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Ciência e Higiene dos Alimentos Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Ms. Maria Lucian Perrella de Carvalho Revisão Textual: Profa. Ms. Sandra Regina F. Moreira Monitoramento, Critérios de Segurança Alimentar e Legislação Sanitária • Apresentação do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) · Implementar as ações relacionadas à prática do Sistema APPCC na rotina diária de um restaurante, de forma a prevenir a contamina- ção alimentar. · Apresentar a legislação sanitária apontando as recomendações vol- tadas aos aspectos de área física, equipamentos, mão de obra e técnicas de manipulação dos alimentos nos ambientes de preparo e distribuição de refeições. OBJETIVO DE APRENDIZADO Monitoramento, Critérios de Segurança Alimentar e Legislação Sanitária Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Monitoramento, Critérios de Segurança Alimentar e Legislação Sanitária Apresentação do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) A Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) trata-se de um método que foi desenvolvido pelas indústrias americanas ainda na década de 60, com o propósito de garantir a qualidade dos alimentos consumidos pelos astronautas da NASA, a agência espacial americana responsável pelo envio de foguetes ao espaço. Logo, para caracterizá-lo deve-se levar em conta (CANDIDO, 2008) que: » Tem como pré-requisito ou como base as regras e princípios relacionados às Boas Práticas, assim a utilização de um não exclui a do outro, portanto, devem ser aplicados conjuntamente; » Trata-se de um método preventivo, ou seja, uma ferramenta de gerenciamento usada para proteger os alimentos dos perigos físicos, químicos e biológicos; » Atua como um instrumento que apresenta base científica e que permite reconhecer a existência ou não de formas seguras de controle de perigos; » Pode–se dizer que não é um sistema de risco zero, mas que tem como objetivo reduzir os riscos dos perigos relacionados aos alimentos; » É um sistema desenvolvido para o controle de produtos alimentícios, o qual pode ser aplicado em todo o processo produtivo, desde o recebimento do produto (verificação da origem) até o seu consumo final; Portanto, é um sistema que objetiva controlar as etapas mais fortemente relacionadas com os perigos não controláveis, visando à segurança alimentar do produto e, por consequência, à proteção do consumidor (SILVA Jr., 2007). Resumindo, é um instrumento utilizado para identificar os perigos e avaliar os riscos de contaminação dos alimentos, tanto nas indústrias alimentícias quanto nos restaurantes, tendo como objetivo primordial garantir a segurança dos alimentos utilizados e distribuídos (SILVA Jr., 2007). Para a implantação do método APPCC, é preciso, antes de tudo, elaborá-lo, portanto, a seguir será descrito (CANDIDO, 2008) o passo a passo: 1º Passo: identificar os perigos (no caso, perigos físicos, químicos e biológi- cos que podem acometer os alimentos). Nesta fase são identificados os pos- síveis perigos da produção de um determinado alimento e preparação. Tais perigos podem estar relacionados aos manipuladores de alimentos, equipa- mentos e utensílios, alimentos contaminados, sobrevivência e multiplicação de microrganismos. 8 9 Após a identificação dos perigos. Eles devem ser descritos no fluxo de APPCC. 2º Passo: depois de identificado o perigo, deve-se realizar as condutas técni- cas, também denominadas pontos críticos de controle (PCC) com o pro- pósito de prevenir, diminuir ou eliminar. Elas podem ser classificadas como: – PCCp: Ponto Crítico de Controle, utilizado quando o perigo pode ser prevenido, por exemplo: congelamento e refrigeração. – PCCr: Ponto Crítico de Controle, utilizado quando o perigo pode ser reduzido ou retardado, por exemplo: lavagem, desinfecção do ambiente, do equipamento e do pessoal. – PCCe: Ponto Crítico de Controle, utilizado quando o perigo pode ser eliminado, por exemplo: fervura, esterilização, pasteurização e cocção. 3º Passo: está relacionado à conduta técnica (PCC) que será tomada a partir do perigo encontrado. As condutas técnicas (PCC) usadas são: – Controle de temperaturas em cadeia quente e fria; – Higiene pessoal e operacional; – Higiene de equipamentos etc. 4º Passo: relaciona-se ao critério usado para aplicação da conduta escolhida, por exemplo: – Conduta – higiene das mãos; – Critério – álcool a 70%. Os critérios escolhidos são determinados pelas legislações sanitárias em vigor. 