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0 1 SUMÁRIO 1 COMPOSIÇÃO E PROPRIEDADES DOS ALIMENTOS ............................ 4 1.1 Alimentos .............................................................................................. 4 1.2 A Pirâmide Dos Alimentos: ................................................................... 5 2 CARBOIDRATOS ....................................................................................... 6 2.1 Lipídios ................................................................................................. 6 2.2 Classificação: ....................................................................................... 7 3 PROTEÍNAS ............................................................................................... 7 4 VITAMINAS ................................................................................................. 8 4.1 Vitaminas lipossolúveis ........................................................................ 8 4.2 Vitaminas hidrossolúveis ...................................................................... 9 5 MINERAIS ................................................................................................. 10 5.1 Informações obrigatórias na rotulagem dos alimentos ....................... 11 5.2 Recomendações para a leitura dos rótulos: ....................................... 12 5.3 Diet X Light ......................................................................................... 12 5.4 Sugestões para o momento das compras .......................................... 14 5.5 Escolha e compra de um alimento ..................................................... 14 5.6 Alimentos dispensados da rotulagem nutricional obrigatória .............. 15 6 ARMAZENAMENTO E HIGIENE .............................................................. 15 6.1 Armazenamento ................................................................................. 15 6.2 Conservação de alimentos perecíveis ................................................ 16 6.3 Alimentos que necessitam de refrigeração ......................................... 17 6.4 Detalhes que devem ser observados para uma boa refrigeração ...... 18 6.5 Com relação aos alimentos congelados, devem ser tomadas as seguintes precauções ............................................................................................ 19 6.6 Conservação de alimentos não-perecíveis ......................................... 19 2 6.7 Higiene ............................................................................................... 20 6.8 Cuidados a serem observados na hora da compra ............................ 21 6.9 Cuidados a serem observados na Cozinha ........................................ 22 6.10 Cuidados a serem observados para prevenir doenças ................... 22 6.11 Cuidados com alimentos comercializados por ambulantes ............. 23 7 PRÉ-PREPARO E COCÇÃO DE ALIMENTOS ........................................ 26 7.1 Fatores que devem ser observados no pré-preparo .......................... 27 7.2 Dicas Importantes: ............................................................................. 31 8 TIPOS DE PANELA USADOS NA COCÇÃO ........................................... 33 8.1 Panela de cobre ................................................................................. 33 8.2 Panela de alumínio ............................................................................. 33 8.3 Panela de vidro .................................................................................. 34 8.4 Panela de teflon ................................................................................. 34 8.5 Panela de inox .................................................................................... 34 8.6 Panela esmaltada ............................................................................... 35 8.7 Panela de cerâmica ............................................................................ 35 9 RECEITAS DE SALADAS NUTRITIVAS PARA O VERÃO ...................... 35 9.1 Salada mais que completa: ................................................................ 35 9.2 Salada Colorida: ................................................................................. 36 9.3 Salada Camponesa: ........................................................................... 36 9.4 Salada de Macarrão: .......................................................................... 37 9.5 Salada de Couve-flor: ......................................................................... 37 9.6 Salpicão de Frango: ........................................................................... 38 9.7 Salada Verde com Tangerina: ............................................................ 38 9.8 Salada Colorida ao Molho de Iogurte: ................................................ 39 9.9 Salada de Alface com Queijo: ............................................................ 39 3 9.10 Salada Nutritiva e Refrescante: ....................................................... 40 9.11 Salada Verde com Cenoura: ........................................................... 40 9.12 Salada Grega: ................................................................................. 41 9.13 Salada de Macarrão com Frango: ................................................... 41 9.14 Salada Nápoles: .............................................................................. 42 9.15 Salada Roxa: ................................................................................... 42 10 MOLHOS PARA SALADAS ................................................................... 42 BIBLIOGRAFIA: .............................................................................................. 44 4 1 COMPOSIÇÃO E PROPRIEDADES DOS ALIMENTOS Fonte: 8.fotos.web.sapo.io 1.1 Alimentos Alimentar é dar ao organismo os nutrientes necessários à sua manutenção. Os nutrientes são encontrados nos alimentos, que podem ser tanto de origem vegetal como animal. Os alimentos são partidos em pequenas porções pelos processos de digestão e absorção, que começa na boca, através da mastigação, e termina nos intestinos, onde os nutrientes são absorvidos, para serem usados nas células, tecidos, músculos, órgãos, enfim por todo organismo. Os alimentos são classificados de acordo com a sua origem: Animal – carnes, ovos, leite e derivados; Vegetal – cereais, leguminosas, frutas, verduras, legumes; Mineral – água; Os Grupos dos Alimentos são: Energéticos – provimento das necessidades calóricas do indivíduo; Construtores ou Plásticos – relacionados à formação e manutenção dos tecidos; 5 Reguladores – importantes para que o organismo funcione de forma certa e na prevenção de doenças; 1.2 A Pirâmide Dos Alimentos: A Pirâmide Alimentar foi criada para ajudar e a entender como equilibrar esses alimentos diariamente. Os alimentos são agrupados de acordo com as suas funções e seus nutrientes. Fonte: www.hebiatriabatistela.com.br 6 2 CARBOIDRATOS - Macro nutriente de maior presença na natureza e organismos vivos. - Constituídos por açúcares simples e compostos, amido, celulose, pectinas, gomas, mucilagens, etc. - Funções: energia, reserva alimentar, formação de bolo fecal, estrutural, etc. Carboidratos simples: -São menores -> absorção rápida; são adocicados; têm maior solubilidade em água; Carboidratos complexos: são maiores -> absorção mais lenta; não apresentam sabor doce; são insolúveis em água. Fibras: Carboidrato não digerível. Fontes: farelos, cascas, aveia, centeio, cereais integrais. Alimentos Glicídicos: - Alimentos açucarados – açúcar refinado, cristal, mascavo, mel, compotas, geleias, doces em pasta, bombons, balas, caramelos, caldas, xaropes. - Alimentos feculentos – mandioca, batata, sagu, amido de trigo,amido de arroz, amido de milho. - Farinhas – trigo, milho, mandioca, arroz, aveia, centeio. - Produtos elaborados à base de farinhas e féculas – pão, biscoitos, massas alimentícias, produtos de confeitaria. 2.1 Lipídios Macro nutriente insolúvel ou pouco solúvel em água. Inclui-se nesta classe os óleos, gorduras, ceras, hormônios esteroidais, colesterol, vitaminas lipossolúveis, etc. Fornece a maior quantidade de energia por grama; melhora a palatabilidade dos alimentos; dão sensação de saciedade; previnem a perda rápida de calor e protegem órgãos. Fontes: Animais – gordura de depósitos e de órgãos de animais. Vegetais – azeites, óleos, gorduras dos vegetais. 