Prévia do material em texto
1 PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS Profª Célia Oliveira 1Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 1 OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS Atender às exigências nutritivas individuais, apresentar os alimentos de forma apetecível, sem prejudicar seu valor nutritivo, obedecer a um critério econômico na escolha dos alimentos e observar certas regras tradicionais de preparo e maneira de servir os alimentos. 2Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 2 2 DEFINIÇÕES • CARDÁPIO – significa uma sequência de pratos a serem servidos em uma refeição, ou todas as refeições de um dia ou por um período determinado. § Sinônimos - Lista de alimentos, menu, carta. • “Uma ferramenta que inicia o processo produtivo e serve como instrumento gerencial para a administração do restaurante”. 3 3 Sequência de pratos a serem servidos em uma refeição ou todas as refeições de um dia ou por um período determinado. 4 3 A PARTIR DO PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO PODEMOS DIMENSIONAR: - Os recursos humanos e materiais, – O controle de custos, – O planejamento de compras, – A fixação dos níveis de estoque, – A determinação dos padrões a serem utilizados na confecção das receitas, – A pesquisa e análise das preferências alimentares do cliente. 5Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 5 PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS- VANTAGENS PARA O FUNCIONÁRIO • A COMODIDADE DE TOMAR REFEIÇÕES NO LOCAL DE TRABALHO PROPICIA: – Sobra tempo para o lazer; – Retorna ao trabalho descansado; – Reduz a preocupação – tanto o funcionário como os familiares não terão que se envolver com o problema da alimentação (preparo, acondicionamento, transporte, aquecimento, embalagem); – Possibilita a refeição saudável a baixo custo. 6Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 6 4 PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS- VANTAGENS PARA O FUNCIONÁRIO • Aumenta seus ganhos, porque gasta menos tomando refeições no local de trabalho e deixar de consumir a sua parte do provimento doméstico; • Possibilita garantir manutenção da saúde; • Menos risco de acidentes de trabalho; • Maior integração. 7Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 7 PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS- VANTAGENS PARA A EMPRESA § Mão de obra bem alimentada aumenta o índice de produtividade; § Reduz os índices de acidentes de trabalho; § Reduz o índice de absenteísmo; § Facilita o recrutamento de Mão de Obra; § Menor rotatividade de Mão de Obra; § Favorece uma melhor integração com reflexos no ambiente de relacionamento humano. § Reduz a frequência de consultas médicas; § Incentivo fiscal – PAT. 8Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 8 5 FUNÇÕES DO RESTAURANTE Fornecer refeições – Saudáveis, variadas e higienicamente seguras; – Otimizando os recursos locais disponíveis; – Respeitando preferências regionais. Função educativa • Introduzir e modificar os hábitos alimentares. O funcionário aprende a se alimentar bem através dos cardápios racionais e, com o tempo, servirá de multiplicador destes novos hábitos, porque, automaticamente, levará para sua família as informações recebidas. 9Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 9 FUNÇÃO EDUCATIVA • Dar assistência para eventuais necessidades nutricionais e dietéticas por meio de: • Orientações e Atendimento das dietas realmente necessárias: 10Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição FUNÇÃO SOCIAL • O restaurante desempenha um importante papel como ponto de diminuição das tensões sociais. • Assim como um mau atendimento poderá ser a última gota para extravasar todas as tensões reprimidas. 10 6 CARDÁPIOS INSTITUCIONAIS • Cardápio é o ponto de partida para: – Planejamento de compras e na produção dos alimentos; – Satisfação dos clientes; – Determinação na composição dos custos; – Acompanhamento nutricional. 11Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 11 CARDÁPIOS INSTITUCIONAIS • A partir dele se estabelece: vO que comprar? vQuando? vQuanto? vDistribuição das tarefas para a equipe da cozinha vProduto de venda e de marketing. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 12 12 7 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO (AQPC) • Baseia-se em cri tér ios de cor, técnicas de preparo, repetições e combinações de preparações, oferta de frutas, hortal iças ou o tipo de carne e teor de enxofre. 13Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 13 PONTO DE PARTIDA PARA PLANEJAR UM CARDÁPIO: • Quando se trata de coletividade sadia deve- se estabelecer o indivíduo padrão (média das características da população estudada). 14Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 14 8 SERÃO CONSIDERADOS DADOS: ☼QUANTO AO CLIENTE: § Tipo de atividade; § Nível socioeconômico; § Hábitos alimentares; § Tabus; § Religião; Crendices; § Origem; § Idade, sexo, estado nutricional. § Nº de clientes atendidos e § Expectativas de consumo. 15Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 15 ☼QUANTO À ESCOLHA DE DOS ALIMENTOS: § Disponibilidade dos alimentos; § Safra; § Mercado fornecedor; § Aceitação; § Combinação; § Monotonia. 16Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 16 9 ☼QUANTO ÀS PREPARAÇÕES: ØEspecialização da mão de obra (turno e habilidades); ØDimensionamento dos utensílios, áreas e equipamentos; ØNº de refeições elaboradas; ØHorários da distribuição; ØClima, estação do ano; ØAlimento: textura, cor sabor, aroma, forma, consistência, temperatura. ØNível de saciedade da preparação Ø Técnica de preparo. 17Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 17 FATORES QUE INTERFEREM NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO • 1- CUSTO: - Geralmente as instituições possuem um orçamento que deve ser respeitado. • A instituição espera atender o comensal dentro de custos razoáveis. • Para isso deve-se procurar: § Utilizar produtos de boa qualidade que, pelo rendimento, resulte em menor custo; § Intercalar cardápios caros e baratos, equilibrando as despesas; § Utilizar os produtos em sua safra quando estão melhores e são mais nutritivos e mais baratos. § Por exemplo: A safra da alface vai maio a novembro. O repolho é produzido de setembro a abril. 18 Ad m in is tra çã o de U ni da de s de A lim en ta çã o e N ut riç ão 18 10 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ABACAXI BANANA MAÇÃ BANANA NANICA BANANA PRATA CAQUI FIGO GOIABA JABUTICABA LARANJA LIMÃO MAÇÃ NACIONAL MAMÃO FORMOSA MAMÃO HAWAII MANGA MARACUJÁ MELÃO AMARELO MELANCIA MORANGO PÊSSEGO UVA ITÁLIA UVA NIÁGARA PERÍODO EM SAFRA, COM tendência de preços baixos e melhor qualidade. PERÍODO DE INÍCIO OU FINAL DE SAFRA, com tendência de alteração de preços. PERÍODO DE ENTRESAFRA, com variação devido à alta procura. FRUTAS Fonte:http://www.bemdesaude.com/seasons/ 19 Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 20 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ABÓBORA SECA ABOBRINHA ITALIANA BATATA BATATA DOCE BERINJELA BETERRABA CEBOLA CENOURA CHUCHU INHAME JILÓ MANDIOCA MANDIOQUINHA PEPINO PIMENTÃO QUIABO TOMATE VAGEM LEGUMES: PERÍODO EM SAFRA, COM tendência de preços baixos e melhor qualidade. PERÍODO DE INÍCIO OU FINAL DE SAFRA, com tendência de alteração de preços. PERÍODO DE ENTRESAFRA, com variação devido à alta procura. 20 11 21 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ AGRIÃO ALFACE ALMEIRÃO BRÓCOLI BROTO BAMBU CHEIRO-VERDE COUVE-CHINESA COUVE-FLOR COUVE-MANTEIGA ESCAROLA ESPINAFRE MOSTARDA RÚCULA REPOLHO REPOLHO ROXO VERDURAS: Fonte:http://www.bemdesaude.com/seasons/ PERÍODO EM SAFRA, COM tendência de preços baixos e melhor qualidade. PERÍODO DE INÍCIO OU FINAL DE SAFRA, com tendência de alteração de preços. PERÍODO DE ENTRESAFRA, com variação devido à alta procura. 21 FATORES QUE INTERFEREM NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO 2- ACEITAÇÃO: • Considerar a preferência da maioria dos usuários para evitar desperdícios e descontentamento pela não aceitação dos cardápios. • Um cardápio barato pode sair caro, quandose considera o não aproveitamento da refeição e o descontentamento dos usuários. • Pesquisa de opinião. 3- FREQUÊNCIA DAS PREPARAÇÕES: • Em função da aceitação, determinar a periodicidade em que cada prato deve retornar aos cardápios, evitando a monotonia. 22Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 22 12 FATORES QUE INTERFEREM NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO 4- CRIATIVIDADE: § Deve-se ter criatividade a fim se elaborar cardápios bastante variados, para que: § Um prato barato, mas pouco aceito, possa retornar, com outra maneira de apresentação; § Pratos muito bem aceitos não retornem ao cardápio com muita frequência para não cansar; § Haja sempre pratos novos, quebrando a rotina do dia-a-dia. § Obs: Um modo de variar as dietas é utilizar: } substituição dos alimentos com diferentes formas de preparação. } cardápios especiais. 23 Ad m in is tra çã o de U ni da de s de A lim en ta çã o e N ut riç ão 23 Avaliar sempre os cardápios para que não ocorra o “Efeito serrote”, ou seja, ter um produto onde a qualidade não se mantém: num momento, produto de alta qualidade, noutro, baixa qualidade. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 24 24 13 FATORES QUE INTERFEREM NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO 5- APRESENTAÇÃO/COLORIDO: • A apresentação do cardápio ao comensal deve ser harmoniosa quanto à consistência, combinação de sabores e colorido. • Ex: • Líquidos, cremosos, secos, crocantes etc • Formas diferentes: tiras, cubos, rodelas, fatias etc • Tº adequada: sopa quente e suco gelado. • Não colocar nos cardápios alimentos que sejam da mesma família, mesmo tipo de preparação ou aparência. 25Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 25 FATORES QUE INTERFEREM NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO 6- DISTRIBUIÇÃO DO VET § Deve garantir que, por meio das refeições, o comensal receba os nutrientes de que necessita para um dia. § Não só as necessidades em calorias totais devem ser definidas mas, também, a distribuição percentual em relação a carboidratos, proteínas e lipídeos do VET. § Atender as Leis da Alimentação. 26Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 26 14 FATORES QUE INTERFEREM NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO • 7- ADEQUAÇÃO AO CLIMA: • Utilizar no verão cardápios mais leves, de fácil digestão (assados, grelhados e saladas) e no inverno, os de mais difícil digestão (feijoada, molhos gordurosos etc). • Ao utilizar uma entrada de alto valor calórico, escolher acompanhamento (sobremesa, por exemplo) com teor calórico reduzido. 27Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 27 FATORES QUE INTERFEREM NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO • 8- RACIONALIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA: • Elaborar o cardápio de forma a incluir somente um prato mais complexo a cada dia, de forma a permitir, (depende do pessoal disponível), um trabalho racional, bem feito, a tempo de ser entregue aos comensais, nos horários estipulados, garantindo, assim, um serviço sem problemas. • Procurar garantir um ritmo mais ou menos constante. 28 28 15 FATORES QUE INTERFEREM NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO } 9 - DISPONIBILIDADE DE EQUIPAMENTOS/ INSTALAÇÕES/ÁREA: } Os cardápios devem ser adequados às condições existentes: } Se há fornos suficientes para fazer assados para todos os comensais; } Se há caldeirão (gás, elétrico ou a vapor) - suficientes para “liberar” o fogão para outras preparações; } Se há batedeiras para massas, cremes etc.; } Se há áreas de preparação suficientes; } Se há câmaras frigoríficas para estoque de materiais perecíveis e alimentos preparados. 29Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 29 FATORES QUE INTERFEREM NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO • 10 - GIRO DO ESTOQUE: • Procurar programar o cardápio de forma a ter o estoque sempre renovado, isto é, não deixar os prazos de validade das mercadorias expirarem. 30Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 30 16 CARACTERÍSTICAS DOS CARDÁPIOS: REFEIÇÕES PRINCIPAIS Os cardápios devem obedecer a seguinte ordem para montagem: 1. Salada e Entrada 2. Prato principal (PP) 3. Guarnição ou acompanhamento 4. Prato base 5. Sobremesa 6. Complementos 31Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 31 1) ENTRADA: – Sopas quentes ou frias (não substitui a salada); – Saladas cruas e cozidas, simples ou elaboradas; – Salgados quentes ou frios; – Frios; – Antepastos (aperitivo) Ex.: caponata de abobrinha, rolê de berinjela c/tomate seco etc. – Ovos cozidos, codorna... – Enlatados – milho, ervilha, picles, azeitona, palmito... 32Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ALIMENTOS OU PREPARAÇÕES QUE COMPÕEM UM CARDÁPIO: 32 17 ALIMENTOS OU PREPARAÇÕES QUE COMPÕEM UM CARDÁPIO: 2) PRATO PRINCIPAL(PP): • Fonte de proteínas - carnes (bovina, aves, peixe e suína); • Como as carnes aumentam o custo das refeições, a maioria dos cardápios são planejados com base no PP, objetivando controlar custos e equilibrar sabor, aroma e textura. 33Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 33 ALIMENTOS OU PREPARAÇÕES QUE COMPÕEM UM CARDÁPIO: 2) PRATO PRINCIPAL(PP): • Quando houver opções, apresentar tipos de carne #: não oferecer espeto misto com linguiça e bisteca suína; • Se uma das carnes for com molho, a opção deverá ser uma preparação mais seca; • Evitar mais de uma fritura (ex: peixe frito e croquete de carne). 34 34 18 Aves:galeto,frango, Ø peru, pato, Ø chester etc. Peixes: água doce: tilápia, dourado,cascudo, pintado etc. Peixe de Água salgada: Ø sardinha, atum, cação, Ø bacalhau, merluza etc Crustáceos: camarão,siri,lagosta etc. Moluscos: polvo,lula,ostras mariscos etc. CARNES: Miúdos ou vísceras: Ø Fígado Ø Bucho Ø Coração Ø Língua Ø Embutidos Ø Orelhas, pés Ø Rabada OVOS (DEPENDE DO CONTRATO) ØOvos fritos; ØCozidos; ØPoché; ØMexidos; ØOmeletes fritos e assados, simples e elaborados; ØSuflês. 35Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 35 GUARNIÇÃO: É O ACOMPANHAMENTO DO PP Vegetais : § Refogados, fritos, em bolinhos, tortas, § Farofas, empanados, em purês Massas: § Macarrão com variados molhos e preparações § Polenta mole ou frita... Arroz elaborado: § Arroz à grega etc... 36Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 36 19 GUARNIÇÃO • Quando um dos PP for uma preparação clássica, o acompanhamento deverá ser também adequado ao outro prato. Ex.: estrogonofe/ linguado ao forno/ batata palha; • Nos casos em que a guarnição é apropriada apenas para um determinado prato (ex: pirão), o outro prato deverá vir com seu próprio acompanhamento (Ex: peixe com pirão / picado de carne com legumes). 37Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 37 PRATO BASE • Composto por A/F (pode ser substituído por outra leguminosa), ou por uma massa; • A massa servida como prato base, deve ter porcionamento equivalente ao do A/F; • A massa pode ser servida como prato único correspondente ao prato base + PP, acompanhada apenas de uma guarnição. Ex.: lasanha à bolonhesa / legumes sauteé. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 38 20 SOBREMESA • Quando for servida somente uma sobremesa, deve-se alternar entre frutas e doces; • No caso de duas sobremesas diariamente, uma deve ser fruta e a outra doce; • Servir uma sobremesa mais sofisticada quando a refeição for mais simples e vice-versa. 39Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 39 SOBREMESA • DOCES: • Elaborados, simples, comprados prontos (embrulhados), bolos simples e confeitados etc.; • FRUTAS: • In natura - inteiras ou picadas, em compota, salada de frutas, em gelatinas etc. 40Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 40 21 COMPLEMENTOS: Ø Sucos industrializados ou naturais Ø Refrigerantes Ø Pães Ø Café Ø Farinhas Ø Pimentas Ø Molhos e condimentos para salada Ø Água mineral Ø Etc... Depende do contrato. 41Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 41 CUIDADOS IMPORTANTES NA SELEÇÃO DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO: 1) Reduzir a frequênciacom que são oferecidas preparações com alta densidade calórica: torta de frango ao catupiry, feijoada, macarrão aos 4 queijos etc... 2) Preparações com elementos comuns: panqueca de frango, salpicão de frango, frango assado etc. 3) Preparações com molho: picadinho ao molho, almôndega ao molho, carne rolê ao sugo etc.. 4) Preparações da mesma cor: salada de cenoura ralada/ manga, penne ao sugo, sobremesa: laranja. 5) Preparações com a mesma consistência: salada de batata, cenoura sauteé e sobremesa: doce de batata doce. 42 Ad m in is tra çã o de U ni da de s de A lim en ta çã o e N ut riç ão 42 22 7) Segunda-feira: usar preparações mais simples; 8) Não estipular preparações em dias da semana; 9) Não servir mais de um alimento frito por refeição; 10) Nunca introduzir mais de um prato novidade por dia; 11) Pratos festivos ou mais caros – 1 a 2 X /mês; 12) Evitar cardápios com alimentos com as mesmas características (tudo cozido, tudo assado, tudo pastoso). 13) Variar alimentos quanto: doce, salgado, azedo, amargo, apimentado... Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 43 CUIDADOS IMPORTANTES NA SELEÇÃO DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO: 43 14) Dar prioridade a frutas e hortaliças do tipo A (acelga, alface, chicória, brócolis, berinjela, pepino etc) e B (abobrinha, abóbora, beterraba, cenoura, chuchu, quiabo, vagem etc), e limitar o uso de hortaliças do tipo C (batata inglesa, aipim, inhame etc). 44Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição CUIDADOS IMPORTANTES NA SELEÇÃO DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO: 44 23 15) Restringir o uso de conservas e embutidos. 16) Priorizar carnes bovina e suína, de aves e pescados assadas, cozidas ou grelhadas, em detrimento de preparações fritas, empanadas ou à milanesa. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 45 CUIDADOS IMPORTANTES NA SELEÇÃO DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO: 45 17) Estabelecer uma frequência mínima para a oferta de peixes no cardápio. 18) Determinar a frequência com que preparações mistas irão compor o cardápio (p. ex., empadões, lasanhas, entre outras). 19) Reduzir a frequência com que são oferecidas sobremesas em forma de doces. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 46 CUIDADOS IMPORTANTES NA SELEÇÃO DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO: 46 24 20) Variar receitas diferentes para alimentos iguais: ü Tipos de corte ü Apresentação 21) Bebidas: - ALCOÓLICAS (depende da ocasião) - NÃO ALCOÓLICAS (sucos – fruta, polpa,concentrado), refrescos, água, refrigerantes, chás gelados, coquetéis, cappuccino, cafés etc.) 22) Ao planejar o cardápio, é interessante a visualização total do mesmo: harmonia na apresentação dos pratos; evitar repetições. 47Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição CUIDADOS IMPORTANTES NA SELEÇÃO DAS PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO: 47 EXISTEM 3 TIPOS (PADRÕES) DE CARDÁPIOS DIFERENCIADOS DE ACORDO COM A CLIENTELA: qPadrão básico qPadrão intermediário qPadrão superior qAs preparações devem ser alteradas de acordo com : • A clientela • Preferências de cada padrão • Custos pré - determinados 48Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 48 25 • CARDÁPIO COM ÚNICO PADRÃO para categorias básicas e intermediárias: • Manter equilíbrio no decorrer da semana, distribuindo preparações de aceitação geral, de > aceitação pelas categorias básicas e de > aceitação pelas categorias intermediárias. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 49 49 EXEMPLOS DE PREPARAÇÕES DE MAIOR ACEITAÇÃO PARA OS 3 TIPOS DE CARDÁPIOS: • Padrão básico • Linguiça • Ovos fritos • Dobradinha • Miúdos e vísceras • Carne moída • Bife à milanesa Padrão Intermediário • Bife à milanesa • Strogonoff • Suflê • Carnes assadas • Gratinados • Peito de frango grelhado Padrão Superior • Peito de frango grelhado • Frutos do mar • Salmão • Miolo de alcatra • Mignon 50 Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 50 26 • Para as opções do PP utilizar pratos mais simples em preparo e mais baratos e tipos de carne diferentes. § Determinar e alternar os Pratos Principais com diferentes tipos de carnes e/ou formas de preparações. § Como PP utilizar aves 2 X/semana (boa aceitação) – Variar tipo de aves e/ou – Tipo de corte e/ou – Forma de preparo • Após determinar todos os PPs do período do cardápio é importante observar a harmonia do prato quanto: • Sabor • Textura • Aroma • Paladar • Oferta de fibras • e logo a seguir estabelecer as guarnições, saladas, sobremesas etc.. CARDÁPIOS DE CATEGORIA BÁSICA: 51 51 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DO CARDÁPIO BÁSICO: 1ª semana 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Entrada Prato principal Opção Guarnição Prato básico Sobremesa Bebida 52Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 52 27 Exemplo de Cardápio – Padrão Básico. 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. feira Sábado Domingo Entrada Cenoura com pepino em cubos Grão-de- bico ao vinagrete Alface lisa com rabanete Rúcula com azeitonas pretas Agrião com milho Almeirão com rodelas de cebola Salada verde (escarola, alface e agrião) Prato principal Almôndegas ao sugo Espeto de alcatra com cebola e pimentao verde Frango assado Bife fricandole Cação ao molho de pimentão vermelho e leite de coco Bife à milanesa Rolê de peito de peru com frios Opção Ovo frito Salsicha ao sugo Omelete simples Steak de peixe Omelete de queijo Ovo cozido Linguiça assada Guarnição Batata assada Couve à mineira Berinjela à parmegiana Acelga refogada Brócolos ao alho e óleo Abobrinha refogada Polenta frita Prato básico Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Sobremesa Mamão Gelatina de uva Tangerina Banana caramelada Maçã Sagu de groselha Abacaxi Bebida Suco de Goiaba Suco de laranja Suco de abacaxi Suco de uva Suco de maracujá Suco de limão Suco de melancia Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 53 53 • Mão de obra especializada – menor preocupação na complexidade das operações. • Maior possibilidade de aquisição de alimentos pré- processados e/ou prontos (pelo baixo volume de produção) e, consequentemente, diminuição da mão de obra. • Verba maior para aquisição de gêneros. • Busca da racionalização das operações de compra e pré-preparo. CARDÁPIOS DE CATEGORIA - INTERMEDIÁRIA E SUPERIOR 54Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 54 28 FORMA DE APRESENTAÇÃO DO CARDÁPIO INTERMEDIÁRIO 1ª semana 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Entrada Prato principal Opção Guarnição Prato básico Sobremesa Opção de sobremesa Bebida Complemento 55 Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 55 Exemplo de Cardápio – Padrão Intermediário. 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. feira Entrada Torradas de alho Escarola com cebola Mini pão de queijo Palmito com tomate Patê de atum com minitorradas Fundo de alcachofra em conserva Mista verde (agrião, rúcula e alface crespa) Folhadinhos com gergelim Alface mimosa com cebola e pimentão vermelho Prato principal Filé mignon grelhado ao molho roty Lombo assado ao molho agridoce Bife à parmegiana Rabada ao sugo Linguado ao molho de alcaparras e champignon Opção Rolê de frango ao sugo Espeto de alcatra com pimentão e cebola Frango assado Bife fricandole Panqueca de carne ao sugo Guarnição Batata à francesa corada Couve à mineira Jardineira de legumes (cenoura, chuchu e vagem) Penne ao pesto Brócoles ao alho e óleo Prato básico Arroz + Feijão Arroz + Feijão- preto Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz à grega + Feijão Sobremesa Mamão Salada de frutas Manga Melancia Uvas rosadas Opção de sobremesa Pudim de leite Torta de limão Manjar com calda de ameixa Sorvete Mousse de maracujá Bebida Suco de acerola Suco de laranja Suco de morango Limonada Suco de goiaba 56 56 29 FORMASDE APRESENTAÇÃO DO CARDÁPIO SUPERIOR: 1ª semana 2ª feira 3ª feira 4ª feira Entrada Prato principal 1 Prato principal 2 Prato principal 3 Guarnição 1 Guarnição 2 Sobremesa 1 Sobremesa 2 ***Os complementos como bebidas e outros ficam a critério do contrato. 57 57 Exemplo de Cardápio – Padrão Superior. 