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Jessica Cavalcante de sousa BMF III 4ºSEMESTRE Fisiologia da Audição Natureza do Som Natureza do Som Ouvimos um som quando alguma coisa consegue mover moléculas no ar, provocando variações audíveis. Essas variações vão ocorrer devido a compressão do ar e após isso ele se rarefaz, provocando vibrações, estas que se propagam em todas as direções numa velocidade de 340 m/s. A frequência do som é o número que trechos comprimidos e depois rarefeitos que passam pelos nossos ouvidos por segundo em ciclos, e é através dela que somos capazes de detectar tons agudos e graves a cada segundo, sendo expressa em Hz. O nosso aparelho auditivo é capaz de detectar de 20 a 20000 Hz. Além disso, existe a amplitude, que represente a densidade dessas moléculas que são comprimidas, logo quanto maior a amplitude maior a compressão, e quanto menor a amplitude menor a compressão sendo a amplitude uma grandeza diretamente proporcional a energia sonora. Orelha externa: - Pavilhão do ouvido: capta o som Orelha média e interna: - Composta pelo meato acústico que estende-se até o tímpano (membrana timpânica) e aos ossículos, e estes a janela oval e atrás dela está a cóclea preenchida por fluido, e é através desse que transforma o movimento da janela oval em um resposta neural (som). Este são os primeiros estágios da via de audição Estrutura do sistema auditivo Estrutura do sistema auditivo Jessica Cavalcante de sousa BMF III 4ºSEMESTRE O ar presente na orelha média está continuo com o ar da cavidade nasal devido a tuba auditiva, sendo separados por uma válvula, e é por isso que o ouvido pode sentir as variantes de pressão, pois pode haver uma diferença na pressão entre o ouvido médio e o ar no exterior, resultando numa contração da membrana timpânica. É aqui que as variações do ar são convertidas nos movimentos dos ossículos, sendo o estribo responsável por movimentar-se para frente para trás na janela oval, esse movimento permite que as vibrações sonoras passem para o fluido da cóclea. Mas por que é necessário que o som passe por esses ossículos para chegar na cóclea? Esse processo é necessário pois o líquido necessita de um pressão maior, que só o ar, para vibrar, sendo os ossículos indispensáveis para amplificar essa pressão. O músculo tensor do tímpano, que possui sua origem na asa maior do osso esfenóide se insere no martelo. Já o musculo estapédio que se origina da parte petrosa do osso temporal tem sua inserção no estribo. Na presença de um som alta há uma resposta neural para esses músculos, que se contraem deixando esses ossos mais rígidos, e assim diminuindo a condução do som. Esse processo é chamado de reflexo de atenuação, e é muito maior para frequências mais baixas (graves) que para frequência altas (agudos) e é importante para nos adaptarmos a constante intensidade sonora que somos expostos. Além disso, o reflexo de atenuação protege o ouvido de sons de alta intensidade por diminuição da saturação das respostas de receptores no ouvido interno. Mas isso não é garantia de que não ocorra danos, pois o reflexo tem um atraso de 50 a 100 ms para que esses mm. se contraiam, e sons muito repentinos e com uma alta intensidade pode causar danos auditivos. Ouvido médioOuvido médio - Membrana Timpânica -Ossículos (Martelo, Bigorna e Estribo) -Mm. tensor do tímpano e estapédio Composição Tuba auditiva Ossículos Músculos e reflexo de atenuação O reflexo de atenuação está ativo quando falamos, permitindo que nós não ouçamos a nossa própria voz tão alta como seria caso não tivessemos reflexo C U R I O S I D A D E Jessica Cavalcante de sousa BMF III 4ºSEMESTRE oUVIDO INternooUVIDO INterno Anatomia da cóclea A cóclea tem o tamanho de uma ervilha e é constituída por duas janelas a oval, fechada pela membrana timpânica secundária e a redonda(vestibular), ocupada pela base do estribo A cóclea é dividida em 3 camadas que são preenchida por fluido sendo elas uma escala vestibular, escala média e uma escala timpânica. Nelas existem as seguintes estruturas: - Membrana Reissner: separa a escola vestibular da escola média - Membrana Basilar: separa da escola timpânica da escala média - Órgão de Corti: células receptoras auditivas, que estão apoiadas na membrana basilar - Membrana tectorial: suspensa a acima do órgão de corti No ápice da cóclea - Helicotrema: escala média tem continuidade com escala vestibular através da membrana deste orifício -Não há escala média Na base da cóclea: - Escala vestibular: janela oval -Escala timpânica: janela redonda (vestibular) Perilinfa: circula na escala timpânica e vestibular - Possui concentração iônica similar ao LCR, tendo quantidades baixas de K+ e altas de Na+ Endolinfa: circula na escala média - Possui concentrações incomum, como no liquido intracelular, onde há grandes concentrações de K+ e baixo Na+ Fluido coclear Jessica Cavalcante de sousa BMF III 4ºSEMESTRE Mas por que ocorre essa diferença de concentração? Pois existem estrias vasculares na endotélio que recobre a parede da escala média, e devido a um processo ativo, reabsorve Na+ da endolinfa e secreta potássio para ela. Isso gera uma diferença de concentração entre essas linfas, levando a um potencial elétrico que na endolinfa é muito mais positivo que na perilinfa, chamado de potencial endococlear. Fisiologia da cóclea A base da membrana bacilar é menor