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R E V I S T A B I - M E N S A L D E F O T O G R A F I A E V Í D E O N O V E M B R O / D E Z E M B R O d e 2 0 2 1 - N º 2 A N O I Fotógrafa Internacional demostra a sua criatividade e sensibilidade, para registrar esse grande momento. FOTOGRAFIA DE PARTO ALÊ CRISÓSTOMO 2 INFOTO Prezados Fotógrafos Amigos, Essa é a nossa Revista INFOTO nº2. Cheia de informações valiosas, misturadas com emoções de verdadeiros amantes da arte fotográfica, sejam Amadores ou Profissionais. Richard Avedon, americano, (1923-2004) foi um fotógrafo de moda, além de um verdadeiro amante da fotografia. Certa vez, em uma entrevista disse, "...e se um dia passa sem que eu faça algo relacionado com a fotografia é como se eu tivesse negligenciado algo essencial para a minha existência, como se eu tivesse esquecido de acordar. Sei que o acidente de ser um fotógrafo amador tornou a minha vida possível." E assim é o espirito da nossa revista e de todos os seus colaboradores, e envolvidos na área administrativa. Nesse número contamos com participação dos Fotógrafos especialistas Alê Crisostomo, Davy Alexandrisky, Fernando Talask, Hermínio Lopes, Luis Moras, Margarida Moutinho e Ináh Garritano, Thaiane Nunes, Wander Rocha, e Renato Nabuco Fontes. Espero que gostem. F O T O D A C A P A A U T O R A A L E C R I S Ó S T O M O A N T O N I O A L B E R T O M E L L O S I M Ã O D I R E T O R E E D I T O R E X P E D I E N T E A R E V I S T A I N F O T O N Ã O S E R E S P O S A B I L I Z A P E L O C O N T E Ú D O D O S A N Ú N C I O S E C L A S S I F I C A D O S D E T E R C E I R O S , E N E M P O R F O T O G R A F I A S I N S E R I D A S N O S A R T I G O S D E N O S S O S C O L U N I S T A S A T E N Ç Ã O 3 INFOTO R e v i s t a B i m e n s a l d e F o t o g r a f i a e V í d e o G R U P O F O T Ó G R A F O S A M I G O S NOVEMBRO /DEZEMBRO 2021 -N º2 ANOI CNPJ : 21 .030 .750 /0001 -86 E q u i p e d e R e d a ç ã o I b i c i F . da S i l va M iche l l e S i l ve i r a S imão Fon tes D e s i g n e r Marce l a de Ol i ve i r a Bap t i s t a S e c r e t a r i a Auc i l and i a Azevedo Sa l v i ano Dan ie l e Nunes de Azevedo Marc i a E l i z abe th S i l ve i r a S imão A s s e s s o r i a J u r í d i c a Rodo l fo S i l ve i r a S Imão D e p a r t a m e n t o C o m e r c i a l e R e l a ç õ e s P u b l i c a s I b i c i F . da S i l va N o s s o E - m a i l con ta to . f o tog ra fosam igos@gma i l . com N o s s a s R e d e s S o c i a i s f acebook . com / f o tog ra fosam igos ins t ag ram .com / f o tog ra fos_am igos wha t sapp . com / 21 - 98392 -6661 R E V I S T A B I - M E N S A L D E F O T O G R A F I A E V Í D E O N O V E M B R O / D E Z E M B R O d e 2 0 2 1 - N º 2 A N O I Fotógrafa Internacional demostra a sua criatividade e sensibilidade, para registrar esse grande momento. FOTOGRAFIA DE PARTO ALÊ CRISÓSTOMO Sumário05 GALERIA DOS LEITORES Nossos leitores compartilham conosco, alguns de seus trabalhos 06 ACREDITAR SEMPRE! FOTÓGRAFO WANDER ROCHA A fotografia sempre foi muito presente em minha vida. 12 FOTOGRAFIA DE EVENTOS FOTÓGRAFO LEO MANO A experiência desse consagrado fotógrafo, e suas dicas para os iniciantes. 23 OLHA O PASSARINHO! - FOTÓGRAFO DAVY ALEXANDRISKY Através de experiência pessoal, demonstra a evolução de status da profissão de Fotógrafo. 25 MINHA EXPERIENCIA COM A FOTOGRAFIA NA NATUREZA - FOTÓGRAFO HERMÍNIO LOPES Conheça um pouco da história desse eterno amante da fotografia de natureza e seus elementos. 27 VOCÊ SABE A IMPORTÂNCIA DAS CORES PARA A SUA FOTOGRAFIA?- FOTÓGRAFA THAIANE NUNES Entenda como usar o Círculo Cromático e deixar suas imagens muito mais atraentes. 38 FAMÍLIAS ARCO-ÍRIS - FOTÓGRAFAS INÁH GARRITANO & MARGARIDA MOUTINHO Entrevista com a fotógrafa portuguesa Mag Rodrigues 48 COLABORADORES Empresas que contribuirão com a nossa revista. 10 EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA - FOTÓGRAFO HERMINIO LOPES Conheça um pouco do trabalho documental desse grande fotógrafo. 20 FOTOGRAFIA DE PARTO - FOTÓGRAFA ALÊ CRISÓSTOMO Fotógrafa Internacional demostra a sua criatividade e sensibilidade, para registrar a fotografia de parto. 32 YOUR SELF - FOTÓGRAFO RENATO NABUCO FONTES Como se tornar um profissional melhor e de alta performance. 41 V I D A L O N G A P A R A O F I L M E F O T O G R Á F I C O F O T Ó G R A F O - FOTÓGRAFO FERNANDO TALASK O crescimento da procura pela fotografia analógica. 33 F O T O G R A F I A D E M O D A - FOTÓGRAFO LUIS MORAS Nos ensina como fotografar LOOKBOOK. (21) 98392-6661 contato.fotografosamigos@gmail.com FALE CONOSCO 4 INFOTO A N Ú N C I O S E C L A S S I F I C A D O S Este espaço esta reservado para você, Membro do nosso Grupo Fotógrafos Amigos, colocar equipamentos e acessórios à venda ou anunciar o seu serviço, gratuitamente. F O T O G R A F I A D E - S E R G I O M A C I E L Galeria dos Leitores F O T Ó G R A F O - I B I C I S I L V A E n v i e i a s u a f o t o g r a f i a p a r a s e r p u b l i c a d a n o p r ó x i m o n ú m e r o d a n o s s a r e v i s t a . E - m a i l - c o n t a t o . f o t o g r a f o s a m i g o s @ g m a i l . c o m 5 INFOTO F O T Ó G R A F O - S E R G I O M A C I E L F O T Ó G R A F A - E L I S A C R I S T I N A C E S A R F O T Ó G R A F O - C E S A R F E R R A R O F O T Ó G R A F O - A L E X A N D R E N I C O L A U F O T Ó G R A F O - B E B E T O D ' E L - R E I Acreditar sempre! F O T Ó G R A F O W A N D E R R O C H A A f o tog ra f i a sempre f o i mui to presen te em minha v ida e , c re io eu , a lgo r ea lmen te o r iundo de ou t r a s v idas . De uma f am í l i a de c l a s se méd ia ba i xa da zona no r te