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. Feira Entrada Torradas com patê de azeitonas; Escarola picada com tomates; Cebolas em rodelas com atum e ervas Mini pão de queijo com catupiry; Chicória; Rodelas de palmito e tomate-caqui Casquinha de siri; Alface americana com rabanete; Beterraba ralada com ervilhas Provoleta (provolone com orégano grelhado); Mista verde (agrião, rúcula e alface crespa); Waldorf (maçã vermelha em cubos, salsão, nozes e creme de leite e salsa) Antepasto de berinjela; Radichio com alface lisa; Salada Caprice (mussarela de búfala com tomate e manjericão) Prato principal I Estrogonofe de frango Filé mignon recheado de calabresa e cebolas grelhado Bife de peito de peru com champignon Carré de carneiro ao molho de hortelã Rosbife ao molho rose Prato principal II Miolo de alcatra grelhado ao molho roty Lombo assado ao molho agridoce Bife à parmegiana Frango desossado grelhado Linguado ao molho de alcaparras Prato principal III Omelete de queijo com alho poró Peito de frango grelhado Posta de badejo no vapor com alecrim Maminha assada Brochete de cubos de frango e alcatra Guarnição I Batata chips Creme de milho verde Quiche de espinafre Penne ao pesto Purê de batatas Guarnição II Ervilhas frescas com salsinha Couve-manteiga refogada Jardineira de legumes (batata, cenoura, vagem) Chuchu com ervas aromáticas Brócolis ao alho e óleo Prato básico Arroz branco Arroz + Feijão-preto Arroz verde Arroz com açafrão Arroz com passas Sobremesa I Papaya com limao Melancia Manga fatiada Melão Pêra Argentina Sobremesa II Pudim de leite Torta de limão Merengue de morango com chantilly Pavê de abacaxi com cerejas Mousse de maracujá Sobremesa III Sorvete Sorvete Sorvete Sorvete Sorvete 58 58 30 RECEITUÁRIO – PADRÃO FICHA TÉCNICA DE PREPARO - Toda empresa que trabalha com alimentos elaborados deve e precisa manter um padrão de qualidade que, através do tempo, se mantenha inalterado. - Para isso, é imprescindível que haja no estabelecimento um receituário padronizado, onde são estabelecidos os critérios para a elaboração dos serviços. 59Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 59 OBJETIVOS Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 60 - Permitir que o preparo seja sempre o mesmo, independente do funcionário; - As quantidades de ingredientes estejam já calculadas, proporcionando possibilidade de maior exatidão nos pedidos feitos ao almoxarifado; - Em virtude disso, melhor utilização do espaço para armazenagem; 60 31 OBJETIVOS Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 61 - Menor capital empatado em estoque; - Rendimento da produção já calculado, com porções pré-estabelecidas, evitando sobras e permitindo um real levantamento do custo do alimento, inclusive com dados sobre tempo de preparo, temperaturas adequadas, equipamento e utensílios necessários. 61 Ingredientes Quantidades IPC Preço Custo FICHA DE RECEITA Produto:.......................................................... Setor:..........................Tamanho (Kg):................................................ N.º de porções:.......... Forma N.º:............................................................................................... Temperatura do forno:.......................................................................... Tempo de preparo:................................................................................ Modo de fazer: 1- 2- 3- 4- etc. Foto ou desenho 62 62 32 SUSTENTABILIDADE NO SISTEMA ALIMENTAR Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 63 Sustentabilidade no sistema alimentar • A alimentação tem valores simbólicos distintos para cada sociedade e cultura. • Isso interfere na seleção, na aquisição, no preparo e no consumo do alimento por diferentes indivíduos. Maluf et al. (1996) consideram também a importância da segurança alimentar, que Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 64 33 • ...“visa assegurar o acesso aos alimentos sem comprometer parcela substancial da renda familiar; a disponibilidade de alimentos de qualidade, originados de formas produtivas eficientes, porém, não excludentes e sustentáveis e divulgação de informações ao consumidor sobre práticas alimentares saudáveis e possíveis riscos à saúde, mediados pelo alimento..” Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 65 • Entretanto, nota-se aumento na frequência do consumo de alimentos industrializados, devido à praticidade no preparo das refeições. • Outro aspecto a ser considerado é a má utilização de técnicas de preparo, que podem levar ao desperdício de alimentos e aumentar o custo da refeição. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 66 34 • Dessa forma, é interessante que a população tenha acesso a informações sobre os alimentos, considerando os diferentes modos de preparo, suas características nutricionais e sua produção, o que pode interferir no comportamento de consumo e, consequentemente, na sustentabilidade do sistema alimentar. • O interessante é utilizar ingredientes locais, considerando a sazonalidade de suas produções. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 67 • Sustentabilidade • A noção de sustentabilidade é baseada no desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessidades. • A ideia de sustentabilidade está relacionada aos aspectos ambientais/ecológicos, sociais e econômicos. 68 35 Definição de sustentabilidade, utilizando os termos propostos. Fonte: adaptado de www.verifysustainability.com 69 ASPECTO AMBIENTAL • A não-adoção de procedimentos sustentáveis (também denominados eco-friendly) pode ter um importante reflexo ambiental, considerando: • a geração de resíduos, • a não adequação do descarte de produtos e embalagens, • a utilização de produtos químicos e de grandes quantidades de água nas diversas etapas do processo produtivo de refeições. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 70 36 ASPECTO ECONÔMICO • Gasto que as pessoas têm nos diversos tipos de UPRs (comerciais e coletivas); • Gastos públicos e privados de saúde com a população enferma, decorrentes, dentre outros fatores, da má qualidade da alimentação desses indivíduos atendidos pelas UPRs. • As UPRs representam um importante papel no fortalecimento da economia local, com a inserção de novas unidades, aquisição de produtos de fornecedores locais e incentivo aos pequenos produtores, com a utilização de produtos locais, regionais e/ou orgânicos. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 71 ASPECTO SOCIAL • Abrange o número de pessoas empregadas neste setor produtivo em contínua expansão. • Respeito aos clientes e aos operadores, bem como o respeito aos direitos humanos e direito à alimentação adequada e segura, entram como quesitos necessários a serem valorizados e aplicados pelos gestores das UPRs. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 72 37 Desperdícios e suas consequências • Aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva: 20% na colheita, 8% no transporte e armazenamento, 15% na indústria de processamento, 1% no varejo e 20% no processamento culinário e hábitos alimentares. - Uma casa brasileira desperdiça, em média, 20% dos alimentos que compra semanalmente. Isso significa uma perda de US$ 1 bilhão por ano, ou o suficiente para alimentar 500 mil famílias. 73 Desperdícios e suas consequências • Segundo a Embrapa, 2006, o Brasil desperdiça 37 quilos de hortaliças por pessoa ao ano, cerca de 35% de todasas hortaliças que produz. Nas feiras livres do Estado de São Paulo mais de 1.000 toneladas de produtos alimentícios vão para o lixo todos os dias. • Fonte: FAO – ONU, citado pelo livro do Mesa São Paulo – Ação contra fome e o desperdício. 74 38 Deterioração microbana de alimentos • Problema em todo o mundo, apesar das muitas técnicas de conservação disponíveis e da busca por melhorias nos processos de produção, estocagem e distribuição do alimento • Segundo FAO (2011), cerca de 1/3 dos alimentos destinados ao consumo humano são perdidos no mundo, o que equivale a uma quantidade de 1,3 bilhões de toneladas de alimentos desperdiçadas anualmente. – Por muitas razões, e os alimentos são descartados ou perdidos durante toda a cadeia de produção, desde o campo até o consumidor final. 75 75 Deterioração microbana de alimentos • Conhecer os processos relacionados à deterioração microbiana dos alimentos, em especial as alterações químicas provocadas pelos microrganismos, é essencial para a busca por métodos eficazes de preservação. • Com a demanda global por sustentabilidade, a cadeia produtora de alimentos necessita minimizar as perdas na produção, melhorar a produtividade do setor alimentício em todo o mundo, sem perder o foco no oferecimento de alimentos com qualidade e segurança para a população. 76 76 39 A inclusão da sustentabilidade no conceito de UAN • Surgiu em 1994, por influência das discussões iniciadas na décadas de 70 e 80, e culmina com a Agenda 21, proposta após a conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento-ECO-92-RJ. 77 Agenda 21 • “Propõe um conjunto de metas a ser implementada ao longo do século XXI pelos governos, em todos os seus níveis, pelas ONGs e demais instituições multilaterais e nacionais de fomento ao desenvolvimento socioeconômico para a criação de um mundo equilibrado.” • O desenvolvimento e a conservação do meio ambiente devem andar juntos e contribuir para uma grande mudança do modelo econômico vigente e dos indicadores econômicos. 78 40 Agenda 21 preconiza uma gestão dos resíduos que deve ser baseada em quatro princípios: • “Redução ao mínimo dos resíduos”; • “Aumento ao máximo da reutilização e reciclagem ambientalmente saudáveis dos resíduos”; • “Promoção do depósito e tratamento ambientalmente saudáveis dos resíduos”; • “Ampliação do alcance dos serviços que se ocupam dos resíduos”. 79 UAN • É responsável pela geração de grande quantidade de resíduos, que deve ter seu controle determinado DESDE o INÍCIO DA CONCEPÇÃO DO RESTAURANTE, durante seu PLANEJAMENTO E EM TODAS AS ETAPAS DO PROCESSO OPERACIONAL; • IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS de acordo com a ISO 14.004. 