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Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST Doença isquêmica do coração: principal causa de morte em todo mundo, 7,4 milhões de óbitos anuais No Brasil é responsável por 31% das mortes cardiovasculares. FISIOPATOLOGIA As SCA decorrem da ruptura da placa ateromatosa vulnerável ou de erosão superficial do endotélio → adesão plaquetária →trombo IAM com supra: oclusão trombótica total do vaso. TTO com estatinas diminuiu ocorrência do IAM com supra mas as oclusões parciais (IAM sem supra e angina instável) são cada vez mais comuns. Marcador de lesão normal – angina instável Marcador de lesão aumentado – IAM CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DAS SCA Geralmente desconforto torácico Forma típica: dor precordial em opressão, peso ou queimação. Irradiada para MMSS ou região cervical, associada a sudorese, vômitos, síncope ou dispneia. Pode ser desencadeada por esforço ou estresse. Forma atípica: epigastralgia em queimação, indigestão e dor pleurítica. Mais comum em idosos, mulheres e diabéticos Todo paciente nessa situação deve ser submetido a um ECG, dentro de no máximo 10 min. Necrose miocárdica: confirmada com a elevação seriada do marcador TROPONINA (I ou T) - Realizado na admissão (hora 0), 3h e 6h após A troponina começa a elevar em torno de 4 horas após o infarto e volta a concentração normal em torno de 10 dias Normalmente é dosada junto com CKMB, sua concentração no sangue começa a aumentar 1 hora após o infarto. Probabilidade de SCA após avaliação clínica e ECG Baixa: dor reproduzida a compressão, onda T retificada Média: dor ou pressão torácica ou no membro superior, diabetes, >70 anos, alterações fixas no ECG, enzimas normais Alta: história de insuficiência coronariana, dor torácica ou no MSE, hipotensão, congestão pulmonar, alteração de ST transitória, elevação de enzimas cardíacas, dispneia Diagnóstico diferencial Pericardite, dissecação de aorta, tamponamento cardíaco, valvopatias MEDIDAS GERAIS ✓ IAMCSST reperfusão coronariana imediata, com agentes fibrinolíticos ou com angioplastia percutânea. Prioridade: ECG em até 10 min Monitorização cardíaca contínua O2 suplementar se SaTO2 <90% Acesso venoso periférico – 2 acessos pelo menos RX de tórax Exames de sangue: troponina, função renal, eletrólitos, hemograma e coagulograma. ELETROCARDIOGRAMA O ECG deve ser repetido após meia hora da admissão ou a qualquer momento em caso de piora da dor. Inicia-se com apiculamento da onda T seguido de elevação do segmento ST Para que o supra de ST seja considerado sugestivo de isquemia miocárdica: 1. Deve ser encontrado em duas derivações contiguas 2. Ter mais de 2 mm para homens e mais de 1,5 mm para mulheres em V2 e V3 e mais de 1 mm nas demais variações. Cada derivação corresponde a uma parede do miocárdio o Anteroseptal: V1, V2, eventualmente V3 o Anterior: V1 a V4 o Anterolateral: V5-V6, I e aVL o Infarto de VD – acometimento de II, III AVF TERAPIA INICIAL: diminuir as chances de progressão da isquemia miocárdica, atender o + rápido possível 1ª medicação: AAS dose de ataque 300mg, se possível mastigar o AAS. Associar a um antagonista dos receptores difosfato de adenosina clopidogrel ou ticagrelor - Clopidogrel 300mg. Outras medidas: oxigenoterapia se Sat O2 <90% associada a dispneia, sinais de esforço respiratório, acesso venoso (2 acessos periféricos), analgesia e monitorização cardíaca continua. Após medidas iniciais: pacientes com sintomas de isquemia <12 H de duração: reperfusão coronariana (química ou angioplastia) Intervenção percutânea coronariana É superior a fibrinólise. ICP deve ser realizada com tempo porta-balão <90 min e se transferência para centro com hemodinâmica < 120 min. Realizada em pacientes com sintomas e/ou evidências de isquemia com apresentação entre 12-24 h a partir do início dos sintomas. Indicada em pctes com choque cardiogênico, independente do tempo de apresentação. ➢ Stent farmacológico AAS + clopidogrel por 6 meses AAS continuamente Terapia fibrinolítica Tão eficaz quanto a ICP se instituída até 3H de evolução da isquemia Indicação de terapia química é a IAMCSST com <12 h de evolução salvo contraindicações. o Contraindicação para fibrinólise: AVC hemorrágico prévio, AVC isquêmico nos últimos 3 meses exceto se concomitante ao IAM, sangramento ativo, suspeita de dissecação de aorta, HAS grave não controlada no PS. Principais drogas: ALTEPLASE, TENECTEPLASE, RETEPLASE E ESTREPTOQUINASE. Uso de fibrinolítico indicada em: Dor sugestiva de IAM > 20 min e com <12 h ECG com supra de ST em pelo menos 2 derivações precordiais contiguas ou 2 periféricas adjacentes Impossibilidade de realizar ICP em 90 min ou tempo de transferência > 120 min Ausência de contraindicações O que muda no TTO com IAM sem supra e com supra? O IAM com supra precisa de reperfusão ou por fibrinolítico ou reperfusão percutânea. Baixo Risco – 0 a 2 pontos Risco Intermediário – 3 a 4 pontos Alto Risco – 5 a 7 pontos TRATAMENTO ADJUVANTE NO IAMCSST Anticoagulação: para ICP usar heparina não fracionada, para fibrinolítico enoxaparina Morfina: 2 – 10 mg EV e repetir a cada 5 – 15 min, se dor anginosa persistente e refratária á nitrato e BB, se edema agudo pulmonar Nitroglicerina: se dor anginosa persistente, has, ic/congestão Betabloqueador: atenolol, carvedilol, metoprolol, propranolol... Ieca: captopril, ramipril; ou BRA, se intolerência Bloqueador do receptor da aldosterona: espironolactona 25mg 1x/dia Estatina: atorvastatina, sinvastatina, rosuvastatina
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