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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Caso Clínico
Ana Caroline Firmino de Campos RA: D833391
Campinas
2020
Ana Caroline Firmino de Campos RA: D833391
Caso Clínico
 
	Atividades Práticas Supervisionadas - APS
Trabalho apresentado como exigência para a conclusão do 5º semestre do curso de Enfermagem sob a supervisão da Profª Drª Thalyta Cardoso Alux Teixeira. 
Campinas
2020
Sumário
Caso Clínico – Saúde da Mulher	4
Diagnóstico Clínico-Médico	4
Definição	4
Etiologia	4
Fisiopatologia	4
Avaliação Diagnóstica	5
Tratamento	5
Clínico	5
Farmacológico	5
Complicações	5
Sistematização da Assistência de Enfermagem	6
Investigação	6
Coleta de Dados	6
Diagnósticos de Enfermagem	6
Intervenção de Enfermagem	6
Questionário	6
Caso Clínico – Saúde da Criança	9
Diagnóstico Clínico-Médico	9
Definição	9
Etiologia	9
Fisiopatologia	9
Avaliação Diagnóstica	10
Tratamento	10
Clínico	10
Farmacológico	11
Complicações	11
Sistematização da Assistência de Enfermagem	11
Investigação	11
Coleta de Dados	11
Diagnósticos de Enfermagem	12
Intervenção de Enfermagem	12
Referências	13
Caso Clínico – Saúde da Mulher
Diagnóstico Clínico-Médico
CID 10 - B37.3 	Candidíase vulvaginal
Definição
A Candidíase é uma infecção provocada por fungos, sendo o mais frequente a Cândida albicans, que pode acometer as regiões inguinal, vaginal, perianal e períneo. É um fungo que já existe em pequenas quantidades no organismo da mulher e vive em equilíbrio com a flora vaginal. Pode acometer tanto mulheres quanto homens (1).
Etiologia
A Candidíase vulvovaginal é a infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita a mucosa vaginal e digestiva, o qual cresce quando o meio se torna favorável ao seu desenvolvimento. A relação sexual não é a principal forma de transmissão, visto que esses microrganismos podem fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres assintomáticas. Cerca de 80% a 90% dos casos são devidos à C. albicans e de 10% a 20% a outras espécies (C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis) (1).
Embora a candidíase vulvovaginal não seja transmitida sexualmente, é vista com maior frequência em mulheres em atividade sexual, provavelmente, devido a microrganismos colonizadores que penetram no epitélio via microabrasões (1).
Fisiopatologia
Os sinais e sintomas podem se apresentar isolados ou associados, e incluem: prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável), disúria, dispareunia, corrimento branco, grumoso e com aspecto caseoso (“leite coalhado”), hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva, placas brancas ou branco-acinzentadas, recobrindo a vagina e colo uterino. Atividade sexual (traumas de mucosa), diferentes tipos de proteção menstrual e substâncias de higiene íntima, uso contínuo de roupas apertadas, peças íntimas de tecidos sintéticos, gravidez, anticoncepcionais orais e o dispositivo intrauterino (DIU), dentre outros, são alguns dos fatores predisponentes para as candidíases vulvovaginais.1,2
C. albicans é a mais importante espécie de levedura encontrada no trato genital feminino. Em torno de 20 a 25% das mulheres sadias e completamente sem sintomas são positivas para culturas de C. albicans. Cerca de 75% das mulheres adultas tiveram episódios de candidíase vaginal durante a vida, com prevalência de C. albicans de 70 a 90%, e cerca de 5% dessas pacientes apresentarão episódios de recorrência. A recorrência na candidíase vulvovaginal também denota infecção secundária de outras enfermidades, como diabetes mellitus, imunodepressão, terapia hormonal exógena e aids (2).
Avaliação Diagnóstica
Para Simões (2005), pode-se, na prática diária, distinguir três tipos de mulheres com candidíase no consultório: 1) aquela em que a cândida foi um achado ocasional no exame rotineiro de Papanicolaou; 2) aquela que nos procura por estar sintomática, porém sem história de recorrências (CV não-complicada); e 3) aquela que se apresenta com história de episódios recorrentes de candidíase (CV complicada). No primeiro caso, não devemos nos esquecer que a cândida pode ser isolada em até 30% das mulheres saudáveis e completamente assintomáticas (as chamadas "portadoras sãs"). Assim, o simples achado da cândida num exame de rotina (por exemplo no Papanicolaou) não significa necessariamente que a mulher tenha a doença candidíase vaginal clínica. Se não houver nenhum sintoma e o exame ginecológico for normal (sem corrimento ou inflamação, pH normal e teste de whiff negativo), a paciente não deve receber nenhum tratamento, a não ser uma boa orientação a respeito dos fatores predisponentes (1,3).