80 41 UAN AÇÃO DENTRO DA EMPRESA • EVITAR DESPERDÍCIOS; • COLETA SELETIVA; • PROGRAMAS DE RECICLAGEM. 81 Atividades burocráticas limpar cortar peneirar pesar medirtemperar misturar amassar ligar bater sovar cozer ou cozinhar assar fritar Seleção Pré-preparo Preparo Cocção Distribuição Etapas do Processo Acondicionamento da MP 82 42 Resíduos produzidos • Material de escritório utilizado; • Embalagens de matérias-primas; • Matéria- prima com data de validade vencida; • Partes não comestíveis dos alimentos; • Óleo utilizado na fritura; • Materiais descartáveis utilizados na cozinha e na distribuição; • Alimentos preparados e não utilizados. 83 UAN • Apresenta três áreas que geram maior quantidade de resíduos: • Área de aprovisionamento • Cozinha • Devolução 84 43 Três fatores predominantes de desperdício: • Os decorrentes da remoção das partes não comestíveis dos alimentos; • Das sobras - representadas pelos alimentos que foram produzidos e não foram distribuídos aos clientes; • Dos restos - representados pelos alimentos distribuídos e não consumidos. 85 UAN • A UPR pode reduzir os resíduos no tocante ao: • PLANEJAMENTO FÍSICO - Deverão ser considerados para a implantação de um plano de redução de resíduos: Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados bem elaborados, um número adequado de colaboradores, a escolha dos fornecedores, as formas de aquisição, embalagens, armazenamento dos alimentos, número de refeições a serem servidas e quantidades per capita. • TIPO DE CARDÁPIO • FORMA DE DISTRIBUIÇÃO 86 44 • Para propiciar as escolhas alimentares saudáveis pelos consumidores, os cardápios das Unidades Produtoras de Refeições devem ser planejados, estruturados e produzidos de forma sustentável, considerando: 87 • “elaboração cautelosa e criteriosa do cardápio - incluindo a seleção de preparações regionais e o resgate do patrimônio gastronômico; • adequada aquisição e seleção dos alimentos – incluindo a preocupação com aquisição de alimentos produzidos localmente e com redução de utilização de agroquímicos; • preocupação com a qualidade nutricional; • cuidado com os aspectos sensoriais da refeição; • utilização de critérios de substituição de preparações do cardápio em caso de situações imprevistas; • definição e execução adequada das técnicas de preparo; • distribuição cuidadosa das preparações para estimular principalmente o consumo de frutas, verduras, legumes e grãos integrais; • local de consumo da refeição adequado durante todo o período de distribuição (VEIROS; PROENÇA, 2010).” Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 88 45 Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição • Oferecer variedade de escolhas alimentares; • Reduzir a dependência dos alimentos importados; • Realizar auditoria energética e de resíduos sólidos na unidade produtiva; • Escolher equipamentos com melhor eficiência energética; • Utilizar estratégias de economia e reaproveitamento de água de cozimento; • Utilizar estratégias de economia de energia; • Escolher de produtos de limpeza biodegradáveis (denominados amigos do ambiente); As recomendações em relação à produção de refeições incluem: 89 • Minimizar a quantidade de resíduos descartados junto com a água, retirando todo o resto de alimento dos pratos; • Executar o ciclo de máquina de lavar louça apenas quando estiver cheia. • Descongelar alimentos sob refrigeração, nunca em água corrente; • Minimizar o desperdício de alimentos; • Reciclar o óleo de cozinha utilizados nas fritadeiras; • Doar sobras de alimentos in natura para Bancos de Alimentos ou ONG; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição As recomendações em relação à produção de refeições incluem: 90 46 • Doar restos de alimentos para a compostagem ou alimentação animal; • Reciclar vidro, metal, plástico, papelão etc; • Adquirir materiais reciclados; • Realizar manutenção preventiva nos equipamentos da unidade. • Analisar a possibilidade de reduzir a utilização de alimentos com embalagens múltiplas. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição As recomendações em relação à produção de refeições incluem: 91 Reflexão para os Nutricionistas • Quanto estamos dispostos a pagar por uma cadeia de ações que facilita a disseminação da fome e desnutrição, com todas as suas consequências para a sociedade, e até quando essas atitudes serão ignoradas pela mesma? 92 47 Nutricionista - Seu papel • Gerente de uma UAN, deve ter consciência da sua responsabilidade social com relação ao meio ambiente e, para tanto, deve exercer um monitoramento constante e definir as estratégias de redução dos resíduos, criando indicadores próprios para a unidade, capacitando seus colaboradores e conscientizando os usuários sobre a necessidade de evitar o desperdício. 93