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INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DENTÁRIOS o O conceito de biocompatibilidade será em pregado de forma ampla, ou seja, a capacidade de um material de desencadear uma resposta biológica apropriada em uma dada aplicação no organismo. o A definição de biocompatibilidade indica diretamente que a interação entre o corpo e o material é fundamental. O uso de um material em um corpo cria uma interface que normalmente não está presente. Essa interface não é estática; é um local em que há interações dinâmicas, tanto do corpo para o material como do material para o corpo. o Quando o organismo responde de forma adequada ao material; o Ausência de reações adversas que comprometam ou não sejam toleráveis pelo organismo o A biocompatibilidade depende das condições do hospedeiro, das propriedades do material e do contexto em que o material é usado. Consequentemente, de forma genérica, não podemos dizer que um material é ou não biocompatível, uma vez que depende de outros fatores. O fato de um material ser biocompatível, como o implante, não lhe assegura biocompatibilidade quando usado para prótese fixa parcial ou unitária. Além disso, a biocompatibilidade em uma pessoa jovem pode diferir daquela de um paciente adulto ou em um paciente com doenças sistêmicas. o Existem inúmeras respostas biológicas passíveis de ocorrer quando um determinado material é colocado em contato com um tecido vivo. De acordo com a análise microscópica do tecido, as respostas podem ser classificadas como: inflamatórias, alérgicas, tóxicas e mutagênicas.(Irritante) o Respostas inflamatórias • Quando ocorre qualquer agressão ao tecido, este responde através de uma resposta inflamatória, ou seja, ativa o sistema imunológico do hospedeiro para defendê- lo de ameaças. • Histologicamente a inflamação é caracterizada por alterações vasculares seguidas por edema do tecido com a infiltração de células inflamatórias tais como os neutrófilos, a curto prazo ou monócitos e outras células linfocíticas a longo prazo. • A inflamação pode resultar de uma toxicidade ou de uma alergia, mas em geral, a toxicidade é precedida de uma resposta inflamatória, e quase nunca de uma alergia. • Um exemplo de ocorrência de um processo inflamatório é o de um dente cariado. Ao ocorrer um processo carioso, o dente acometido pela doença cárie certamente estará inflamado em maior ou menor grau. Ao selecionar um material para ser colocado sobre o que remanesceu de estrutura dentária poderemos ou não estar contribuindo para o aumento dessa inflamação. o Resposta alérgica • A resposta inflamatória é muito difícil de ser diferenciada de uma resposta alérgica. Teoricamente, uma resposta alérgica ocorre quando o corpo não reconhece determinado material e reage no sentido de defender o organismo. A reação envolve o sistema imunológico e como um todo, incluindo macrófagos ou monócitos e linfócitos T e B. Ela é uma resposta antígeno-anticorpo especifico para alguns indivíduos. • Por exemplo, alguns pacientes apresentam alergia na mucosa oral em contato com monômeros resinosos. Uma polimerização inadequada ou a própria degradação a qual está sujeito o material, poderá proporcionar a liberação de monômeros e iniciar uma resposta alérgica por contato. • Uma diferença-chave entre uma resposta inflamatória não-alérgica e uma resposta alérgica é o fato de que na última, o sistema imunológico do indivíduo reconhece uma substância como estranha. Assim, nem todos os indivíduos reagirão de forma semelhante àquela substância. • Além disso, respostas alérgicas tendem a ser inicialmente independentes da dose e desproporcionais à quantidade de substâncias agressoras, enquanto respostas inflamatórias ou tóxicas tendem a ser dose-dependentes e proporcionais à quantidade da substância. o Resposta de toxicidade • A toxicidade é o potencial relacionado à dose de um material que pode causar morte de células ou tecido. • No exemplo relativo à aplicação de um material sobre o dente, o emprego de um material não biocompatível com aquele tecido pode ocasionar o aumento da resposta inflamatória, de tal forma que