e mais rígida que o ápice, sendo este maior e menos rígido, isso faz com que a membrana basilar tenha uma resposta diferente das outras estruturas (rígidas) ao som. A distância que a onda percorre na membrana basilar depende da frequência do som. Sons de alta frequência faram a base rígida vibrar mais, dissipando maior parte da energia ali, fazendo com que a onda não se propague até muito mais longe, enquanto som de frequências mais baixas tende a se propagar por toda membrana antes que a energia se dissipe por inteiro. Sendo assim a membrana bacilar possui uma "tonotopia", uma organização sistemática devido diferentes deformações na membrana por diferentes frequências. São células receptoras auditivas, que convertem ondas mecânicas em alteração na polarização da membrana. É constituído por: Células ciliadas São células epiteliais especializadas, sendo assim, não são neurônios, nem possuem axônios e nem geram potencial de ação. Quem faz a transdução de um som em um sinal neural é a inclinação dos estereocílios dessas células. Elas estão fixas entre a membrana bacilar e a lâmina reticular. Células Ciliadas Internas: Localizada entre o modíolo e os pilares de corti Células Ciliadas Externas: Células mais externas aos pilares de corti Os esteriocílios estendem-se da parte apical das células até acima da lâmina reticular no interior da endolinfa mantendo suas extremidades na membrana tectorial ou logo abaixo da membrana As células ciliadas fazem sinapse com neurônios que tem seu corpo celular (gânglio espinal) dentro do modíolo e o axônio desses neurônios entram no nervo coclear, ramo do VIII NC, que se projeta nos núcleos cocleares no bulbo Órgão de Corti Pilares de Corti Estende-se entre a lâmina reticular e membrana bacilar Células de sustentação Jessica Cavalcante de sousa BMF III 4ºSEMESTRE Transdução pelas células ciliadas Quando a membrana basilar se movimenta devido ao movimento do estribo, todas as estruturas que sustentam as células ciliadas se movimentam em direção a membrana tectorial ou se afastando dela, pois todos eles se conectam entre si. Além disso, os estereocílios também se movimentam, se inclinam com maior intensidade em sons altos, enquanto sons mais delicados fazem pouca movimentação nos estereocílios. Mas como ocorre a transdução da energia sonora? Cada estereocilios tem em sua extremidade um canal, que se conecta com o cílios através de um ligamento apical, que se abre e fecha de acordo com a inclinação dos cílios, e quando estão abertos ocorre um influxo de potássio de dentro da endolinfa para dentro das células ciliadas, isso gera uma despolarização e consequentementeabertura de canais de Ca+ dependentes. O influxo de Ca+ faz com que haja a liberação de glutamato que se liga aos receptores dos neurônios pós-sinapticos. O nervo coclear comunica-se com as células ciliadas, onde seus axônios, cujo corpo de neurônio estão no gânglio espiral, faz aferência sináptica que deixa a cóclea basicamente somente com as células internas, mesmo estas sendo em menor número. Já as células ciliadas externas, que estão em maior número, exercem uma função crítica na transdução do som, amplificando o movimento da membrana basilar durante estímulos sonoros de baixa intensidade (amplificador coclear) Jessica Cavalcante de sousa BMF III 4ºSEMESTRE Vias AuditivasVias Auditivas A aferência do gânglio espiral entra no tronco encefálico pelo nervo vestibulococlear, e no nível do bulbo cada axônio ramifica-se e faz sinapse com os neurônios do núcleo coclear posterior e anterior. Embora existam outras vias núcleos cocleares ao colículo inferior com outros núcleos de transmissão intermediários todas as vias auditivas ascendentes convergem para o colículo inferior e lá neurônios projetam seus axônios para o núcleo geniculado medial do tálamo que por sua vez projeta-se ao córtex auditivo. O córtex auditivo ocupa parte do lobo temporal em ambos os hemisférios, ocupa o firo de Heschl dentro do sulco lateral. Surdez e localização de lesões auditivasSurdez e localização de lesões auditivas Existem varias causas para surdez, desde traumatismo, infecções, substancias toxicas e até enrijecimento das estruturas do ouvido médio. Quando a surdez é unilateral, a causa está geralmente situada na estrutra do ouvido ou no nervo coclear, podendo ser problemas na condução quando atinge o tímpano ou os ossículos, ou neural quando atinge o nervo. Surdez central é quando atinge estruturas auditivas do tronco encefálico, mesencéfalo, tálamo e córtex cerebral Localização do som Localização do som Um forma de localizar o som é pelo tempo que o som leva para alcançar cada ouvido. Os retardos interauricolares que somos capazes de detectar são muito curtos, e usamos isso para saber de qual direção o som veio. Quando o som é um som contínuo, ou seja, não ouvirmos o inicio do som, ainda sim somos capazes localizar o som, mesmo sem ser pelo seu tempo. O encéfalo possui uma processo para a localização de sons de alta frequência, devido a percepção de intensidades diferentes do som em cada ouvido, devido a emissão de sombra sonora. Se o som vem direita o ouvido esquerdo escutará com uma intensidade menor, e neurônios sensíveis a intensidade conseguem identifica essa diferença. Esses dois processos juntos constituem a teoria dúplex da localização do som
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