do R io de Jane i ro , meu acesso a esse t ipo de a r t e e ra quase nu lo , exce to po r um t i o que possu í a uma Yash i ca J (ho je em meu ace rvo ) e que f o i r e sponsáve l pe la s pa rcas imagens que t i ve de minha i n f ânc i a e j u ven tude . Minha r ea l ap rox imação com a f o tog ra f i a se dava po r con ta de minha saudosa avó mate rna e madr inha , Lu i za , que me l e vava , a inda bebê , pa ra f a ze r as f amosas f o tos nos pa rques púb l i cos com os f an tá s t i cos l ambe - l ambes . De l á sa í amos f e l i z e s e o rgu lhosos com nossos monócu los co lo r idos . Minha avó mesmo sem sabe r o po rquê , amava fo tog ra f i a e v i veu , a té seus ú l t imos d ias , com á lbuns de r e t r a tos den t ro de sua bo l sa pa ra mos t r a r a t odos as f o tos de seus ado rados ne t i nhos . Poe t i camen te pensando , t a l vez se j a da í meu DNA pa ra t amanho amor que t enho pe la f o tog ra f i a . 6 INFOTO Lá pe los i dos de 1987 , dev ido à grande f a sc inação que t i nha pe la s câmeras , minha mãe me presen teou com uma Kodak S ta r 275 , 35mm de p lás t i co . P ron to , a l i se i n i c i ava um grande caso de amor que , en t r e i das e v indas , cons t ru iu m inha base pa ra o f o tóg ra fo que sou ho je .Du ran te ap rox imadamen te 30 anos de minha v ida , t r aba lhe i como consu l to r de T I em méd ias e g randes co rpo rações . A f o tog ra f i a sempre es teve a l i ao meu l ado me t r a zendo a len to e a r t e nos pe r í odos onde o s t r e s s da v ida co rpo ra t i va chegava ao insupo r t áve l . Em 2010 compre i minha p r ime i r a câmera DSLR , uma N ikon D3100 que possuo e uso a té ho je . Essa duran te mu i to t empo pe rmaneceu den t ro dos a rmá r io s sa indo somen tepa ra t r aba lha r , e mu i to , nas v i agens de f é r i a s . Mas a des i l u são com a v ida co rpo ra t i va aumen tava ano a ano . Em 2013 , duran te as inúmeras c r i se s ex i s t enc i a i s , dev ido ao menc ionado an te r i o rmen te , r e so l v i ba te r um “papo r e to ” com minha câmera . T i r e i e l a da ca i xa e fa l e i : -Vou t e usa r mui to de ago ra ad ian te . E e l a , de ba te p ron to , me r e spondeu : -Use - me e Abuse -me . Desse d ia em d ian te comece i a resp i r a r f o tog ra f i a t odos os d ia s . Me envo l v i com o meio , me capac i t e i ma i s , l i e v i mui t a co i sa r e l ac ionada com o t ema e , o ma i s impo r t an te , ACRED ITE I mui to em mim e no meu t r aba lho . Cla ro que nada acon tece do d ia pa ra a no i t e e mu i t a poe i r a comi duran te esse cam inha r a té os d ias de ho je . Mas semee i e seme io mu i to . Ho je , t enho co lh ido a lgumas r ecompensas dessas semeadu ras . Ten to r eg ra r meu caminho com hones t idade , humi ldade e pa rce r i a s . Não é fác i l em um mundo que g i r a em t o rno do v i r t ua l e onde a espe tacu l a r i z ação da v ida é uma cons tan te . Mas a gen te va i t en tando e c re io que s igo em um bom caminho . Po i s bem, f i z essa breve in t rodução pa ra que t odos que não conhecem possam conhece r um pouqu inho de minha h i s tó r i a e como chegue i a té aqu i . É , meus am igos , esse f i na l de semana pro longado f o i mui to espec i a l em r econhec imen to à m inha f o tog ra f i a . No domingo fo i anunc i ado o r e su l t ado do Concu r so Minha Te r r a Tem, o rgan i zado pe lo i ncansáve l Ma r i l t on Trabuco , do Clube de Ar te Fo tog rá f i ca Camaça r i , e ne le l og re i o pr ime i ro l uga r com a f o to 7 INFOTO Paz no Açú , de 2016 , em um ce r t ame che io de grandes nomes de nossa f o tog ra f i a . É a leg r i a e sa t i s f ação que se esc reve?? Po i s bem. Já na segunda - f e i r a , f e r i ado nac iona l , f o i o d ia de sabe r r e su l t ado do Pho to Natu re I n t e rnac iona l , o rgan i zado pe lo i gua lmen te gue r re i r o Pau lo Gue r r a , d i r e to r da Assoc i ação Jauense de Ar te e Cu l tu ra . Um concu r so i n t e rnac iona l com pa t ronagem das pr inc ipa i s en t idades da f o tog ra f i a nac iona l e es t r ange i r a s : CONFOTO , I AAP , PSA e F IAP . Logo cedo f u i i n fo rmado que 2 das 12 imagens env i adas t i nham s ido ace i t a s no concu r so . Pense i comigo , o sa r r a fo es tá mui to a l to . E r am 623 au to res , 6704 f o tos , d iv id idas em 3 ca tego r i a s e 64 pa í ses . Vá r i o s grandes f o tóg ra fos do Bras i l e do mundo es tavam a l i . Uma ve rdade i r a To r re de Babe l f o tog rá f i ca . À no i t e , f o i i n i c i ada a l i v e pa ra ap resen ta r os 120 f o tóg ra fos p rem iados nes te ce r t ame : 27 t rê s pr ime i ros l uga res ag rac i ados po r meda lhas e ap rox imadamen te 93 menções hon rosas d iv id idas en t re as t r ê s en t idades menc ionadas ac ima . A cada f o to que su rg i a , o encan tamen to e ra grande : pa i sagens l i ndas , f o tos de r ua e de cunho soc i a l dramá t i cas , v ida an ima l nua e c rua , l i ndas mac ros , r e t r a tos , e tn i a s , e tc . Do to ta l , os bras i l e i r o s r ecebe ram 15 prem iações . 