Tratamento
Clínico
O tratamento não medicamentoso da Candidíase envolve a retirada de fatores predisponentes, ou seja, é recomendado manter o pH normal da vagina, sem o uso de substâncias de higiene íntima, não utilizar roupas apertadas, utilizar peças íntimas de algodão, dormir sem roupa íntima, não lavar roupas íntimas no chuveiro e evitar o uso de absorventes diários (4).
Farmacológico
Para o tratamento farmacológico de Candidíase vulvovaginal recomenda-se duas opções de tratamento, sendo elas via vaginal ou via oral. Por via vaginal, Miconazol Ⓡ creme a 2%, via vaginal, um aplicador cheio, à noite ao deitar-se, por 7 dias ou Nistatina 100.000 UI, uma aplicação, via vaginal, à noite ao deitar-se, por 14 dias - sendo a via vaginal a única recomendada para gestantes e lactentes. Por via oral, recomenda-se Fluconazol 150 mg, VO, dose única ou Itraconazol 100 mg, 2 comprimidos, VO, 2x dia, por 1 dia (1).
Complicações
Apesar de CVV não ser uma doença que pode ter consequências graves, interfere na qualidade de vida de milhões de mulheres, sendo considerada um problema de saúde pública mundial. Como qualquer infecção oportunista, depende da rota, do sistema imune do hospedeiro, da presença de outros patógenos para migrar para outros tecidos. Podendo causar endocardites, endofitalmites, pneumonia, peritonite. Em casos de gestantes, pode ocorrer a incidência do parto prematuro e desencadear meningite no recém-nascido (3,4).
Sistematização da Assistência de Enfermagem
Investigação
Coleta de Dados
Cliente FVB compareceu no dia 02/09/20 a UBS para coleta de CO. Tem 33 anos, casada, G1Pn1A0, DUP 2016, DUM 25/08/2020, relata que não procura o serviço regularmente para realização de CO, sexualmente ativa, parceiro fixo, faz uso de MAC: anticoncepcional injetável. Faz 4 refeições diárias, ingerindo com frequência massas e salgados fritos. Não tem o hábito de comer diariamente frutas e verduras. Nega tabagismo, nega HAS, nega DM e cirurgias anteriores. Refere coceira e acha que o corrimento está normal. Realizou último CO em 23/08/18. Ao exame físico: mamas: simétricas, flácidas, sem nódulos palpáveis. Abdome: plano, flácido, indolor a palpação, rh +. Ao exame especular: vulva: distribuição adequada dos pelos, com cicatriz de episiotomia, cor rósea. Canal cervical:mucosa rugosa, rósea, presença de hiperemia e edema do lado direito dos grandes lábios, presença de secreção esbranquiçada, de média a grande quantidade, tipo “coalhada”. Colo uterino: róseo, invertido, em posição transversa. Coletado secreção de ectocérvice e endocérvice, realizado teste com ácido acético negativo e shiller negativo.
Dados antropométricos:
Peso= 88 kg, altura= 1,59 m
SSVV:
 Pulso radial: 72 bat/min FR: 18 rpm PA: 138x89mmHg
Diagnósticos de Enfermagem
Corrimento Vaginal;
Sobrepeso - IMC = 34,81 (Obesidade entre 33 e 39,99) (5).
Intervenção de Enfermagem
Corrimento Vaginal - Captar parceiro para tratamento, orientar sobre higiene correta da genitália, orientar sobre o uso da medicação;
Sobrepeso - Incentivar reeducação alimentar, orientar dieta alimentar, orientar os riscos de saúde relacionados à obesidade, orientar a prática de exercícios físicos (5).
