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Obturação dos canais radiculares - Considerações gerais e técnicas

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Aula 07: Obturação dos canais radiculares - Considerações gerais e técnicas
➔ Objetivo: Preencher o canal
radicular em toda sua extensão
com um material inerte ou
anti-séptico, que sele,
permanentemente, da maneira
mais hermética possível, não
interferindo e, de preferência,
estimulando o processo de
reparo apical e periapical que
deve ocorrer após o tratamento
endodôntico. (Leonardo e Leal,
1998)
Tríade endodôntica:
ABERTURA CORONÁRIA → PREPARO
BIOMECÂNICO → OBTURAÇÃO
- A fase de obturação é a
expressão de todo o tratamento
de canais radiculares (Estrela &
Figueredo, 1999) - será possível
confirmar se foi possível chegar
em um bom comprimento de
trabalho, conicidade adequada,
diâmetro apical adequado
OBS: manobra de patência apical -
permite que o forame apical fique
aberto, sendo possível que o material
extravase para a região periapical, o
interessante é utilizar um cimento com
boa compatibilidade para que não
haja interferência no reparo apical.
- A fase de obturação recebe uma
ênfase porque ela é quem irá
substituir a polpa radicular, e de
certa forma reflete toda a
conduta profissional. (Benetti
Filho, 1986)
Objetivos centrais da obturação:
A obturação é realizada para garantir
que não haja tráfego de
microrganismos da cavidade oral para
região periapical e não haja
percolação de fluidos que possam
servir como substrato aos
microrganismos que permaneceram no
interior do canal mesmo após o
preparo biomecânico.
1. Finalidade seladora
antimicrobiana:
- Possibilidade da permanência
de microrganismos nos túbulos
dentinários e ramificações do
canal principal.
- Selar os canalículos dentinários
- Selar as ramificações do canal
- Selar união CDC
2. Finalidade biológica:
- Garanta ou não interfira no
reparo tecidual
- Repouso aos tecidos periapicais
- Permitir a osteogênese
- Reinserção do ligamento
periodontal
- Reintegração da lâmina dura
- Formação de osteocemento
Uma obturação inadequada permite
que os fluidos de tecidos periapicais
entrem nos espaços vazios deixados
pela má obturação. Nestes casos, os
canais radiculares podem tornar-se
infectados por ingresso retrógrado de
microrganismos ou por via oral por
meio de restaurações imperfeitas.
(Nairdof, 1974 e Sutow et al., 1999)
Quando obturar?
- Preparo biomecânico finalizado:
travamento do IAF no batente
apical, paredes lisas e
conicidade
- Canal completamente seco:
pontas de papel
- Dente assintomático
Se todos estes sinais estiverem
presentes, o dente pode ser obturado
na mesma sessão do preparo
biomecânico.
Quando não obturar numa mesma
sessão?
- Preparo biomecânico
incompleto (dificuldade
anatômica)
- Pacientes difíceis
- Secreção apical
- Fadiga do paciente
Quando não é possível obturar numa
mesma sessão: curativo de demora
Limite apical de obturação:
- Segue o mesmo ponto de
preparo biomecânico = CRT (CDR
- 1mm)
- O ideal seria o limite CDC (ponto
intangível clinicamente)
Materiais utilizados na obturação
convencional dos canais radiculares:
1. Materiais em estado sólido:
cones de guta-percha
- Obedecem a mesma
estandardização proposta por
Ingle, para realizar a obturação
de acordo com o IAF
- Mesma numeração e coloração
de 1ª, 2ª e 3ª série
Propriedades da guta-percha:
- Boa adaptação às paredes dos
canais radiculares
- Possibilidade de amolecimento e
plastificação por meio de calor
ou solventes químicos
- Boa tolerância tecidual
- Radiopacidade físico-química
- Facilidade de remoção, se for
necessário
- Flexibilidade
Divisão de formato:
a. Guta-percha principal:
Deve apresentar o mesmo D0 que o IAF
Apresenta conicidade 0,02mm
b. Guta-percha auxiliar: promove
um preenchimento adicional,
principalmente em canais
cônico
Não há estandardização para o D0
Não há estandardização para
conicidade
Desvantagem:
- Falta de adesividade, por esse
motivo, deve ser acompanhada
de cimento ou pasta
2. Materiais em estado plástico:
cimentos endodônticos
- Materiais em estado plástico
que após um período de tempo
tomam presa e permitem a
união entre cones de
guta-percha e entre estes e as
paredes do canal: garantido
estabilidade
Composição:
- Cimentos à base de óxido de
zinco e eugenol
- Cimentos à base de resinas
plásticas
- Cimentos à base hidróxido de
cálcio
- Cimentos à base ionômero de
vidro
- Cimentos derivados de
biopolímeros
Características ideias:
a. Físico-químicas
- Não deve ser permeável
- Possuir bom escoamento
- Possuir boa viscosidade e
aderência
- Não ser solubilizado após a
presa
- Possuir pH próximo a 7
- Ser radiopaco e de fácil
remoção
- Ser de fácil inserção
- Ser plástico no momento da
obturação tornando-se sólido
posteriormente
- Propiciar bom tempo de
trabalho
- Propiciar um bom selamento do
espaço endodôntico em todos
os sentidos
- Não sofrer contração
b. Biológicas:
- Não ser irritante aos tecidos
- Ser reabsorvido no periápice, no
caso de extravasamentos
- Estimular ou permitir a
deposição de tecido fibroso de
reparação
- Estimular ou permitir a
deposição de tecido
mineralizado, a nível apical
- Ser inerte ou possuir ação
antimicrobiana
- Não desencadear resposta
imune nos tecidos apicais e
periapicais
- Não ser mutagênico ou
carcinogênico
Técnicas de obturação:
1. Procedimentos pré-obturação
- Confirmação do batente apical
- Secagem do canal: ponta de
sucção plástica
- Aplicação de EDTA: 3 minutos
sob agitação - remoção da
smear layer
- Irrigação final com NaOCl
- Secagem com ponta de papel
absorvente
- Organização da bandeja para
obturação: condesadores, placa
de vidro, placa de petri, tesoura,
canulas de sucção, régua,
exploradores, espátula 24, etc.
