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Izabelle P. Santana Turma XXIV – A GLÂNDULAS ANEXAS DO TUBO DIGESTIVO A digestão consiste no fracionamento dos alimentos visando a absorção dos nutrientes. O fracionamento promove: ∙ A redução das proteínas em aminoácidos; ∙ Dos carboidratos em açucares; ∙ Das gorduras em ácidos graxos e glicerol. Na boca, o fracionamento dos alimentos inicia-se com a ação dos dentes e devido as enzimas digestivas que são produzidas pelas glândulas anexas do tubo digestivo. GLANDULAS SALIVARES MAIORES São elas: ∙ Parótida; ∙ Sublingual; ∙ Submandibular. Uma cápsula de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas circunda e reveste as glândulas salivares maiores. ESTRUTURA GERAL As glândulas salivares são constituídas por unidades que são: 1. Células acinosas; 2. Ácino (“uva”) – constituído por várias células acinosas, formato esférico assemelham-se a uma uva. É a estrutura morfofuncional. 3. Adenômero – parte da glândula constituída de vários ácinos. Seria um “cacho de uvas”. 4. Lóbulo da glândula salivar – junção de vários adenômeros. 5. Vários lóbulos se juntam para formar uma glândula salivar maior. ∙ Ácino seroso – secreção mais aquosas, fluida e rica em proteínas. Células serosas têm, em geral, um formato piramidal, com uma base larga que repousa sobre uma lâmina basal e um ápice com microvilos pequenos e irregulares voltados para o lúmen. Células secretoras adjacentes estão unidas entre si por complexos juncionais e formam uma massa esférica denominada ácino, contendo um lúmen central. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A ∙ Ácino mucoso – secreção mais viscosa, rica em glicoproteínas. Células mucosas apresentam, em geral, um formato cuboide ou colunar; seu núcleo é oval e encontra-se pressionado junto à base da célula. Elas exibem características de células secretoras de muco, contendo glicoproteínas importantes para as funções lubrificantes da saliva. As células mucosas frequentemente se organizam formando túbulos. ∙ SEMILUA – formato encontrado na combinação de um ácino seroso com um mucoso. Artefato da técnica. ∙ Células mioepiteliais – quando estimuladas pelo SNA, contraem-se, “ordenhando” os ácinos e promovendo a ejeção da saliva pré-formada. Embora a contração das células mioepiteliais acelere a secreção de saliva, sua principal função parece ser a prevenção da distensão excessiva da terminação secretora durante a secreção, devido a um aumento da pressão luminal. 1. ácinos serosos. 2. Ducto estriado do ácino seroso – há estrias nas suas extremidades basal. Essas estrias representam as mitocôndrias. Os ductos são caracterizados por estriações radiais que se estendem da base das células até a altura dos núcleos. Quando observadas ao microscópio eletrônico, essas estriações consistem em invaginações da membrana plasmática basal, com numerosas mitocôndrias alongadas que estão alinhadas paralelamente às invaginações; essa estrutura é característica de células transportadoras de íons. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A PARÓTIDAS ∙ É uma glândula acinosa composta; ∙ Constituída por células serosas apenas; ∙ As células contêm grânulos com atividade amilolítica; ∙ 90% estrutura secretora; ∙ 5% ductos estriados; ∙ O restante é constituído de conjuntivo; ∙ Parótida tem uma estrutura muito semelhante ao pâncreas. SUBLINGUAL ∙ É uma glândula túbulo acinosa composta; ∙ É semelhante a submandibular; ∙ As células serosas estão sempre dispostas em semiluas. ∙ Há mais ácinos mucosos do que serosos. Assim como na glândula submandibular, as células que formam as semiluas serosas na glândula sublingual secretam lisozima. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A SUBMANDIBULAR ∙ É uma glândula túbulo acinosa composta; ∙ Porção secretora – células mucosas e acinosas; ∙ Porção serosa – forma ácinos ou associam-se aos ácinos mucosos formando semiluas. ∙ 90% acinosas serosas; ∙ 10% túbulos mucosos com semiluas serosas. As células que constituem as semiluas na glândula submandibular secretam a enzima lisozima, cuja atividade principal é hidrolisar as paredes de determinadas bactérias. GLÂNDULAS SALIVARES MENORES ∙ Estão espalhadas por toda a cavidade oral; ∙ Localizam-se na lâmina própria, próximas ao epitélio; ∙ Incluem as glândulas salivares radiais, linguais, bucais e palatinas. ∙ São em geral mucosas, serosas ou mistas. Em humanos, as glândulas salivares menores secretam 10% do volume total de saliva, mas são responsáveis por aproximadamente 70% do muco que é secretado. Normalmente produzem muco, mas as glândulas serosas na parte posterior da língua são exceção. Estas glândulas não encapsuladas estão distribuídas em toda a mucosa oral e submucosa. A saliva é produzida por pequenas unidades secretoras e é conduzida à cavidade oral em ductos curtos, com pouca modificação de seu conteúdo (diferente das glândulas salivares maiores). Izabelle P. Santana Turma XXIV – A GLANDULAS ANEXAS PANCREAS ∙ É uma glândula mista; ∙ Possui uma porção endócrina e exócrina; ∙ A porção endócrina produz insulina e glucagon; ∙ A porção exócrina é semelhante a parótida e produz enzimas digestivas. Além da presença das Ilhotas de Langerhans, temos no interior dos ácinos pancreáticos a