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LTs_Gestão_da_Informação

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Prévia do material em texto

Gestão da Informação 
A escolha de Sistemas de Informação necessários para 
Tomada de Decisões 
 
 
 
Francisco Bianchi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gestão da Informação 
 
Apresentação 
 
 
Prezado aluno 
 
 
O assunto que vamos apresentar neste livro-texto certamente é do seu 
conhecimento, ou seja, relaciona-se com a informação e de que forma você, 
enquanto futuro gestor empresarial poderá, através de sistemas de informação 
adequados, apropriar-se dela para gerar conhecimentos e aplicá-los, em um 
contexto organizacional amplo, principalmente em processos de tomadas de 
decisões eficazes. 
A informação é algo que recebemos desde o momento que começamos 
a entender o nosso mundo, todavia, para que possa ser bem utilizada ela 
também precisa ser bem compreendida e assimilada pois, é considerada a 
matéria-prima a partir da qual geramos o nosso conhecimento. Portanto, levando 
isso em consideração, então seja bem-vindo ao universo da Gestão da 
Informação, onde espero que os assuntos abordados ao longo deste livro-texto 
permitam que você entenda a importância da informação nos seus processos de 
gestão, e que esse entendimento contribua para o seu sucesso enquanto gestor, 
e para o sucesso dos negócios da organização onde você atua. 
Relativo a terminologia utilizada neste material, corroborando Silva 
(2018), “[...] o termo “organização” está sendo utilizado para designar empresas 
privadas; empresas estatais; órgãos governamentais [...]; cooperativas; 
fundações; terceiro setor etc. [...]”, então sempre que o termo organização for 
usado avalie o contexto onde está empregado e entenda-o como sendo uma 
empresa. 
As profundas transformações políticas, econômicas e sociais ocorridas do 
início deste século até os dias atuais vêm provocando, nas organizações e 
indivíduos, demandas cada vez mais crescentes por informação e 
conhecimento, que são considerados elementos necessários para o 
enfrentamento dos desafios advindos dessa nova realidade socioeconômica. 
No contexto da sociedade contemporânea, a busca incessante pelo 
diferencial competitivo, tanto pelas organizações como pelas pessoas, constitui 
desafios que se sobrepõe à busca pela vantagem competitiva e para enfrentar 
esses, e outros, desafios as organizações têm classificado a informação como 
um ativo circulante estratégico, demonstrando assim o seu valor para a gestão 
eficaz da organização. Entender a informação sob esse ponto de vista, e 
compreender qual o seu impacto sobre as estratégias organizacionais, é 
fundamental para que os gestores conduzam com sucesso os negócios da 
organização. 
Para auxiliá-lo a compreender a informação como principal entrada de 
um sistema de informação, resgatarei para você os conceitos básicos sobre 
dado, informação e conhecimento, e em seguida procurarei, conceitualmente, 
distinguir Sistema de Informação (SI) e Sistema de Informação Baseado em 
Computador (SIBC ou em inglês: CBIS – Computer Based Information System). 
 
Acredito que quando você consegue entender os conceitos que estão 
por trás de algo que está sendo observado e estudado, então você torna-se 
capaz de aplicá-los, corretamente, no seu dia-a-dia. Com relação a informação 
e conhecimento, talvez você já tenha estudado esses conceitos na graduação, 
porém, tratarei deste assunto sob a ótica da Ciência da Informação1, e espero 
que após assimilá-los você desenvolva habilidades para selecionar, tratar e 
utilizar a informação com uma visão mais gerencial do que operacional. 
Atualmente no contexto da gestão da informação nas organizações, um 
dos principais problemas enfrentados pelos colaboradores, principalmente os 
tomadores de decisão, diz respeito ao excesso de informações. Se no passado, 
com o apoio das poucas tecnologias da informação (TI) que existiam, as 
organizações já pressentiam a falta de informações, no dias atuais elas 
pressentem o seu excesso, e buscam cada vez mais os meios, principalmente 
baseados em TI, que possibilitem acesso rápido às fontes de informação, e 
produzam resultados relevantes e confiáveis para poderem gerir os seus 
negócios e atingirem seus objetivos estratégicos. Portanto, no assunto 
relacionado com a importância da informação no contexto das organizações, 
espero que você entenda como a informação flui dentro da organização e a 
importância de uma consistente infraestrutura TI e de Comunicação (TIC), no 
momento de gerenciar esse fluxo informacional. 
Tendo entendido os conceitos fundamentais sobre esse ativo tão 
importante para as organizações, que é a informação, e assimilando os conceitos 
sobre SI e SIBC, ambos responsáveis por captar, processar, armazenar, 
disseminar dados e informações, em contextos organizacionais distintos, então 
você estará apto a conhecer as principais classes de SI que podem ser utilizados 
no contexto de uma organização e em que, ou quais, nível da estrutura 
organizacional eles atuam, apoiando processos operacionais e gerenciais, 
principalmente os relacionados com a tomada de decisões. 
Em relação a SIBC que apoiam processos de tomadas de decisões, 
apresento no tópico 3 algumas das principais classes de SIBC, seus objetivos, 
características, estrutura tecnológica de cada classe de sistema apresentada. 
Uma vez estudado e entendido essas classes você terá o conhecimento 
necessário para, no momento certo, poder emitir opiniões sobre a escolha e 
implantação de uma ou mais dessas classes, em uma organização. 
Finalmente, em relação aos tópicos apresentados, inseri o último por 
considerar de extrema relevância, pois está relacionado com mudanças nas 
formas de condução de negócios nas organizações e, também com desafios 
apresentados por mudanças na infraestrutura de apoio a SI e SIBC. Diante disso, 
sugiro que você esteja afinado com esse último tópico, pois aliado aos tópicos 
anteriores, certamente alcançamos o objetivo desta matéria que é trazer a você 
subsídios de informações que, em seu ambiente na organização, você possa 
entender e escolher os SI e SIBC que mais estejam alinhados com os objetivos 
estratégicos da sua organização, e que você consiga efetuar a gestão das 
informações que você necessita, enquanto gestor empresarial. Para tanto, neste 
último tópico, apresentarei alguns dos principais desafios da gestão da 
informação, motivados pelo atual estágio de infraestruturas de TI emergentes, 
e pelas diversas formas de compartilhamento de informações, tanto no ambiente 
 
1Ciência da Informação é uma ciência pós-moderna, constituída há pouco tempo, e tendo 
a responsabilidade de estudar os fenômenos informacionais provocados pelos seus objetos, 
informação e fluxos informacionais. (BIANCHI, 2008, p.37) 
 
interno quanto externo das organizações, bem como a preocupação constante 
de gestores com a segurança da informação. 
Em um contexto de constantes e desafiadoras mudanças que muitas 
organizações, principalmente aquelas ligadas à produção de bens e aquelas que 
fazem negócios de forma eletrônica, já estão passando, ou certamente 
passarão, os desafios da gestão da informação cada vez mais se fazem 
presentes e visíveis. Esse cenário de mudanças requer mais agilidade, por parte 
do gestor empresarial, na definição de normas e procedimentos para gerir e 
proteger as informações circulantes na organização. 
Entre os muitos desafios atuais para a gestão da informação, trazidos 
por mudanças, escolhi dois para apresentação final, por apresentarem 
mudanças relacionados com infraestrutura tecnológica de apoio a gestão da 
informação e, principalmente, com a gestão da segurança da informação. Um 
desafio diz respeito a novo conceito de indústria, que é a Indústria 4.0, onde a 
informação circulante é considerada um recurso de altíssima necessidade e 
qualidade e, portanto, deve ser bem gerenciada e protegida. Outro desafio é o 
do comércio eletrônico ou e-commerce, que é uma forma de realização de 
negócios usando redes decomputadores, que vem sendo adotada por muitas 
organizações e que, da mesma forma que a Indústria 4.0, tem a informação 
como fator crítico de sucesso e, portanto, deve ser bem gerenciada e protegida. 
Durante a apresentação dos conteúdos deste livro-texto, deixarei 
registrado alguns links, vídeos e artigos científicos, onde você encontrará muita 
informação sobre os assuntos abordados, e que sem dúvida complementará as 
informações que estão explicitadas nele. Portanto, corroborando Silva (2018), 
“Certamente você perceberá durante a leitura deste livro que informação, 
principalmente organizacional, exige muita dedicação para sua compreensão.”, 
pois conforme você irá entender por que, como já vimos, a informação é matéria-
prima da qual se extrai o conhecimento. 
Importante salientar que as informações aqui explicitadas provêm não 
somente das pesquisas bibliográficas exploratórias feitas por este autor, mas, 
sobretudo da sua vivência e experiência, por mais de 30 anos na área de 
computação, desenvolvimento de SIBC, e gestão da informação em 
organizações nacionais e multinacionais, além de mais de 22 anos de docência 
na área de TI, em especial, as relacionadas com sistemas de informação. 
Concluindo, espero que você leia este livro-texto, no seu tempo, com a 
criticidade esperada e sempre procurando assimilar as informações nele 
contidas, buscando extrair delas o conhecimento necessário não somente para 
ter êxito nesta disciplina mas, principalmente, para torná-lo latente em você de 
forma que possa ser aplicado no momento em que estiver exercendo as 
atividades de gestor empresarial, em uma organização. 
Boa Leitura! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre o autor 
 