Questionário
1. Explique a finalidade da coleta de citologia oncótica.
A coleta de citologia oncótica (CO) - o Papanicolau - é um exame simples e rápido, realizado a fim de detectar alterações citológicas no colo do útero.Esta é a principal estratégia utilizada para a detecção de lesões prévias e para o diagnóstico precoce de câncer de colo de útero e outras doenças - Infecções vaginais causadas por Candida albicans, Trichomonas vaginalis ou Gardnerella vaginalis, e Infecções Sexualmente Transmissíveis como sífilis, clamídia, HPV ou gonorreia - antes que a mulher apresente sintomas. Sendo assim, a realização periódica da CO é de suma importância para a redução da mortalidade por câncer de colo de útero (6).
Explique como deve ser realizado este procedimento, pelo enfermeiro.
A coleta de citologia oncótica (CO) - o Papanicolau - é realizada durante uma consulta de enfermagem, fazendo parte da fase de Investigação da Sistematização da Assistência de Enfermagem. Antes da consulta, deve-se separar os materiais necessários, como avental para a paciente, biombo onde a paciente possa se trocar, lençol para cobrir a paciente, foco de luz auxiliar, mesa ginecológica, espátula de Ayres, escova cervical, espéculo vaginal, lâminas de vidro, lápis para identificação das lâminas, fixador celular, caixa adequada para transporte das lâminas. lugol e ácido acético para realização do teste de Schiller, pinça de Cheron, gaze, luvas de procedimento (6).
A anamnese é realizada, onde coletamos informações a respeito de antecedentes ginecológicos e familiares, a fim de fomentar o histórico da paciente. Após isso, segue para o exame físico geral, tendo como foco o exame das mamas e o exame ginecológico. A inspeção dos órgãos genitais externos é realizada observando-se a forma do períneo, a disposição dos pêlos e a conformação externa da vulva (grandes lábios). Realizada esta etapa, afastam-se os grandes lábios para inspeção do intróito vaginal. Com o polegar e o indicador prendem-se as bordas dos dois lábios, que deverão ser afastadas e puxadas ligeiramente para a frente. Desta forma visualizamos a face interna dos grandes lábios e o vestíbulo, hímen ou carúnculas himenais, pequenos lábios, clitóris, meato uretral, glândulas de Skene e a fúrcula vaginal. Deve-se palpar a região das glândulas de Bartholin; e palpar o períneo, para avaliação da integridade perineal. Poderá ser realizada manobra de Valsalva para melhor identificar eventuais prolapsos genitais e incontinência urinária. Todas as alterações deverão ser descritas e, em alguns casos, a normalidade também (6).
O exame dos órgãos genitais internos é realizado através do exame especular, os espéculos articulados são os mais utilizados, podendo ser metálicos ou de plástico, descartáveis, apresentando quatro tamanhos: mínimo (espéculo de virgem), pequeno (nº 1), médio (nº 2) ou grande (nº3). Deve-se escolher sempre o menor espéculo que possibilite o exame adequado, de forma a não provocar desconforto na paciente. O material é inicialmente disposto sobre o segundo degrau da escadinha (colocada em frente à mesa de exame). Ao abrir o campo estéril, o qual contém o espéculo e a pinça Cheron, se procederá à disposição organizada do material sobre o campo. O espaço é, então, dividido em três partes distintas. Esta divisão permitirá menor risco de contaminação dos materiais (6).
Após a disposição do material, e antes de iniciar o exame especular propriamente dito, o examinador deve calçar uma luva na mão esquerda (preferentemente estéril, descartável e siliconizada). Para a introdução do espéculo, considerando um indivíduo destro, o examinador afastará os grandes e pequenos lábios com o polegar e o 3º dedo da mão esquerda para que o espéculo possa ser introduzido suavemente na vagina. A mão direita, que introduzirá o espéculo, deverá pegá-lo pelo cabo e borboleta. O espéculo é introduzido fechado. Apóia-se o espéculo sobre a fúrcula, ligeiramente oblíquo (para evitar lesão uretral), e faz-se sua introdução lentamente; antes de ser completamente colocado na vagina, quando estiver em meio caminho, deve ser rodado, ficando as valvas paralelas às paredes anterior e posterior; posição que ocupará no exame. A extremidade do aparelho será orientada para baixo e para trás, na direção do cóccix, enquanto é aberto. Na abertura do espéculo, a mão esquerda segura e firme a valva anterior do mesmo, para que a mão direita possa, girando a borboleta para o sentido horário, abri-lo e expor o colo uterino (6).