presença de uma estrutura chamada de célula centro acinosa. O pâncreas apresenta a ausência de ductos estriados e o ducto intercalar penetra no interior dos acinos formando as células centro acinosas (secretam substância alcalina para aumentar o pH pancreático). O suco pancreático assim como a bile aumentam o pH da luz intestinal. ESTRUTURAS CARACTERÍSTICAS DO PANCREAS ∙ Presença de ilhotas de langerhans; ∙ Ausência de ductos estriados; ∙ O ducto intercalar penetra no ácino formando a célula centro acinosa; ∙ Só contém ácinos serosos. ILHÓTAS DE LANGERHANS ∙ A porção endócrina produze insulina e glucagon. ∙ A porção exócrina é formada por ácinos serosos produtores de enzimas digestivas. ENZIMAS PANCREÁTICAS ∙ Ribonuclease; ∙ Desoxirribonuclease; ∙ Lipase; ∙ Amilase; ∙ Carboxipeptidase. A maioria das enzimas é armazenada na forma inativa (pré-enzimas) nos grânulos de secreção das células acinosas, sendo ativada no lúmen do intestino delgado após a secreção. Na pancreatite hemorrágica aguda, as pré-enzimas podem ser ativadas e digerir todo o pâncreas, levando a complicações muito sérias. Esse quadro pode ser provocado por alcoolismo, fatores metabólicos, cálculos biliares, traumatismo, infecção e uso de determinados fármacos. CONTROLE DA SECREÇÃO PANCREÁTICA ∙ Feita por dois hormônios, que são produzidos por células enteroendócrinas da mucosa intestinal (duodeno e jejuno). ∙ Secretina – promove abundante secreção de um fluido pobre em proteínas e atividade enzimática e rico em bicarbonato. Para que as enzimas pancreáticas possam funcionar em sua faixa ótima de pH (neutro). ∙ Colecistoquinina CCK – promove menos secreção, mas rica em proteínas e enzimas. A liberação é estimulada por ácidos graxos de cadeia longa, ácido gástrico e alguns aminoácidos essenciais no lúmen intestinal. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A FÍGADO ∙ Segundo maior órgão do corpo, e a maior glândula. ∙ Todos os nutrientes absorvidos pelo intestino chegam ao fígado pela veia porta, exceto os lipídios complexos (quilomícrons), que chegam pela artéria hepática. ∙ Constituído por células chamadas de hepatócitos que são de grande versatilidade funcional. Os hepatócitos formam os lóbulos, e o fígado humano contém de 3 a 6 espaços porta por lóbulo, cada um contendo um ramo da veia porta, um ramo da artéria hepática, um ducto (parte do sistema de ductos biliares) e vasos linfáticos. Em determinados animais (p. ex., porcos), os lóbulos são separados entre si por uma camada de tecido conjuntivo. Isso não ocorre em humanos, nos quais os lóbulos estão em contato ao longo de grande parte de seu comprimento, tornando difícilo estabelecimento de limites exatos entre lóbulos diferentes. ∙ Apresenta funções glandulares, endócrinas e exócrinas. FUNÇÕES DO FÍGADO Síntese proteíca: renova suas próprias proteínas e as sintetiza. Produz albumina, fibrinogênio e protrombina. Geralmente, o hepatócito não armazena proteínas em grânulos de secreção no citoplasma, mas secreta continuamente para a circulação sanguínea. Cerca de 5% da proteína exportada pelo fígado é produzida pelas células de Kupffer; o restante é sintetizado pelos hepatócitos. Secreção biliar (parte exócrina): a produção da bile é uma verdadeira secreção, o hepatócito transporta ativamente água e outros componentes da bile que é armazenada na vesícula biliar. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A A secreção de bile é uma função exócrina, já que os hepatócitos captam do sangue, transformam e excretam vários componentes para o interior dos canalículos biliares. Além de água e eletrólitos, a bile tem outros componentes essenciais: ácidos biliares, fosfolipídios, colesterol e bilirrubina. Acúmulo de metabólitos: os lipídios e glicídios são acumulados na célula hepática principalmente sob a forma de gorduras neutras e glicogênio. Função metabólica: o hepatócito é o responsável pela conversão de lipídios e aminoácidos em glicose graças a um complexo processo chamado de gliconeogênese. Desintoxicação e neutralização: várias drogas são neutralizadas pelas células hepáticas devido a processos de oxidação, acetilação, metilação e conjugação. VESÍCULA BILIAR ∙ Têm a forma de uma pêra; ∙ É um órgão oco; ∙ Está preso a superfície inferior do fígado; ∙ Armazena e concentra o líquido biliar produzido no fígado. A principal função da vesícula biliar é armazenar bile, concentrá-la por meio da absorção de água e secretá-la no sistema digestório quando necessário. Esse processo depende de um mecanismo de transporte ativo de sódio no epitélio de revestimento da vesícula. A contração da musculatura lisa da vesícula é induzida pela colecistoquinina, hormônio produzido por células enteroendócrinas do intestino delgado (células I). A secreção de colecistoquinina, por sua vez, é estimulada por nutrientes no intestino delgado, particularmente por ácidos graxos da dieta. ESTRUTURA DA PAREDE DA VESÍCULA BILIAR 1. Camada mucosa com dobras e constituída por epitélio prismático simples e lâmina própria. 2. Camada de musculo liso. 3. Camada de conjuntivo perimuscular. 4. Camada serosa. 1. Epitélio prismático/cilíndrico com núcleos elípticos. 2. Tecido conjuntivo, lâmina própria.
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