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Respondendo as perguntas Entender qual o motivo que leva uma pessoa a fazer uma pergunta é importante também para que se possa analisar se a questão é adequada ou não ao assunto da apresentação, ou aos objetivos da turma (demais treinandos). Quando uma pergunta é feita motivada por dúvida ou vontade de aprender, as chances de que ela seja apropriada são maiores; quando, entretanto, é feita motivada por necessidade de se destacar no ambiente, para provocar, para testar os conhecimentos de quem fala, ou para se projetar ou valorizar a imagem, são grandes as possibilidades de que ela seja inadequada. Uma pergunta pertinente, apropriada ao tema da exposição e aos interesses da turma, ajuda a promover maior interação entre o instrutor e a turma. Ao contrário, uma pergunta inadequada, sem relação com o assunto apresentado e distante das razões que levaram os treinandos àquele curso, poderá afastá-los do instrutor e prejudicar a concentração do grupo. Por esta pergunta eu não esperava - Cuidado com essa filosofia de sinceridade que recomenda ao instrutor confessar que não sabe a resposta para determinadas perguntas. Essa atitude, em algumas circunstâncias, poderá comprometer a imagem do instrutor e, pior, desmotivar os participantes que teriam muito a ganhar se continuassem acompanhando a exposição. É evidente que o instrutor jamais deverá inventar respostas, pois se for apanhado na mentira jogará por terra sua credibilidade. Mas atenção, se julgar que o momento é desfavorável para adotar essas táticas e que durante a exposição poderá encontrar a resposta, o instrutor deve dizer ao grupo que mais à frente voltará ao assunto. Ele ganha tempo para dar uma resposta mais apropriada, ou até para, no final, a sós com quem fez a pergunta, dizer que irá procurar a resposta. Agora, se concluir que esse caminho não será apropriado para a circunstância, deve usar o último recurso - confessar que não sabe a resposta. Essa pergunta foi provocativa - Se um treinando tentar agredir o instrutor com uma pergunta provocativa, este não deve perder a calma e muito menos reagir emocionalmente. Ao fazer a pergunta agressiva, o treinando estará fazendo o papel do bandido e o instrutor será a vítima. Essa condição de agredido conquistará a solidariedade dos demais. Se reagir à provocação com agressão, os papéis se inverterão. O treinando passará a ser a vítima e o instrutor, o bandido. Por isso, por mais agressiva que tenha sido a atitude daquele participante, não demonstrar aborrecimento ou contrariedade para continuar tendo a vantagem da situação. Assim que perceber que se trata de uma provocação, sorrir. Esse comportamento demonstrará que o instrutor percebeu a intenção, mas que está tranquilo, sem se abalar, pois os ataques são gratuitos e sem fundamento. Em seguida, o instrutor agradece ao treinando a oportunidade que ele lhe está proporcionando para esclarecer o assunto que é tão relevante. Ao demonstrar que está satisfeito com a chance de falar sobre o tema, deixará claro que não tem nada a temer. Finalmente, antes de iniciar a resposta, o instrutor deve procurar parafrasear a pergunta, eliminando, ou pelo menos reduzindo, a agressividade do treinando. Por exemplo, se alguém perguntar por que as vendas caíram tanto depois que ele assumiu a direção comercial da empresa, poderá parafrasear a pergunta dirigindo-se à plateia, e não à pessoa que a formulou, dizendo: — O que está sendo perguntado é como se deu a minha promoção como diretor comercial e qual o comportamento do mercado consumidor para 1 o nosso segmento de produtos. Dessa forma, a provocação da pergunta teria sido afastada e o instrutor poderia falar sobre cada uma das partes da questão como se fossem independentes. É preciso ficar atento para não ser repetitivo e não valorizar as perguntas sempre da mesma forma todas às vezes, dizendo, por exemplo, "Muito importante esta questão", ou "Bem colocada esta pergunta". Se pensar melhor o instrutor poderá encontrar maneiras diferentes e criativas de valorizar as perguntas. Se a pergunta for hostil e agressiva, o fato de o instrutor iniciar a resposta valorizando a iniciativa do treinando poderá contribuir para o sucesso da explanação. Nessa circunstância, depois de repetir a pergunta com o cuidado de reformulá-la para suprimir as expressões agressivas, o instrutor poderá aumentar as chances de sucesso valorizando o questionamento, demonstrando, assim, que está tão confiante e tranquilo da própria posição que fica satisfeito com a oportunidade de falar sobre o tema. O instrutor pode dizer, por exemplo: "Foi muito importante o senhor ter levantado essa questão porque assim me dá a oportunidade de esclarecer alguns pontos que não foram divulgados de maneira conveniente e que levaram algumas pessoas a tirar conclusões totalmente distorcidas". Quando responder (ou não) uma pergunta - Quando uma pergunta é feita, quase sempre temos a tendência a respondê-la, ou porque julgamos que por ter sido formulada deveria ser respondida de qualquer maneira, ou porque, até por vaidade às vezes, se tivermos as informações, somos inclinados a respondê-la para demonstrar à turma que estávamos preparados para superar esses "desafios". Se a pergunta for apropriada é lógico que deverá ser respondida, pois estaria, com já visto, possibilitando maior interação com a turma. Se, entretanto, a pergunta for inadequada, pode-se tentar uma adaptação, reformulá-la e torná-la apropriada para o assunto que se está expondo e respondê-la. Agora, se não for possível fazer