poderá haver morte celular seguida de necrose de parte do tecido. Ou seja, se esse material for tóxico ao tecido, ocorrerá mais agressão, podendo o tratamento instituído ser pior para o elemento dental que a doença. • Dose-dependente; • Felizmente, muitos materiais capazes de causar toxicidade evidente não são mais usados e Odontologia. o Respostas mutagênicas • Esse tipo de reação resulta quando os componentes de um material alteram a sequência de pares de bases do DNA na célula. Essas alterações são denominadas mutações. • As mutações podem ser causadas pelas interações diretas entre uma substância e o DNA ou indiretamente pelas alterações nos processos celulares que mantêm a integridade do DNA. INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DENTÁRIOS • As mutações são comuns e consideradas ocorrências naturais no DNA de todos os indivíduos. Assim, o organismo dedica muita energia e mecanismos celulares para reparar essas mudanças • Vários íons metálicos de materiais dentários, tais como níquel, cobre e berílio são mutagênicos conhecidos assim como alguns componentes de seladores de canais radiculares. Há relatos na literatura que indicam que materiais resinosos também apresentam algum potencial mutagênico. Contudo, a mutagenicidade não significa necessariamente carcinogenicidade. • Dependendo das respostas que o material causará, elas podem ser consideradas locais ou sistêmicas. Felizmente, as respostas ocasionadas pelos materiais dentários de uso direto são, na maioria dos casos, de ordem local, sem maiores comprometimentos sistêmicos. • Matérias e substâncias geralmente são contraindicados e removidos do mercado quando apresentam evidencias do potencial de alterações celulares o Existem três tipos básicos de testes usados para averiguar a biocompatibilidade dos materiais: o teste in vitro, in vivo em animais e o teste de uso ou de aplicação realizado em animais ou, preferencialmente, em humanos. Cada um desses testes possui vantagens e desvantagens, e o normal é que qualquer material desenvolvido para uso odontológico passe pelos 3 tipos de testes antes de ser comercializado. Nenhum teste único pode estimar com exatidão a resposta biológica a um material. o Testes in vitro • Os testes in vitro são realizados. fora do organismo. Esse tipo de teste tem sido usado como o primeiro teste de triagem para avaliar um novo material, não sendo realizado em tecido vivo, mas sim através do contato do material com algum sistema biológico. Os testes in vitro possuem várias vantagens sobre os testes em animal ou os testes de aplicação. • A principal desvantagem dos testes in vitro é sua potencial falta de relevância para uso clínico do material. No caso da odontologia dentes humanos extraídos podem ser uma opção para pesquisas in vitro. No entanto se faz necessário a aprovação por um comitê de ética em pesquisa regulamentada pelo ministério da saúde. o Testes em animais • Nos testes em animais um material é inserido no organismo integro sem que necessariamente que ele venha a ser usado futuramente nesta região. Comumente são utilizados roedores. • Por exemplo a resposta tecidual de uma resina composta é testada através da implantação de tubos de poliestireno, com e sem o material, no dorso de um rato. Depois de determinado tempo, o animal é sacrificado e a resposta inflamatória do tecido é avaliada. • A vantagem de um teste em animal é sua capacidade de permitir que um sistema biológico intacto responda ao material. Fato que não ocorre nos testes in vitro. • A principal desvantagem é a relevância desse teste, umavez que a espécie animal empregada guarda diferenças intrínsecas com a raça humana. Precisa da aprovação do comitê de ética. o Teste de aplicações ou de usos • São realizados em animais ou em humanos • Um teste de aplicação requer que o material seja colocado em um ambiente clinicamente relevante ao uso do material na prática clínica. Se o teste for realizado em humanos, é chamado ensaio ou estudo clínico, em vez de teste de aplicação. • Os testes de aplicação são mais propensos a serem realizados em animais grandes cuja anatomia da cavidade bucal se assemelhe à dos