8 INFOTO Ex tas i ado com t an ta be leza , na penú l t ima f o to , br i l han temen te ap resen tada pe lo Pau lo , e i s que su rge meu que r ido guanaco pas tando t r anqu i l amen te aos pés dos Cue rnos de l Pa ine , no Ch i l e . Fo i t i po um choque . Uma desca rga de ad rena l i na pe rco r r eu t odo meu co rpo e me io a to rdoado ag radec i ao Pau lo e aos j u r ados po r t e r em me propo rc ionado t amanha a leg r i a . A lguns am igos que r idos me pa raben i za ram , ou t ros se ca l a r am . O co ração es tava em fes t a . Es tava f e l i z . Sempre pau te i minha ca r r e i r a em concu r sos den t ro do nosso p róp r i o pa í s e ne le ob t i ve mu i tos êx i t o s . Ce r t ames es t r ange i ros na g rande ma io r i a , são ca ros pa ra o meu bo l so . O Pho to Natu re In te rnac iona l t eve um preço acess í ve l e sempre con f i e i mu i to na o rgan i zação e na se r i edade do Pau lo , um bom amigo que t em me i ncen t i vado mu i to a "pu la r o muro " pa ra d i spu tas a lém mar . Agora a I AAP R ibbon (menção hon rosa dessa en t idade ) j á e s t ava i nco rpo rada a minha h i s tó r i a . E aque le men ino , sem mu i tos r ecu r sos , da Zona Nor te do R io de Jane i ro , que um d ia sonhou se r f o tóg ra fo , es tava a l i no meio de a r t i s t a s ch ineses , ru s sos , v i e tnam i t a s , i ng l e ses , i nd i anos , amer i canos , bósn ios , húnga ros , e tc . Agradeço sempre de co ração a t odos am igos que t o r cem e sempre emanam boas ene rg i a s pa ra mim e pa ra com meu t r aba lho . No f i na l a inda sabo ree i a ce re j a do bo lo : f i que i com a 12 ª co locação en t re os melho res au to res bras i l e i r o s no soma tó r i o de minhas 2 imagens ace i t a s . Um v i va à f o tog ra f i a ! E como sempre exp lano , ac red i t em sempre , po i s o NÃO j á t emos ! Ag radeço sempre de co ração a t odos am igos que t o r cem e sempre emanam boas ene rg i a s pa ra mim e pa ra com meu t r aba lho . No f i na l a inda sabo ree i a ce re j a do bo lo : f i que i com a 12 ª co locação en t re os melho res au to res bras i l e i r o s no soma tó r i o de minhas 2 imagens ace i t a s . Um v i va à f o tog ra f i a ! E como sempre exp lano , ac red i t em sempre , po i s o NÃO j á t emos ! P rem io Receb ido no Concu r so do Grupo Fo tóg ra fos Amigos 9 INFOTO E X P O S I Ç Ã O I N D I V I D U A L D O F O T Ó G R A F O H E R M I N I O L O P E S Nasc ido na c idade do Po r to em Po r tuga l , Res ide em Mar i cá - RJ Ado ra f o tog ra f a r a na tu reza e seus e lemen tos , Água , Fogo , Te r r a e A r , e f a ze r t r i l has em l oca i s púb l i cos . A lém d i s so , f a z a lgumas c r i ações em seu es túd io case i ro , e é espec i a l i z ado em ensa ios , f e s t a s i n f an t i s , even tos de r ua e r e t r a tos , i n i c i ou na f o tog ra f i a mui to cedo , aos 17 anos , com uma s imp les câmera popu la r KODAK INSTAMAT IC 110 , com qua l f o tog ra fou mui to em v i agens a t r aba lho no Bras i l , e no ex te r i o r , no ano de 2011 , começou seus t r aba lhos fo tog rá f i cos e es ta a tuando a té o momento , Herm ín io Lopes é co labo rado r da Rev i s t a INFOTO desde o seu pr ime i ro número . 10 INFOTO 11 INFOTO FOTOGRAFIA DE EVENTOS F O T Ó G R A F O L E O M A N O Pa ra começa r , que ro r eg i s t r a r a eno rme a leg r i a e a hon ra de t e r s ido conv idado pa ra co l abo ra r na INFOTO e f i gu ra r ao l ado de ou t ros t an tos t a l en tos da f o tog ra f i a . Pensando nessa r e sponsab i l i dade , r e so l v i esc reve r sob re o que ma i s en tendo e cons ide ro minha espec i a l i dade na f o tog ra f i a : a cobe r tu ra f o tog rá f i ca de even tos . Vou f a l a r um pouco da minha t r a j e tó r i a pensando naqueles que ta l vez que i r am t ambém se i n i c i a r pro f i s s i ona lmen te nessa moda l idade . Ten ta re i da r a lgumas d icas e des taca r o que cons ide ro impo r t an te . Con tudo , devo adve r t i r que eu mesmo j á ass i s t i dezenas de pa les t r a s de vá r i o s f o tóg ra fos que desc reve ram suas próp r i a s t r a j e tó r i a s . Jama i s ouv i duas h i s tó r i a s i gua i s , ou se j a , não ex i s t e " r ece i t a de bo lo " pa ra da r ce r to na f o tog ra f i a . Cada um acaba rá descob r indo seu próp r i o cam inho . Já começo d i zendo que não me cons ide ro um a r t i s t a . Comece i p ro f i s s i ona lmen te na f o tog ra f i a em 2011 (depo i s de t r aba lha r po r 30 anos numa mesma i ndús t r i a de i n fo rmá t i ca ) . Eu que r i a uma nova fon te de r enda sem ab r i r mão de t r aba lha r em a lgo que me desse p raze r (como f o r am nas décadas em que prog rame i computado res , p ro j e te i , desenvo l v i e imp lan te i s i s t emas de au tomação ) . Pa r a da r i n í c i o à minha nova empre i t ada , j á em 2010 eu me mat r i cu l e i num cu r so de f o tog ra f i a que , na época , e ra r e f e rênc i a pa ra quem que r i a se pro f i s s i ona l i z a r no R io de Jane i ro . . . . e aqu i va i a pr ime i r a d ica : Façam um cu r so presenc i a l . A lém de ganha r t empo , você i n i c i a a l i a lgo que é f undamen ta l pa ra qua lque r ca r r e i r a . O ne two rk . P ro fe s so res e a lunos se rão seus pr ime i ros apo iado res pa ra vence r os obs tácu los que v i r ão . 12 INFOTO São t an ta s i nce r t e zas pa ra o in i c i an te , t an ta s preocupações e i n segu rança , que acaba sendo imposs í ve l se concen t r a r no t r aba lho que t em de se r f e i t o . O t r aba lho acaba não rendendo o quan to pode r i a . Jus t amen te o medo , provoca o que se ma i s t eme . Con tudo , se você f a z um cu r so onde há ou t ros a lunos com os mesmos ob je t i vos que você , tudo f i c a ma i s f ác i l . O t r uque é s imp les : Quando eu vend ia uma cobe r tu ra fo tog rá f i ca , eu ped ia au to r i z ação pra l e va r um "a luno " pa ra t r e i namen to (não e ra ment i r a . . . eu só omi t i a que não e ra eu o pro fes so r ) . O c l i en te sempre conco rdava e i s so e ra pos i t i vo pa ra t odos . O pr ime i ro e ma i s pode roso obs tácu lo do f o tóg ra fo de even tos é o medo . Quem es tá começando não t em cond ições de monta r uma equ ipe . Mui t a s vezes