O Prof. Francisco Bianchi é Professor dos cursos de Tecnologia em 
Gestão da Tecnologia da Informação, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento 
de Sistemas, e Tecnologia em Gestão Empresarial, na Faculdade de Tecnologia 
“Dom Amaury Castanho” – Fatec Itu. É Coordenador de Estágios dos Cursos de 
Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação e de Tecnologia em Gestão 
Empresarial da Univesp (modalidade EaD), também na Fatec Itu. É Mestre em 
Ciência da Informação (PUC Campinas - 2008). Mestre em Informática (PUC 
Campinas - 2000). Especialista em Gestão da Segurança da Informação 
(UNISUL Virtual - 2016). Bacharel em Ciências Econômicas (PUC Campinas - 
1978). Analista de Sistemas formado pelo Centro Educacional da IBM (Vila 
Mariana/SP - 1972). Atualmente cursa Especialização em Computação Forense 
e Perícia Digital (IPOG, São Paulo). Possui experiência profissional na área da 
Ciência da Computação, com ênfase em Sistemas de Informação, atuando nas 
subáreas: Informática Aplicada; Administração de Sistemas de Informação ; 
Planejamento Estratégico de TI; Governança de TI; Segurança da Informação; 
TI aplicadas à Gestão da Informação e do Conhecimento organizacional; 
Modelagem Essencial de Sistemas; Algoritmos e Lógica de Programação de 
Computadores. Você poderá ter maiores informações acessando o link: 
http://lattes.cnpq.br/6205317419556505 
 
 
http://lattes.cnpq.br/6205317419556505
 
SUMÁRIO 
1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO (SI) E SISTEMA DE INFORMAÇÃO BASEADOS EM 
COMPUTADOR (SIBC) ...................................................................................................... 8 
1.1 DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO: REVISÃO DE CONCEITOS ................................. 9 
1.2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO: CONCEITOS ...................................................................... 34 
1.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO BASEADO EM COMPUTADOR: CONCEITOS .......................... 40 
1.4 PRINCIPAIS NÍVEIS ORGANIZACIONAIS APOIADOS POR SI E SIBC ................................. 43 
2 SI NO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES .................................................................... 46 
2.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 46 
2.2 PRINCIPAIS OBJETIVOS DO USO DE SI NAS ORGANIZAÇÕES ......................................... 47 
2.3 USO ESTRATÉGICO DE SI NAS ORGANIZAÇÕES ........................................................... 50 
2.4 PRINCIPAIS TIPOS DE SIBC E NÍVEIS ORGANIZACIONAIS QUE ATENDEM ........................ 53 
3. PRINCIPAIS SIBC DE APOIO A TOMADA DE DECISÕES ........................................... 57 
3.1 SISTEMA DE PLANEJAMENTO DE RECURSOS EMPRESARIAIS (ERP) ............................ 58 
3.1.1 Arquitetura ERP ........................................................................................................ 63 
3.2 SISTEMA DE SUPORTE A DECISÃO (SSD) ................................................................... 65 
3.2.1 SSD no contexto das organizações .......................................................................... 66 
3.3 SISTEMA DE SUPORTE A EXECUTIVO (SSE) ............................................................... 74 
3.3.1 SSE no contexto das organizações ........................................................................... 76 
3.4 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RELAÇÕES COM O CLIENTE OU CUSTOMER 
RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM) ........................................................................ 81 
3.4.1 Arquitetura do CRM ................................................................................................. 82 
3.5 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RELAÇÕES COM O FORNECEDOR OU SUPPLIER 
RELATIONSHIP MANAGEMENT (SRM) ........................................................................ 86 
3.6 SISTEMA DE GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS OU SUPPLY CHAIN MANAGEMENT 
(SCM) ...................................................................................................................... 89 
3.6.1 Arquitetura do SCM ................................................................................................. 90 
3.7 CICLO DE VIDA DE IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE SIBC EM UMA ORGANIZAÇÃO ..... 94 
4 DESAFIOS ATUAIS DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ........... 98 
4.1 INDÚSTRIA 4.0 – QUAL A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO NESSE CONTEXTO? ............. 100 
4.2 E-COMMERCE – QUAL A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NESSE CENÁRIO?
 .............................................................................................................................. 103 
4.3 PRINCIPAIS TI DE APOIO A GESTÃO DA INFORMAÇÃO ................................................ 111 
4.3.1 BIG DATA COMO FAZER A GESTÃO DAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NELE? ................... 111 
4.3.2 COMPUTAÇÃO EM NUVEM: ONDE ESTÃO OS DADOS E INFORMAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO?
 113 
4.3.3 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: COMO ELA IRÁ TRATAR AS INFORMAÇÕES DENTRO DAS 
ORGANIZAÇÕES? .................................................................................................... 115 
 
4.4 LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD): O QUE ISSO TEM A VER COM AS 
ORGANIZAÇÕES? .................................................................................................... 121 
4.5 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: POR QUE O GESTOR EMPRESARIAL DEVE SE PREOCUPAR 
COM ELA? ............................................................................................................... 130 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 144 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA .......................................................................................................... 145 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR......................................................................................... 146 
 
 
8 
1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO (SI) E SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
BASEADOS EM COMPUTADOR (SIBC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na sociedade da informação, onde as organizações estão inseridas, percebe-
se que o processo de busca por informação para a geração de conhecimento tende a 
se expandir motivada pela busca constante, e cada vez mais aceleradas, por 
inovações e desenvolvimento de novos produtos e serviços. O dinamismo e a 
interaçãodas TIC com a sociedade vêm provocando grandes transformações na 
gestão dos negócios. Nesse contexto, a contínua expansão das redes sociais de 
comunicação contribuirá, cada vez mais, para que as organizações realizem seus 
objetivos estratégicos, entre eles o de fortalecer as relações comerciais e sociais, 
onde estão inseridas, visando muito mais construir seu diferencial competitivo, do que 
somente obter vantagem competitiva. 
Para alcançar objetivos estratégicos como esses citados, os colaboradores na 
organização precisam gerir as informações circulantes na organização, de forma que 
elas sejam orientadas para a geração do conhecimento organizacional que serão 
aplicados na condução de seus negócios. Realizar a gestão da informação sob esse 
ponto de vista significa, para o gestor, empregar o saber que contribua para aumentar 
a eficiência, renovar a qualidade de produtos e serviços, e gerar novos conhecimentos 
(novos saberes) com base em informações relevantes. Esses novos conhecimentos, 
resultantes de informações de qualidade e bem gerenciadas, poderão ser 
transformados em vantagens competitivas e, uma vez sendo mensuráveis, 
certamente trarão resultados com êxitos em atividades onde são aplicados. 
Antes de apresentar os conceitos básicos sobre SI e SIBC, é importante revisar 
os conceitos sobre dado, informação e conhecimento, uma vez que são insumos de 
entrada e saída dos SI. Após a leitura e entendimento deste capítulo você 
compreenderá por que as organizações, mais especificamente seus colaboradores, 
buscam informações e que quando isso ocorre, geralmente, o fazem por meio de um 
SI ou SIBC. 
 
OBJETIVO 
O objetivo principal desse tópico é deixar claro os conceitos sobre 
o que é um SI e um SIBC, uma vez que ambos convivem dentro 
de uma organização, e cada um possui características e estruturas 
próprias, e atendem determinados objetivos. 
 
 
 Justificativa 
Conhecer os conceitos sobre o que é um SI e um SIBC é 
importante para o gestor empresarial, pois durante sua atuação na 
empresa ele conviverá com essas duas modalidades de sistema de 
informação. Todavia, antes de apresentar esses conceitos será 
apresentada uma breve revisão dos conceitos sobre dado, 
informação e conhecimento. 
 
 
 
 
9 
1.1 Dado, Informação e Conhecimento: revisão de conceitos 
 
Antes de buscar entender os conceitos sobre SI e SIBC, que serão abordados 
mais adiante, é de extrema importância entender os conceitos básicos sobre dado, 
informação e conhecimento. Como o próprio nome diz, um SI é um sistema que trata 
dados e informações e, portanto, para entendê-lo precisamos antes entender os 
conceitos sobre eles, sendo a informação considerada ativo circulante nas 
organizações, e elemento primordial para a sobrevivência delas. 
O conjunto 'dados, informação e conhecimento' tem sido importante fator de 
competitividade em diferentes tipos de organizações. Prospectar, filtrar e transferir 
esse conjunto é essencial para a consolidação do processo de inteligência competitiva 
organizacional. Esse conjunto, juntamente com recursos humanos, materiais e 
financeiros é, sem dúvida, um recurso de extrema importância e, talvez o mais 
importante entre todos. Através do gerenciamento desses recursos informacionais 
pode-se subsidiar várias atividades para a melhoria contínua do negócio da 
organização (VALENTIM, 2002, p.1). 
 
O que é Dado? 
São inúmeros os conceitos relativos a dado e, entre eles, destacam-se: 
 "Conjunto de material disponível para análise. "(MICHAELIS). 
 “Conjunto de registros qualitativos ou quantitativos conhecidos que 
organizado, agrupado, categorizado e padronizado adequadamente 
transforma-se em informação.” (MIRANDA, 1999, p. 285). 
 “Dados são fatos brutos que descrevem as características de um evento. 
As características de um evento de vendas poderiam incluir a data, o 
número do item, sua descrição, a quantidade pedida, o nome do cliente e 
os detalhes da remessa.” (BALTZAN; PHILIPS, 2012, p. 9). 
Considerando este último conceito você pode inferir que um dado nada mais é 
que um fato isolado, e que em sua forma primária não agrega valor além do valor de 
si mesmo. Todavia, quando esses fatos isolados são categorizados, organizados, 
rearranjados e processados conforme critérios lógicos então tornam-se uma 
INFORMAÇÃO. 
 