humanos. • O grau de relevância de um teste de aplicação depende do quão semelhante ele é ao teste de uso clínico do material em termos de tempo, área, ambiente clínico e técnica de inserção. O ensaio clínico em humanos é, portanto, o " padrão-ouro" dos testes de aplicação e o padrão pelo qual os testes in vitro e em animais são julgados. • Resumindo, os testes de aplicação em humanos envolvem muitas responsabilidades legais e questões que não estão envolvidas nos testes em animais e in vitro. Devido a tudo isso, os Comitês de Ética em Pesquisa são cada vez mais rigorosos com a aprovação de ensaios clínicos em humanos. Qual sequência de testes deve ser utilizada para mensurar a biocompatibilidade de um material? o Devido às vantagens e desvantagens de cada tipo de teste, deveríamos utilizá-los em sequência: testes in vitro, em animais e, por último, realizar testes de aplicação. Já descrevemos que apenas um único teste não é capaz de aferir todas as respostas biológicas de um indivíduo e, obviamente, para a análise da biocompatibilidade de um novo material, utilizam-se os três tipos de forma conjunta. o O teste de um novo material é uma progressão linear, passando da fase primária para a secundária, até chegar na fase de aplicação. Apenas materiais que “passam" por esses testes primários são testados na fase secundária e assim sucessivamente. Importância da biocompatibilidade em materiais restauradores diretos o No caso dos materiais de uso direto na cavidade bucal, existem duas interações diferentes a serem descritas e que podem interferir na biocompatibilidade: o· contato com a INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DENTÁRIOS mucosa e o contato com a polpa. Nesse último caso, o contato pode ser direto ou indireto através da dentina. o Dependendo do local em que o material é aplicado, essas interações podem ocorrer simultaneamente, como por exemplo, em uma restauração de resina composta na região cervical de um dente. Ela terá parte da sua interface interna se relacionando com a dentina através do sistema adesivo, e a parte externa se relacionando com a gengiva e mucosa bucal. o Mucosa; o Tecidos periodontais; o Polpa (direto ou indireta através da dentina); Ex.: Restaurações na região cervical dos dentes pode apresentar diferentes tipos de contatos com os tecidos. o Biocompatibilidade com a mucosa • A biocompatibilidade com a mucosa depende das características de superfície do material, na qual a rugosidade e características que facilitem a lixiviação de componentes são de suma importância. A degradação e/ou corrosão com consequente liberação de componentes e subprodutos dos materiais na cavidade bucal também afetam sua interação com o tecido. o Rugosidade • Para a maioria dos materiais, a região superficial é totalmente diferente da região interna • Uma vez que a superfície é a parte de um material que o corpo "vê", a composição da superfície, sua rugosidade, propriedades mecânicas e químicas são determinantes também da biocompatibilidade do material. • As características superficiais podem, em geral, afetar o potencial de degradação de um material. Para a maioria dos materiais, uma superfície rugosa acelera a degradação (maior atrito). A rugosidade pode também promover a aderência de bactérias, a inflamação periodontal e/ou propiciar um ambiente adequado para dar início ao desenvolvimento de lesões de cárie recorrentes. o Lixiviação de componentes • A causa de liberação de componentes e/ou degradação de um material pode ser diversa. No caso dos materiais poliméricos (resinas compostas, cimentos de ionômero modificados por resina e selantes), parte dos monômeros não convertidos em polímeros pode ser lixiviado da massa do material. • Essa lixiviação pode também ser decorrente da degradação ou erosão, em que os materiais estão sujeitos ao longo do tempo, em função de seu contato com substâncias abrasivas e/ou erosivas. o Degradação • A degradação de um polímero pode ser definida pelo processo de clivagem das cadeias poliméricas em oligômeros e, subsequentemente, em monômeros, enquanto a erosão é a perda de parte do corpo do material e é ocasionada por fatores