Observa-se, então, se o colo já se apresenta entre as valvas, devendo o mesmo ser completamente exposto. Nem sempre o colo localiza-se na posição descrita anteriormente; nestes casos deve ser localizado através de movimentação delicada do espéculo semiaberto. Executada esta etapa, a luva da mão esquerda que afastou os lábios vaginais e firmou a valva anterior do espéculo para exposição do colo, encontra-se contaminada por secreções da paciente; assim, deverá ser retirada e executar o restante do exame sem luvas (desta etapa em diante não haverá contato com a pele ou mucosas da paciente, apenas com instrumentais) tendo o extremo cuidado para evitar contaminação (6).
O colo é então inspecionado; pacientes nulíparas geralmente têm o orifício externo puntiforme ao passo que nas que já tiveram parto vaginal este apresenta-se em forma de fenda; mulheres na pós menopausa tem o colo atrófico, e nas mais idosas pode ser difícil identificá-lo. A inspeção deve avaliar presença de “manchas”, lesões vegetantes, lacerações, etc (6).
2. Devido aos dados identificados no histórico e no exame físico, você pode suspeitar de uma infecção. Qual é esta infecção e como o enfermeiro deve intervir nesta situação? 
A infecção é por Candida spp., neste caso deve-se orientar a paciente sobre os fatores predisponentes a essa infecção, pois se trata de um fungo já residente na flora da mulher. Por isso explicar a importância da higiene adequada, evitar uso de roupas apertadas como jeans e lycra, a limpeza correta de roupas íntimas e o uso de roupas íntimas de algodão, orientar a paciente a seguir o tratamento antifúngico prescrito e incentivar a paciente a dormir sem roupa íntima (6).
Caso Clínico – Saúde da Criança
Diagnóstico Clínico-Médico
CID 10 - J15.9 	Pneumonia bacteriana não especificada
Definição
Por definição, pneumonia constitui uma condição clínica caracterizada pela infecção do trato respiratório inferior, porções distais do pulmão. Pacientes de todas as idades podem ser acometidos, porém os de extremos de idade tendem a apresentar pior prognóstico. (7).
Pode ser Típica– início agudo, febre, calafrio, tosse produtiva, dor pleurítica, estertores, macicez, aumento do Frêmito Tóraco-vocal, sopro tubário – ou Atípica – início insidioso, sintomas extra pulmonares (cefaléia, mialgia, diarréia), tosse seca, dor pleurítica, ausculta atípica para pneumonia. Indivíduos idosos comumente também podem apresentar confusão mental, adinamia, queda do estado geral ou piora de outra doença de base qualquer, como diabetes mellitus; sendo esses os únicos comemorativos da pneumonia (7).
Etiologia 
Etiologicamente estão envolvidas categorias diversas de agentes: vírus, bactérias, fungos e parasitos (7).
A pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou, na época do inverno, devido a mudanças bruscas de temperatura. Essas mudanças comprometem o funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que acarreta uma maior exposição aos microorganismos causadores da doença (7).
Quando o quadro tem início fora do hospital ou mesmo até 48-72h pós-internamento, trata-se de uma pneumonia adquirida na comunidade (PAC); em contrapartida, quando ocorre 48-72h após admissão em serviço hospitalar, estamos diante de uma pneumonia nosocomial (PN), na qual geralmente os pacientes apresentam estado mais grave. A nosocomial pode ainda ser subclassificada em precoce e tardia, respectivamente associada à estadia menor e maior que cinco dias em ambiente de flora bacteriana hospitalar. Tem-se ainda a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM), enquadrada como subtipo de pneumonia nosocomial (PN), frequente em pacientes submetidos a suporte ventilatório invasivo prolongado (7).
FisiopatologiaA fisiopatologia envolve uma falha de defesa do hospedeiro: alteração do aparelho mucociliar/ resposta imunológica → entrada do patógeno →resposta inflamatória (vasodilatação, exsudação, infiltração → consolidação) e, consequentemente, manifestações sistêmicas como febre, adinamia, leucocitose (7).
