farmacológica
• Eliminar açúcar, sal, cafeína, álcool, carne
vermelha e outros alimentos gordurosos;
• comer 4-6 refeições por dia e não pular
refeições;
• ingerir maior quantidade de líquidos;
• praticar 20-30 minutos de exercício físico,
três vezes/semana (corrida, caminhada,
ciclismo, natação);
• utilizar técnicas de relaxamento (respiração
profunda, ioga, meditação);
• repousar no período mais agudo; não
planejar atividades estressantes para essa
fase
• Massagens, acupuntura, suplementos
vitamínicos, cálcio, ansiolíticos e hormônios
http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&site=religareterapias.wordpress.com&url=http://religareterapias.files.wordpress.com/2008/06/acupuntura1.jpg&sref=http://religareterapias.wordpress.com/2008/06/25/a-eficacia-da-acupuntura/
Tudo termina e recomeça!
Pílula Anticoncepcional
Anticoncepcionais hormonais
• Estima-se que 100 milhões de 
mulheres usam um 
contraceptivo oral no mundo 
todo.
• Progestinas: acetato de 
ciproterona, desogestrel, 
levonorgestrel, drospirenona, 
levonorgestrel, Noretisterona, 
Linestrenol, acetato de 
medroxiprogesterona, 
desogestrel e gestodeno
O comportamento das concentrações de progesterona e estrogênio naturais em
um ciclo normal de 28 dias, sem e com o uso de ACO, pode ser visto no esquema
da figura abaixo, que apresenta as características principais envolvidas. Quando
se inicia o uso de ACO, a concentração destes hormônios muda: deixam de existir
os picos e o nível de estrogênio e progesterona associados passa a ser constante.
Portanto o uso de estrógeno e progesterona
(anticoncepcionais) vão inibir a produção dos hormônios
folículo-estimulante (FSH) e do luteinizante (LH) na hipófise.
Impedindo assim a maturação dos folículos ovarianos,
“imitando” a ação da placenta quando há fecundação.
Climatério e Menopausa
• A instalação da menopausa é definida como período de 12 meses
sem menstruações, e é um fato previsível e esperado, no
climatério, tanto quanto é o início dos ciclos menstruais na
puberdade. Portanto, a série de eventos endócrinos acontece de
forma natural, com sua gama de sintomas e sinais semelhante à
menarca, sendo também necessária como nesta, uma fase de
adaptação.
Transição
• Inicialmente, os ovários vão se tornando menos sensíveis aos
estímulos gonadotróficos.
• Os folículos (células da granulosa) diminuem a produção de
inibina e estradiol.
• O FSH se eleva e provoca uma hiperestimulação folicular,
podendo ocorrer algumas vezes ovulações precoces e
encurtamento da fase folicular, sem alteração da fase lútea.
• O estradiol sofre flutuações importantes, chegando muitas vezes
a elevar-se consideravelmente.
• Conclui-se, portanto, que o aumento do FSH ocorre mais em
função da queda das concentrações séricas da inibina do que em
função da diminuição do estradiol, refletindo verdadeiramente a
reserva folicular ovariana.
• Nesta fase o LH pode permanecer inalterado.
• O estradiol, diminui em até 80% e vai sendo nesta fase
substituído pela estrona, que predomina na pós-menopausa.
Climatério e Menopausa
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf
Climatério e Menopausa
Hormônio Natural: O termo natural diz respeito a uma substância
retirada da natureza que não passa por nenhum processo de
transformação industrial e pode ser de origem vegetal, animal ou
mineral.
Hormônio Sintético: O termo sintético refere-se a uma substância
que passou por um processo industrial de síntese, transformação ou
modificação em sua estrutura química.
Hormônio Bioidêntico: O termo bioidêntico refere-se a uma
substância cuja estrutura molecular é exatamente idêntica à dos
equivalentes produzidos pelo nosso próprio organismo,
independentemente da fonte da qual se origina.