- Escolha e desinfecção dos
cones principais e auxiliares: 1
minuto em NaOCl (placa de
petri)
- Preparo do cimento obturador
2. Sequências técnicas
- A técnica de obturação
escolhida depende da técnica
de instrumentação realizada:
a. Protaper ou Reciproc: técnica
cone único
Cone de obturação com D0 e
conicidade iguais ao último
instrumento utilizado no preparo.
Protaper: F1, F2, F3
Reciproc: R25, R40, R50
b. Manual: técnica
sem-compactação (NCT)
Sequência técnica - Cone único:
1. Prova clínica do cone:
Primeiro teste da prova clínica:
- Cone principal (mesmo tamanho
do IAF) é inserido ao canal até
encontrar resistência:
adaptação
- Dar uma leve batidinha com a
pinça
- Pinçar o cone no ponto de
referência
- Puxar o cone do canal, sendo
importante a sensação
travamento do cone
Segundo teste da prova clínica:
- Levar cone marcado até uma
régua para verificar se o cone
chegou ao CRT
OBS: Qual das duas provas é a mais
importante?
A chegada do cone ao CRT é mais
importante do que o seu travamento.
Caso o cone não trave, é possível testar
um cone maior, mas o cone maior deve
chegar ao CRT.
Se o cone maior não chegar no CRT,
utilizar o cone que não travou mas
chegou ao CRT.
2. Prova radiográfica do cone:
- Após a prova clínica, instalar o
cone no canal radicular e
realizar a radiografia de prova
do cone
- Verificar se chegou no CRT:
respeitando distância de 1mm
OBS: se clinicamente o cone chegou ao
CRT, mas na radiografia não, houve
erro na odontometria, sendo
necessário refazer todo o processo de
odontometria e instrumentação
(preparo biomecânico)
3. Aplicação de cimento no canal:
- Uma vez que o cone passou na
prova clínica e na prova
radiográfica, realiza-se a
cimentação no cone
- Envolver o cone com cimento,
levando-o até o CRT, fazer de 2 a
3 inserções do cone no canal
(movimento de entrada e saída)
- Repetir o passo anterior,
envolvendo o cone com cimento,
levando até o CRT e realizando
de 2 a 3 inserções - repetir esse
passo enquanto o cone sair do
canal sem cimento
- Colocar o cone em posição,
cimentado
4. Radiografia comprobatória:
- Verificar se existem falhas na
obturação do canal
- No caso de falhas, o processo
de cimentação e a radiografia
comprobatória devem ser
repetidos
5. Corte do cone na entrada do
canal:
- Levar o calcador aquecido até o
cone, realizando o corte
6. Condensação vertical com
calcador a frio
7. Limpeza da cavidade pulpar
com bolinha de algodão
embebidaem álcool
8. Restauração temporária da
cavidade pulpar
9. Radiografia final
- Observar o canal obturado até
o CRT, sem apresentar falhas,
com o corte na porção cervical
abaixo da junção
amelocementária
Sequência técnica - Técnica
sem-compactação (NCT)
Uso de cone de guta-percha principal
(que se adapte ao D0) e cone de
guta-percha auxiliar (preencham o
espaço da conicidade)
1. Prova clínica do cone
2. Prova radiográfica do cone
principal (localizado no IAF)
3. Aplicação de cimento no canal
4. Cimentação do cone no canal
5. Cimentação de cones auxiliares:
- Ao lado do cone principal,
inserir os cone auxiliares
envolvidos no cimento, até não
conseguir mais inserir cones no
canal
- Se o IAF for até 35, usa-se o
cone F
- Se o IAF for acima de 40, usa-se
o cone FM
6. Radiografia comprobatória
- Verificar se há falhas na
cimentação
7. Corte dos cones na entrada do
canal com calcador quente:
8. Condensação vertical com
calcador frio:
9. Limpeza da cavidade pulpar
com bolinha de algodão
embebida em álcool
10. Restauração temporária da
cavidade pulpar
11. Radiografia final
Radiografias ao longo do tratamento
endodôntico:
Radiografia inicial
↓
Radiografia de odontometria
↓
Radiografia da prova do cone
↓
Radiografia comprobatória
↓
Radiografia final
Falhas na obturação dos canais
radiculares:
Obturação incompleta: operador
iniciante na prática endodôntica
- Dentes pouco instrumentados
- Falha na colocação de cimento
ou na escolha do cone

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