7 Industrializados – manteiga, margarina, creme de leite e maionese 2.2 Classificação: Gordura Saturada – Encontrada principalmente em gorduras animais. Principal fator dietético envolvido no aumento do colesterol. Fontes: carne bovina, de aves, leite integral e derivados, gema de ovos, coco. Gordura insaturada – Encontrada em alimentos de origem vegetal. É dividida em monoinsaturada e poli-insaturada. Esta última inclui o ômega-3 e ômega-6, essenciais ao organismo. Fontes: óleos, azeites, sementes como linhaça e frutas oleaginosas. Gordura trans – Encontrada principalmente nas gorduras hidrogenadas (óleos que passaram por processo industrial para adquirir consistência semissólida a temperatura ambiente, melhorando a palatabilidade. Exemplo: margarina (exceto as que tiverem na lista de ingredientes a denominação “gordura interesterificada”). 3 PROTEÍNAS Macro nutriente formado por aminoácidos. Tipos de aminoácidos: Naturais – produzidos no organismo Essenciais – obtidos pela alimentação Tem como principais funções: transporte de nutrientes, reserva de energia, contração muscular, defesa do organismo, hormônio, estrutura do corpo. Fontes proteicas: Animal – ovos, carnes, leite e derivados. Vegetal – leguminosas (ervilha, lentilha, feijão, grão de bico, soja) e cereais (trigo, arroz, milho, cevada, aveia, centeio). Não-convencionais – microrganismos, torta de sementes de oleaginosas, penas, sangue. Complementação: arroz com feijão, milho com soja. 8 4 VITAMINAS Micronutrientes essenciais que não liberam energia. A grande maioria das vitaminas não pode ser sintetizada no organismo; mesmo as que são sintetizadas não são em quantidade suficiente. Devem ser obtidas na dieta alimentar. São indispensáveis para a função fisiológica normal, isto é, manutenção, crescimento, desenvolvimento e reprodução. 4.1 Vitaminas lipossolúveis Nome Fontes Alimentares Carência (avitaminoses) Vitamina A Fígado, rins, gordura do leite, margarina fortificada, gema de ovo, manga, pêssego, cenoura, abóbora Problemas de visão, pele seca, unha e cabelos frágeis Vitamina D Leite com vitamina D, fígado, gema de ovo, salmão, sardinha e atum Raquitismo e osteoporose Vitamina E Germe de trigo, óleos, vegetais de folhas verdes, gema de ovo, nozes Distrofia muscular, alterações neurológicas Vitamina K Fígado e vegetais Hemorragia, problemas intestinais Nome Fontes Alimentares Carências (avitaminoses) Vitamina B1 Carne de porco, fígado, legumes, grãos integrais e cereais enriquecidos. Beribéri Vitamina B2 Leite e derivados, vísceras, ovos, vegetais de folhas verdes, cereais e pães enriquecidos Queilose, seborreia, anemia 9 4.2 Vitaminas hidrossolúveis Perdas de vitaminas no alimento: Colheita, descascamento, corte, moagem, lavagem, cocção, temperatura, oxigênio, luz, quantidade de água no alimento, relação superfície/volume. Vitamina B3 ou PP Peixe, fígado, grãos, amendoim, leite Diarreia, demência e dermatite Vitamina B5 Ovos, fígado, vegetais e cogumelos Cansaço, fadiga, insônia, cólicas abdominais Vitamina B6 Carne de porco, farelo e germe de cereais, leite, gema de ovo, legumes Anemia macrocítica hipocrômica Vitamina B7 Fígado, cogumelos, amendoim, leite, carne, gema de ovo, vegetais, melão, morango, banana Dermatites, perda de apetite, náuseas, vômitos, palidez e depressão Nome Fontes Alimentares Carências (avitaminoses) Vitamina B9 ou Ácido Fólico Hortaliças verdes, cogumelos, fígado, feijões e lentilha Anemia Macrocítica, glossite, malformações congênitas do sistema nervoso Vitamina B12 Fígado, carnes, leite e derivados, ovos Anemia Macrocítica ou Perniciosa Vitamina C Laranja, limão, abacaxi, kiwi, acerola, goiaba, morango, melão, manga Escorbuto 10 5 MINERAIS Micronutrientes indispensáveis para equilíbrio dos fluidos do corpo, transporte de compostos essenciais, manutenção de músculos, ossos e nervos, etc. Principais funções dos minerais no organismo: Sistema imunológico – Cu, Zn, Fe, Se Produção de energia – Mg, P, Mn Sistema hormonal – Fe, Mn, Zn, Cu, Mg, K Produção sanguínea – Cu, Fe Reprodução – P, Cu, K, Mn, Zn, Mg Minerais e suas Fontes Alimentares Mineral Fontes Alimentares Cálcio Leite e seus derivados Fósforo Queijos, gema de ovo, leite, carnes, cereais de trigo integral, castanha Magnésio Cereais de trigo integral, castanhas, carnes, leite, vegetais verde Sódio Sal de cozinha, alimentos do mar. Abundante na maioria dos alimentos, exceto frutas Potássio Frutas, leite, carnes, cereais, vegetais 11 RÓTULO: é toda inscrição, legenda ou imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo, litografada ou colocada sobre a embalagem do alimento. As informações do rótulo destinam-se a identificar a origem, a composição e as características nutricionais dos produtos, constituindo-se, portanto, em elemento fundamental para a Saúde Pública. 5.1 Informações obrigatórias na rotulagem dos alimentos Data de validade e modo de conservação após aberto; Lote; Composição; Origem; Quantidade; Características do produto; Qualidade; Instruções de preparo. Alertas Obrigatórios: Produtos que contém glúten – não devem ser consumidos por quem tem doença celíaca, devendo constar na embalagem que o produto contém glúten. Produtos que contém aspartame – não devem ser consumidos por quem tem fenilcetonúria, devendo aparecer no rótulo do produto a presença de fenilalanina. Produtos que contém sacarose – não devem ser consumidos por quem tem DIABETES, devendo constar na embalagem que o produto contém SACAROSE. Ferro Fígado, carnes, cereais enriquecidos, vegetais verde escuro Zinco Ostras, fígado, moluscos, cogumelos, leite 12 5.2 Recomendações para a leitura dos rótulos: 1) Os rótulos devem apresentar a composição do alimento nos grupos principais como Carboidratos, Proteínas, Gorduras ou Lipídeos, Vitaminas\Sais Minerais e fibras. 2) Também devem apresentar a composição por ingredientes, como sacarose, glutamato monossódico (sal), etc. 3) As gorduras devem estar inscritas como gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras insaturadas e gorduras trans ou ácidos graxos trans. 4) A quantidade do nutriente deve estar descrita por porção do alimento\produto, significando a quantidade de alimento que deve ser consumida usualmente por uma pessoa saudável. 5.3 Diet X Light De acordo com a legislação brasileira em vigor, os termos diet e light são utilizados na designação de alimentos para fins especiais. DIET (alimentos para fins especiais): caracteriza alimentos que têm formulação especial para atender pessoas com distúrbio físico ou metabólico como diabéticos ou hipertensos ou ainda pessoas que tenham alergia alimentar, sem a necessidade de que o produto seja menos calórico. Ele deve ter a ausência total de um determinado ingrediente (açúcar ou sódio) e ser substituído por outro, portanto, produtos indicados para dietas por razões de saúde. LIGHT (alimentosmodificados): alimentos que devem ter, no mínimo, 25% menos de algum componente calórico, como açúcar, sal, gordura, etc. Apresentam redução de qualquer um de seus componentes, tendo como referência o produto do mesmo tipo, e não são destinados para fins específicos como os DIET. ATENÇÃO!!! Portadores de Diabetes Atenção aos alimentos com açúcares em sua composição, sendo eles DIET ou LIGHT. 13 Os produtos DIET destinados para dietas com restrição de carboidratos, dietas com restrição de gorduras e dietas de ingestão controlada de açúcares, devem conter a seguinte advertência: “Diabéticos: contém (especificar o tipo de açúcar: glicose / frutose / sacarose) ”, caso contenham esses açúcares. Portadores de Hipertensão Arterial ou “Pressão Alta” Atenção ao conteúdo de sódio descrito na Informação nutricional dos rótulos. Os produtos DIET ou LIGHT em sódio apresentam baixo ou reduzido teor em sódio. Adoçantes: pacientes hipertensos devem evitar ou ter cautela no consumo de produtos que contenham sacarina sódica e ciclamato de sódio, que, embora sejam adoçantes, são substâncias que contêm sódio. Hipercolesterolemia ou “Colesterol alto” A escolha de alimentos deve ser baseada no conteúdo anunciado nos rótulos de: gorduras totais, gorduras saturadas e gorduras ou ácidos graxos trans. Os produtos para dietas com restrição de gorduras (DIET) só podem conter 0,5g de gordura em 100g do produto. Os produtos com baixo teor de colesterol (LIGHT) podem apresentar no máximo 20mg de colesterol em sólidos e 10mg em líquidos, em 100g ou 100ml do produto. Hipertrigliceridemia ou “Triglicérides alto” Preferir alimentos reduzidos em gorduras e açúcares. Os alimentos DIET e LIGHT podem ser usados, mas com algumas considerações. Por exemplo: - O chocolate diet em açúcar não tem este ingrediente já que foi elaborado para o consumo das pessoas que não podem consumir açúcar. Em compensação, apresenta mais gordura do que o chocolate convencional, por isto deve ser consumido com moderação. Outro exemplo é o requeijão light, ele tem menos gordura que o original, mas 14 ainda contém gordura, por isso deve ser consumido com moderação. 