mecânicos, químicos e térmicos. • Degradação: Perda do material por ações mecânicas, químicas ou térmicas. • A degradação química ocorre por exemplo, por meio da ação de enzimas e esterase salivar. Essas substâncias atacam a matriz da resina composta, liberando ácido metacrílico, considerado tóxico à mucosa. Além disso, esse fenômeno pode causar fratura de parte da restauração, aumentando a liberação de componentes e causando uma resposta ainda mais adversa a um indivíduo sensível àquele material. • É possível que um material que seja inicialmente biocompatível possa se tornar danoso ao longo do tempo. o Corrosão • No caso do amálgama, por exemplo, pode haver liberação de íons metálicos como resultado de reações eletroquímicas, ou partículas deslocadas por forças mecânicas, tais como as oclusais ou aquelas exercidas durante a escovação dos dentes. Nesse material, a preocupação com a liberação do mercúrio tem levado a uma drástica diminuição do seu uso. • Os produtos de corrosão das ligas de amálgama são menos danosos que aqueles advindos da corrosão de certas ligas metálicas não-nobres, como Cu-AI e Ni-Cr. • A biocompatibilidade do material depende, em grande parte, do processo de degradação e ele pode vir a sofrer em uso. Porém, a resposta biológica aos produtos de degradação depende da quantidade, composição e forma desses produtos, e de sua localização nos tecidos. o Biocompatibilidade com a dentina e a polpa • Promover proteção aos tecidos dentários: ✓ Estímulos térmicos; químico; físicos; elétricos;marginal. • Não causar injurias aos tecidos dentários; • Apresentar boas propriedades físicas e mecânicas; • Efeito terapêutico. • Invariavelmente, quando ocorre perda de parte do tecido dentário, é fundamental restaurá-lo mantendo a sua vitalidade e função. Mesmo sem a exposição direta da polpa, há interação do material colocado sobre a dentina com a polpa, devido à permeabilidade do tecido dentinário. • Em função disso, alguns materiais são empregados para diminuir ou impedir danos aos tecidos pulpares. Esses materiais são conhecidos como agentes de proteção do complexo dentinopulpar. Injúrias ao tecido pulpar podem ser causadas por materiais restauradores e procedimentos operatórios, por agentes físicos como correntes elétricas, e agentes químicos, por contato direto de materiais tóxicos e biológicos com a polpa, por meio da infiltração bacteriana. • Vale ressaltar que, de maneira geral, tudo que se realiza durante tratamento odontológico, desde a anestesia até o ajuste oclusal, é agressivo; em maior ou menor grau à polpa. INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DENTÁRIOS Fatores que influenciam na resposta do Complexo Dentino pulpar o Mesmo com todos esses agentes agressivos ao complexo dentinopulpar, existem vários fatores que podem influenciar a resposta pulpar, além de serem fatores determinantes para a decisão do tipo de tratamento e escolhado material empregado. Entre esses fatores destacam-se: profundidade da cavidade; idade do paciente e condição pulpar. o Profundidade cavitário • O fator mais importante para a escolha do agente de proteção pulpar é a profundidade cavitária. Em cavidades rasas, a própria dentina remanescente, após a remoção do tecido cariado, é considerado o agente protetor mais seguro para a polpa. • Não existe nenhum material restaurador que, ao ser colocado sobre o dente, promova melhor proteção à polpa que a própria dentina. A dentina, apesar de ser um tecido altamente poroso, é um excelente isolante térmico e físico-químico contra a penetração de agentes agressores à polpa. Isso é de tal forma verdadeiro que, quando ocorre a exposição da polpa, materiais específicos que visam a formatação de tecido duro semelhante à dentina devem ser empregados. • Com o aumento da profundidade há aumento no número e diâmetro dos túbulos dentinários, o que gera aumento da permeabilidade detinária. • Dessa forma, quanto mais profunda a cavidade, menor a capacidade da dentina remanescente de proteger a polpa. o Idade do paciente: mudanças fisiopatológicas da dentina • Mesmo que, clinicamente, consideremos dois preparos cavitários com profundidades