Atributos de um dado 
 
Todo dado tem como característica (atributos) ser de um determinado tipo 
(numérico, alfabético, alfanumérico ou lógico) e possuir uma descrição (nome). 
Considerando, novamente, o conceito sobre dados apresentado por Baltzan e Philips 
(2012), podemos notar que o dado: data (de vendas) é um tipo de dado numérico que 
representa uma data, no caso descrita como sendo “data de vendas”. Todavia se 
essa data não for numérica, isto é, se for apresentado em forma de uma palavra (por 
exemplo: 20/janeiro/2019), então temos que essa data é do tipo alfanumérica, pois 
contém letras, caracteres numéricos e especiais (/). Entretanto um dado como 
“quantidade pedida” com certeza é do tipo numérico, pois irá permitir seu uso no 
cálculo do valor do item pedido (quantidade pedida x valor unitário) e no total do 
pedido. 
Diante desses conceitos temos que um caractere numérico pertence ao 
conjunto de caracteres alfanuméricos, ou seja, não podemos usá-lo para cálculo. 
 
10 
Agora, um dígito é um número, pois dígitos são usados para cálculo. Resumindo, 
identificamos um dado pela sua descrição e pelo seu tipo, ou seja: 
 Dado Alfabético: pertence ao conjunto de caracteres alfabéticos, podendo 
ser maiúsculos e minúsculos; 
 Dado Alfanumérico: pertence ao conjunto de caracteres alfabéticos, 
numéricos e especiais (#, $, &, @, *, etc.); 
 Dado Numérico Inteiro ou com decimais: pertence ao conjunto dos números 
(dígitos) naturais, inteiros, fracionários e complexos; 
 Dado Lógico: representa somente dois valores válidos: verdadeiro ou falso; 
sim ou não; e para o computador bit 0 ou bit 1). 
Você pode imaginar que esses conceitos sobre tipos de dados não são 
importantes, e isso é perfeitamente aceitável pois você desde que entrou em processo 
de alfabetização começou aprender isso, e vem ao longo da vida trabalhando com 
eles diariamente, às vezes de forma inconsciente, sem perceber claramente essas 
classificações. Todavia, quando passamos a conviver no mundo dos computadores, 
dos SI e, principalmente, dos SIBC, esses conceitos são de extrema importância, pois 
os computadores somente funcionam adequadamente, quando os SIBC são 
construídos, adequadamente, respeitando esses conceitos. 
 
Dados Estruturados 
 
Em sistemas computacionais, quando dados de diferentes tipos sobre um 
mesmo evento ou entidade2 são agregados, então, se tem um conjunto de dados 
estruturados, sendo que cada conjunto nos fornece informações sobre um evento ou 
entidade. Portanto, um banco de dados, operacional ou transacional de uma 
organização, guarda estruturas de dados, conforme mostrado na Figura 1, que são 
organizadas em linhas e colunas. Cada linha representa informações de um evento 
ou entidade, e cada coluna guarda um dado dele. Temos, então, uma Tabela de 
Dados. 
Considere que essa tabela armazene os dados de clientes de uma determinada 
organização. Analisando-a espero que você entenda bem os conceitos sobre dados, 
ou seja, cada coluna dessa tabela guarda um dado (de único tipo) de cliente, e cada 
linha da tabela guarda dados (de vários tipos) de um cliente, e esses dados 
estruturados e correlacionados guardam informações sobre esse cliente. Portanto, 
uma tabela de dados pode se expandir tanto na horizontal, aceitando a inserção de 
novos dados de clientes, quando na vertical aceitando o registro de novos clientes. 
 
Figura 1 – Estrutura de Dados de um Cliente 
 
 
2Na área da Ciência da Computação, especificamente na subárea de Banco de Dados, o termo 
entidade refere-se a uma Tabela de Dados contendo dados sobre: um Cliente, um Fornecedor,um 
Produto, uma Máquina, um Produto, etc. 
 
11 
Fonte: autoral 
 
Dados Não Estruturados 
 
Como o próprio nome diz, os dados não estruturados não seguem uma 
estrutura lógica bem definida tal como os estruturados, que permite que 
computadores (através de SIBC) e mesmo pessoas (por meio de SI) possam 
rapidamente visualizá-los, processá-los e entendê-los. Os dados não estruturados são 
armazenados nos mais diversos formatos, ou seja, no formato de texto, imagens, 
sons, filmes, etc. e são, na maioria das vezes, de difícil entendimento em um primeiro 
momento, tanto por humanos quanto por computadores. 
Observando o quadro abaixo você pode perceber que trata-se de um artigo 
(dados não estruturados em formato de texto) onde aparecem diversos dados 
importantes, porém em um primeiro momento você não consegue identificá-los, 
correlacioná-los, ou mesmo extrair sentido deles, diferentemente de olhar os dados 
estruturados que foi mostrado anteriormente, sobre um cliente. Talvez você precise 
mais de uma leitura para assimilar e estruturar (na sua memória) esses dados. Tente 
isso lendo o texto no quadro abaixo. 
 
Dados Não Estruturados 
Inteligência artificial vai mudar 100% dos empregos na próxima década, diz CEO da IBM 
Fórum Econômico Mundial estima que a quarta revolução industrial deve movimentar US$ 100 trilhões nos 
próximos 10 anos. 
17/04/2019 - 08H01 - ATUALIZADA ÀS 12H10 - POR PATRÍCIA BASILIO (*) 
 
A CEO e presidente da IBM, GinniRometty, tem uma importante mensagem para profissionais de todo o 
mundo: a transformação digital deve ser um dos maiores desafios da atual geração. Segundo estimativa da 
executiva, 100% dos empregos sofrerão mudanças por causa da inteligência artificial (IA) já na próxima 
década. 
E Ginni não está exagerando. O Fórum Econômico Mundial estima que a quarta revolução industrial deve 
movimentar US$ 100 trilhões nos próximos 10 anos em todos os setores, indústrias e regiões do mundo. 
"Enfrentamos uma transformação iminente e profunda da força de trabalho nos próximos cinco a dez anos, 
à medida que o analytics e a inteligência artificial mudam os cargos de empresas de todos os setores", disse 
Rometty à CNBC. 
O alerta de Ginni se dá em um momento em que as habilidades em inteligência artificial e os estudos sobre 
futuro do trabalho são demandados com urgência. O setor de tecnologia responde por 10% do PIB 
dos EUA e é o que cresce mais rápido no país. No entanto, não há profissionais qualificados para preencher 
os 500 mil empregos disponíveis na área, segundo pesquisa da Future ofWork da Consumer Technology 
Association. 
Brasil na retaguarda 
Apesar de não viver a mesma realidade dos EUA, o Brasil está em situação semelhante, afirma Dora 
Kaufman, pesquisadora de inteligência artificialda Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 
Estudo divulgado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações aponta que uma 
estratégia digital bem-sucedida pode acrescentar 5,7% a mais no PIB brasileiro — o equivalente a US$ 115 
bilhões. 
"Mais do que emprego, a inteligência artificial vai mudar a sociedade e as relações humanas. Funções 
mecânicas e repetitivas serão eliminadas e novas funções surgirão. O problema é que não serão criadas 
vagas suficientes para substituir as que desaparecerão". 
O futurista Fabio Pereira é mais otimista. Autor do livro "Consciência Digital", pela editora Caroli, ele acredita 
que milhões de empregos serão gerados a partir da união homem-máquina. "Pesquisas já mostram que a 
inteligência humana aumentada pela IA traz resultados mais eficazes do que cada uma delas 
separadamente", afirma. 
Esses empregos, contudo, só serão ocupados se os profissionais forem colaborativos, criativos, 
comunicativos e críticos. 
Dora concorda e vai além. Ela destaca a necessidade de qualificação da mão de obra para as novas funções 
que estão sendo criadas. Segundo ela, o mercado de trabalho não está evoluindo conforme a demanda e, 
 
12 
por isso, muitos profissionais estão desempregados. "Não adianta a empresa pegar um caixa de 
supermercado e colocar para supervisionar um robô. É necessário preparação", diz. 
A professora da PUC-SP acrescenta que o próprio ensino básico do país não está preparado para a 
transformação digital, uma vez que ainda tem raízes na indústria. "Algumas empresas estão se preparando 
e qualificando os próprios profissionais, mas a necessidade é muito maior que essa. A demanda é global." 
(*) Patrícia Basilio – Jornalista de Negócios e Inovação da Editora Globo 
Fonte:https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/04/inteligencia-artificial-vai-mudar-100-dos-
empregos-na-proxima-decada-diz-ceo-da-ibm.html 
 
Para saber mais... 
Para complementar seu entendimento sobre dados estruturados e não estruturados, 
acesse o link: 
https://culturaanalitica.com.br/diferenca-entre-dados-estruturados-e-nao-
estruturados/#oque-sao-dados-nao-estruturados 
 
 
Você sabia que... 
Pesquisas mostram que cerca de 85% dos dados circulantes nas empresas são não 
estruturados, e que apenas 15 são estruturados oriundos dos SI e SIBC, e que a maior 
porção do conhecimento organizacional está contido nos dados não estruturados. 
Acesse o link:https://www.sas.com/pt_br/insights/big-data/what-is-big-data.htmle veja o 
que a SAS, uma das maiores empresas especializadas em tecnologias de mineração de 
dados não estruturados está dizendo sobre o assunto que estamos apresentando. 
https://www.youtube.com/watch?v=-Gj93L2Qa6c 
 
Atualmente, as organizações estão cada vez mais gerando e armazenando 
grandes volumes de dados corporativos e históricos, ou seja, estão armazenando 
dados e informações, que se bem gerenciados podem gerar conhecimentos 
necessários para que a organização alcance seus objetivos estratégicos. A TI que 
permite esse armazenamento, denominada Big Data3, é uma tecnologia de banco de 
dados que consiste em organizar os dados corporativos da melhor maneira, para dar 
subsídios de informações aos gerentes e diretores das organizações para auxiliá-los, 
principalmente, em tomadas de decisão. O Big Data é um banco de dados paralelo 
aos bancos de dados transacionais4 ou operacionais da organização, e será abordado 
com maiores detalhes no capítulo4. 
O termo Big Data se refere ao armazenamento de um imenso volume de dados 
e informações, bem como a capacidade de retirar (minerar) valor dessas informações 
em velocidade rápida, para a geração do conhecimento organizacional, portanto Big 
 