5.4 Sugestões para o momento das compras Planejar a lista de compras antes de ir ao supermercado ou à feira, para evitar comprar itens dispensáveis e desnecessários. Alimentos supérfluos e de baixo valor nutricional como refrigerantes, lata de leite condensado, doces, sorvetes, biscoitos recheados, salgadinhos fritos não precisam ser comprados em grande quantidade porque não fazem parte de uma alimentação saudável, então quanto mais fizer o uso desses alimentos, cada vez mais ocorrerá o afastamento de uma alimentação adequada. Alimentos frescos como carnes, frutas e legumes devem ser comprados em um menor espaço de tempo (semanal), pois isso irá garantir o melhor aproveitamento de seus nutrientes. Ficar atento à data de validade do produto e à integridade da embalagem, que deve estar em perfeitas condições, garantindo assim a qualidade do produto. Observar a data de validade de produtos em promoção, porque o estabelecimento pode tentar vender um produto que não tenha mais qualidade e por isso o coloca em promoção. 5.5 Escolha e compra de um alimento O valor nutritivo dos alimentos depende de muitos fatores, como a época da estação ou da safra (frutas e vegetais), além do cheiro, a cor e a textura que também influenciam seu valor nutritivo. Carne bovina e de porco – não compre se a carne estiver escura ou esverdeada, o cheiro for desagradável e não houver origem determinada e carimbo de inspeção do Ministério da Agricultura, denominado Serviço de Inspeção Federal (SIF). Carne moída – prefira a carne que já se encontra embalada e que contenha a data de validade. 15 Peixe, camarão e mariscos – Estão frescos quando os olhos são arredondados, a guelra é vermelha, o cheiro é suave, a pele está brilhante e as escamas firmes. Se apertar a carne, ela deve voltar à posição rapidamente. O camarão deve estar com a cabeça presa ao corpo, a carapaça firme, olhos brilhantes e cheiro agradável. 5.6 Alimentos dispensados da rotulagem nutricional obrigatória Bebidas alcoólicas; Aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia; Águas minerais e as demais águas de consumo humano; Vinagres; Especiarias; Sal (cloreto de sódio); Café, erva mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes; Alimentos preparados e embalados em restaurantes e estabelecimentos comerciais, prontos para o consumo (ex: sanduíches e sobremesas do tipo flan, mousse, etc. também estão excluídos da rotulagem nutricional, exceto no caso de ser comercializados para outros estabelecimentos). Produtos fracionados nos pontos de venda em varejo, comercializados como pré-medidos (ex.: produtos fatiados, como queijos, embutidos, etc.). Frutas, vegetais e carnes in natura, refrigerados e congelados. Alimentos com embalagem cuja superfície visível para rotulagem seja menor ou igual a 100 cm2. 6 ARMAZENAMENTO E HIGIENE 6.1 Armazenamento O armazenamento consiste em como o alimento vai ser guardado/estocado. A aplicação correta de métodos adequados de conservação de alimentos reduz o desperdício e as perdas nutricionais, além de permitir que os alimentos possam ser 16 armazenados. Dessa forma, o armazenamento adequado de um alimento tem dois objetivos básicos: Evitar perdas econômicas; Prevenir intoxicações e infecções alimentares; Mas para que possamos armazenar os alimentos corretamente, devemos saber classificá-los em alimentos perecíveis e alimentos não-perecíveis. Todos os alimentos possuem água em sua composição, sendo que uns alimentos irão apresentar um maior teor de água e, outros, um teor menor. Será esse teor de água de um determinado alimento que o classificará em perecíveis e não-perecíveis. Os alimentos perecíveis apresentam um alto teor de água e são facilmente deteriorados e os não- perecíveis possuem água em menor proporção e consequentemente uma deterioração mais lenta. Será baseado nessa perecibilidade dos alimentos que serão aplicados os diferentes métodos de conservação. É importante lembrar que os métodos de conservação dos alimentos visam a aumentar sua vida de prateleira, ou seja, permitir que os mesmos mantenham suas características nutricionais, químicas e físicas desde o momento da sua obtenção ou fabricação até o consumo. Assim, a associação de diferentes processos de conservação é aplicada, bem como as embalagens utilizadas atuam com esse objetivo. 6.2 Conservação de alimentos perecíveis Um dos auxiliares mais importantes de um armazenamento adequado de alimentos perecíveis é a conservação pelo frio. Há duas formas de se fazer essa conservação: através da refrigeração ou do congelamento. A refrigeração e o congelamento são as formas mais comuns de conservação de alimentos. No caso de refrigeração, a ideia é diminuir a ação bacteriana até parar, de modo que o alimento leve muito mais tempo (talvez uma semana ou duas, em vez de meio dia) para estragar. No caso de congelamento, a ideia é parar a ação bacteriana por completo. Bactérias congeladas ficam totalmente inativas. A refrigeração e o congelamento são usados para quase todos os alimentos: carnes, frutas, verduras, bebidas, etc. Geralmente, a refrigeração e o congelamento não alteram o sabor nem a textura das carnes. Por outro lado, o congelamento tem efeitos mínimos nas verduras, mas http://www.hsw.com.br/geladeiras.htm 17 pode mudar completamente o sabor e a textura das frutas (que ficam moles). Os efeitos mínimos da refrigeração justificam sua grande popularidade. 6.3 Alimentos que necessitam de refrigeração Devem ser guardados no refrigerador os seguintes produtos frescos: carnes, peixes e aves que serão consumidas no mesmo diada aquisição, vegetais, frutas (exceto bananas), ovos, leite (UHT – aqueles de caixinha, depois de abertos devem ser conservados em geladeira e consumidos em até 3 dias) e derivados. Também necessitam de refrigeração os seguintes alimentos preparados: saladas de verduras ou frutas, cremes, molhos, alimentos cozidos (especialmente carne) e sobras de comida. Temperatura de refrigeração: A geladeira deve funcionar com temperatura de 4º C (lugar mais frio que é a parte mais próxima do congelador) a 8º C (no lugar mais quente que é a parte mais afastada do congelador). Alimentos que necessitam de congelamento: aves, peixes, crustáceos e carnes vermelhas quando não forem consumidas de imediato. Temperatura de congelamento: - 18º C a – 25º C. Os alimentos a serem refrigerados devem, sempre que possível, ser mantidos na embalagem original fechada. Em geral, não devem ser lavados (ovos, carne etc.), porque a lavagem aumenta a umidade do produto, facilitando a proliferação de microrganismos. Os alimentos já abertos devem estar embrulhados, cobertos ou tampados para evitar que adquiram odores de outros produtos. Os alimentos devem ser distribuídos dentro da geladeira de acordo com as zonas de frio no aparelho. Produtos congelados devem ser armazenados no congelador. As aves, peixes, crustáceos e carne fresca quando forem ser preparadas no mesmo dia, devem ser mantidas na bandeja abaixo do congelador no período de tempo compreendido entre a compra do produto e o seu preparo. Na ausência dessa bandeja no refrigerador, pode-se colocar a carne na prateleira mais próxima do congelador, que é a parte mais fria da geladeira. O leite e os derivados devem ficar na área seguinte e as verduras e frutas nas gavetas inferiores, que as protegem contra a desidratação (murchamento). 18 Uma vez conhecida a maneira de conservação dos alimentos perecíveis, deve- se organizar o refrigerador e o congelador de tal maneira que os alimentos mais velhos, ou seja, os que foram comprados a mais tempo, sejam consumidos em primeiro lugar, evitando com isso que os alimentos passem do prazo de conservação, causando perdas econômicas ou consequências graves à saúde. 