5º Passo: todos os critérios precisam ser monitorados e registrados durante o processo produtivo, pois por intermédio do monitoramento pode-se obser- var ocorrência de possíveis falhas e erros durante a elaboração dos produtos. Havendo o não respeito aos critérios estabelecidos, devem ser tomadas medidas corretivas, o que significa nova padronização dos limites perdidos. É importante a realização de registro nesse processo para posterior investigação por parte de auditores e agentes do governo. 9 UNIDADE Monitoramento, Critérios de Segurança Alimentar e Legislação Sanitária 6º Passo: todas as etapas devem ser descritas no formato de fluxograma. Nome da Preparação: Aplicação (etapas) Perigo/ Tipo de PPC Conduta Técnica (PPC) Monitoramento Critérios Ação Corretiva Como mencionado anteriormente, a aplicação do método APPCC não exclui o uso das Boas Práticas, isso quer dizer que: » O método permite identificar o perigo, determinar o ponto crítico e indicar o controle imediato (PCC); » As Boas Práticas definem todas as ações corretivas, imediatas ou não, impres- cindíveis para corrigir os pontos críticos, controlar os perigos e os pontos de controle (CANDIDO, 2008). Monitoramento, Ação Corretiva e Verificação O Monitoramento pode ser definido como o ato de medir ou observar se os limites críticos estão sendo respeitados para assegurar se o PCC está sob controle (SILVA Jr., 2007).A Ação Corretiva deve ser tomada de imediato, quando o monitoramento indicar que um critério importante não está sendo atingido (SILVA Jr., 2007). A Verificação pode ser definida como a utilização, se necessário, de métodos, procedimentos, testes e outras avaliações complementares ao monitoramento, para determinar se o sistema APPCC está de acordo com o plano APPCC, ou para verificar se o plano necessita de modificação ou reavaliação (SILVA Jr., 2007). Destacou-se neste tópico o Monitoramento, porque ele é a confirmação dos procedimentos durante a manipulação dos alimentos, no decorrer de cada ponto crítico de controle, para observar se os critérios estabelecidos estão sendo atingidos. O monitoramento é baseado nas seguintes ações (SILVA Jr., 2007): » Observar as práticas de manipulação e procedimentos de limpeza para a comprovação de que os métodos estabelecidos estão sendo realizados; » Medir os tempos, temperaturas, ph ou acidez, atividade de água, concentração do detergente e do desinfetante, condições dos recipientes e das embalagens; » Coleta e análise das amostras de alimentos. 10 11 Para o monitoramento da temperatura dos alimentos manipulados em um restaurante são recomendáveis termômetros, que podem ser (SILVA Jr. 2007): Figuras 1 e 2 Fonte: iStock/Getty Images Tabela 1 Infravermelho Digital Usado para Alimentos congelados, ou cuja embalagem nao pode ser danifi cada para verifi cação da temperatura. Usado para alimentos refrigerados ou cozidos, os quais permitem fácil penetração para leitura da temperatura no seu centro geométrico. Para o monitoramento da presença de microrganismos nos alimentos, deve ser praticada a Coleta de Amostras dos alimentos que foram manipulados e distribuídos aos clientes que frequentam o restaurante, da seguinte forma (SILVA Jr., 2007): » Inicialmente, as amostras de alimentos devem ser retiradas dos recipientes, os quais foram acondicionados para a distribuição (SILVA Jr., 2007); » Após essa etapa, as embalagens plásticas identificadas por etiquetas devem ser fechadas retirando-se o ar, e acondicionadas em freezer por até 96 horas, haven- do qualquer intercorrência devem ser encaminhadas para análise microbiológica (SILVA Jr., 2007); » A etiqueta de identificação deve conter: data, horário, nome da preparação, local de origem e gramagem coletada (SILVA Jr. 2007); » Após a coleta das amostras de todas as preparações que foram servidas no restau- rante durante o horário de distribuição das refeições, é recomendável que sejam agrupadas em uma embalagem maior para seguirem juntas ao armazenamento em freezer, como já citado anteriormente (SILVA Jr., 2007). Outro ponto a se salientar é o aspecto da Contaminação Cruzada, a qual pode