Avaliação Diagnóstica
Exame clínico, auscultação dos pulmões e radiografias de tórax são recursos essenciais para o diagnóstico de pneumonia. Constituem critérios para diagnóstico de PAC: 1 - Indícios de resposta inflamatória sistêmica – febre, leucocitose;
2 - Indícios de inflamação do trato respiratório inferior – tosse, expectoração purulenta, sinais de consolidação pulmonar (estertores, aumento da broncofonia e do frêmito tóraco-vocal);
3 - Infiltrado recente no Raio X de tórax. Para a pneumonia nosocomial, podem ser utilizados os mesmos critérios mostrados acima, além de cultura compatível (escarro, aspirado traqueal, lavado broncoalveolar, líquido pleural ou sangue) (7).
Tratamento 
Clínico 	
As secreções aumentam a resistência ao fluxo aéreo, dificultam as trocas gasosas e tornam excessivo o trabalho dos músculos respiratórios. Os recursos manuais da fisioterapia respiratória compõe um grupo de técnicas de exercícios manuais específicos que visam a prevenção no intuito de evitar complicações de um quadro de pneumopatia instalado, a melhora ou reabilitação de uma disfunção toracopulmonar e o treinamento e recondicionamento físico das condições respiratórias do paciente pneumopata (8).
As percussões pulmonares abrangem qualquer manobra realizada com as mãos sobre a superfície externa do tórax do paciente proporcionando vibrações mecânicas, as quais serão transmitidas aos pulmões, gerando mobilização de secreções pulmonares. Entre as percussões pulmonares mais utilizadas, destacam-se a tapotagem e a percussão cubital, sendo o objetivo de ambas deslocar o muco e permitir o seu encaminhamento para as vias aéreas centrais, facilitando assim sua eliminação (8).
Consiste na associação das manobras de vibração e de compressão torácica, no sentido anatômicos dos arcos costais, aplicada na fase expiratória do ciclo respiratório, de forma constante, lenta e moderada, promovendo fluidificação e deslocamento de secreções pulmonares para vias aéreas de maior calibre para que, posteriormente, sejam eliminadas pela tosse ou aspiração. A vibração pode ser realizada manualmente ou por meio de aparelho específico. A vibração manual consiste em movimentos oscilatórios empregados no tórax por meio de contração isométrica da musculatura do antebraço e deve ser realizada na fase expiratória. A vibrocompressão associa essa vibração com compressão torácica. O fundamento da vibração está vinculado à propriedade do muco de liquefazer-se durante a agitação, portanto, o emprego desse recurso facilita a depuração da secreção (8).
Farmacológico
A pneumonia pode ser tratada empiricamente, no entanto na PAC em tratamento hospitalar e na PN se deve buscar o agente.
PAC não-grave (tratamento domiciliar): 
- azitromicina 500mg 1x/dia VO por 5 dias ou claritromicina 500mg 12/12h VO por 7-10 dias 
OU
- levofloxaxina 500mg 1x/dia VO por 7 dias ou moxifloxaxina 400mg 1x/dia VO por 7 dias
OU
- amoxicilina 500mg 3x/dia VO + macrolídeo
OBS.: se aspirativa, tratar com amoxicilina + clavulanato ou clindamicina
PAC grave (tratamento hospitalar)
- levofloxacina 500mg 1x/dia OU moxifloxaxina 400mg 1x/dia EV por 10-14 dias
OU
- ceftriaxona 2g/dia + azitromicina/claritromicina 500mg/dia EV por 10-14 dias
OBS.: se legionella, Staphylococcus aureus ou GRAM ( - ): tratar por 14-21 dias (9).
Complicações
Deve-se atentar a sinais de gravidade no paciente com quadro de pneumonia. Dois ou mais dos seguintes, justificam internação hospitalar: idade > 65 anos; comorbidades, freqüência respiratória> 30, PaO2 < 60, leucócitos > 30.000 ou < 4.000; bacteremia; PÁS< 90; PAd < 60; SaO2 < 92%; freqüência cardíaca > 120; disfunção hepática ou renal; derrame pleural importante; suspeita de agente de alta letalidade (pseudômonas, estáfilos, dentre outros) (7).
Sistematização da Assistência de Enfermagem
Investigação
Coleta de Dados
LTF, 9 anos, sexo masculino, natural de Brasília. Procurou a UBS com a mãe que refere início de quadro gripal com tosse seca, febre não termometrada e dispnéia há 3 dias. Há 2 dias evoluiu com dor torácica, irradiando para ombro esquerdo. Associado refere náuseas. Foi encaminhado ao acolhimento para passar em consulta de enfermagem.