6.4 Detalhes que devem ser observados para uma boa refrigeração a) Aproveite todo o espaço do refrigerador; b) Mantenha o refrigerador limpo; c) Depois das compras coloque os alimentos no refrigerador o mais depressa possível; d) Coloque o produto mais antigo na frente. Use-o em primeiro lugar; e) Examine os produtos antes de refrigerá-los. Devolva produtos suspeitos ou denuncie-os ao serviço de saúde; f) Verifique se o seu refrigerador está funcionando adequadamente. Em alguns refrigeradores (mais antigos), existe um termostato que é controlado manualmente por um botão dentro do refrigerador. Em geral, esse botão apresenta uma numeração que vai de 0 a 7. Para manter a geladeira numa temperatura ideal que é de 4º com a 8º c é necessário que esse botão esteja marcando o nº 4. Nos dias muito quentes, deve-se girar o botão até o nº 5 ou 6 e, nos dias mais frios pode-se diminuir esse nº para 3. Os refrigeradores mais novos não possuem esse botão para a pessoa girar e o controle desse termostato é feito automaticamente pela geladeira, ou seja, ela diminui a temperatura interna nos dias de muito calor e aumenta a temperatura interna nos dias mais frios para que os alimentos sejam conservados de forma adequada. g) Os ovos devem ser conservados sob refrigeração. Evite colocá-los nas portas das geladeiras, pois com o abrir e fechar da porta os ovos acabam recebendo várias vezes ao dia o calor que está no ambiente de fora e, dessa forma, eles podem estragar. A maneira correta de colocar os ovos no recipiente próprio é parte mais fina do ovo virada para baixo, pois a parte mais “gordinha” do ovo é mais porosa, ou seja, possui muitos furinhos na sua casca, que em contato com o recipiente pode rachar e permitir a entrada de micro-organismos nos ovos. 19 6.5 Com relação aos alimentos congelados, devem ser tomadas as seguintes precauções a) Os produtos descongelados não devem ser recongelados (procure dividir a peça inteira de carne em diversos recipientes menores, para evitar o descongelamento e recongelamento); b) Os produtos, depois de descongelados, devem ser consumidos rapidamente; c) Os produtos não devem ser descongelados em cima da pia ou dentro d’água e sim dentro da geladeira. Basta retirar do congelador na véspera do preparo; d) Os produtos congelados também possuem prazos de validade. Os períodos máximos recomendados para a estocagem de produtos congelados são: Carne moída, embutidos e peixes inteiros: 1 a 3 meses Carne de porco em peças: 3 a 6 meses Carne de boi em peças, aves e pescados em pacotes: 6 a 12 meses Obs.: quando se preparar o feijão, pode-se cozinhar 1 kg ou mais, dividir em potes pequenos, e colocar no congelador. Dessa forma, é só a pessoa tirar do congelador de véspera e refogar na hora que for consumir. Agindo assim o feijão vai estar sempre “fresquinho” e evita-se o descongelamento e o recongelamento. 6.6 Conservação de alimentos não-perecíveis Os armários e/ou prateleiras destinados ao armazenamento dos gêneros que não necessitam de refrigeração em condições de ambiente amenas devem ter as seguintes características básicas: Ter boa ventilação; Ser seco e fresco; Deve ser limpo e organizado; Deve ser livre de insetos e roedores; Se o armazenamento for em prateleiras, observar a distância mínima de aproximadamente 4(quatro) cm da parede, mais ou menos 2 dedos, para evitar que passe umidade para a embalagem do produto, fazendo com que ela rasgue ou fure e permitindo assim a entrada de insetos que irão 20 causar a contaminação do produto e consequentemente danos à sua saúde; Não coloque “pregadores” nas embalagens já abertas. É mais aconselhável colocá-los em potes fechados; Deve-se observar o prazo de validade dos produtos empacotados e enlatados. Assim, é necessário manter o estoque em movimento, consumindo primeiro os produtos mais antigos e nunca consuma produtos com o prazo de validade vencido, pois oferecem riscos à sua saúde; Depois de aberto o produto, o prazo que está na embalagem não serve mais. Nesse caso deve-se observar as recomendações do fabricante em relação à validade do produto “depois de aberto”. Recomenda-se quando abrir uma embalagem colocar uma etiqueta com a “data que abriu” o produto e a “nova data de validade”. O leite em pó, por exemplo, depois de aberto deve ser consumido em 1 mês. Os prazos de validade dos alimentos, especialmente grãos e farinhas, devem ser cuidadosamente observados. Caso seja constatada a presença de carunchos (bichinhos), todo o conteúdo deve ser eliminado para que estes não se proliferem, passando para os demais alimentos. Quando o produto for óleos vegetais ou azeites evite armazená-los em prateleiras que estejam em contato com a luz solar e calor, pois esses produtos tendem a sofrer alterações na sua qualidade nutricional, produzindo substâncias que são tóxicas ao nosso organismo. Sendo assim, esses produtos devem ser armazenados ao abrigo da luz e do calor. 6.7 Higiene A higiene é fundamental, para prevenir a grande quantidade de doenças que possam ser transmitidas através dos alimentos e que constitui um dos principais problemas de saúde pública na maioria dos países. Todos os alimentos são perecíveis, com exceção do sal e da água, ou seja, todos os alimentos são suscetíveis a alteração e deterioração com maior ou menor rapidez e o que pode causar alguma 21 doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a higiene dos alimentos compreende "todas as medidas necessárias para garantir a inocuidade sanitária dos alimentos, mantendo as qualidades que lhes são próprias e com especial atenção para o conteúdonutricional". A contaminação de alimentos é a presença de corpos estranhos. Pode ser visível (cabelo, perna de barata, lascas de madeira, etc.) ou invisível (micro- organismos ou substâncias químicas). As substâncias químicas podem ser desinfetantes, raticidas, metais. Os microrganismos são seres muito pequenos, que não enxergamos (bactérias, vírus), mas que podem causar graves doenças nas pessoas. Nos alimentos, nós só conseguimos enxergar os microrganismos quando eles se reproduzem (mofos, podres). Por isso, todo cuidado é pouco, porque um alimento sem cheiro, gosto, sabor ou aparência de estragado já pode estar contaminado! Alguns desses seres vivos são úteis aos homens como, por exemplo, para a fabricação de iogurte, cerveja, vinho e alguns medicamentos. Outros fazem muito mal à saúde podendo levar até a morte. Eles podem ser encontrados em toda parte, preferindo lugares sujos e úmidos. 6.8 Cuidados a serem observados na hora da compra Frutas, legumes e verduras adquiridos nas feiras ficam expostos ao ar livre durante várias horas, cada dia em uma região de uma cidade. Isto quer dizer que eles sofrem a ação do tempo, do clima, mas sobretudo da manipulação do feirante e dos fregueses, além de exposição à saliva, insetos, ao toque das mãos que, ao mesmo tempo, contam dinheiro. Esses alimentos, ao chegarem em casa, devem ser muito bem lavados, principalmente as folhas. Estudos recentes mostram que os produtos hortifrutigranjeiros também sofrem a ação de pesticidas. Para diminuir a quantidade de pesticidas os alimentos devem ser lavados em água corrente, colocados de molho numa mistura de água e bicarbonato de sódio (1 litro de água para cada colher de sopa de bicarbonato) por cerca de 1 hora. Feito isso, depois é necessário colocar de molho numa mistura de água e hipoclorito de sódio (água sanitária) – 1 colher de sopa 22 para 1 litro d’água - e deixar nessa mistura por cerca de 15 minutos para eliminar os microrganismos e depois enxaguar bem em água corrente. Mais atenção devem receber as carnes de frango ou peixe, que se deterioram com maior facilidade e que ficam expostos na feira. Os primeiros cuidados na hora da compra, antes mesmo da higiene dos alimentos, devem se concentrar no estado geral do alimento a ser adquirido. Se houver sinais de deterioração, por mínimos que sejam, não devem ser consumidos. 6.9 Cuidados a serem observados na Cozinha Alguns alimentos atraem moscas, formigas e outros insetos. Evitar o uso de aerosóis e inseticidas na cozinha, usando, ao invés disto, mata-moscas manuais, cobrindo os alimentos e tampando bem as panelas. Também os animais domésticos, especialmente cães e gatos, devem ser mantidos longe da cozinha, não só pelo contato direto com os alimentos, mas também devido ao risco maior de parasitoses. Pessoas que acabaram de cuidar de um animal devem lavar muito bem as mãos, e não tocar em seguida nos alimentos. Para evitar distrações e também por precaução com as crianças, qualquer produto de despensa que não seja alimentício deve ser mantido em outro local. Atenção principalmente a desinfetantes, remédios e outros químicos, que devem ser conservados em áreas longe dos alimentos e nunca em recipientes de alimentos ou bebidas (exemplo: amaciante ou água sanitária em garrafa de refrigerante). 