3O assunto Big Data não é novo, ele surgiu na década de 70 com os avanços das tecnologias 
dos computadores na época. Nessa época os grandes volumes de dados passaram a serem 
armazenados nos denominados Data Mart (DM) ou Data Warehouse (DW) que eram, respectivamente 
Banco de Dados Departamentais ou Corporativos. Portanto, os Big Data de hoje eram os DM e DW do 
passado. 
4 Banco de dados transacionais são acessados por SIBC transacionais/operacionais como por 
exemplo os módulos de processamento de transações do ERP. Esses bancos de dados armazenam 
dados estruturados e fornecem dados para outros SIBC na organização. 
https://culturaanalitica.com.br/diferenca-entre-dados-estruturados-e-nao-estruturados/#oque-sao-dados-nao-estruturados
https://culturaanalitica.com.br/diferenca-entre-dados-estruturados-e-nao-estruturados/#oque-sao-dados-nao-estruturados
https://www.sas.com/pt_br/insights/big-data/what-is-big-data.html
https://www.youtube.com/watch?v=-Gj93L2Qa6c
 
13 
Data é uma tecnologia que se baseia em: Valor, Volume, Velocidade, Variedade e 
Veracidade. 
Segundo Nascimento (2018, negrito e nota de rodapé nosso), 
big data pode ser definido utilizando-se cinco dimensões: 
 Volume: coleta de dados de variadas fontes, como aqueles oriundos 
de sensores destinados a realizar a comunicação M2M5 ou até mesmo 
transações comerciais; 
 Velocidade: os dados são transmitidos e estão disponíveis em tempo 
real apartir de uso de smartphones, sensores, etiquetas inteligentes 
dotadas de identificação por radiofrequência (radio frequency 
identification – RFID); 
 Variedade: a geração de dados é realizada em formatos 
diferenciados, englobando bancos de dados complexos, documentos 
e vídeo, por exemplo; 
 Variabilidade: com o aumento da velocidade e da variedade, a 
ocorrência de picos de demanda é cada vez mais frequente. Um bom 
exemplo se refere a notícias ou informações geradas pelas redes 
sociais e que podem apresentar grande acesso pontual dependendo 
do conteúdo vinculado; 
 Complexidade: a geração de dados é realizada de fontes variadas, 
dificultando a estruturação e a criação de relações, necessárias para 
o seu correto tratamento. 
A importância do big data não gira em torno da quantidade de dados que você 
possui, mas do que você faz com eles. Você pode pegar dados de qualquer fonte e 
analisá-los para encontrar respostas que permitam 1) redução de custos, 2) redução 
de tempo, 3) desenvolvimento de novos produtos e ofertas otimizadas e 4) tomada de 
decisão inteligente. Ao combinar big data com análises de alta potência, você pode 
realizar tarefas relacionadas aos negócios, como: 
 Determinar as causas principais de falhas, problemas e defeitos em tempo quase 
real. 
 Gerar cupons no ponto de venda com base nos hábitos de compra do cliente. 
 Recalculando carteiras de risco inteiras em minutos. 
 Detectando comportamentos fraudulentos antes que eles afetem sua 
organização. (AGÊNCIA SAS, 2019) 
Dados confiáveis e bem gerenciados levam a análises e decisões 
confiáveis. Para se manterem competitivas, as empresas precisam aproveitar todo o 
valor do big data e operar de maneira orientada a dados - tomando decisões com base 
nas evidências apresentadas pelo big data, e não no instinto. Os benefícios de ser 
orientado a dados são claros. As organizações orientadas a dados têm melhor 
desempenho, são operacionalmente mais previsíveis e mais lucrativas. (AGÊNCIA 
SAS, 2019) 
Diante disso, infere-se que o sucesso de projetos de Big Data está nas várias 
formas de mineração dos dados contidos nele e na sua veracidade, ou seja, garantia 
de que os dados e informações nele contidos são consistentes. A tecnologia de 
Inteligência Artificial (IA) vem sendo largamente aplicada nos algoritmos de mineração 
de dados em Big Data. Essa TI é responsável, atualmente, pelo surgimento de novas 
profissões na área de TI, entre elas: Cientista de Dados; Analista de Dados; 
Programador de Big Data; Programador de IA; etc. Essas novas tecnologias serão 
 
5 M2M ou Machine to machine é um conceito relacionado com o uso de tecnologia que possibilita a 
comunicação de dispositivos em rede, gerando e compartilhando informações sem qualquer 
intervenção humana. 
 
14 
abordadas no último tópico deste livro-texto pois fazem parte dos novos desafios da 
gestão da informação, motivados pelos avanços da TI. 
 
Vídeo: a importância do Big Data no mercado 
 
Acesse o link:https://www.youtube.com/watch?v=VYFL5EjHjGk assista o vídeo e veja o 
que um profissional de empresa e professor universitário está dizendo sobre a tecnologia 
do Big Data. 
 
Então, gostou da fala do professor? Isso justifica as novas profissões que estão 
surgindo, principalmente na área de TI, que mostrei anteriormente. Além disso, deve 
estar claro para você qual o futuro da gestão da informação nas organizações. 
 
Para saber mais sobre Big Data 
 
Acesse o link: https://www.sas.com/pt_br/insights/big-data/what-is-big-data.htmle leia o 
que a SAS, uma das maiores empresas especializadas em tecnologias de mineração de 
dados está dizendo sobre o Big Data. 
 
 
Após esse breve aparte para conhecer essa tecnologia voltada para o 
armazenamento de dados e informações para geração de conhecimento, vamos 
fechar assunto que estamos discutindo que é sobre: dados. 
 
PENSE 
Você está dentro da área de vendas de uma empresa e ouve alguém dizer: “R$ 
200.000,00. O que você ouviu é um dado ou uma informação? 
 
Se você respondeu dado, então parabéns! Você assimilou os conceitos deste 
tópico, pois R$ 200.000,00 é um fato (dado) isolado que não representa nenhum valor 
a não ser o valor do dado em si. 
 
O que é Informação? 
Para esta questão certamente apresentam-se inúmeras respostas, pois a 
informação está presente em todas as áreas do conhecimento humano e, portanto, o 
conceito de informação para um profissional da área da computação não será o 
mesmo dado por um profissional da área das Ciências Médica, Econômica, ou mesmo 
da Informação. (BIANCHI, 2008, p. 46). 
Para Le Coadic apud Bianchi (2008, p. 46), “a informação é um conhecimento 
inscrito (registrado) em forma escrita (impressa ou digital), oral ou audiovisual, em 
suporte.”. A inscrição da informação ocorre através da linguagem, de signos e sinais, 
que associa um significante a um significado. Dessa forma, não somente inscrições 
impressas, mas também objetos de arte, peças e artefatos de museus, manifestações 
culturais, e outras formas de representação são considerados informação. Como 
conhecimento inscrito, a informação ao ser comunicada, deve ter um sentido, de forma 
que aquele que recebe possa utilizá-la para adquirir algum conhecimento. 
Para Stair (1998, p. 4, grifo do autor), “Informação é um conjunto de fatos 
organizados de tal forma que adquirem valor adicional além do valor do fato em si.”. 
Segundo esse conceito, a informação sobre determinado assunto é originada a partir 
https://www.youtube.com/watch?v=VYFL5EjHjGk
https://www.sas.com/pt_br/insights/big-data/what-is-big-data.html
 
15 
da organização, ou estruturação, e processamento de dados (e de informações) 
relacionados direta ou indiretamente com esse assunto. 
Como já mencionei existem inúmeras maneiras de se conceituar a informação, 
porém é certo que a informação está para os sistemas e processos organizacionais, 
assim como o sangue está para o sistema humano, isto é, sem ela e sem ele não 
existe vida. Você entenderá melhor essa analogia lendo o item 1.2. 
O processo de transformar dados em informação está representado pela figura 
2, onde processo é um conjunto de tarefas logicamente relacionadas, e executadas 
para atingir um resultado bem definido que, no caso, é a transformação de dados 
(entradas) em informação (saída). 
O processo de estabelecer relações entre os dados, para gerar informações, 
requer critérios oriundos de diretrizes, normas, procedimentos, regras, etc. usados 
para selecionar, classificar, organizar e processar os dados e gerar informações para 
torná-las úteis em outros processos ou tarefas específicas, principalmente, nos 
processos de tomadas de decisões. 
 
Figura 2 – Processo de transformação de dados em informação 
Fonte: autoral 
O feedback, muitas vezes, referenciado como “retroalimentação” é um 
importante componente desse processo, pois é através da sua análise que se verifica 
a necessidade de correções em critérios, processos e/ou dados utilizados para a 
geração da informação. 
 
PENSE 
Você está dentro da área de vendas de uma empresa e ouve alguém dizer: “neste mês 
de março vendemos R$ 200.000,00 para o cliente XYZ, e isso significou um aumento 
de 15% nas vendas para esse cliente, em relação ao mesmo período do ano passado. O 
que você ouviu é um dado ou uma informação? 
 
Se você respondeu que é uma informação, então parabéns! Você assimilou os 
conceitos sobre informação, pois agora além do dado: valor de vendas, outros dados 
foram agregados ou correlacionados, tais como: mês das vendas; cliente; e percentual 
de aumento das vendas para o cliente. O processo de correlacionar os dados 
informados permitiu a geração de uma informação sobre as vendas para um 
determinado cliente. 
As etapas de processamento dos dados até a geração/armazenamento e 
disseminação da informação estão contidas naquilo que se denomina “o ciclo de vida 
da informação”, cujo significado iráentender após assimilar os conceitos. 
 