INFLAMAÇÃO
Trato genital feminino é constituído por estruturasque se
comunicam com o exterior
Em todos os esfregaços vaginais podem ser observadas células
inflamatórias, principalmente osneutrófilos
INFLAMAÇÃO
Não é sempre que a presença destas células pode indicar 
infecção
Deve-se ter atenção na análise dosesfregaços
Note se o número de neutrófilos está abundante e seexistem 
outras alterações
INFLAMAÇÃO
•Presença de neutrófilos  relacionada com uma inflamação 
aguda
•Presença de neutrófilos e linfócitos  pode indicar
uma inflamação crônica
INFLAMAÇÃO
A vagina e colo do útero possuem um ecossistema complexo
com com numerosas espécies bacterianas
a causa deEm circunstâncias particulares  podem ser
cervicovaginites acompanhadas de corrimentos
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
Cervicovaginites
Infecção da vagina e da cérvice acompanhadas de corrimentos
Esfregaços evidenciam colônias bacterianas em grupamentos ou
disseminadas
Alterações das céls epiteliais podem ser acompanhadas da 
presença de leucócitos
INFLAMAÇÃO
O que é um processoinflamatório?
Qualquer que seja a mucosa atingida, o processoinflamatório
pode ser específico ou inespecífico
INFLAMAÇÃO
O que é um processoinflamatório?
 Mecanismo de defesa do organismo contra aagressão
 Reação ao agente agressor seguida do processo de 
reparação dos danos resultantes
Provoca o aparecimento de leucócitos, histiócitos e fenômenos
de necrose celular que modificam o aspecto doesfregaço
INFLAMAÇÃO
Exsudato Inflamatório
Independente da causa da inflamação
epitélio. Ex:
INFLAMAÇÃO
Como identificar a inflamação?
• Presença de leucócitos no local dainflamação
• Modificação da morfologia das células do 
ruptura demembrana
• Pode ter a presença do agentecausal
PRINCIPAIS ACHADOS
DE ALTERAÇÃO
CELULAR
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
I- HaloPerinuclear
Presença de halo em volta donúcleo
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
II- Vacuolização
Presença de vacúolos dentro do citoplasma podendo indicar 
inflamação
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
de partículas sólidas, indicando atividadeEnglobamento 
fagocítica
III. Apagamento das bordas plasmáticas
Bordas tornam-se finas a ponto de não seremvistas
IV. Fagocitose
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
V- Cariomegalia
Aumento do núcleo com aumento decromatina
VI- FormasAberrantes
Tendo o núcleo benigno, indica processoinflamatório
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
VII- Cariopicnose
Condensação nuclear, observado em células superficiais
VIII- Ruptura demembrana
Cromatina formando grumos comespaçamentos
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
IX- Displasia
Distúrbio do epitélio com prognósticoduvidoso
X- Cariorrexe
Cromatina em partículas e ausência de membrana nuclear
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
X-Cariorrexe
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
XI- Metaplasia
Substituição de um tipo celular poroutro
XII- Citólise
Destruição da cél por dissolução de suasestruturas
PRINCIPAIS ACHADOS DE ALTERAÇÃO
CELULAR
XIII- Binucleação emultinucleação
Pode ser sugestiva de infecções virais Ex:herpes
Cél escamosa com atipia nuclear e grande halo. Sugestivo de infecçãopor HPV
O tecido
metaplásico é mais resistente àsagressões
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Representa uma substituição adaptativa das células que são
sensíveis ao “stress” por tipos celulares mais bem preparados
para suportar o ambienteadverso
• A própria modificação epitelial induzida por hormônios (ex.