6.10 Cuidados a serem observados para prevenir doenças As manifestações mais comuns relacionadas com a inadequada manipulação dos alimentos, sem higiene, são vômitos, diarreias, febres, além de infecções. Em alguns casos, as infecções gastrointestinais são controladas por soros industrializados ou caseiros, mas outros casos podem evoluir para sintomas que não podem ser controlados em casa, sendo necessária a internação. Uma das infecções mais conhecidas é a Salmonelose, que é contraída a partir de ovos crus. Para reduzir o risco de infecção por Salmonela, eis alguns cuidados: Manter os ovos refrigerados, descartando ovos rachados ou sujos; 23 Limpar bem as cascas do ovo, colocando-o em água corrente, antes de usá-los; Preferencialmente, usar ovos cozidos e servi-los logo após o preparo. 6.11 Cuidados com alimentos comercializados por ambulantes Os alimentos vendidos na rua têm maior possibilidade sofrerem alterações biológicas, ou seja, quando diferentes organismos atuam sobre eles. Isto se deve ao fato de receber pouco controle higiênico-sanitário por parte de agentes e autoridades sanitárias. Os vendedores geralmente não realizam práticas de higiene comuns como lavar as mãos por exemplo. Além de estarem em contato com a poluição urbana, longe da proteção de um estabelecimento coberto, costumam estar mais expostos à contaminação por microrganismos, roedores e insetos. As infecções alimentares são produzidas por várias classes de microrganismos, onde as mais comuns são as bactérias. Os vários tipos de microrganismos que podem produzir infecções alimentares são: Fungos: por exemplo, os que aparecem, às vezes, sobre a superfície do pão ou do queijo. Vírus: a diferença entre os vírus e as bactérias é que os primeiros não crescem nos alimentos, apenas os usam como transporte. Para crescer e multiplicar, os vírus precisam de uma célula viva. Assim, uma pessoa pode ingerir um alimento que esteja contaminado e, em seguida, o organismo dessa pessoa, será o meio propício para que o vírus se desenvolva. A doença mais comum transmitida assim é a Hepatite A e algumas doenças gastrointestinais produzidas por vírus tipo rotavírus. Geralmente, estes vírus estão presentes na matéria fecal das pessoas infectadas e podem contaminar alimentos, quer seja de forma direta através do chamado esquema fecal-oral (por exemplo, quando se vai ao banheiro, não se lava as mãos e, em seguida, manipula-se alimentos) ou de forma indireta através dos esgotos (esgotos que contaminam plantações e peixes). Bactérias: a maioria dos casos de intoxicação alimentar são causados por bactérias ou pelas toxinas que elas liberam. 24 Nem todos os alimentos são contaminados com a mesma facilidade. Alguns oferecem um meio excelente para a proliferação de microrganismos por serem alimentos mais perigosos do ponto de vista da higiene alimentar, por exemplo, a carne, o leite e os queijos frescos. Os fatores que determinam a capacidade de proliferação de microrganismos em determinados alimentos são os seguintes: O meio nutritivo É preciso que os microrganismos disponham de nutrientes para se desenvolverem. Por exemplo, há mais possibilidades de desenvolvimento bacteriano no leite que possui muito mais nutriente que o suco de laranja. Umidade Quanto mais água disponível contiver um alimento, mais facilmente será contaminado. Por exemplo, os queijos mais duros, ao terem menor conteúdo de água podem ser conservados fora da geladeira (como exemplo podemos citar o queijo parmesão), enquanto os queijos brancos, de massa mole, que possuem maior quantidade de água, estragam muito facilmente. Tempo A multiplicação das bactérias é muito rápida, sobretudo quando o alimento está numa faixa de temperatura favorável à sua reprodução, ou seja, mais de 4o C e menos de 60o C (que é quando, por exemplo, deixamos a comida em cima do fogão, às vezes o dia inteiro). Acidez A acidez de um alimento, determina qual classe de microrganismos pode se desenvolver. Por exemplo, as frutas geralmente ácidas, favorecem o desenvolvimento de fungos, enquanto os peixes que são menos ácidos são meios favoráveis para as bactérias. A partir do que foi exposto anteriormente, podemos ver que os alimentos vendidos na rua sem a infraestrutura de conservação necessária nem o controle sanitário adequado, apresentam muito maior risco de contaminação. Por isso, é uma via habitual de contágio de doenças, cujas manifestações mais frequentes são: 25 Gastroentéricas: diarreias e vômitos, em maiorou menor intensidade. Os riscos deste tipo de alimentação consistem principalmente nos vários aspectos da higiene e de determinadas características dos alimentos: higiene do consumidor, higiene do vendedor, higiene do local de venda, higiene da embalagem, temperatura do alimento, conteúdo de água e tempo de exposição do alimento. A seguir, mencionamos alguns cuidados a serem observados, segundo os diferentes fatores, para evitar a intoxicação por alimentos adquiridos na rua: Fatores que Favorecem a Contaminação Cuidados a Serem Observados Higiene própria - Lavar as mãos antes de pegar em alimentos ou pegue-os com guardanapo, papel ou cubra-os. Higiene do vendedor - O vendedor deve lavar as mãos - O vendedor deve usar luvas descartáveis - O vendedor deve pegar alimentos com material apropriado para servir. Higiene do local de venda - Deve-se tomar cuidado para que o alimento não fique exposto a roedores ou insetos como moscas e baratas. Higiene da embalagem - Se comprar alimentos em sacolas de polietileno peça ao vendedor que encha a sacola na sua frente, porque se for aberta com sopros pode-se contaminá-la com bacilos respiratórios. - Preferir alimentos que venham com embalagens de fábrica ao invés dos servidos a granel. - Se comprar garrafas, lavá-las antes de leva-las à boca. Temperatura do alimento - Prefira alimentos que estejam muito quentes ou muito frios. As temperaturas intermediárias favorecem a proliferação de microrganismos (entre 4ºC e 60 ºC) - Verificar os alimentos que precisem de resfriamento como frios e iogurtes não abertos. Conteúdo de água do alimento - Prefira comprar alimentos secos como pães ou farinhas ao invés de queijos ou cremes que são mais facilmente contaminados. Tempo de exposição do alimento - Prefira aqueles alimentos frescos ou recém elaborados, que precisem de pouco tempo de exposição àqueles que tenham 26 sido exibidos durante horas, sob condições que favoreçam o desenvolvimento bacteriano como calor, umidade, etc. 7 PRÉ-PREPARO E COCÇÃO DE ALIMENTOS Pré-Preparo: etapa que antecedem o preparo dos alimentos (cocção). Esta etapa visa modificar os alimentos para serem preparados, por meio de seleção, higienização, escolha e corte dentre outras operações que preparam para o cozimento. Fazem parte desta etapa: limpar, descascar, cortar/picar/triturar, moer, homogeneizar, misturar, bater, amassar, sovar. Limpar: as verduras devem ser lavadas folha por folha, em água corrente, deixando correr no sentido da folha para o talo, para uma melhor higienização. Os legumes e as frutas devem ser lavados antes de serem utilizados, principalmente se forem consumidos na forma crua. Não lave com sabão, ele retira a proteção natural dos alimentos vegetais. Use uma escova própria para este fim. Descascar: Utilize facas de aço inox e evite as de ferro. Quando for descascar as frutas e legumes, somente se for necessário, retire as cascas bem finas e rentes, pois as vitaminas se encontram em maior quantidade perto da casca. Picar: Cortar bem miúdo. Por picar, entende-se também, furar várias vezes carnes, vegetais ou trutas, para que absorvam melhor uma calda ou uma marinada. Corte os alimentos pouco antes de serem utilizados, para não perderem parte do valor nutritivo. Evite picar os alimentos em pedaços muito pequenos antes do cozimento, prefira cozinhá-los inteiros. Moer: Reduzir um alimento a pó ou a pedaços miúdos, antes de utilizá-lo. Exemplo clássico é a carne moída, que se moída em casa deve-se limpá-la e verificar as condições higiênicas para moer. Homogeneizar: Misturar duas ou mais substâncias até que não se possa mais distinguir qualquer delas separadamente. Misturar: Ato de mexer o alimento com colher, para juntar vários ingredientes. Bater: Misturar ingredientes com movimentos rápidos, que permitam que o ar se incorpore. 27 Amassar: Misturar a massa com as mãos, pressionando-a até ficar homogênea e soltar-se do recipiente Sovar: Bater vigorosamente uma massa com as duas mãos até que forme bolhas. 7.1 Fatores que devem ser observados no pré-preparo 1. Conhecer as preparações para a prática adequada do pré-preparo. 