O Ciclo de Vida da Informação 
 
 
16 
 
Entende-se como ciclo de vida da informação todas as etapas do processo de 
transformação de dados em informação, conforme explicado anteriormente, incluindo 
os processos de armazenamento e descarte da informação. 
Para Sêmola (2014) “Toda informação é influenciada por três propriedades 
principais: confidencialidade, integridade e disponibilidade, além dos aspectos 
autenticidade e legalidade, que complementam essa influência”. 
A confidencialidade visa garantir que somente pessoas autorizadas terão 
acesso a determinadas informações. A integridade visa garantir que informações 
recebidas devem manter as suas características originais estabelecidas pelo gerador 
da informação, ou seja, por quem as enviou. A disponibilidade visa garantir que a 
informação estará disponível sempre que necessário, e quando requisitada por 
pessoa autorizada. Portanto, essas três principais características devem ser 
observadas desde o momento da geração até o seu consumo e posterior descarte, ou 
seja, em todo o ciclo de vida informação, pois a “quebra” de uma dessas 
características compromete a segurança da informação e como consequência sua 
relevância, principalmente para aqueles que a utiliza em processos de tomada de 
decisões. 
Em relação a autenticidade da informação esta é uma característica que está 
relacionada com a origem ou fonte da informação, ou seja, está relacionada com a 
garantia de que a informação provém de uma fonte (origem) confiável, segura e 
conhecida. A legalidade está relacionada com informações legais e são aderentes a 
determinadas legislações, como por exemplo a comunicação de um documento, tal 
como uma sentença judicial, onde as informações nele contidas tem segurança 
jurídica e, portanto qualquer alteração indevida irá torná-la invalida ou ilegal. 
Ainda, sobre o ciclo de vida da informação, temos em Sêmola (2014) que, 
“O ciclo de vida, por sua vez, é composto e identificado pelos 
momentos vividos pela informação que a colocam em risco. Os 
momentos são vivenciados justamente quando os ativos físicos, 
tecnológicos e humanos fazem uso da informação, sustentando 
processos que, por sua vez, mantêm a operação da empresa.”. 
Percebe-se nessa colocação do autor, que ele se preocupa com a segurança da 
informação em todo seu ciclo de vida, pois sabe o quanto a informação é valiosa para 
os processos de negócios6 de uma organização. No capítulo 4, relativo a segurança 
da informação, abordarei em detalhes o assunto segurança da informação, uma vez 
que a informação é tida, atualmente, como importante ativo circulante na maioria das 
organizações. 
Conforme já visto, o ciclo de vida informação pode ser entendido como os 
momentos da informação vividos desde sua geração até seu descarte. A informação 
pode estar representada por bits (circulando em redes, ou explicitadas nas mídias 
digitais) ou por átomos (documentos impressos compartilhados ou arquivados na 
organização). Não importa como a informação está representada, em todos os 
momentos se identificam as fases mostradas na Figura 3, e explicadas a seguir. 
 
 
 
6Segundo Turban e Volonino (2013, p. 394), “Um processo de negócio consiste em um conjunto 
de tarefas ou atividades que são executadas de acordo com certas regras relacionadas a determinados 
objetivos.” 
 
17 
Figura 3 - Cinco momentos do Ciclo de Vida da Informação considerando as principais propriedades 
da segurança da informação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: adaptado de SÊMOLA (2014). 
 
 Geração 
Momento da criação da informação, quando ela passa a ocupar um suporte 
mediático (disco magnético, fita magnética, pen drive, DVD, papel, livro, etc.) 
ficando disponível para manuseio. Exemplo, digitar dados em um formulário 
eletrônico disponível em um site de vendas na Internet, ou mesmo, redigir 
manualmente um documento em papel. Além disso, a geração da 
informação pode ocorrer pela troca de dados e informações entre SIBC. 
 
 Manuseio 
Momento em que a informação passa a ser manuseada seja fisicamente ou 
digitalmente (através de computadores). Exemplo: folhear um livro em busca 
de informações; alterar dados contidos em formulário eletrônico 
disponibilizado por SI internos da organização, ou mesmo na Internet; etc.
 
 Armazenamento 
Momento em que a informação é armazenada para uso futuro, seja 
fisicamente em uma ficha de papel para posterior guarda em uma pasta 
dentro de uma gaveta de um armário (arquivo) de aço, seja digitalmente em 
uma base de dados residente em um computador servidor, ou em um pen-
drive guardado no bolso do seu proprietário; ou em outras mídias de 
armazenamento digital. 
 
 Transporte 
Momento em que a informação é transferida (transportada) de um meio (ou 
dispositivo) para outro. Exemplo: Envio de uma carta por correio 
convencional; envio de informações por e-mail; compartilhamento de 
informações pelas redes sociais através da Internet; transmissão através do 
Skype®, ou mesmo de uma central telefônica. 
 
 Descarte 
 
 
18 
Momento em que a informação é descartada, podendo ser apagada das 
mídias digitais, das bases de dados residentes em computadores, jogadas 
no lixo da organização, destruídas através de dispositivos fragmentadores 
de papéis, ou mesmo, através do descarte de uma mídia que apresentou 
defeito. O descarte é, no contexto da segurança da informação, um dos 
momentos mais cruciais relacionado com a garantia do sigilo das 
informações. 
 
Abordei o tema acima, pois os colaboradores de uma organização estão 
constantemente fazendo uso de informações, seja para realizar seu trabalho de rotina, 
seja para tomada de decisões e, diante disso, precisam entender que em todas as 
etapas do ciclo de vida da informação a preocupação principal está relacionada com 
a segurança da informação. A quebra de pilares que sustentam a segurança da 
informação, tais como: confidencialidade, integridade, disponibilidade, confiabilidade, 
não-repúdio, etc., pode tornar a informação imprópria para utilização e mesmo 
compartilhamento. 
A segurança da informação em uma organização ocorre através de Políticas 
de Segurança da Informação (PSI), que segundo a norma ABNT, NBR ISO/IEC 27002 
(2005), deve ser redigida por um Comitê Gestor de Segurança da Informação (CGSI), 
formado por gestores das diversas áreas de negócios da organização 
(departamentos), inclusive do Jurídico e da área de Recursos Humanos. 
O CGSI, após aplicar a gestão de riscos sobre os ativos7 que sustentam a 
informação, é importante para o estabelecimento de diretrizes (políticas) para 
proteção dos diferentes tipos de informações circulantes na organização. Após 
definição das diretrizes serão estabelecidas as normas, que por sua vez irão nortear 
os procedimentos de segurança, muitos deles traduzidos em mecanismos de defesa 
e implementados pelos colaboradores da área de TI. Cuidar da gestão da informação 
é importante pois a informação é um ativo circulante para a maioria das organizações, 
conforme mostrarei a seguir. 
 
A Importância da informação no contexto das organizações 
 
7 Ativos de informação ou ativos informacionais compreendem os SI, SIBC e todos os 
componentes da infraestrutura tecnológica que dão sustentação ou suportam a informação e os fluxos 
informacionais, na organização. São exemplos de ativos de informação: Computadores Servidores; 
Computadores Clientes; Redes de Computadores; Hardware de Redes; Banco de Dados; Mídias de 
Backup; etc., e demais infraestruturas tecnológicas que suportam a informação. 
Você sabia que 
A empresa Google® ao descartar um disco rígido (HD ou Hard Disk) o faz primeiro 
colocando o disco em uma prensa, onde um eixo de metade do diâmetro do disco rígido 
desce sobre a superfície do HD amassando-o e, portanto, tornando-o irrecuperável. Para 
garantir ainda maisque o conteúdo desse disco destruído não poderá ser acessado, ele 
é colocado em um dispositivo triturador, que o transforma em pedaços de metais não 
superior a três centímetros. Entendo a importância da informação para seus clientes, a 
empresa leva a sério o armazenamento das informações. Para saber mais assista o vídeo 
postado no canal do youtube, no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=XZmGGAbHqa0. 
Atenção! Você pode assistir esse vídeo no formato legendado escolhendo a linguagem 
na opção “settings”. 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=XZmGGAbHqa0
 
19 
 
Nas décadas de 60 e 70 grandes computadores, instalados nas grandes 
organizações, processavam volumes consideráveis de dados de entrada e, da mesma 
forma, geravam volumes consideráveis de dados de saída, expressos em volumosos 
relatórios operacionais impressos em papel. Nessa época o processamento, geração, 
arquivamento, e compartilhamento de informação dependia em grande escala da 
interferência, ou mesmo inferência humana, ou seja, cabia aos grandes computadores 
somente o processamento de dados. 
A partir da década de 80, com a entrada dos microcomputadores, e 
rapidamente sua interligação em redes de computadores, ocorre a distribuição dos 
dados entre vários departamentos dentro da organização, e o processamento, 
arquivamento e disseminação das informações passa a ser feita em larga escala pelos 
microcomputadores, principalmente aqueles com funções de servidores de aplicações 
e arquivos. Nesse momento, também, os microcomputadores ligados aos 
computadores de grande porte captavam dados e informações desses computadores, 
tornando-os disponíveis para geração de outras informações, principalmente, pelos 
colaboradores da organização. Atualmente, dada a velocidade com que a informação 
é gerada, armazenada e compartilhada, esta torna-se elemento essencial para todos 
os processos de negócio da organização, sendo, portanto, um bem ou ativo de grande 
valor. 
A informação é um ativo que, como qualquer outro ativo importante, é essencial 
para os negócios de uma organização e, consequentemente, necessita ser 
adequadamente protegida. [...] A informação pode existir em diversas formas. Ela 
pode ser impressa ou escrita em papel, armazenada eletronicamente, transmitida pelo 
correio ou por meios eletrônicos, apresentada em filmes ou falada em conversas. [...]. 
(ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005) 
Para sobreviver em um cenário de mudanças os indivíduos, dentro das 
organizações, precisam ampliar seus conhecimentos sobre a organização, seus 
negócios e suas relações com seu ambiente, e para tanto necessitam buscar 
informações relevantes para uso na construção desses conhecimentos. A Figura 4 
representa um ambiente organizacional onde tanto seus relacionamentos internos 
quanto externos dependem, e sempre dependeram, de trocas de informações. 
Atualmente, esses relacionamentos sendo apoiados por modernas TI permitem que a 
circulação das informações dentro e fora desse ambiente ocorra de forma instantânea 
e isso, sendo bem administrado, pode levar as organizações a obterem vantagem e 
diferencial competitivo. 
 