ocorrer em diferentes situações, como por exemplo: » Trabalhando simultaneamente na mesma bancada com a preparação de uma sobremesa e o descasque de frutas; » Usando a mesma faca para descascar vegetais e cortar carnes; » Acondicionando na mesma prateleira da geladeira, pudim pronto para servir e frutas in natura ainda com casca, sem terem passado pelo pré-preparo; 11 UNIDADE Monitoramento, Critérios de Segurança Alimentar e Legislação Sanitária » Utilizando a mesma tábua para corte de qualquer tipo de alimento. Para prevenir a contaminação cruzada: » Adquirir facas e tábuas específicas para cada tipo de alimento; » Organizar o refrigerador de forma a não armazenar próximos alimentos prontos para o consumo, com alimentos ainda sem o pré-preparo; » Manipular um tipo de alimento de cada vez, e, após a manipulação, higienizar a bancada para a próxima manipulação. Critérios de Segurança Alimentar junto ao Recebimento, Armazenamento, Pré-preparo, Preparo, Espera e Distribuição dos Alimentos Os critérios recomendados durante o processo produtivo dos alimentos envolvem: Tabela 2 Operação Perigos/PCC Medidas de Controle Recebimento Patógenos em alimentos crus;Alimentos de fontes insalubres. Higiene na recepção dos produtos; Controle de temperatura na recepção dos alimentos: Alimentos congelados -18⁰C; Sobremesas refrigeradas até 4⁰C; Frios e laticínios até 8⁰C; Hortifrutigranjeiros até 10⁰C. Armazenamento sob Refrigeração Patógenos podem multiplicar-se quando armazenados por tempo prolongado. Manter os alimentos perecíveis sob temperatura de 4⁰C, evitando o contato entre os diferentes gêneros alimentícios. Armazenamento no estoque seco Ruptura das embalagens; Umidade alta; Venenos armazenados próximo de alimentos; Vetores; Gotejamento. Controlar a data de validade dos alimentos, organizar adequadamente; Separar alimentos de produtos de limpeza; A temperatura dentro do estoque deve ser de até 26⁰C. Descongelamento Reconstituição Patógenos podem se multiplicar; Contaminação durante a reidratação; Multiplicação microbiana. Manter sob refrigeração a 4⁰C para descongelamento; Utilizar água potável e utensílios desinfetados; Consumir imediatamente ou refrigerar em pequenas porções. Pré-preparo Contaminação cruzada dos alimentos crus; Contaminação pelos equipamentos, utensílios e mãos dos manipuladores; Multiplicação dos microrganismos. Evitar manipular alimentos crus e também os cozidos; Evitar tocar os alimentos que não sofrerão cocção, rapidez no processo, até 30 minutos; Açougue climatizado deve ter temperatura entre 16 e 18⁰C. Preparo/Cocção Microrganismos patogênicos podem multiplicar-se. Refrigere os alimentos rapidamente, de 55⁰C para 21⁰C em 2 horas e daí para 4⁰C em 6 horas, utilizando recipientes com no máximo 10 cm de altura. 12 13 Reaquecimento Esporos sobrevivem; Microrganismos patogênicos na forma vegetativa podem sobreviver; Persistência de toxinas termoestáveis. Atingir 74⁰C no interior do alimento; Evitar a multiplicação prévia dos microrganismos nos alimentos. Espera para distribuição Manter alimentos em temperaturas quentes. Microrganismos patogênicos não se multiplicam, podem fi car vivos. Manter alimentos a 65⁰C - 60⁰C. Abaixo de 60⁰C apenas 3 horas, além deste tempo desprezar Distribuição de alimentos quentes Manter alimentos em temperaturas quentes. Microrganismos patogênicos não se multiplicam, podem fi car vivos. Manter alimentos a 65⁰C - 60⁰C. Abaixo de 60⁰C apenas 3 horas, além deste tempo desprezar. Distribuição de alimentos frios Alimentos mantidos acima de 10⁰C ou em temperatura ambiente pode provocar a multiplicação microbiana. Manter alimentos em espera sob refrigeração menor que 10⁰C. Deve estar na distribuição até 10⁰C por no máximo 4 horas, entre 4 e 21⁰C por 2 horas e acima de 21⁰C desprezar. Higiene de equipamentos e utensílios Patógenos nas superfícies de equipamentos e utensílios de preparação aumentam a contaminação cruzada. Lavar com água e detergente próprio, enxaguar bem e desinfetar com cloro 200 ppm ou álcool 70%. Higiene das mãos Patógenos nas mãos aumentam a contaminação cruzada. Lavar com água e sabão próprio e fazer antissepsia com álcool 70% ou utilizar sabão antisséptico. Higiene dos vegetais Podem persistir microrganismos patogênicos ou ovos e cistos de parasitas. Lavar em água corrente, imergir em cloro a 150- 200 ppm e enxaguar em água ou vinagre 2%. Fonte: Silva Jr, E. A. Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviço de Alimentação 2007. Utilização do Sistema de Resfriamento dos Alimentos O cook-chill é um sistema de produção de refeições que consiste na preparação e cocção normais dos alimentos, seguidas de imediato porcionamento, refrigera- ção em condições controladas de temperatura superiores ao ponto de congela- mento e armazenamento sob refrigeração logo antes do alimento ser consumido (SILVA Jr., 2007). O sistema cook-freeze usa um sistema de produção similarao usado no sistema cook-chill. Difere por congelar a -18ºC, o que garante o seu armazenamento por um período mais prolongado (SILVA Jr., 2007). Os princípios básicos que envolvem o sistema cook-chill (SILVA Jr., 2007) dizem respeito a: » Utilizar matéria prima de boa qualidade microbiológica; » Cozinhar os alimentos a temperaturas que destruam as células vegetativas dos microrganismos patogênicos; » Resfriar rapidamente os alimentos a pelo menos 3ºC em 90 minutos, logo após o cozimento para controlar a multiplicação dos microrganismos que possam ter sobrevivido a cocção; 13 UNIDADE Monitoramento, Critérios de Segurança Alimentar e Legislação Sanitária » Armazenar os alimentos em temperaturas entre 0ºC e 3ºC por, no máximo, 5 dias, incluindo o dia da produção e o dia do consumo; » Reaquecer os alimentos a 70ºC no seu centro geométrico por 2 minutos; » Distribuir em temperaturas superiores a 63ºC quando forem consumidos quentes e abaixo de 3ºC quando consumidos frios (SILVA Jr., 2007). Por intermédio de equipamentos especializados pode ser aplicado o sistema cook-chill em restaurantes. Legislação Sanitária no Âmbito Municipal e Estadual Existem, atualmente, duas principais legislações que norteiam os aspectos higiênico- -sanitários e que são aplicáveis em restaurantes institucionais e comerciais, são elas: Portaria 2619/2011-SMS.G, cujo endereço eletrônico é: https://goo.gl/Mhph7B Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013, cujo endereço eletrônico é: https://goo.gl/L1zVgrEx pl or A Portaria CVS 5 é de autoria da Secretaria de Estado da Saúde e, por conse- quência, tem abrangência estadual, enquanto que a Portaria 2619 é de autoria da Secretaria Municipal da Saúde, tendo abrangência municipal. Por se tratarem de portarias utilizadas no Estado de São Paulo e na Cidade de São Paulo, a seguir é apresentado um quadro comparativo com ambas as legisla- ções sanitárias: Portaria 2619 (2011) Secretaria Municipal de Saúde Regulamento Técnico para o Controle Higiênico – Sanitário em empresas de alimentos, estabelecendo critérios e parâmetros para a produção de alimentos e bebidas aplicados às empresas de alimentos. Aplicação: aplica-se a todas as empresas nas quais sejam realizadas algumas das seguintes atividades: produção / fabricação, importação, manipulação, fracionamento, armazenamento, distribuição, venda para o consumo final e transporte de produtos na área de alimentos. Portaria CVS-nº 5 (2013) Secretaria de Estado da Saúde Regulamento Técnico que estabelece os parâmetros e critérios para o Controle Higiênico – Sanitário em estabelecimentos de alimentos. Aplicação: se aplica a todos os estabelecimentos que produzem, industrializam, fracionam, armazenam e transportam. Responsabilidade Técnica O contrato de prestação de serviços entre a empresa e o responsável técnico deve permanecer no estabelecimento para ser apresentado à autoridade sanitária. No caso de EPP e de ME, a responsabilidade técnica poderá estar a cargo do proprietário ou pessoa por ele designada, desde que faça o curso de Boas Práticas. Responsabilidade Técnica O responsável deverá estar regularmente inscrito no órgão fiscalizador de sua profissão, ou no caso de empresas ME, a responsabilidade técnica poderá ser exercida pelo proprietário, desde que faça o curso de Boas Práticas. 