2. Examinar a qualidade e quantidade dos gêneros a serem utilizados. 3. No caso de gêneros alimentícios congelados, evitar o descongelamento em temperatura ambiente, o que pode causar proliferação de microrganismos. Descongelar na véspera em refrigerador. Não descongelar alimentos sob água corrente, de molho ou em água quente. 4. Verificar se os produtos congelados mantêm a qualidade após o degelo. 5. Separar e lavar todos os utensílios que serão utilizados. 6. Após a manipulação (limpeza, corte, tempero), o alimento deve permanecer em temperatura ambiente o menor tempo possível até a cocção ou distribuição. 7. Evitar o uso de materiais de madeira ou usar somente até que comece a ficar escurecido ou até soltar farpas. Estes materiais são mais porosos, o que favorece a contaminação dos alimentos. 8. Manipular os alimentos sobre recipientes adequados. 9. Usar facas de aço inoxidável para descascar os alimentos. 10. Higienizar os gêneros alimentícios, de acordo com as características de cada um. 11. Lavar em água corrente, com sabão, as embalagens impermeáveis e as latas antes de abri-las. 12. Evitar o pré-preparo de véspera. Nos casos em que for inevitável, armazenar os gêneros em recipientes com tampa, em refrigerador, o menor tempo possível. 13. Retirar da embalagem original os alimentos industrializados que não tenham sido utilizados totalmente e colocá-los em recipiente adequado e identificados. Após a abertura da embalagem original do gênero, perde-se imediatamente o prazo 28 de validade do fornecedor. Observar, na embalagem, as orientações do fornecedor sobre o prazo de uso após a abertura. Gêneros Alimentícios Condições ideais de pré-preparo Peixes Descongelar sob refrigeração; retornar à refrigeração após a adição de temperos. Carne (bovina, suína e aves) e miúdos (órgãos e vísceras) Descongelar sob refrigeração; retornar à refrigeração após a adição de temperos; as carnes devem ser limpas retirando as aparas; moelas devem ser limpas e lavadas em água corrente. O amaciamento da carne pode ser feito através de processo mecânico (bater, passar a faca), hidratação, furando a carne e passando mamão ou abacaxi ou adicionando limão, vinagre; sal só na cocção. Embutidos e frios Lavados em água corrente e aferventados. Cereais (farinhas, arroz e massas) e leguminosas (feijões, lentilha, ervilha, grão-de-bico). Cereais: escolher, lavar e escorrer; leguminosas: escolher, lavar e colocar em remolho antes do cozimento (aproveitar a água para o cozimento): fervendo por 2 minutos e deixar nessa água por 1 hora. Hortaliças e frutas Lavar em água corrente, escovando quando necessário; colocar em solução de hipoclorito de sódio (1 colher de sopa de água sanitária para 1 litro de água) por 15 min. ATENÇÃO: não substituir a água sanitária por vinagre, pois vinagre não mata microrganismos. Descascar tirando uma fina camada ou raspar para evitar perdas; manter dentro da água as que escurecerem; evitar o pré-preparo com muita antecedência. Hortaliças: retirar nervuras e talos. Enlatados, condimentos e correlatos (ervilha, milho, palmito e patês) Não utilizar produtos com cor alterada, odor estranho ou presença de gás, nem embalagens com pontos de corrosão interna. 29 PREPARO (COCÇÃO): aplicação de calor aos alimentos a partir de um determinado combustível, modificando o sabor, textura, cor e, às vezes, a composição química dos alimentos, tornando-os mais aceitáveis. Procedimentos de Cocção: Calor úmido, calor seco, calor misto, banho Maria e forno micro-ondas. Calor Úmido: termo utilizado para designar o método de cocção em que vapor, água e outro líquido estão envolvidos.A cocção úmida geralmente é lenta, na qual o vapor penetra no alimento amolecendo as fibras. Pode-se cozinhar em líquido ou cozinhar a vapor. Os métodos mais utilizados são: água em ebulição, fervura a fogo lento, cocção a vapor, vapor a 100°C ou mais (pressão). A escolha depende da consistência. Calor Seco: Pode ser com ou sem gordura. O termo "calor seco sem gordura" é empregado quando se aplica apenas o ar seco e nenhum líquido é acrescentado: assar, grelhar e defumar. No caso do "calor seco com gordura", a gordura adicionada tem função diferente dos líquidos de cocção, por isso não ser considerada elemento umedecedor: saltear, fritar com pouca gordura, e fritar por imersão de gordura. Pode ser empregado por grelha, espeto, forno, imersão em gordura quente, prancha, chapa ou raios infravermelhos. Calor misto ou combinado: a cocção por calor misto realiza-se em duas etapas: inicialmente com calor seco, em corpo gorduroso, com a finalidade de criar uma crosta protetora em volta do alimento, impedindo a saída dos sucos, em seguida acrescentando-se líquido aromatizado em maior ou menor quantidade, dependendo do método. Banho-maria: utilizado como auxiliar de cocção. Coloca-se o alimento em um recipiente que, por sua vez, é colocado em outro com água quente ou fervente. Utiliza- se forno ou fonte de calor. Esse método é ideal para alimentos delicados que não podem ir direto ao calor forte, em especial o molho holandês, que talha ou resseca se submetido ao calor direto. O banho-maria é também utilizado para a conservação dos alimentos (chafing dishes e equipamento de cozinha acoplado ao fogão) a uma temperatura constante. Deve-se, contudo, prestar muita atenção ao tempo de permanência, uma vez que a cocção continua, o que pode alterar o sabor e a textura dos alimentos. 30 Forno Micro-ondas: utiliza energia das ondas eletromagnéticas, produz calor por excitação molecular, diminuindo o tempo de cocção. Gêneros Alimentícios Condições ideais de preparo Peixes Em calor seco, através de assados, grelhados, fritos ou calor úmido, cozidos, ensopados. Assá-los com algo úmido (tomate, cebola) para pegar a água desses alimentos e não precisar encharcar de água. Carne (bovina, suína e aves) e miúdos (órgãos e vísceras) Cocção para cortes de carne macia: calor seco (assar, grelhar, fritar) e para cortes menos macios: calor úmido (cozido, ensopado) ou calor misto (carne assada). Nas carnes de boi e porco usar vinho, suco de abacaxi para não precisar encharcar de água. Cereais (farinhas, arroz e massas) e leguminosas (feijões, lentilha, ervilha, grão-de-bico). Cereais: cereal refinado: refogar, cereal integral: cozinhar na pressão ou deixar de molho. Amido: dispersar em água fria e mexer durante o aquecimento; Leguminosas: calor úmido, quantidade de água de cocção: lentilha, ervilha seca e feijão branco – 2 águas/1, feijão preto, mulatinho, fradinho – 3 águas/1. Hortaliças Em calor úmido, sempre colocar o mais duro primeiro, iniciar a cocção com água fervente, baixar a chama após a fervura observar o tamanho da panela, tempo de cocção e quantidade de água e conserve a panela tampada para evitar perdas nutricionais. Prefira os vegetais cozidos no vapor. Aproveitar a água de cocção. Frutas Para preparo de geleia, cortar a fruta e ferver 5 a 25 minutos com um pouco de água, levar ao fogo com açúcar ou adoçante especial para forno e fogão. 31 7.2 Dicas Importantes: Ao iniciar o preparo dos alimentos, lave bem as mãos com água e sabão. Após qualquer interrupção (ir ao banheiro, atender a porta, tocar em animais, mexer no lixo, pegar em dinheiro), lave novamente as mãos. É importante que a alimentação seja saborosa, colorida e equilibrada, que respeite as preferências individuais e valorize os alimentos da região, da época e que sejam acessíveis do ponto de vista econômico. Para se ter uma alimentação equilibrada, com todos os nutrientes necessários para a manutenção da saúde, é preciso variar os tipos de alimentos, consumindo-os com moderação. Proteja sempre as mãos com luvas descartáveis, caso haja algum ferimento ou ferida. Mas atenção!! Nunca use luvas descartáveis quando estiver próximo ao fogo. Observe se o gás está fechado quando não tiver utilizando-o, cuidado com a faca quando for cortar os alimentos (se preciso, colocar os óculos), cuidado com a chama e o cabo da panela quente para não correr o risco de se queimar. Prepare os alimentos no dia em que for consumi-los. Evite deixá-los prontos dias antes. Procure consumir o alimento assim que estiver pronto. Evite deixar o alimento muito tempo em temperatura ambiente, antes e após sua preparação, pois estragam com facilidade. Utilizar a água de cocção dos legumes para fazer o arroz, feijão, com exceção a do espinafre e beterraba, pela presença de fatores anti- nutricionais que diminuem a absorção do ferro, e a couve-flor e brócolis que quase não sobra água, estes são coccionados com panela semi- tampada; Não utilize bicarbonato de sódio no cozimento de vegetais verdes escuros (ex: brócolis), pois o bicarbonato diminui a absorção do ferro e retira parte das vitaminas dos alimentos. 