essa reformulação e o instrutor tiver a consciência de que de nenhuma maneira ela se tornaria apropriada para o benefício do bom resultado da aula, é preciso que ele tenha a lucidez e até a humildade de não dar a resposta, e, de uma forma delicada, dizer que a questão foge um pouco da sequência planejada para a exposição, mas que seria possível conversar sobre o novo tema no final, depois de encerrar a aula. Essa é uma circunstância que precisa ser vista com muita seriedade e até com rigor, pois se acumulam os exemplos de experiências onde as pessoas começam a formular questões sem nenhuma relação com o assunto, e os outros ouvintes, entediados, se interrogam até quando continuarão com aquelas perguntas descabidas. Como enfrentar a pergunta - Independentemente de a pergunta ser apropriada ou não, é importante ouvi-la atentamente até o final (exceto nos casos em que a pessoa transforma a pergunta em um discurso, pois nessa circunstância, é preciso que o instrutor a interrompa para que não afaste a concentração da turma) e demonstrar, na fisionomia e na expressão corporal, uma atitude serena, atenta e interessada em resolver as dúvidas dos ouvintes. Nunca se deve menosprezar alguém com observações depreciativas pelo fato de ter feito perguntas indevidas. Ao agir assim, o instrutor pode ser tomado por alguém prepotente, arrogante e angariar a antipatia do restante do grupo. Sempre que julgar necessário, o instrutor deve repetir a pergunta para se certificar de que compreendeu bem a questão e para dar outra oportunidade para que os treinandos também possam entender de forma correta o que foi questionado. 2 3 Uma dica - Quando alguém faz uma pergunta, se expressa com volume de voz muito baixo e nós temos a tendência de nos aproximarmos para tentar ouvir melhor o que ele está dizendo. Quanto mais nós nos aproximamos, mais baixo será o volume da sua voz. Ora, como é importante que a turma ouça a pergunta para poder se interessar pela questão, o instrutor precisa refrear essa tendência natural e se afastar do treinando que lhe questiona, pois assim ele se obrigará a falar mais alto e todos poderão ouvir o que está dizendo. Como se comportar ao dar a resposta - Depois de ouvir atentamente a pergunta,repetido para se certificar de que a compreendeu bem, julgado sua propriedade para o assunto e valorizado a iniciativa de quem a formulou, o instrutor deve iniciar a resposta olhando na direção de quem fez o questionamento; em seguida, a sua comunicação visual tem de ser distribuída para todos os treinandos, para que fique claro que a explanação é feita para a turma em geral e, no momento de encerrar, deve voltar a falar na direção do autor da questão, simbolizando com essa atitude que a pergunta feita foi respondida. Outra dica - Não existe nada mais desagradável em uma aula do que o instrutor insistir com a turma para que façam perguntas e os treinandos parados, sem a mínima vontade de perguntar. Às vezes, ele insiste tanto, que alguém, na assistência, até como atitude de solidariedade, levanta uma questão sem nenhuma ligação com o assunto só para participar e atender aos apelos que chegam da tribuna. O instrutor deve perguntar uma ou duas vezes, no máximo três, se alguém deseja levantar alguma questão. Se ninguém se manifestar o melhor que ele tem a fazer é continuar dentro do esquema planejado. O instrutor pode, sim, induzir a turma a pensar que está respondendo perguntas se disser antes de começar o desenvolvimento do raciocínio; "Vocês devem estar se perguntando", ou "Uma pergunta que me fazem com frequência é", ou se fizer outras colocações semelhantes. Por esta pergunta eu não esperava - Cuidado com essa filosofia de sinceridade que recomenda ao instrutor confessar que não sabe a resposta para determinadas perguntas. Essa atitude, em algumas circunstâncias, poderá comprometer a imagem do instrutor e, pior, desmotivar os participantes que teriam muito a ganhar se continuassem acompanhando a exposição. É evidente que o instrutor jamais deverá inventar respostas, pois se for apanhado na mentira jogará por terra sua credibilidade. Quando responder (ou não) uma pergunta - Quando uma pergunta é feita, quase sempre temos a tendência a respondê-la, ou porque julgamos que por ter sido formulada deveria ser respondida de qualquer maneira, ou porque, até por vaidade às vezes, se tivermos as informações, somos inclinados a respondê-la para demonstrar à turma que estávamos preparados para superar esses "desafios". Como enfrentar a pergunta - Independentemente de a pergunta ser apropriada ou não, é importante ouvi-la atentamente até o final (exceto nos casos em que a pessoa transforma a pergunta em um discurso, pois nessa circunstância, é preciso que o instrutor a interrompa para que não afaste a concentração da turma) e demonstrar, na fisionomia e na expressão corporal, uma atitude serena, atenta e interessada em resolver as dúvidas dos ouvintes. Como se comportar ao dar a resposta - Depois de ouvir atentamente a pergunta, repetido para se certificar de que a compreendeu bem, julgado sua propriedade para o assunto e valorizado a iniciativa de quem a formulou, o instrutor deve iniciar a resposta olhando na direção de quem fez o questionamento; em seguida, a sua comunicação visual tem de ser distribuída para todos os treinandos, para que fique claro que a explanação é feita para a turma em geral e, no momento de encerrar, deve voltar a falar na direção do autor da questão, simbolizando com essa atitude que a pergunta feita foi respondida.
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