14 15 Pessoal Higiene Pessoal: » Barba e bigode aparados; » Cabelo totalmente protegido; » Não menciona a maquiagem; » Sem esmalte; » São vedados adornos inclusive piercing; » Permite carregar somente crachá; » Não é obrigatório o uso de máscaras. Higiene das Mãos: » Deve fi xar em locais estratégicos cartazes sobre procedimento correto de higiene das mãos. » Frequência da lavagem das mãos: » Não faz menção sobre as luvas e a lavagem das mãos. Saúde: » Menciona os exames coprocultura e coproparasitológico. Pessoal Higiene Pessoal: » Barba e bigode raspados; » Cabelo protegido; » Maquiagem leve; » São vedados adornos, inclusive alianças e piercing » É vetado o uso de máscaras; » Pode usar caneta, lápis, papel e termômetro em bolso inferior. Higiene das mãos: » Pede cartaz explicativo. Frequência da lavagem das mãos: » Lavar as mãos sempre que colocar as luvas. Saúde: » Não menciona o nome dos exames médicos, apenas que devem existir exames laboratoriais e médico. Recebimento: » Especifi ca temperatura para congelados, refrigerados, carnes e pescados. Recebimento: » Especifi ca temperatura para carnes, pescados etc. Armazenamento: » Pode colocar caixa de papelão na refrigeração. Armazenamento: » Pode colocar caixa de papelão na refrigeração. Resíduos Sólidos: » Apresentam informações mais completas. Resíduos Sólidos: » Preocupa-se mais com o lixo orgânico. Controle de Qualidade: » Existe um tópico exclusivo para esta fi nalidade. Controle de Qualidade: » Está implícito em cada tópico descrito na legislação. Área de consumação: » Sugere separação entre não fumantes e fumantes; » Será permitida a presença de cães guias na área de consumação. Os animais domésticos de pequeno porte serão permitidos desde que em área exclusiva. Área de consumação: » Menciona o uso de plantas e ornamentos e demais aspectos de controle de qualidade. Instalações Sanitárias: » Lixeira com tampas para guarda de papéis servidos quando não ligados diretamente à rede pública de esgoto, ou quando destinado a mulheres; » Chuveiros na proporção de 1 para cada 20 funcionários. » Dispensa as ME e EPP de vestiários, desde que a área do sanitário comporte de forma organizada a instalação de armários individuais e chuveiros. » Quando não houver local para consumação não obriga a existência de sanitários para o público. Instalações Sanitárias » Mencionam todos os aspectos relativos a pias lavatórios, vasos sanitários, lixeiras, porém não menciona número de chuveiros. 15 UNIDADE Monitoramento, Critérios de Segurança Alimentar e Legislação Sanitária Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Para melhor compreensão a respeito do sistema cook-chill, assista aos três vídeos a seguir, cujos endereços eletrônicos são: Vídeos Cliente da Klimaquip fala do processo Smart System (Cook & Chill) Durante a apresentação do vídeo observe as funcionalidades proporcionadas pelo sistema cook-chill, a respeito de racionalização da mão de obra e agilização no preparo e entrega dos pratos. https://youtu.be/7LbrySkx9Kc Palestra Fispal - Smart System Este segundo vídeo executa o processo cook-chill na prática, revelando a rapidez e a preservação das características sensoriais das preparações. https://youtu.be/VKDfKZf-D3k Rogério Shimura - Técnica e Tecnologia (Estande Prática Fispal 2012) E finalmente, o terceiro vídeo apresenta a aplicação do sistema cook-chill no preparo de pães, mais precisamente na rotina de uma padaria. https://youtu.be/y4-bEhUWccA Análise de Perigos - HACCP Para melhor compreensão a respeito do método APPCC. Neste vídeo observe a descrição do método e a aplicação dos princípios na prática https://youtu.be/DyBCMHRoGEI Leitura Controle de Qualidade de Pescados com Verificação dos seus PCC’S em um Restaurante no Município de Volta Redonda PEREIRA, Laís Aparecida Reis; FONSECA, Vanessa Vasconcelos. Controle de Qualidade de Pescados com Verificação dos seus PCC’S em um Restaurante no Município de Volta Redonda. Interbio, v.5, n.1, p. 21 – 28, 2011 - ISSN 1981-3775. https://goo.gl/NbV8YM Custo-efetividade da produção de refeições coletivas sob o aspecto higiênico-sanitário em sistemas cook-chill e tradicional KAWASAKI, Vera Megumi; CYRILLO, Denise Cavallini; MACHADO, Flávia Mori Sarti. Custo-efetividade daprodução de refeições coletivas sob o aspecto higiênico-sanitário em sistemas cook-chill e tradicional. Revista de Nutrição, Campinas, v. 20, n. 2, p. 129-138, Apr. 2007. https://goo.gl/paQBpe 16 17 Referências CANDIDO, C.C. et al. Nutrição Guia Prático. 2. ed. São Paulo: Látria, 2008. SILVA Jr, E.A. Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimen- tação. 6. ed. São Paulo: Livraria Varela, 2007. 17
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