e le va i começa r soz inho e sem equ ipamen to r e se r va . O peso da r e sponsab i l i dade de faze r j u z ao pagamen to é demas i ado pa ra mui tos que acabam pro te l ando inde f i n idamen te ou a té des i s t i ndo de começa r . E se as f o tos f i c a rem r u in s? E se as p i l has desca r r ega rem? E se o equ ipamen to p i f a r ? En tão , eu chamava um co lega de cu r so pra i r comigo . O co lega f i c ava ag radec ido po r pode r pra t i ca r num amb ien te rea l e eu ganhava apo io mora l (pe la s imp les presença de um amigo ) e equ ipamen to r e se r va ! I s so me de i xava ma i s t r anqu i l o , f ac i l i t ando dema i s supe ra r es sa f a se comp l i cada pra qua lque r i n i c i an te . Obv i amen te , meus co legas f a z i am o mesmo me chamando pa ra os even tos que e le s vend iam . Essa r ec ip roc idade nos de i xava segu ros e nos pe rm i t i a pra t i ca r eno rmemen te . O seu pro fes so r t ambém i r á l he ab r i r po r t a s e opo r tun idades se pe rcebe r seu i n t e re s se e es fo rço duran te o cu r so . O ne twork é f undamen ta l ao longo da ca r r e i r a . Os fo tóg ra fos não são conco r ren tes , pe lo con t r á r i o , i nd i cam seus co legas quando e les mesmos não podem f a ze r um t r aba lho , t r ocam expe r i ênc i a s e s ina l i z am opo r tun idades . Mui to bem. . . j á me dec id i pe la f o tog ra f i a de even tos . Agora . . . quan to cob ra r ? E i s uma pe rgun ta que não t em respos ta . P reço não é apenas um número . P reço é uma pequena peça den t ro de uma es t r a t ég i a de vendas . Po r i s so , cada caso é um caso . 13 INFOTO Con fesso que comece i cob rando bem ba ra to , me pros t i t u indo a t r avés de s i t e s do t i po "Grupon " que ho je não ex i s t em ma i s . O s i t e vend ia produ tos e se rv i ços com amp la d ivu lgação e pub l i c idade em t r oca de uma taxa do assoc i ado . Fo i uma moda que passou mas que a l avancou mui t a s opo r tun idades pa ra quem es tava começando . Se r i a a lgo equ i va l en te ho je ao "Mercado L i v re " , só que pa ra se r v i ços (e não apenas produ tos ) . Esse pe r í odo ge rou cen tenas de vendas que não de ram l uc ro mas me propo rc iona ram o necessá r i o t r e i namen to p rá t i co , a au tocon f i ança e o inev i t áve l ape r f e i çoamen to técn i co . S im . . . ho je t enho ve rgonha das fo tos que f i z naque la f a se in i c i a l . Mas , apesa r de (na época ) não te r o senso c r í t i co t ão apu rado , pod ia pe rcebe r que as f o tos não e ram t ão boas quan to as de ou t ros f o tóg ra fos ma i s expe r i en tes . Mas i s so não pode r i a me f a ze r pa ra r (e nem pode rá pa ra r você . Ninguém nasce sabendo ) . A s f o tos melho ra ram , os c l i en tes passa ram a se l embra r de mim e a me chamar pa ra novos t r aba lhos . Eu es tava começando a f o rma r m inha "ca r t e i r a de c l i en tes " . A e tapa segu in te f o i e leva r o pa tama r de preço . I s t o s ign i f i cou pe rde r c l i en tes mas , po r ou t ro l ado , r e f i nou minha c l i en te l a . Eu não e ra ma i s chamado po r se r o ma i s ba ra to mas po r t e r boas fo tos , bom a tend imen to , pon tua l i dade e r e spe i t a r os p razos de en t rega . Essas co i sas pa recem bás i cas , mas se você as p ra t i ca , es ta r á o fe recendo ma i s do que 90% do mercado de f a to en t r ega . Chegou a ho ra de rea lmen te l uc r a r (v i ve r de fo tog ra f i a ) . Pa ra i s so é prec i so sub i r ma i s um deg rau : ag rega r va lo r ao seu t r aba lho . É mui to d i f í c i l l uc r a r sob re f o tos e l e t rôn i cas . O ve rdade i ro ganho vem dos produ tos v incu l ados à cobe r tu ra f o tog rá f i ca . Á lbuns , pôs te res , quad ros . . . em d ive r sos t amanhos e mate r i a i s são fundamen ta i s pa ra ge ra r r enda . Nes te pon to , a v i s i t a ao c l i en te é mu i to impo r t an te . Te r o produ to f í s i co nas mãos f a z t oda a d i f e rença . Só ass im o c l i en te pe rcebe o ve rdade i ro va lo r do que você es tá o fe recendo . . . e o p reço se t o rna um de ta lhe . 14 INFOTO Po r es ta r a zão eu me empenho em v i s i t a r os c l i en tes . O manuse io , a t e x tu ra , o br i l ho , o peso , as co res do produ to . . . t udo i s so é impo r t an te pa ra o c l i en te t e r a ve rdade i r a d imensão do que você f a z . Não é f ác i l vende r um á lbum apenas mandando o rçamen tos po r zap e ema i l . . . po r ma i s be l a s que se j am as f o tos i l u s t r a t i va s . Eu passe i a me preocupa r com i s so quando no te i que meus c l i en tes , apesa r de t e r em cond ições f inance i r a s pa ra adqu i r i r á lbuns , não es tavam comprando .Quase t odas as m inhas vendas se r e sum iam às fo tos em f o rma to e le t rôn i co . Dec id i , en tão , muda r esse pano rama . Po r minha con ta e r i s co , f i z um á lbum ca ro com as fo tos de um an i ve r sá r i o . No d ia ma rcado pa ra a en t rega das fo tos daque le an i ve r sá r i o , f u i pessoa lmen te en t rega r as f o tos e l e ve i o á lbum j un to sem av i sa r a c l i en te . F i z i s so com mu i to medo po i s pode r i a pa rece r que eu es tava " f o r çando a ba r r a " (e es tava ) . Eu es tava f a zendo a lgo que eu mesmo não ap rec i ava nos "vendedo res de enc i c lopéd ia " . Mas se eu es tava na chuva , e ra pa ra me molha r ! A c l i en te f i cou impress ionada com o á lbum , ve rdade i r amen te f e l i z e , c l a ro , comprou imed ia t amen te . Pe rceb i que eu não es tava a l i vendendo uma "enc i c lopéd ia " . Meu produ to , na ve rdade , é mu i to ma i s pessoa l e t em o pode r de muda r a