 
 
20 
Figura 4: A Organização, sua interação com seu ambiente, e o apoio da TIC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: autoral 
 
Esse modelo de ambiente organizacional proporciona uma visão das relações 
tanto interna quanto externa da organização com suas entidades. Através dele pode-
se refletir e deduzir, que, mudanças provocadas nesses ambientes podem influenciar 
os objetivos e estratégias da organização, e que a gestão da informação e do 
conhecimento sobre seu ambiente são fatores críticos de sucesso para sua 
sobrevivência. Além disso, esse modelo situa, também, a TIC como um componente 
estratégico de apoio às interações da organização com seu ambiente, onde podemos 
inferir que, usando essas tecnologias de forma estratégica e alinhada aos seus 
objetivos, os indivíduos poderão trocar informações e “produzir” os conhecimentos 
necessários para auxiliar a organização a responder rapidamente às mudanças 
impostas pelo seu ambiente. 
Cada componente, dentro dessa estrutura, tem sua importância dentro da 
organização, e como já foi dito, trocam informações entre si através das TIC. Para 
entender a importância de cada componente, muito brevemente, destacarei seu papel 
dentro desse modelo de organização. 
 
 Estrutura e Cultura 
Entender a estrutura organizacional e a cultura da organização é uma das 
necessidades intrínsecas dos colaboradores, principalmente do gestor da 
informação, pois a forma como as organizações estão estruturadas e, 
também, de qual cultura derivam, influenciam na forma como a informação 
e o conhecimento fluem nessa estrutura, possibilitando, inclusive, identificar 
sistemas, modelos e indivíduos responsáveis pela sua produção e 
disseminação, ou seja, as fontes de informação. A cultura das empresas 
também é determinante para orientar como a TI está sendo, e como 
deveria ser usada para dar suporte aos SI e SIBC. Portanto, para 
entender como uma organização usa SI você precisa conhecer sobre a 
estrutura, cultura e, até mesmo a história, da organização. 
Enfatiza-se que a estrutura organizacional é a base sobre a qual grupos de 
pessoas combinam, coordenam e controlam recursos e atividades a fim de 
 
 
21 
agregarem valor a produtos e/ou serviços, de forma coordenada com o 
ambiente de atuação da organização. Portanto, para que isso ocorra, é 
necessário a organização informar-se sobre seu ambiente e sobre ela 
mesma. Para isso deve haver uma consistente gestão da informação e 
do conhecimento organizacional, sustentada por modelos tecnológicos que 
permitam acesso democrático às fontes de informação e conhecimento, 
previamente mapeadas, protegidas e disponibilizadas para acesso pelos 
seus colaboradores. 
 
 Estratégias 
As estratégias organizacionais, geralmente definidas em seu Planejamento 
Estratégico Organizacional ou Planejamento de Negócios, direcionam a 
organização no sentido de aproveitar seus recursos humanos, materiais, de 
equipamentos, financeiros e, principalmente, o recurso da informação, 
norteando a gestão da organização e mostrando qual o melhor caminho a 
ser seguido para enfrentar os constantes desafios originados de ameaças, 
oportunidades, forças e fraquezas. 
Estratégia organizacional, em poucas palavras, consiste no planejamento e 
execução de processos que permitam alcançar objetivos previamente 
estabelecidos no planejamento estratégico. Para tanto, a organização 
precisa contar com informações e conhecimentos relevantes e, 
principalmente, saber comunicá-los no momento certo, para a pessoa certa. 
Conforme Kaplan e Norton (1997), “[...] a implantação de estratégia se faz 
por meio de planos de ação e projetos”. Infere-se, diante disso, que a 
implantação das estratégias ocorre a partir dos esforços dos colaboradores 
do nível tático, e que sua execução ocorre pelos esforços dos colaboradores 
dos níveis operacionais. Portanto, é de extrema importância que as 
informações sobre estratégias globais, missão, visão e valores que estão 
contidas no planejamento estratégico, e que foram definidas pelo nível 
estratégico de forma clara e concisa, sejam comunicadas e conhecidas pelos 
colaboradores nos níveis operacionais. 
 
 Processos Empresariais (e gerenciais) 
Um processo empresarial, em seu nível mais baixo, consiste num grupo de 
tarefas inter-relacionadas logicamente, que fazem uso dos recursos da 
organização, para gerar resultados definidos, em apoio aos seus objetivos. 
Os processos empresariais refletem as maneiras específicas pelas quais as 
organizações coordenam o trabalho, a informação e o conhecimento. 
Os processos empresariais bem desenvolvidos e executados podem tornar 
a organização mais eficiente e competitiva. (LAUDON e LAUDON, 1999). 
A Figura 5 representa a lógica dos processos de negócios de uma 
organização e a circulação de informação e conhecimento entre eles, 
enfatizando a importância dainformação nas organizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Figura 5: Circulação de Informação e Conhecimento nos processos organizacionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: autoral 
 
As informações circulantes entre os processos de negócios são provenientes 
de fontes explicitas de conhecimento (manuais técnicos, livros, revistas 
especializadas, manuais de procedimentos e de processos, fluxogramas, 
workflow, etc.), e de conhecimentos que não estão explicitados pois residem 
na memória dos colaboradores, ou seja, o conhecimento tácito. Essa 
combinação de informações e conhecimentos circulam pelo ambiente 
interno e externo da organização, possibilitando a criação de novos 
conhecimentos que são aplicados na condução operacional, tática e 
estratégica dos negócios. Portanto, a combinação do conhecimento 
organizacional explícito com o tácito resulta no conhecimento estratégico, e 
ambos são objetos da gestão do conhecimento, nas organizações, desde 
que estas a tenha implantada. 
Corroborando a importância da informação nos processos organizacionais, 
temos em Silva (2019), 
No que diz respeito ao desenvolvimento dos sistemas de informação, 
o que se requer, inicialmente, é a compatibilidade da infraestrutura do 
sistema de informações com a demanda por informações e 
comunicação. Também é requerido que o sistema de informações 
implantado seja integrado e alinhado com os processos e que haja a 
avaliação da satisfação dos usuários dos serviços de informação e 
comunicação (FNQ, 20161:62). 
SI e SIBC nas organizações devem estar amparados por uma infraestrutura 
tecnológica que permita a disponibilização da informação no momento que 
o usuário necessita dela, e que elas estejam integradas e alinhadas com os 
objetivos e processos de negócios. 
Processos empresariais são, portanto, importantes fontes de geração, 
retenção e circulação de informação e conhecimento, tanto tácito quanto 
 
 
23 
explícito. Sua execução exige, além de recursos materiais e tecnológicos, 
também os recursos humanos, muitas vezes de diferentes especialidades 
funcionais. Essa combinação de recursos proporciona ao indivíduo o acesso 
a uma importante parcela do conhecimento circulante na organização. 
 
 Indivíduos e papéis nas organizações 
Considerando que você chegou até este ponto, então, deve estar claro para 
você que a informação (e o conhecimento) constitui recurso estratégico 
para as empresas e por isso é considerada o principal ativo circulante 
para a maioria delas. 
Em cenários de mudanças constantes como estes que as organizações 
enfrentam atualmente, sem dúvida elas precisam contar com colaboradores 
exercendo papéis chaves dentro do ambiente organizacional, e que 
entendam a importância do compartilhamento de informações e 
conhecimentos para alcançarem êxito em suas atividades e contribuírem 
para o sucesso da organização. Portanto, em um ambiente organizacional é 
preciso conhecer “quem é quem” dentro da estrutura organizacional e, 
principalmente, conhecer os papéis que cada um desempenha dentro do 
contexto organizacional, para que as informações possam fluir de forma 
adequada e estratégica entre esses colaboradores. 
Segundo Nadler et al. (2001), 
“na década de 80 surgiram várias forças pressionando as empresas e 
provocando transformações no cenário mundial dos negócios, 
exigindo uma rápida adaptação das empresas, e consequentemente 
dos indivíduos que dela participam, para garantia de sua 
sobrevivência”. 
Ainda, para Nadler et al. (2001), 
“as empresas que sobrevivem são as que têm capacidade de reagir a 
esses desafios. As empresas que têm êxito são as que preveem a 
mudança e desenvolvem antecipadamente as suas estratégias.” 
Portanto, informar-se sobre si própria e sobre seu ambiente, utilizar de 
maneira adequada e gerenciada as TIC, motivar e engajar seus 
colaboradores aos propósitos da organização, e mais, implementar 
modelos e políticas motivadoras de gestão do conhecimento são algumas 
formas das empresas reagirem às pressões ambientais. 
 