32 Utilize pequena quantidade de óleo, dê preferência a preparações cozidas, assadas, grelhadas e refogadas. Se for usar óleo ou azeite, adicione-o após o cozimento. Evite as frituras. As pessoas que não têm dentes ou usam próteses com frequência mastigam com menos eficiência, o que pode levar a menor consumo de alimentos difíceis de mastigar, como carnes, frutas e hortaliças frescas. Usar técnicas de preparo alimentar úmido (por ex. ensopados); adicionar molhos e caldos; moer, cortar em pedaços ou fazer alimentos em forma de purê pode tornar os alimentos mais fáceis de comer. Porém, se a pessoa consegue mastigar e engolir alimentos em pedaços não há razão para modificar a consistência dos alimentos. É importante não encarar a cozinha como uma obrigação, mas sim como um prazer, sentindo o cheiro dos alimentos ao cozinharem, vendo as modificações que o alimento sofre ao ser coccionado. E não sair de perto do fogão para não esquecer a panela no fogo e a comida não queimar ou ficar muito seca, mantendo a chama menor quando começar a esquentar. Uma boa maneira de estimular o apetite é variar os temperos e o modo de preparo dos alimentos. Os temperos naturais como: alho, cebola, cheiro-verde, açafrão, cominho, manjericão, louro, alecrim, sálvia, orégano, gergelim, hortelã, noz-moscada, manjerona, erva-doce, coentro, alecrim, dão sabor e aroma aos alimentos e podem ser usados à vontade. Para as carnes, podem ser usados antes: alho, limão, vinho, louro, alho, cebola, e os que podem ser usados na hora: sal (não exagerar), salsa, orégano. 33 8 TIPOS DE PANELA USADOS NA COCÇÃO 8.1 Panela de cobre As panelas de cobre são indicadas para frituras e para os serviços de réchaud por distribuir e reter o calor por mais tempo. Cuidados com o uso da panela de cobre: Na falta deste revestimento o cobre passa para o alimento e com o tempo o metal se acumula no organismo. Pequenas quantidades deste metal podem produzir náuseas, vômitos e diarreia. Já a ingestão contínua de quantidades maiores de cobre pode causar dano renal, alterações osteoarticulares, dores nas juntas e até lesões cerebrais, demonstradas em tomografia computadorizada. Ao usar pela primeira vez uma panela de cobre, deve-se remover o verniz caso esteja presente. Para isso mergulhe-a em água fervente e deixe até esfriar completamente; Para deixar a sua panela brilhante: faça uma pasta de farinha de trigo ou fubá (½ parte), sal (¼) e vinagre (¼). Espalhe sobre a panela e deixe secar por 1 hora. Lave, enxugue e passe uma flanela macia. Caso use polidores, lave-a muito bem; Para o dia-a-dia, utilizar detergente neutroé o suficiente. Nada de lavar com produtos abrasivos ou esponja de aço; Não deixe o alimento esfriar dentro da panela de cobre. Isto porque o sal e os ácidos reagem com as substâncias da panela e podem provocar a liberação de substâncias tóxicas. 8.2 Panela de alumínio As panelas de alumínio são as mais comuns e as mais baratas. Mas também são as que causam mais polêmica. Há três décadas, pesquisadores levantaram a suspeita de que a ingestão do alumínio estaria relacionada com a incidência dos males de Alzheimer e de Parkinson. Até hoje, o material continua em estudo. Pesquisas mostram que a migração do alumínio é maior em panelas de pressão do que em panelas normais ou em fôrmas de bolo. Na limpeza é indicado o uso de bucha macia 34 ao invés de esponja de aço. Quando o material é polido, há remoção da camada de óxido de alumínio, que dificultava a passagem de alumínio para a comida. A situação vai se agravando à medida que a panela envelhece, pois, os metais migram em maior concentração. Não deixe o alimento esfriar dentro da panela de alumínio, assim como a de cobre. Isto porque o sal e os ácidos reagem com as substâncias da panela e podem provocar a liberação de substâncias tóxicas. Não guarde alimento dentro da panela de alumínio. 8.3 Panela de vidro As panelas de vidro são as únicas que não transferem qualquer resíduo para a comida. O material é obtido por um processo de congelamento de líquidos superaquecidos. O maior atrativo do vidro é a beleza e a transparência que permite ver o processo de elaboração dos alimentos e a dosagem de líquidos fica mais fácil. A facilidade da limpeza é outro ponto positivo. Mas o preço e fragilidade do material pesam na escolha. 8.4 Panela de teflon O novo revestimento impede que o material passe para o alimento quando o teflon descasca. Cuidados: As panelas de teflon são antiaderentes e por isso exigem muito pouco óleo no preparo dos alimentos, ideal para a saúde. Por outro lado, a substância contida nelas é um plástico que se solta com alguma facilidade, basta arranhá-lo com esponjas de aço, colheres e facas. 8.5 Panela de inox O aço inoxidável, conhecido popularmente como inox, é composto por ferro, cromo e níquel. Demora a esquentar, mas também a esfriar. No Brasil não há dados que comprovem a transferência dos componentes do inox para a comida. O aconselhável é não escovar a panela com esponja de aço. No polimento forma-se 35 uma camada protetora de óxido que ajuda a impedir que os metais passem para os alimentos. Como elas conservam o calor melhor que os outros materiais, deve-se tomar algum cuidado com o tempo de cocção. A comida pode passar do ponto e queimar. 8.6 Panela esmaltada A desvantagem destas panelas é que elas são muito sensíveis e qualquer atrito é o suficiente para o esmalte se soltar, o que não é bom para a saúde. Mas, se cuidadas adequadamente elas não trazem nenhum prejuízo à saúde. É desaconselhável o uso de utensílios antigos (fabricados antes de 1980) tanto esmaltados quanto os de cerâmica. É preciso ter cuidado com utensílios pintados à mão, que vão desde colheres, facas, recipientes culinários, entre outros. Algumas tintas são à base de chumbo, que pode ser transferido para o alimento. 8.7 Panela de cerâmica É comum encontrar em países pouco desenvolvidos produtos cerâmicos elaborados com óxido de chumbo na vitrificação. O chumbo é facilmente dissolvido no alimento, especialmente os ácidos. Saladas, frutas ácidas ou fermentados em contato com esse material podem ficar contaminados com componentes pesados como chumbo, mercúrio e cádmio. A intoxicação por cádmio traz problemas respiratórios, bronquite e hipertensão. O chumbo se deposita no osso em grandes quantidades como se fosse cálcio, o que produz um envenenamento generalizado. O ideal são panelas de barro ou de cerâmicas ofuscadas. 9 RECEITAS DE SALADAS NUTRITIVAS PARA O VERÃO 9.1 Salada mais que completa: Ingredientes: - 4 Batatas cortadas em rodelas; 36 - 3 Cenouras cortadas em tirinhas; - 200g de vagens picadas; - ½ couve-flor separada em buquês; - 2 Pepinos cortados em rodelas; - 1 Xícara de chá de frango cozido e desfiado; - ½ maço de brócolis cozido para enfeitar; - Sal, vinagre ou limão e azeite extra virgem a gosto. Modo de preparo: Cozinhar separadamente, em água e sal, as batatas, as cenouras, as vagens e a couve-flor. Escorrer e deixar esfriar. Depois de frio, misturar com o pepino e o frango. Colocar numa travessa rasa e enfeitar com os ramos de brócolis. Temperar com sal, azeite extra virgem e vinagre ou limão a gosto. 9.2 Salada Colorida: Ingredientes: - Repolho roxo cortado em tiras; - 2 Cenouras cozidas e cortadas em cubos; - 1 Maçã cortada em cubos pequenos; - 1 Lata de milho verde escorrido; - Sal, azeite extra virgem e vinagre ou limão a gosto. Modo de preparo: Misturar todos os ingredientes. Servir fria. 9.3 Salada Camponesa: Ingredientes: - Feijão branco ou fradinho cozido; - 1 Xícara de chá de vagens picadas e cozidas; - 1 Cebola média cortada em rodelas finas; - Cebolinha verde picada; - Salsa picadinha; - 2 Tomates picados; 37 - Sal a gosto; - Rodelas de pimentão verde para decorar. Modo de preparo: Misturar o feijão com as vagens picadas e as rodelas de cebola. Juntar a cebolinha, a salsa e os tomates picados. Adicionar o sal. Levar à geladeira até servir. 9.4 Salada de Macarrão: Ingredientes: - 250g de macarrão tipo parafuso, gravatinha etc; - Cenoura cozida cortada em cubos pequenos; - Rúcula; - Queijo minas cortado em cubos. Modo de preparo: Cozinhar o macarrão. Misturar com o queijo, a cenoura e a rúcula. Adicionar sal e azeite extra virgem. Servir fria. 9.5 Salada de Couve-flor: Ingredientes: - 1 Couve-flor média; - ½ xícara de iogurte natural desnatado; - 3 Colheres de sopa de cebolinha verde picadinha; - 1 Colher de sopa de vinagre; - Sal a gosto; - Folhas de alface e de agrião. Modo de preparo: Separar a couve-flor em buquês. Cozinhar em água e sal. Escorrer e reservar. À parte, preparar o molho, misturar bem o iogurte, a cebolinha picada, o vinagre e o sal. Juntar à couve-flor reservada. Arrumar numa travessa e colocar em volta as folhas de alface e de agrião. 