muito semelhantes, invariavelmente esses não são, seja pelas diferenças anatômicas comentadas anteriormente, ou pelas mudanças fisiológicas e/ou patológicas que vão ocorrendo com o decorrer da idade e que tornam a camada de dentina mais resistente às intempéries externas. Esse aumento da proteção da dentina pode ser dado por aumento da espessura de dentina ou diminuição da sua permeabilidade. • Didaticamente, os diferentes tipos de dentina podem ser divididos em: dentinas primária, secundária, terciária e esclerosada ✓ A primária é a dentina que foi depositada fisiologicamente até o momento em que o dente finaliza sua erupção, entrando em contato com o dente antagonista. É ela que determina a morfologia do dente. ✓ A dentina secundária é semelhante à dentina primária, e também é depositada fisiologicamente. ✓ A dentina terciária e a esclerótica são formadas por um estímulo patológico, e a sua deposição tem o papel fundamental de reduzir os efeitos prejudiciais causados por um determinado agente agressor. Atualmente, a dentina terciária tem sido dividida, didaticamente, em dois tipos específicos, de acordo com sua origem e características morfológicas. Assim, a dentina terciária foi dividida em dentina reacional e reparadora. ▪ A dentina reacional é aquela sintetizada e depositada pelos odontoblastos primários os quais estavam circundando a pré-dentina e num determinado momento receberam algum estímulo de baixa intensidade. ▪ Por outro lado, a dentina reparadora é aquela sintetizada e depositada por células odontoblastóides recém-diferenciadas a partir de células mesenquimais indiferenciadas presentes especialmente na camada rica em células da polpa. Dessa maneira, quando uma agressão de forte intensidade é aplicada sobre a estrutura dentária e alcança o espaço pulpar, os odontoblastos primários da região são lesados e morrem no local. Nessa situação, células mesenquimais indiferenciadas específicas (préodontoblastos), também chamadas células embrionárias da polpa, passam por uma série de eventos moleculares, que resultam na diferenciação dessas células em novos odontoblastos, agora denominadas células odontoblastóides. ▪ Dessa maneira, fica claro que a aplicação de um material experimental resulta na deposição de dentina terciária. A deposição de dentina reparadora determina que um material é altamente agressivo ao complexo dentinopulpar. Por outro lado, um material que desencadeie a deposição de discreta quantidade de dentina reacional evidencia que esse material causa baixo efeito tóxico ao complexo dentinopulpar, podendo, em algumas situações, ser considerado como biocompatível. o Condição pulpar • Apesar do conhecimento da profundidade cavitária e a idade do paciente contribuírem para a ·indicação correta do material protetor a ser utilizado em um determinado caso, é o diagnóstico correto da condição pulpar que indicará o sucesso de uma determinada terapia para o tratamento do dente em questão. • Infelizmente, o diagnóstico correto da condição pulpar é um dos calcanhares de Aquiles do tratamento odontológico atual. Isto significa dizer que, invariavelmente, não há como diagnosticar de forma definitiva a condição pulpar de um determinado elemento pulpar. • Um exemplo dessa dificuldade é o caso de um paciente com 40 anos de idade que chega ao consultório com dor intensa e espontânea no dente 36, típica de um dente com necessidade de tratamento endodôntico. Ao exame clínico, nota-se uma lesão de cárie apenas na caixa oclusal, perfazendo apenas uma cavidade de média profundidade. Ao exame radiográfico, se visualiza um espesso remanescente de dentina entre o fundo da cavidade e o teto da câmara pulpar. A dentina apresenta consistência normal após a remoção da lesão de cárie. O diagnóstico da dor pulpar se deve a um problema oclusal ocasionado pela sobrecarga do dente 36, levando ao quadro de dor. · Se fossemos empregar apenas os critérios de profundidade dentinária e a idade do paciente para definição do tratamento, certamente se instituiria um tratamento restaurador conservador, o que não resolveria a sintomatologia dolorosa.
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