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Profa. Roberta Carolina de Afonseca e Silva Estágio Supervisionado de Prática Jurídica Criminal I Aula 10 - Exercício Atividade: Pedro, 22 anos, vê-se denunciado perante a 12ª Vara Criminal de Londrina porque teria, juntamente com outros tantos rapazes, danificado um telefone público que existe na rua em que vivem. A denuncia, embora alcance outro rapaz e faça menção a vários outros que estavam no local participando da mesma conduta, é lacônica, pois foi baseada em fatos indefinidos, tais como: “eles fizeram” ou “eles agiram dolosamente contra o bem público”, limitando-se a afirmar, quanto à Pedro, que sua personalidade desajustada está devidamente comprovada pelo fato de ser reincidente (devidamente comprovado pela certidão cartorária). A exordial reporta-se ao art. 163, parágrafo único, III, CP, e Pedro foi citado de seu inteiro teor. Os demais rapazes foram excluídos da peça vestibular sem qualquer razão justificada. Questão: Elaborar a peça apta a solucionar a situação de Pedro. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE LONDRINA. Processo nº…. Pedro, 22 dois anos, (estado civil), inscrito no RG n° ___, CPF nº ____, residente na rua ___, nº ___, por sua advogada que esta subscreve (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 396 e 396-A, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, pelo motivo de fatos e de direito a seguir expostos: I — DOS FATOS Pedro foi denunciado como incurso no artigo 163, parágrafo único, III, do Código Penal, por ter, supostamente, danificado um telefone na cidade de Londrina, na intenção de danificar patrimônio público do município, da União e do Estado juntamente com outros rapazes. II — DO DIREITO Acontece, Vossa Excelência, que a denúncia é vaga, baseando-se em fatos indefinidos tais como “eles fizeram” e “eles agiram dolosamente contra o bem público”, contrariando o dispositivo constante do artigo 41 do CPP, em que nos informa “a denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol de testemunhas”. Ademais, Pedro foi denunciado como incurso no art 163, parágrafo único, inciso III, e não podemos afirmar que a ideia de destruição do bem público foi do réu. Não houve grave ameaça, violência ou qualquer substância inflamável. Não existem afirmações concretas nessa queixa-crime. Há que se falar, portanto, da atenuante da pena, art 65 do Código Penal, inciso II e III - (c) e (e). III — DO PEDIDO Por todo exposto, requer seja declarada a nulidade do processo, com fulcro no art. 564, IV do CPP, 395, I e 41 do CPP. Caso não seja esse o entendimento, requer desclassificação do crime previsto no art 163, parágrafo único, inciso III, para o crime previsto no art. 163, caput, sem dano qualificado, remetendo os autos ao Juizado Especial Criminal, em razão da competência, com fulcro no art. 564, I, CPP. Caso não seja esse entendimento, requer sejam ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa em audiência de instrução e julgamento. Nesses termos Pede deferimento. Londrina/Paraná [Nome do advogado] OAB/PR ___
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