modificação reativa ou reparativa)
• Em casos de inflamações ouinfecções
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Considerada uma alteração celular benigna que pode ocorrer 
devido:
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
As alterações reativas ou reparativas podem provocar
mudanças nucleares ou citoplasmáticas nas células analisadas
em um esfregaçovaginal
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Esse aspecto indica que foram removidas da cervice, em lugar
de serem células esfoliadas da camada superficial
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Céls têm mais citoplasma que as células de reserva, mas são 
ainda bastante imaturas
INFLAMAÇÃO
Metaplasia
Características citológicas
• Aumento do volume nuclear
• Binucleação
• Hipercromasia
• Nucléolos bem evidentes
• Confusão com lesõespré-cancerosas
Endometrites: infecções no endométrio, comumpós-parto
INFLAMAÇÃO
Metaplasia Específica
Cervicites: infecções do epitélio do colo do útero  presença 
marcada por uma leucorréiapurulenta
INFLAMAÇÃO
Metaplasia Específica
Causas
• Bactérias
• Vírus
• Fungos
• Parasitas
• Traumas (Ex.: cirurgia, parto)
• Agentes químicos ou físicos
INFLAMAÇÃO
Fatores que favorecem infecção bacteriana
É normal ter bactérias na vagina  contudo, se a quantidade
de bactérias aumenta muito pode causar a vaginite bacteriana
INFLAMAÇÃO
Vaginites Bacterianas
• Inflamação comum da vagina
• Surge devido supercrescimento de diversos tipos debactérias
VAGINA
Incubadora natural
Condições de umidade, temperatura e nutrientes 
Sujeita a interferências endógenas e exógenas
Flora:  105 - 107 UFC/g
lactobacilos
comensais
potencial / patogênicas
Fluido (3-5g): muco cervical
transudato vaginal
células epiteliais
água/eletrólitos
proteínas
acídos graxos
carboidratos
metabólitos bacterianos
componentes s. imune
População dinâmica 
ORIGEM?
BACTÉRIAS ENDÓGENAS DA VAGINA
Podem coexistir de maneira independente
ou ter uma relação de comensalismo 
(sinérgico ou antagonista)
IMPORTÂNCIA DOS LACTOBACILOS
Bacilos Döderlein
Esfregaço de 
Papanicolaou
FLUTUAÇÕES DA FLORA NORMAL
GLICOSE
H2O2
Flora normal:
Fatores 
endógenos e 
exógenos???
VAGINOSE BACTERIANA
VAGINOSE BACTERIANA (VB)
Conceito: síndrome clínica na qual ocorre uma substituição dos
lactobacilos por bactérias anaeróbias ou facultativas como Gardnerella
vaginalis, bacterióides, Mobiluncus sp e Mycoplasma sp
Sintomas: corrimento fino branco-acinzetado, frequentemente com
odor fétido ( de “peixe”) que se acentua pós relação Sexual e no
período menstrual
Mais de 50% dos casos são assintomáticos
Erroneamente denominada apenas de Gardnerella vaginalis ou
Haemophilus vaginalis
COMPLICAÇÕES
aumento do risco de aquisição e transmissão de HIV
aumento do risco de desenvolvimento de NIC
Infecção do trato urinário
aumento do risco de trabalho de parto prematuro
aumento do risco de infecção intraaminiótica
endometrite pós-parto
possível associação com doença inflamatória pélvica
DIAGNÓSTICO DA VAGINOSE BACTERIANA
DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA VAGINOSE
BACTERIANA
Clínico: critérios de Amsel:
1. pH vaginal > 4.5
2. Teste de Whiff ou teste das aminas positivo
3. Presença da clue cells no exame a fresco
4. Corrimento característico
Se pelo menos três destes critérios estiverem presentes Temos o 
diagnóstico de Vaginose Bacteriana
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
CRITÉRIOS DE AMSEL (1983)
1) pH vaginal ≥ 4.5
Pontuação segundo a quantidade de 
bacteria observada à microscopia
Tipo morfológico
Nada 1+ 2+ 3+ 4+
Bacilos longos Gram + 4 3 2 1 0
Cocobacilos Gram - 0 1 2 3 4
Bacilos curvos Gram- 0 1 1 2 2
DIAGNÓSTICO BACTERIOSCÓPICO DA
VAGINOSE BACTERIANA
Gram: Pontuação 0-3:
NORMAL
Gram: Pontuação 4-6:
INTERMEDIÁRIA
Gram: Pontuação ≥ 7:
VAGINOSE BACTERIANA