Tipologia da informação nas organizações 
 
As empresas, independentemente de seu segmento de mercado, de seu “core 
business” e porte, sempre usufruíram da INFORMAÇÃO tendo como objetivo, entre 
outros, uma melhor produtividade, redução de custos, ganho de Market share, 
aumento de agilidade, competitividade e apoio mais eficiente aos processos de 
tomada de decisão. Percebe-se que a informação flui por todos os lados em uma 
organização e, portanto, ela deve ser entendida do ponto de vista da sua relevância, 
do seu valor e, principalmente, da forma como pode ser compartilhada dentro e fora 
da organização. Portanto, as informações circulantes dentro da organização são, de 
maneira geral, quanto ao seu conteúdo classificadas conforme mostrado nos quadros 
1, sendo que essa classificação deve ser dos conhecimentos dos gestores 
empresariais para, principalmente, preservarem e protegerem as informações que são 
utilizadas por eles. 
 
 
24 
Quadro 1 – Classificação da informação quanto ao seu conteúdo 
 
Tipo de Informação Significado 
 
 
 
Confidencial ou Sensível 
É uma informação crítica (sensível) para os negócios da 
organização, de seus clientes e parceiros. São informações 
que só podem ser compartilhadas por pessoas autorizadas, 
pois são informações que, se utilizadas indevidamente pode 
ocasionar impactos de ordem técnica, operacional, 
financeira, de imagem e, ainda, sanções administrativas, 
civis e criminais à organização ou aos seus clientes e 
parceiros. Essa classe de informação é restrita a um grupo 
específico de pessoas, tanto do quadro da organização 
quanto dos seus clientes e parceiros. 
Exemplo: Informações sobre a fórmula e processos de 
produção de um novo medicamento. 
 
Sigilosa 
É uma informação submetida temporariamente à restrição 
de acesso público e interno, pela organização, com o intuito 
de preservar temporariamente seu conteúdo. 
Exemplo: Informações sobre o reajuste salarial dos 
funcionários e benefícios negociados com o sindicato da 
categoria. 
 
 
 
Interna 
É uma informação da organização e que ela não tem 
interesse em divulgar pois somente serve para finalidades 
internas e de trabalho diário. O acesso a esse tipo de 
informação por parte de pessoas externas à organização 
deve ser evitado. O vazamento desse tipo de informação 
poderá trazer danos à imagem da organização, porém, com 
intensidade menor que a de uma informação confidencial. 
Uma informação interna, geralmente, pode ser acessada 
sem restrições por todos os colaboradores e parceiros da 
organização. Exemplo: Informações sobre procedimentos 
para requisição de matéria-prima para a produção. 
 
 
Pública 
É uma informação que pode ser divulgada ao público em 
geral, sendo seu caráter informativo, comercial ou 
promocional. Essa classe de informação é, geralmente, 
destinada ao público externo, sendo comunicada nos mais 
diversos formatos e meios de comunicação. Sua 
comunicação pode ocorrer de forma liberal pela organização 
ou pelo cumprimento de medidas judiciais que exijam sua 
publicação. 
Exemplo: Informações sobre “quem somo” disponível no site 
da organização. 
 
Fonte: autoral 
 
Os primeiros SIBC comerciais surgidos na década de 60-70 apresentavam 
dados com granularidade muito fina, ou seja, os dados eram impressos em relatórios 
com alto nível de detalhamento (grandes volumes de papéis) e baixo de sumarização. 
Isso tornava difícil e complicado o uso desses dados, por parte dos gestores, pois 
esses colaboradores, além de não disporem de tempo para “trabalhar” (sumarizar, 
 
25 
inserir em tabelas, etc.) os dados, são acostumados a visualizá-los de forma 
sumarizada, consolidada, e em alto grau de abstração, geralmente em formato de 
gráficos e tabelas. O motivo dessa dificuldade era porque os primeiros SIBC somente 
processavam transações correntes da organização (Sistemas de Processamento de 
Transações – SPT), armazenando-as e emitindo relatórios transacionais,ou seja, 
fornecendo apenas informações transacionais em alto nível de detalhamento, 
geralmente, no formato impresso. 
A partir de meados da década de 70 surgem os primeiros SIBC gerenciais 
denominado: Sistema de Informação Gerencial (SIG), que recebendo os dados do 
SPT, processam e os apresentam aos gestores com maior granularidade, ou seja, 
menor detalhamento e alto grau de sumarização. Essa classificação da informação, 
mostrada no quadro 2 persiste até hoje, onde nos módulos de Sistemas de 
Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) existem os sub-módulos que 
processam transações, e os que processam informações gerenciais. Maiores detalhes 
sobre essa classe de SIBC serão apresentados no capítulo 3. 
 
Quadro 2 – Classificação da informação quanto a sua granularidade 
 
Tipo de Informação Significado 
 
 
Informação 
Transacional 
Compreendem todas as informações contidas em um único 
processo de negócios ou unidade de trabalho, e seu propósito 
principal é apoiar a realização de tarefas operacionais diárias. 
As empresas capturam e armazenam informações 
transacionais em banco de dados e as usam quando estão 
executando tarefas operacionais e decisões repetitivas [...]. 
(BALTZAN; PHILIPS, 2012, p. 144). 
 
 
 
Informação 
Analítica 
Compreendem todas as informações organizacionais, e seu 
propósito principal e dar suporte à realização de tarefas de 
análise gerencial. A informação analítica é usada para a tomada 
de decisões importantes ad hoc, tal como decidir se a 
organização deveria construir uma nova fábrica ou contratar 
mais pessoal para as vendas. (BALTZAN; PHILIPS, 2012, p. 
144). 
A informação analítica, também referenciada como informação 
gerencial, ou informação para a tomada de decisão, é a 
informação que tem como característica ser relevante não 
somente para colaboradores do nível operacional da 
organização, mas principalmente para aqueles que tomam 
decisões, tanto no nível tático (gerencial) quanto estratégico. 
 
Fonte: autoral 
 
Além da classificação quanto ao seu conteúdo e sua granularidade, outra 
classificação importante de uma informação diz respeito a sua relevância, 
especialmente quando ela é utilizada nos processos de tomada de decisões. Para 
entender o que é uma informação relevante sugiro que você leia atentamente o 
conteúdo do próximo item, que apresenta as principais características dessa 
classificação da informação. 
 
 
26 
Características da informação relevante 
 
Empresários, presidentes de grandes organizações, gerentes, enfim aqueles 
que decidem dentro de uma organização, constantemente precisam de informações 
para tomada de decisões. Se uma informação não apresenta características que a 
torna relevante, tais como ser precisa, completa, confiável, etc., decisões errôneas ou 
equivocadas podem ser tomadas, custando à organização milhares ou milhões de 
reais em prejuízos. Além disso, se a informação não é pertinente aos negócios ou à 
determinada situação, não é provida no momento certo ou é complexa demais para 
ser entendida, ela pode ter pouco ou nenhum valor para a organização. Para que as 
decisões tomadas atinjam os objetivos, elas devem, entre outros, estarem baseadas 
em informações consistentes e relevantes. 
Para ser valiosa, a informação deve ser relevante, e para isso deve ter 
determinadas características. No quadro abaixo, serão apresentadas algumas das 
principais características de uma informação relevante. 
 
Quadro 3: Principais características da informação relevante 
 
Característica Explicação/Exemplo 
 
 
 
 
 
Precisa 
Uma informação que tem como característica ser precisa é aquela 
que não apresenta erros, pois foi gerada a partir de dados 
consistentes e íntegros, geralmente oriundos de SIBC. 
Exemplo: uma informação sobre estoques, cujos dados são 
obtidos diretamente das saídas geradas por SIBC, é considerada 
uma informação precisa, pois o seu processamento pelo SIBC 
garante a integridade e consistência dos dados. 
Portanto, uma informação precisa é importante para a tomada 
de decisões. 
 
 
 
 
Completa 
Uma informação é considerada completa quando ela contempla 
todos os dados importantes para o processo de tomada de 
decisões. O mecanismo de feedback, já visto anteriormente na 
Figura 2, permite saber se uma informação está ou não completa. 
Exemplo: um relatório gerencial contendo informações sobre 
vendas, que não inclui estatísticas, projeções e tendências, tanto 
em formato de tabelas como de gráficos, não é considerado 
completo, ou seja, não contém informações que a completa. 
 
 
 
 
Econômica 
Uma informação econômica não deve ser confundida com uma 
informação sobre assuntos econômicos. A característica de ser 
econômica diz respeito ao custo da sua produção, que deve ser 
relativamente econômico. 
O valor da informação e o custo da sua produção devem ser 
constantemente analisados e balanceados, pelo tomador de 
decisão. Embora, na maioria das vezes o custo de produção da 
informação seja desconhecido para quem a está recebendo, é 
importante observar essa característica, pois pode não ser de 
interesse de um tomador de decisão pagar caro por uma 
informação que não trará retornos, principalmente, financeiros 
para a organização. 
 
27 
Exemplo: um gestor de compras solicita, para a área de TI da 
organização, a geração de um relatório comparativo de 
orçamentos, justificando uma economia temporária de R$ 
30.000,00 com o auxílio desse relatório. Considerando a 
complexidade de geração desse relatório, a área de TI estimou em 
R$ 50.000,00 os serviços necessários para a produção desse 
relatório. Nesse caso a informação que será provida para o gestor 
não é econômica, ou seja, o custo para sua produção excede o 
benefício que ela trará. 
 
 
 
Flexível 
Uma informação é considerada flexível quando pode ser utilizada 
para diversas finalidades, e por diversos setores dentro da 
organização. 
Exemplo: um relatório contendo informações sobre estoque 
disponível no momento, que podem ser utilizadas por vendedores, 
gerentes de produção, gerentes financeiros, gerentes de compras, 
etc., para análises e tomadas de decisões. 
 