ANTECEDENTES: 
· Nascido de parto cesárea, a termo, sem intercorrências. 
· Crescimento e desenvolvimento adequados.
· Refere herniorrafia inguinal no primeiro mês de vida. 
· Apresenta Dislipidemia e Sobrepeso. 
· Nega outras doenças. Nega alergias. Nega outras internações.
ANTECEDENTES FAMILIARES:
· Mãe, 31anos, hígida. G4P1A2.
· Pai, 34anos, tem hipertrigliceridemia 
HÁBITOS DE VIDA: 
· Reside em casa de alvenaria, saneamento básico completo. 
· Contato com gatos periodicamente e contato com tabagistas (tios).
AO  EXAME FÍSICO
· REG, acianotico, anicterico, taquidispneico, facies de dor, SaO2 ar amb: 91%.
· Oroscopia: sem alterações
· AR: tórax com expansibilidade diminuída, MV + e muito diminuído a esquerda, creptos em base direita, retração de fúrcula leve, tiragem intercostal leve. FR: 29 ipm
· AC: Bulhas hipofonéticas, ausência de sopros. FC: 108bpm
· Abd: globoso, flácido, indolor a palpação, ausência de vômito.
· MMII: bem perfundidos, sem edema.
Diagnósticos de Enfermagem
Permeabilidade de vias aéreas comprometida;
Sobrepeso - IMC > 19,1;
Ingestão Alimentar excessiva (5).
Intervenção de Enfermagem
Permeabilidade de vias aéreas comprometidas - Orientar mãe/cuidador sobre posicionar a criança em decúbito dorsal, levemente elevado; Manter as janelas da casa abertas; Observar freqüência respiratória, irritabilidade, palidez, cianose, obstrução nasal, entre outros; Orientar mãe/cuidador quanto a manutenção das vias aéreas superiores limpas; Orientar exercícios físicos/respiratórios conforme a idade.
Sobrepeso - Incentivar reeducação alimentar, orientar dieta alimentar, orientar os riscos de saúde relacionados à obesidade, orientar a prática de exercícios físicos.
Ingestão Alimentar excessiva - Estimular a criança a fazer uma atividade física, identificando o esporte de sua preferência; Evitar que a criança tenha acesso fácil a alimentos como salgadinhos, bolachas, doces e refrigerantes; Investigar hábitos alimentares individuais e familiares, tipo de alimentos, quantidade e freqüência; Monitorar mensalmente o peso da criança no gráfico; Orientar a mãe/cuidador a fornecer alimentação adequada para a idade da criança; Orientar a mãe/cuidador quanto a mudanças nos hábitos alimentares da família/criança; Parabenizar a criança e a mãe a cada etapa atingida: diminuição
do peso, mudança de hábitos, entre outros; Programar monitoramento domiciliar (5).
Referências
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância de Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. 122 p. 
2. Barbedo LS; Sgarbi DBG. Candidíase. DST - J bras Doenças Sex Transm 2010: 22(1): 22-38. Disponível em http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/303/2018/02/r22-1-2010-4-Candidiase.pdf.
3. Simões JA. Sobre o diagnóstico da candidíase vaginal. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2005. 27 (5): 233-234. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032005000500001&lng=pt. https://doi.org/10.1590/S0100-72032005000500001.
4. Tozzo AB; Grazziotin NA. Candidíase Vulvovaginal. PERSPECTIVA, Erechim. 2012. v.36, n.133, p.53-62. Disponível em: http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/133_250.pdf.
5. cipesc
6. Brasil, Exame preventivo do Câncer de colo Uterino (Papanicolau). Dicas em Saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2011. Acesso em 09 set 2020. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/237_papanicolau.html
7. Kumar, V; Abbas, AK;Aster, JC. Robbins: Patologia Básica. 9ª ed. São Paulo: Elsivier; 2013. 928p.
8. Ebserh. POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/025/2015 Técnicas de Fisioterapia Respiratória em pacientes Adultos. 1ªed. Uberaba: Ministério da Educação; 2015. 22p. 
9. Katzung, BG; Trevor, AJ. Farmacologia Básica e Clínica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017. 1054p.

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