EXAME DE PAPANICOLAOU PARA DIAGNÓSTICO
DA VAGINOSE BACTERIANA
EXAME DE PAPANICOLAOU
EXAME DE PAPANICOLAOU
• GOMPEL e KOSS, 2006:
EXAME DE PAPANICOLAOU
Sistema de Bethesda:
Discacciati et al, 2006. Diagnostic Cytopathology
• Vaginose Bacteriana: presença de clue cells em mais de 20% do
esfregaço
• Considerar 10 campos representativos com pelo menos 10
células epiteliais, considerando VB quando houver pelo menos
duas clue cells em cada campo
EXAME DE PAPANICOLAOU
Exame de Papanicolaou para VB
Patognomônico: achado de clue cells (células chaves ou células
indicadoras) as quais são células escamosas com uma camada cocobacilar
em sua superfície citoplasmática, conferindo uma coloração violeta
Outros achados no esfregaço: acentuada diminuição de lactobacilos e
fundo de lâmina com uma “nuvem” cocobacilar
Sinais menores como ausência de alterações celulares inflamatórias,
diminuição de PMN e aumento de CS: uso controverso
Quantificação das clue cells aumenta a sensibilidade
CRITÉRIO PARA DIAGNÓSTICO DE
VAGINOSE BACTERIANA NO EXAME DE PAPANICOLAOU
Presença de 20% ou mais de
clue cells no esfregaço
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
OUTRAS BACTÉRIAS QUE PODEM
SER VISUALIZADAS NA EXAME DE PAPANICOLAOU
Flora mista
Leptothrix vaginalis
Actinomyces sp
Mobiluncus sp
Cocos
Bacilos Difteróides
Fusobacterium
Encontrados em epitélio atrófico
FLORAMISTA
Corresponde a flora intermediária pelo critério de Nugent
Há uma substituição parcial dos lactobacilos por outras bactérias,
mas ainda não há a inversão completa para VB
Pode significar um estágio em evolução para VB ou retorno para a
normalidade
Alguns laboratórios a relatam como flora normal ou flora composta de
cocos e bacilos não-döderlein
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
Flora mista
Leptothrix sp
Bactéria anaeróbia filamentosa em forma de “fio de 
cabelo”, que se cora em roxo ou negro
Associada ao Trichomonas vaginalis: 80% dos 
casos em simbiose
Não causa alterações citológicas
Sintomas parecidos com VB
Actnomyces sp
Bactéria anaeróbia restrita, com comportamento de fungo
Forma tufos bacterianos em forma de “ouriço do mar”, com
filamentos
Se cora pela hematoxilina
Frequente em usuária de DIU, devido a alteração do potencial de
oxi-redução e suporte para crescimento
Necessário tirar o DIU para evitar DIP
Mobiluncus sp
Bactéria aneróbia curva e móvel
 forma de “unha”
Mobiluncus curtissii: resistente ao MTZ
 Mobiluncus mulieres: sensível ao MTZ
No exame de Papanicolaou: “comma cells”
Seu diagnóstico coincide com o de VB
Mobiluncus no Gram
Papanicolaou
Bacilos difteróides
Bacilos anaeróbios
Se apresentam com forma de “halter”
Assintomático
Comum em epitélio atrófico
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
Dificuldade diagnóstica: Pseudo clue-cell
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
Laboratório de Citopatologia, CAISM/UNICAMP
PRINCIPAIS AGENTES 
INDUTORESDE ALTERAÇÕES
METAPLÁSICAS
• Agentes protetores da flora normal
• Podem causar vaginites quando a citólise édemasiada
• Abundantes em mulheres jovens, são menos frequentes na 
puberdade e após amenopausa
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Lactobacilos (bacilos deDorderlein)
Responsáveis pelo pH ácido (glicogênio-ácido lático)
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Lactobacilos (bacilos deDorderlein)
Provocam citólise preferencialmente em céls intermediárias, 
poupando asparabasais e superficiais
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Gardnerella vaginalis
• Bacilo gram-negativo
• Corado em azul pelo método dePapanicolau
• Corrimento cinzento emal-cheiroso
• Encontrado em 10% das mulheres
• Bacilos que se estabelecem em sua superfície
PRINCIPAIS AGENTES INDUTORES DE ALTERAÇÕESMETAPLÁSICAS
Gardnerellavaginalis

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