mane i r a de como as pessoas enxe rgam a s i mesmas e suas f am í l i a s . O preço se t o rnou um de ta lhe fo rma l . En tão , ou t r a d ica é t r aba lha r com uma boa grá f i ca que t e man tenha a tua l i z ado com as nov idades do mercado e t e dê toda a assesso r i a necessá r i a . E s se r o te i r o desc r i t o em a lguns pa rág ra fos , l e vou ce rca de 5 anos de mui t a pe r s i s t ênc i a e t r aba lho . O ano de 2020 , con tudo , f o i mui to r u im e a renda ze rou po r a lguns meses . Em 2021 su rg iu uma nova tendênc i a : An ive r sá r i o s onde apenas o núc leo f am i l i a r e s t ava presen te . I s so t r ans fo rmou o even to em a lgo pa rec ido com um ensa io . T ive de me adap ta r mas acho que consegu i bons r e su l t ados . Quem sabe , o novo no rma l conso l i da rá esse novo fo rma to . . . E s se r o te i r o desc r i t o em a lguns pa rág ra fos , l e vou ce rca de 5 anos de mui t a pe r s i s t ênc i a e t r aba lho . O ano de 2020 , con tudo , f o i mui to r u im e a renda ze rou po r a lguns meses . Em 2021 su rg iu uma nova tendênc i a : An ive r sá r i o s onde apenas o núc leo f am i l i a r e s t ava presen te . 15 INFOTO I s so t r ans fo rmou o even to em a lgo pa rec ido com um ensa io . T ive de me adap ta r mas acho que consegu i bons r e su l t ados . Quem sabe , o novo no rma l conso l ida rá esse novo f o rma to . . . O f a to de t e r me ded icado aos even tos e me cons ide ra r apenas um técn i co na f o tog ra f i a , não me imped iu de a r r i s ca r a so r t e no meio a r t í s t i co (e não imped i r á você t ambém ) . T ive a f e l i c idade de pa r t i c ipa r em expos i ções f o tog rá f i cas e a té r ecebe r prêm ios impo r t an tes em concu r sos , i nc lu indo a meda lha de ou ro no Bras í l i a Pho to Show (2019 ) e d i s t i nções no grupo "Fo tóg ra fos Amigos " (2021 ) . A lém das minhas a t i v idades pro f i s s i ona i s , t ambém cons igo me ded ica r ao Grupo Co le t i vo Fo tog ra f i a Desa f i o10+ (no Facebook ) onde a judo como admin i s t r ado r , o rgan i zando concu r sos e pub l i cando a lguns a r t i gos semana i s . P r a f i na l i z a r , f a l a r e i um pouco sob re cada f o to que i l u s t r a es te t e x to e que r ep resen tam uma pa r t e do meu t r aba lho na cobe r tu ra de even tos . Espe ro que gos tem ! F o t o 1 : En t re as minhas f o tos es ta é , d i spa rada , a que a l cançou o ma io r púb l i co . E la mos t r a a campeã bras i l e i r a de xad rez , Ju l i ana Te rao , numa f i na l de Campeona to Bras i l e i r o (2019 -2020 ) . A f o to f o i u sada pe la Ed i to ra Abr i l pa ra i l u s t r a r maté r i a sob re a j ogado ra (na es te i r a do sucesso a l cançado pe la sé r i e "Gamb i to da Ra inha " da Ne t f l i x em 2020 ) . A f o to apa rece em d ive r sos produ tos da ed i to r a , i nc lu indo as ve r sões imp ressa e e le t rôn i ca da Rev i s t a Ve ja . Somando - se t odos os dema i s cana i s da ed i to r a e as r edes soc i a i s , a fo to t eve uma v i sua l i z ação de 7 d íg i t o s . 16 INFOTO F o t o 2 : Casamen to no Copacabana Pa lace (Sa lão B ib l i o t eca , 2018 ) . Posso d i ze r que es te f o i o even to que me de i xou ma i s ne rvoso . Nunca t i nha expe r imen tado t an ta ans i edade . Fo i um grande a l í v i o quando deu t udo ce r to e a c l i en te f i cou f e l i z . Fo i t ambém um d iv i so r de águas na med ida em que a c l i en te con t inuou me chamando pa ra novos even tos e i nd i cando pa ra am igos . F o t o 3 : P rog rama "Fazendo a Fes ta " (Cana l GNT , 2018 ) , ap resen tado pe la Fe rnanda Rodr igues . Fo i uma expe r i ênc i a f an tá s t i ca obse rva r como uma equ ipe de c inema f unc iona . Es t ru tu ra comp lexa , com vá r i a s pessoas envo l v idas . F o t o 4 : O show "Abraçaço " com Cae tano Ve loso marcou a inaugu ração do Tea t ro Popu la r (Ni te ró i -RJ ) em 2013 . O en tão d i r e to r do t ea t ro f o i meu pro fes so r de f o tog ra f i a e me chamou pa ra se r o f o tóg ra fo do even to . Exemp lo de ne two rk . 17 INFOTO F o t o 5 : B iena l do L i v ro , R ioCen t ro (2013 ) . Even tos co rpo ra t i vos vão ex ig i r no ta f i s ca l de se r v i ço . Te r um CNPJ é imp resc ind í ve l pa ra t e r acesso a esses c l i en tes sem depende r de t e r ce i ro s . F o t o 6 : As f o rma tu ras , an i ve r sá r i o s , ba t i z ados e casamen tos são os even tos ma i s comuns e f o rmam a base do f a tu ramen to mensa l . F o t o 7 : Esba r r a r com ce leb r idades em even tos f am i l i a r e s é bas tan te comum. Car lo s A lbe r to Pa r re i r a d i spu tou comigo os melho res ângu los pa ra f o tog ra f a r sua ne t i nha an i ve r sa r i an te . Dono de uma ó t ima câmera , e le me ped iu umas d icas de con f igu ração e eu ped i conse lhos pa ra consegu i r f a ze r ma i s go l s . 18 INFOTO F o t o 8 : O b o m h u m o r é i m p o r t a n t e . A t é u m b a t i z a d o p o d e c o n t e r c e n a s e n g r a ç a d a s . L e o M a n o F o t ó g r a f o p r o f i s s i o n a l d e s d e 2 0 1 1 , c e r t i f i c a d o p e l o S E N A C - R J e p e l a S o c i e d a d e F l u m i n e n s e d e F o t o g r a f i a . E s p e c i a l i z o u - s e e m f o t o g r a f i a d e e v e n t o s . P a r t i c i p o u t a m b é m e m d i v e r s a s e x p o s i ç õ e s c o l e t i v a s e c o n c u r s o s f o t o g r á f i c o s t e n d o c o n q u i s t a d o p r e m i a ç õ e s q u e i n c l u e m a M e d a l h a d e O u r o n o B r a s í l i a P h o t o S h o w ( 2 0 1 9 ) . C o m o a d m i n i s t r a d o r d o G r u p o d e F o t o g r a f i a D e s a f i o 1 0 + , r e c e b e u a d i s t i n ç ã o " P o w e r A d m i n " o f e r e c i d a p o r i n i c i a t i v a d o F a c e b o o k e m r e c o n h e c i m e n t o a o t r a b a l h o i n o v a d o r . . 