 
 
 
 
Confiável 
Esta característica está relacionada com o método de coleta de 
dados e com a origem, ou a fonte dos dados, que irão gerar a 
informação. A fonte de dados citada na informação deve ser 
confiável e garantir a consistência e veracidade deles. Quando 
uma informação confiável é recebida ela pode gerar dependência 
por parte dos consumidores dessa informação. 
Exemplo: um boato vindo de uma fonte desconhecida não é 
informação confiável. Todavia, um relatório contendo informações 
precisas que foram geradas a partir de dados fornecidos por SIBC, 
por exemplo, pode tornar-se confiável e, portanto, o receptor fica 
sempre dependendo desse relatório. 
 
 
 
 
Simples 
Uma informação simples deve conter dados necessários e 
confiáveis, porém deve ser apresentada de forma simples ou com 
baixa complexidade. Excesso de informação pode ocasionar 
sobrecarga na sua apresentação, tornando obscuro aquilo que 
realmente é importante e confundindo o tomador de decisões. 
Exemplo: a informação ideal para quem toma decisões, dentro das 
organizações, deve caber em uma folha de papel, geralmente 
sendo apresentada em formato gráfico e/ou em tabelas. 
 
 
 
 
Em tempo 
Esta característica está relacionada com o recebimento da 
informação no tempo oportuno, ou seja, a informação é recebida 
sempre que for necessária. Para tomadas de decisão, a 
informação deve refletir situações recentes. 
Exemplo: o gestor da produção precisa saber, hoje, a quantidade 
de peças rejeitadas em um processo produtivo que ocorreu no dia 
anterior, para tomar uma decisão de trocar ferramenta ou 
máquinas. Se essa informação chega para ele somente depois de 
amanhã, ela pode não ser mais relevante. 
 
 
 
Verificável 
Informação que apresenta essa característica é aquela que pode 
ser verificada para certificar-se de sua autenticidade, ouseja, é 
possível efetuar referência cruzada com várias fontes da mesma 
informação. 
Exemplo: uma informação que apresenta dados estatísticos em 
período eleitoral pode ser cruzada com informações oriundas de 
diversas outras fontes da mesma informação (empresas de 
pesquisas). 
 
28 
 
 
 
 
Abrangente 
Uma informação abrangente deve contemplar todo o contexto 
onde foi gerada, e onde ela pretende influenciar. 
Exemplo: uma informação sobre a evolução da tecnologia do Big 
Data, deve conter informações sobre o contexto da área de Banco 
de Dados, e das TI relacionadas, tais como: IA, Segurança da 
Informação, Modelagem de Dados, etc., pois abrangerá todo o 
contexto onde pretende influenciar. 
 
 
 
Relevante 
Uma das principais características da informação relevante é 
justamente ser relevante, ou seja, é importante e essencial para 
aqueles que tomam decisões. 
Exemplo: a informação sobre o aumento dos preços da celulose é 
relevante para o produtor de papel, e sem relevância para um 
fabricante de componentes de chips para celulares. 
 
Fonte: autoral 
 
É importante ressaltar que uma informação pode apresentar uma ou mais 
dessas características, porém não todas. Identificar as características de uma 
informação relevante é tarefa daqueles que buscam a melhor informação para auxiliá-
lo em seus objetivos de criação de conhecimento, ou mesmo para a tomada de 
decisão. Portanto, antes de buscar informações devemos ter bastante claros os 
objetivos que nos levaram a essa busca, ou seja, o que pretendemos fazer com essas 
informações, pois isso nos leva a buscar informações relevantes. 
 
PENSE 
 
Para você ter certeza de que você assimilou as principais características de uma informação 
relevante, leia o artigo (informação) contido neste quadro, e classifique essa informação, 
que você está recebendo, como sendo relevante conforme três características entre as 
apresentadas acima. 
 
Inteligência artificial vai mudar 100% dos empregos na próxima década, 
diz CEO da IBM 
 
Fórum Econômico Mundial estima que a quarta revolução industrial deve movimentar US$ 100 
trilhões nos próximos 10 anos. 
17/04/2019 - 08H01 - ATUALIZADA ÀS 12H10 - POR PATRÍCIA BASILIO (*) 
A CEO e presidente da IBM, GinniRometty, tem uma importante mensagem para profissionais de 
todo o mundo: a transformação digital deve ser um dos maiores desafios da atual geração. 
Segundo estimativa da executiva, 100% dos empregos sofrerão mudanças por causa da 
inteligência artificial (IA) já na próxima década. 
E Ginni não está exagerando. O Fórum Econômico Mundial estima que a quarta revolução 
industrial deve movimentar US$ 100 trilhões nos próximos 10 anos em todos os setores, 
indústrias e regiões do mundo. 
"Enfrentamos uma transformação iminente e profunda da força de trabalho nos próximos cinco a 
dez anos, à medida que o analytics e a inteligência artificial mudam os cargos de empresas de 
todos os setores", disse Rometty à CNBC. 
O alerta de Ginni se dá em um momento em que as habilidades em inteligência artificial e os 
estudos sobre futuro do trabalho são demandados com urgência. O setor de tecnologia responde 
por 10% do PIB dos EUA e é o que cresce mais rápido no país. No entanto, não há profissionais 
qualificados para preencher os 500 mil empregos disponíveis na área, segundo pesquisa 
da Future ofWork da Consumer Technology Association. 
Brasil na retaguarda 
 
29 
Apesar de não viver a mesma realidade dos EUA, o Brasil está em situação semelhante, afirma 
Dora Kaufman, pesquisadora de inteligência artificial da Pontifícia Universidade Católica de São 
Paulo (PUC-SP). 
Estudo divulgado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações aponta que 
uma estratégia digital bem-sucedida pode acrescentar 5,7% a mais no PIB brasileiro — o 
equivalente a US$ 115 bilhões. 
"Mais do que emprego, a inteligência artificial vai mudar a sociedade e as relações humanas. 
Funções mecânicas e repetitivas serão eliminadas e novas funções surgirão. O problema é que 
não serão criadas vagas suficientes para substituir as que desaparecerão". 
O futurista Fabio Pereira é mais otimista. Autor do livro "Consciência Digital", pela editora Caroli, 
ele acredita que milhões de empregos serão gerados a partir da união homem-máquina. 
"Pesquisas já mostram que a inteligência humana aumentada pela IA traz resultados mais 
eficazes do que cada uma delas separadamente", afirma. 
Esses empregos, contudo, só serão ocupados se os profissionais forem colaborativos, criativos, 
comunicativos e críticos. 
Dora concorda e vai além. Ela destaca a necessidade de qualificação da mão de obra para as 
novas funções que estão sendo criadas. Segundo ela, o mercado de trabalho não está evoluindo 
conforme a demanda e, por isso, muitos profissionais estão desempregados. "Não adianta a 
empresa pegar um caixa de supermercado e colocar para supervisionar um robô. É necessário 
preparação", diz. 
A professora da PUC-SP acrescenta que o próprio ensino básico do país não está preparado 
para a transformação digital, uma vez que ainda tem raízes na indústria. "Algumas empresas 
estão se preparando e qualificando os próprios profissionais, mas a necessidade é muito maior 
que essa. A demanda é global." 
 
(*) Patrícia Basilio – Jornalista de Negócios e Inovação da Editora Globo 
 
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/04/inteligencia-artificial-vai-
mudar-100-dos-empregos-na-proxima-decada-diz-ceo-da-ibm.html 
 
 
As seguintes características são observadas nessa informação: 
 Flexível: pois pode ser usada por empresas, profissionais das mais 
diversas áreas e, também, por instituições de ensino, interessadas em 
investir em inovações e, principalmente, em novas formações profissionais. 
 Confiável: Além da fonte citada no final do texto, a informação apresenta 
dados oriundos de outras fontes também confiáveis. Essas fontes de 
informação podem gerar dependência pelo usuário. 
 Relevante: É uma informação importante para tomadores de decisões. 
 Simples: A informação é apresentada de forma simples e fácil 
entendimento (baixa complexidade). 
 Verificável: A fonte do artigo é citada e confiável (Revista Época® da 
editora Globo®). 
 Abrangente: Deve contemplar todo o universo onde foi gerada e onde 
pretende influenciar. (relacionada com o universo da IA) 
Se você selecionou pelo menos três dentre essas características, então 
parabéns! Você entendeu o que é uma informação relevante. 
Até este ponto procurei trazer alguns conceitos importantes sobre dado e, 
principalmente, sobre informação. Todavia esse é um tema muito complexo, tanto que 
existe uma ciência cujo objeto é a informação, ou seja, a Ciência da Informação, que 
traz outras definições e estuda profundamente a informação. Entretanto, as 
abordagens sobre informação tratadas até o momento já permitem que você possa 
entender os conceitos sobre o conhecimento que serão abordados a seguir. Vamos 
em frente e bons estudos! 
 
 
30 
O que é Conhecimento? 
Alguns conceitos sobre conhecimento: 
 “Ato ou efeito de Conhecer [...] Ideia, noção, informação, notícia. 
Consciência da própria existência" (Michaelis). 
 Enquanto a informação resulta de um processo que seleção e agrupamento 
sistemático de dados, para atingir determinado objetivo, podemos 
genericamente afirmar que o conhecimento resulta do estabelecimento de 
relações críticas entre informações recebidas e armazenadas 
anteriormente, e as informações atuais, por meio de processos 
valorativamente e logicamente elaborados. (BIANCHI. 2008, p.50) 
 Conhecimento é um fluxo de acontecimentos, isto é, uma sucessão de 
eventos que se realizam fora do estoque (do saber), na mente de algum 
ser pensante e em um determinado espaço social. É um caminho subjetivo 
e diferenciado para cada indivíduo. (BARRETO, 2002). 
 “Conhecimento é a consciência e entendimento de um conjunto de 
informações e formas de torná-las úteis para apoiar uma tarefa específica 
ou tomar uma decisão.”

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