38 9.6 Salpicão de Frango: Ingredientes: - 4 Batatas médias cortadas em cubinhos; - 4 Cenouras médias cortadas em tirinhas; - ½ xícara de chá de maionese light; - 1 Pimentão verde picadinho; - 1 Pimentão vermelho picadinho; - 2 Talos de salsão picado; - 1 Maço de salsa picadinho; - 4 Cebolas médias picadas; - 2 Xícaras de chá de peito de frango desfiado; - Sal a gosto. Modo de preparo: Cozinhar em água e sal, separadamente, as batatas e as cenouras. Escorrer, deixar esfriar e reservar. Juntar as batatas e as cenouras já cozidas. Misturar os demais ingredientes e colocar numa travessa grande. Servir bem fria. 9.7 Salada Verde com Tangerina: Ingredientes: - 1 Pé de alface americano; - ½ molho de rúcula; - ½ molho de agrião; - 12 folhas de hortelã fresca; - 2 tangerinas; - 1 Colher de sopa de azeite de oliva extra virgem; - Suco de limão; - Sal a gosto. Modo de preparo: Lavar bem as folhas e deixar escorrer. Cortar as folhas de alface e colocar em uma saladeira, juntar a rúcula, o agrião e a hortelã. Picar as 39 tangerinas e espalhar pela salada. Para o molho, misturar o azeite com os sucos de limão e laranja e o sal a gosto. 9.8 Salada Colorida ao Molho de Iogurte: Ingredientes: - 1 xícara (chá) de grão-de-bico; - 1 cenoura média; - 1 beterraba; - 1/2 pé de alface pequeno; - 1 pote de Iogurte desnatado ao natural; 1 colher (sopa) de hortelã fresca; - Sal e pimenta a gosto; - 1 colher (chá) de azeite. Modo de preparo: Colocar o grão-de-bico em uma panela de pressão com sal dissolvidoem cerca de dois litros de água. Levar ao fogo e deixar cozinhar por cerca de 10 minutos após o início da fervura. Enquanto o grão-de-bico cozinha, ralar e reservar separadamente a cenoura e a beterraba. Lavar as folhas de alface, cortar em tiras e reservar. Bater em um liquidificador, o iogurte, a hortelã, a pimenta, o azeite e o sal. Em uma saladeira arrumar em camadas a alface, a cenoura, a beterraba e o grão-de-bico. No momento de servir, colocar o molho de Iogurte sobre a salada ou servir separadamente. 9.9 Salada de Alface com Queijo: Ingredientes: 8 folhas de alface; 2 cenouras pequenas; 100g de queijo minas; 4 tomates grandes sem sementes; 1 pepino pequeno; Sal e pimenta-do-reino a gosto; 2 limões; 40 4 colheres (sopa) de azeite de oliva; 1/2 maço de hortelã fresca; 1/2 maço de salsa. Modo de preparo: Cortar a alface em tiras. Ralar a cenoura e picar em cubos o queijo, o tomate, o pepino. Juntar estes ingredientes e temperar com sal, pimenta, suco de limão e azeite. Polvilhar com hortelã e salsa. Misturar bem e servir. 9.10 Salada Nutritiva e Refrescante: Ingredientes: - 1/2 repolho picado em tirinhas bem finas; - 3 Cenouras grandes raladas em tirinhas bem finas; - 3 Pimentões verdes cortados em tirinhas bem finas; - 3 a 4 maçãs picadas sem casca com um limão espremido nelas (para não escurecer); - 3 a 4 laranjas picadas sem casca, sem a parte branca e sem o miolo; - 4 Colheres de sopa de maionese light; - Sal a gosto. Modo de preparo: Misturar todos esses ingredientes numa vasilha grande para que todos peguem o tempero. Guardar na geladeira em pote com tampa. 9.11 Salada Verde com Cenoura: Ingredientes: - 4 Cenouras raladas; - 1 Laranja cortada em pedacinhos; - 1 maço grande de agrião, folhas de salsa ou mostarda, ou um pouco de todos, bem picados; - 1 Cebola pequena cortada em rodelas, para guarnecer folhas de alface; - Castanha do Pará e torradas. 41 Modo de preparo: Misturar os ingredientes da salada. Arrumar em uma travessa forrada com folhas de alface e guarnecer com rodelas de cebola e castanha do Pará. 9.12 Salada Grega: Ingredientes: 1 alface cortada em tirinhas; 1 pimentão verde, sem sementes e cortado em fatias finas; 1 cebola cortada em rodelas finas; 4 tomates cortados em quartos; Salsa fresca picada; - hortelã fresca picada; Outras ervas, como alecrim, orégano, manjericão e cheiro-verde frescos. Modo de preparo: Misturar os ingredientes da salada, exceto os tomates; Colocar em sacos plásticos e manter na geladeira até o momento de usar. Colocar numa saladeira, cobrir com os quartos de tomate e regar com o molho. Servir com fatias de queijo minas. 9.13 Salada de Macarrão com Frango: Ingredientes: 3 litros de água; 2 xícaras (chá) de macarrão tipo pene; ½ colher (chá) de páprica; Sal a gosto; 2 xícaras (chá) de melão, cortado em pedacinhos; 1 xícara (chá) de abacaxi picado; 2 xícaras (chá) de frango cozido, picado em cubos pequenos; ¼ xícara (chá) de alface picada. Modo de preparo: Ferver a água em uma panela grande, adicionar o sal e cozinhar o macarrão. Depois de cozido, escorrer e enxaguar com água fria, para 42 impedir que continue o cozimento e grude. Misturar o macarrão cozido e frio com a páprica, juntar o abacaxi, o melão e o frango. Decorar com a alface e levar à geladeira. 9.14 Salada Nápoles: Ingredientes: - 3 xícaras (chá) de arroz cozido; - 2 xícaras (chá) de espinafre picado cozido; - 1 xícara (chá) de tomate em tirinhas; - 1 xícara (chá) de repolho em tirinhas cozido; Modo de preparo: Em uma panela com água, cozinhar o espinafre e o repolho. Depois de frios acrescentar o arroz previamente cozido e o tomate. Incluir o molho de sua preferência e levar a geladeira. 9.15 Salada Roxa: Ingredientes: - Beterraba crua ralada; - Repolho roxo cru em tirinhas; - Nabo ralado; - Pimentão vermelho em tirinhas; - Cebola ralada; - Hortelã. Modo de preparo: Juntar todos os ingredientes. Acrescentar o molho de sua preferência. Levar à geladeira. 10 MOLHOS PARA SALADAS Molho de Iogurte: 1 xícara de chá de iogurte desnatado, 1 dente de alho pequeno amassado, ½ cebola pequena ralada, salsa e sal a gosto. 43 Molho de Azeite: 3 colheres (sopa) de azeite, 1 colher (sopa) de suco de limão, ½ colher (sopa) de alho amassado, 1 colher (chá) de orégano e sal a gosto. Molho de Hortelã: hortelã fresca picada, orégano fresco picado, salsinha picada, sal, azeite a gosto e 50mL de vinagre. Molho Verde: 1 cebola grande ou 2 médias picadas, 2 molhos de salsa, vinagre a gosto, sumo de 1 limão, sal e 1 fio de azeite de oliva (a gosto). Bater todos os ingredientes no liquidificador até tomar a consistência desejada. 44 BIBLIOGRAFIA: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL – Dicas de como Preparar Alimentos. 25 de junho. AZEVEDO, Ana Maria Ferreira et al. Manual do preparador e manipulador de alimentos. Instituto de Nutrição Annes Dias - Rio de Janeiro, outubro de 2002. CÂMARA, Maria Clara Coelho et al. A produção acadêmica sobre a rotulagem de alimentos no Brasil. Washington, jan. 2008. FEIJÓ, Márcia Barreto da Silva. Apostila de Composição dos Alimentos. Rio de Janeiro, 2007 GONÇALVES, E.C.B. de A. Análise de Alimentos: uma visão química da Nutrição – São Paulo: Livraria Varela, 2009. 2ª Edição. Capítulo I. MAHAN, L.K., ARLIN, M.T. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 11.ed. São Paulo: Roca, 2005. p.57-70. PEREIRA, S. M. M. R. Apostila de Estudo Experimental dos Alimentos. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro- UNIRIO- 2006. Prefeitura do Rio de Janeiro – Secretaria Municipal de Governo - Vigilância Sanitária. Manual de Higiene para Manipulador de Alimentos. 2007 RIEDEL, Guenther. Controle Sanitário dos Alimentos – São Paulo: Editora Atheneu, 2005. Cap. 10 e Cap. 15 YOSHIZAWA, Nádia et al. Rotulagem de alimentos como veículo de informação ao consumidor: adequações e irregularidades. Curitiba, jan-jun 2003. Glossário em Técnica Dietética. Disponível em: http://www.fsp.usp.br/hnt/Glossario_em_Tecnica_Dietetica.htm. RECINE, Elisabetta et al. Cuidados com os alimentos. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_alimentos.pdf http://www.fsp.usp.br/hnt/Glossario_em_Tecnica_Dietetica.htm http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_alimentos.pdf 45 Rotulagem de alimentos: informação garante saúde do consumidor. Pará, 2008. Disponível em: http://www.crfpa.org.br VIANA, Vanice. Alimentação saudável. Disponível em: http://www.biocor.com.br/novo/templates/padrao/dicas/alimentacao_saudavel.pdf http://www.crfpa.org.br/ http://www.biocor.com.br/novo/templates/padrao/dicas/alimentacao_saudavel.pdf
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