19 INFOTO FOTOGRAFIA DE PARTO F O T Ó G R A F A A L Ê C R I S Ó S T O M O A f o tog ra f i a de pa r to t em s ido cada vez ma i s so l i c i t ada pe los fu tu ros pa i s . Dos segu imen tos da f o tog ra f i a de f am í l i a , ac red i to que se j a a que r eque r ma i s da nossa capac idade de nos co locarmos “ i n v i s í ve i s ” no amb ien te r eg i s t r ado . Um cen t ro c i rú rg i co não é um l oca l como ou t ro qua lque r . É um espaço o qua l t emos de t e r o máx imo de r e spe i to , cu idado e bom senso . Lá , t udo é es te r i l i z ado cu idadosamen te v i sando a saúde e segu rança dos pac ien tes . A l i , não podemos t r ans i t a r l i v r emen te , nem usa r a r eg r i nha bás i ca de t odo f o tóg ra fo : “melho r ped i r descu lpa que ped i r l i cença ” . Temos de ped i r l i cença s im . Es tamos em um amb ien te em que pro f i s s i ona i s de saúde es tão cu idando de v idas : a da mãe e o bebê . 20 INFOTO M A T É R I A D A C A P A O pa r to é um even to mui to í n t imo na v ida de uma mulhe r . Se j a e le o na tu ra l , ou a cesá rea . É um momento de t o t a l f r ag i l i dade de t oda a fam í l i a , pr inc ipa lmen te da mãe que l ogo da rá a l u z . O con ta to suave e o mín imo de i n t e r f e rênc i a poss í ve l de equ ipamen tos , t o rna rá a p resença do f o tóg ra fo quase que impe rcep t í ve l . É impo r t an te chega r cedo nos pa r tos agendados e cap ta r t oda a ans i edade an tes do grande momento . Uma ho ra an tes do ho rá r i o ma rcado , é o i dea l . Chegando à sa l a de c i ru rg i a , cumpr imen te a equ ipe méd ica , se j a educado e esco lha um can t i nho pa ra f i c a r e a l i f i que . Só sa i a se houve r au to r i z ação de a lguém da equ ipe . Esses pequenos de ta lhes podem f a ze r com que os hosp i t a i s e méd icos passem a t e r ma i s s impa t i a po r nós . Nos ve rão como co l abo rado res de t odo o processo , o que mui t a s vezes não acon tece , po i s a lguns fo tóg ra fos pe rdem a noção da r e sponsab i l i dade . 21 INFOTO Nos pa r tos na tu ra i s ou no rma i s . Não t emos a van tagem de sabe r quando acon tece rá , ass im , o impor t an te é f i c a r de sob reav i so . De i xa r o ce lu l a r sempre do l ado , no agua rdo de um av i so . Se poss í ve l , ped i r pa ra que o obs te t r a av i se quando o bebê j á es t i ve r em fase expu l s i va de nasc imen to e ass im , co r re r pa ra o l oca l o ma i s r áp ido que pude r . é uma co r re r i a ! ! E o pa r to na tu ra l não tem ho ra pa ra começa r , nem acaba r . Vá prepa rado e che io de ene rg i a . E a d ica é a mesma . Ev i t e t r ans i t a r no l oca l , pa ra que você não i n t e r rompa a in t im idade e t oda a f i s i o l og i a necessá r i a pa ra que o pa r to oco r r a de modo saudáve l . Pa ra a lgumas mulhe res , o c l i ca r da sua câmera pode a t r a sa r t udo . Pa ra ou t r a s , nada a t r apa lha o ag i r da na tu reza . Use a c r i a t i v idade e sens ib i l i dade . O pa r to é um momento l i ndo . Use suas l en tes pa ra a cap tação do grande mi l ag re da v ida . Se j a in s t rumen to de l e veza e amor . Se mantenha i n v i s í ve l . Não u s a r f l a s h em um pa r t o ; Op t a r po r l e n t e s c l a r a s ; En t r a r em con t a t o p r e v i amen t e com o ob s t e t r a e conve r s a r c om e l a ou e l e , pa r a f a l a r do s eu t r a b a l h o e ge r a r con f i a n ç a ; Env i e a s f o t o s do pa r t o p r ime i r o pa r a o ob s t e t r a e depo i s pa r a o s pa i s ; No l o c a l do pa r t o , nunca f a ç a nada s em au t o r i z a ç ão ; Em um c en t r o c i r ú r g i c o , t e n t e e s co l h e r um l o c a l f i x o ; Quando o bebê na s c e r , não de i x e de f a z e r a t r a d i c i o n a l f o t o d a mãe com o bebê , e do pa i t ambém , s e e s t e e s t i v e r p r e s en t e ; Se po s s í v e l , f a ç a a f o t o do pa i ou a companhan t e ap r e s en t a ndo o bebê à f am í l i a . Semp r e há mu i t a emoção ne s s a ho r a . DICAS: 22 INFOTO OLHA O PASSARINHO! F O T Ó G R A F O D A V Y A L E X A N D R I S K Y Em um dado t empo , que eu não cons igo i den t i f i c a r p rec i samen te , a exp ressão re t r a to passa a soa r como um te rmo ve lho /u l t r apassado . V i r amos f o tóg ra fos e os re t r a tos v i r a r am f o tog ra f i a s . Ma i s prec i samen te : f o tos ! Aos poucos a exp ressão re t r a t i s t a f o i se t o rnando pe jo ra t i va , quase um deboche , com uma ce r t a cono tação p reconce i tuosa . Ce r t amen te os es tud iosos da h i s tó r i a da f o tog ra f i a devem te r uma a lguma exp l i cação acadêmica ma i s f o rma l pa ra exp l i ca r esse processo de t r ans fo rmação semân t i ca . Eu t r ago aqu i apenas a minha expe r i ênc i a de o rdem pessoa l , no sécu lo passado , de quem passou a se i n t e re s sa r ma i s in tensamen te pe la f o tog ra f i a em 1967 e j á em ma io de 68 se to rnava f o tóg ra fo pro f i s s i ona l . E os ma i s ve lhos da minha fam í l i a não d i s f a r çavam uma pro funda preocupação pe lo f a to de eu t e r des i s t i do de en t r a r pa ra a Facu ldade pa ra “v i r a r r e t r a t i s t a ” . Va l e des taca r , pr inc ipa lmen te pa ra os ma i s novos , que os te rmos r e t r a t i s t a e r e t r a to não es tavam l im i t ados às fo tog ra f i a s com des taque pa ra enquad ramen to do r o s to do fo tog ra f ado . Pod ia se r um re t r a to de uma pa i sagem , ou de um ca r ro , ou uma f l o r . . . Ho j e usamos a pa lav ra r e t r a to ma i s espec i f i camen te pa ra fo to de uma pessoa . Pe rcebam que esse próp r i o tex to segue mis tu rando , i n tenc iona lmen te , as exp ressões f o to , r e t r a to e fo tog ra f i a de uma f o rma um tan to a lea tó r i a . Mas a despe i to dessa ques tão de t e rm ino log i a , f o tog ra f a r ou re t r a t a r uma pessoa con t inua sendo um desa f i o que u l t r apassa mui to o domín io da técn i ca f o tog rá f i ca . Desde t empos r emo tos em que se ac red i t ava que um r e t r a to pode r i a r ouba r a a lma do fo tog ra f ado (a lgumas cu l tu ra s a inda mantêm essa c rença ) , a t é os d ias a tua i s com a ex t r ao rd iná r i a d i spon ib i l i dade 23 INFOTO t ecno lóg i ca pa ra produção de fo tos a pa r t i r das câmeras dos te l e fones ce lu l a re s , o r e t r a to con t i nua t endo um des taque espec i a l no imag iná r i o co le t i vo . Um r e t r a to i den t i f i c a , empode ra , emoc iona , r eve l a , seduz , ap rox ima . . . Mas pa ra i s so ex ige a lgumas p recond ições as qua i s os fo tóg ra fos / r e t r a t i s t a s devem se submete r com d i sc ip l i na ma rc i a l e com r i t ua l í s t i ca reve rênc i a r e l i g i o sa ao “mode lo ” . Mesmo admi t i ndo um even tua l exage ro r e tó r i co no pa rág ra fo an te r i o r , i n s i s to naque la s precond ições pa ra pode r subve r t e r a l óg i ca que p res ide o exe rc í c i o fo tog rá f i co , que f a z da câmera do f o tóg ra fo ex tensão dos seus o lhos , pa ra t r ans fo rmá - l a num espe lho pa ra o r e t r a t ado . O f o tóg ra fo só a l cança a inv i s ib i l i dade pa ra pe rm i t i r que a pessoa se mos t re pa ra as suas l en tes como se mos t r a d i an te do espe lho , conqu i s t ando a sua t o t a l con f i ança , O que pode ex ig i r um t empo que nem sempre ex i s t e , impondo a l t e rna t i vas que p rec i sam se r descobe r t a s du ran teo processo de cap tu ra de uma ve rdade imagé t i ca . Sem r ece i t a s de bo lo , com as med idas ce r t a s dos respec t i vos i ng red ien tes pa ra se rem mis tu rados . M inha r ecomendação pr ime i r a é que a câmera f o tog rá f i ca se j a mera coad juvan te e a ú l t ima a en t r a r em cena . An tes de usá - l a pa ra o r eg i s t ro da imagem, f o tog ra fe com a f a l a , o o lha r e ou t ros ges tos ca t i van tes , a té que não se sa iba ma i s que é o r e t r a t i s t a e o r e t r a t ado , na cena . Obv i amen te que esse es tado de esp í r i t o va r i a de pessoa pa ra pessoa e de s i t uação pa ra s i t uação . Mas essa va r i ação é apenas f í s i ca , po rque a essênc i a da r e l ação que p rec i sa se r es tabe lec ida pa ra se “ t i r a r um r e t r a to ” é sempre d i f e ren te da r e l ação pa ra se “ba te r uma f o to ” . 24 INFOTO Olá pessoa l , meu nome é Herm in io Lopes , sou f o tóg ra fo há ma i s de 10 anos e vou f a l a r um pouco sob re minha expe r i ênc i a com a fo tog ra f i a ou t doo r , f a zendo t r i l has . Gos to de anda r na na tu reza e r eg i s t r a r t udo que ve jo ao meu r edo r . E é sob re es ta pa r t e da minha expe r i enc i a que que ro d iv id i r com vocês , f o tog ra f i a na na tu reza como se f a z? En tão , vamos t r l ha r ? O que prec i samos f a ze r , l e va r e , que cu idados devemos t e r pa ra sa i r pa ra f o tog ra f a r na na tu reza f a zendo t r i l has? Pensou n i s so? Não bas ta l e va r a câmera en t r a r no mato e pron to , vamos sub i r a mon tanha ! PARQUE DA CIDADE - NITERO I - RJ Minha Experiencia com a Fotograf ia na Natureza F O T Ó G R A F O H E R M I N I O L O P E S SUB IDA PEDRA DO MACACO - MARICÁ -RJ GRUTAS DO SPAR - MARICÁ - RJ 25 INFOTO P r ime i ro , devemos f a ze r o p lane j amen to de aonde vamos , como vamos e com quem vamos . S im , nunca devemos sa i r pa ra f o tog ra f a r na na tu reza sóz inhos . Essa é a r eg ra número 1 de quem f a z t r i l has . Se o l oca l f o r desconhec ido de t odos os pa r t i c ipan tes , deve - se chamar um bom gu ia que conheça aonde o grupo va i . P rocu ra r sabe r se a t r i l ha é cam inhada , e sca l ada ou as duas . Dependendo do t i po , se rá necessá r i o l e va r ou t ros equ ipamen tos a l ém do f o tog rá f i co . A a tenção no cam inho onde se p i sa é impo r t an te e segu i r sempre as o r i en tações do gu ia . Cu idado com ga lhos , t r oncos ca ídos e ped ras so l t a s . M u i t o i m p o r t a n t e : Pessoas com prob lemas ca rd io lóg i cos devem consu l t a r seu méd ico pa ra sabe r se es tá ap to pa ra a empre i t ada . Não i n s i s t a se seu méd ico o desaconse lha r . Mu i to bem! O que devemos leva r , a lém dos equ ipamen tos necessá r i o s , pa ra a f o tog ra f i a que que remos f a ze r ? Ve ja bem, eu f a l e i necessá r i o s ! - Nunca devemos l e va r peso i nú t i l numa cam inhada ! Qua lque r peso ex t r a i r á ex ig i r ma i s ene rg i a de você . Se sua i n t enção é f o tog ra f a r pássa ros , você va i prec i sa r de uma len te com um bom zoom , uma 300 , uma 500 , a té mesmo uma 600 mm, pássa ros não f a zem pose pe r to de nós . Mas se você pre tende f o tog ra f a r f l o r e s , pa i sagens , i n se tos , en tão você l e va uma 35 , uma 50 , uma 18 -55 ou a té mesmo uma 18 -135mm, logo você va i l e va r um pouco ma i s de peso . Um t r i pé pode se r necessá r i o , quase imp resc ind í ve l . - K i t d e t r i l h a : - Á g u a : é um e lemen to imp resc ind í ve l . Leve água su f i c i en te pa ra a ida e a vo l t a . No mín imo 2 l i t r o s pa ra 4 ho ras de cam inhada . Economize na i da po rque no rma lmen te bebemos ma i s na vo l t a . Vocês vão descob r i r po rque , r s r s . - A l i m e n t a ç ã o : deve - se l e va r f r u t a s , ba r r a s de ce rea i s , choco la te s , cas t anhas de ca jú , amendo im em grãos . A l imen tação l e ve e que fo rnece ene rg i a . - O u t r o s i t e n s : Repe len te , ca l ças compr idas ou ca l ça de t r i l has , ca l çados f echados , se poss í ve l t ên i s de cano a l to pa ra cam inhada . Impo r t an tes : Um ap i to e l an te rna . S im e le s sa l vam v idas de quem se pe rde na mata . A segu i r , f o tos f e i t a s em a lgumas de minhas t r i l has em montanhas e cam inhadas ao l ongo dos anos 2017 a 2020 . 26 INFOTO VOCÊ SABE A IMPORTÂNCIA DAS CORES PARA A SUA FOTOGRAFIA? F O T Ó G R A F A T H A I A N E N U N E S Mui tos f o tóg ra fos não sabem , mas t r aba lha r o c í r cu lo c romá t i co den t ro da f o tog ra f i a i r á de i xa r suas imagens mui to ma i s a t r aen tes . O c í r cu lo c romá t i co é usado em d ive r sas ou t r a s á reas , como na moda e na maqu iagem . Sabe r comb ina r as co res f a z mui t a d i f e rença na compos i ção . Você a í deve es ta r se pe rgun tando : "O que d iacho é c í r cu lo c romá t i co? " O c í r cu lo c romá t i co é compos to po r : → T r ê s c o r e s p r i m á r i a s : não podem se r ob t idas a t r avés de ou t r a s , como o amare lo , azu l e ve rme lho . → T r ê s c o r e s s e c u n d á r i a s : f o rmadas pe la mis tu ra das co res p r imá r i a s , ob temos l a r an j a , v io l e t a e ve rde . → S e i s c o r e s t e r c i á r i a s : compos tas pe la mis tu ra das co res secundá r i a s . Ex i s t em vá r i a s compos i ções com as co res do c í r cu lo , mas duas são as ma i s u t i l i z adas . São e la s : → c o r e s a n á l o g a s : são as co res que es tão uma do l ado da ou t r a den t ro do c í r cu lo . → c o r e s c o m p l e m e n t a r e s : são aque la s que es tão do l ado opos to uma da ou t r a . 27 INFOTO Com o t empo você pe rcebe rá que f a z mui t a d i f e rença a té mesmo pa ra c r i ação da sua i den t idade v i sua l . Você pode , po r exemp lo , c r i a r sua próp r i a pa le t a de co res e passa r pa ra sua c l i en te esco lhe r den t ro da ca r t e l a as co res que e l a u t i l i z a r á nas r oupas da sessão . Ass im t udo f i c a r á ma i s ha rmôn ico e a t r aen te aos nossos o lhos . Lembre - se que compos i ção é t udo aqu i l o que es ta r á den t ro da cena que se rá cap tu rada , po r i s so o amb ien te t ambém deve se r pensado , an tes mesmo da esco lha do l ook . O l ook i r á comb ina r com o l oca l , não só em es t i l o , mas t ambém em co res . Vamos supo r um ensa io com duas pessoas , uma de ve rme lho e a ou t r a de l a r an j a . Até a í tudo bem. Po i s l a r an j a e ve rme lho são co res aná logas . Mas aonde vamos co loca r e le s? Obse rve que as duas co res são mui to f o r t e s , en tão t enha cu idado na esco lha des te l oca l . A d ica que eu dou é que o menos é sempre ma i s , o r i en te o seu c l i en te a esco lhe r l ooks com co res c l a r a s e pouca es tampa pa ra não f i c a r compe t indo com o amb ien te . Aba i xo vou de i xa r pa ra vocês a lguns exemp los de f o tos usando co res comp lemen ta res e co res aná logas . 28 INFOTO Ve ja que nessa f o to a men ina es tá usando um con jun to l a r an j a puxado pro ve rme lho . Se o lha rmos oc í r cu lo ve remos que ve rme lho é a co r comp lemen ta r do ve rde , que é a co r em des taque no amb ien te em que e l a se encon t r a . E s sa f o to é mui to f ác i l de v i sua l i z a r . Temos azu l no céu , no ca r ro e na ca l ça . La ran j a na b lusa e no chão . Azu l e l a r an j a são co res comp lemen ta res . 29 INFOTO Nes te caso nós t emos o ve rme lho na melanc i a e no b iqu ín i , azu l no céu e l a r an j a na pe le e na a re i a . O ve rme lho apesa r de não es ta r to t a lmen te do l ado opos to do azu l a inda ass im consegu imos uma fo to ha rmôn ica com essa comb inação . Um exemp lo de co res aná logas : o r o sa e o azu l . O co r r imão da passa re l a e ra um ve rde bem f o r t e e na pós -produção eu mude i pra f i ca r um t om ma i s próx imo do azu l e melho ra r a inda ma i s a compos i ção . 30 INFOTO Mai s uma compos i ção com co res aná logas . Nes te caso , o l a r an j a das á rvo res do bosque e o ve rme lho no ves t ido . Au to r e t r a to de Tha iane Nunes 31 INFOTO Your Self F O T Ó G R A F O R E N A T O N A B U C O F O N T E S P a r a s e r u m p r o f i s s i o n a l m e l h o r e d e a l t a p e r f o r m a n c e , t enha como ob je t i vo melho ra r 1% t odos os d ias . Pa ra i n i c i a rmos a nossa co luna , que ro t e con ta r um seg redo que na ve rdade você j á sabe , no en tan to mui t a s vezes neg l i cenc i a : pa ra melho ra r 1% t odos os d ias , você prec i sa t e r c l a ro na sua cabeça onde que r chega r . Você j á pa rou pa ra r e f l e t i r quan tas vezes i n i c i ou uma nova a t i v idade e des i s t i u? Me lho ra r 1% t odos os d ias pa rece f ác i l , pa rece s imp les , no en tan to , é uma ta re f a que ex ige de te rm inação , f oco , f o r ça de von tade , ob je t i vos c l a ros e ac ima de t udo , d i sc ip l i na e cons tânc i a . Gera lmen te , começa r a lgo novo não é d i f í c i l , o ma io r prob lema é mante r , po i s mui t a s vezes a mente que r , mas o co rpo não co r re sponde e v i ce -ve r sa . É prec i so se mante r f i rme no ob je t i vo , t e r um ve rdade i ro “po rquê ” , en tende r qua i s são os cam inhos e o ma i s impo r t an te , que é sabe r onde que r chega r ! É só você con t r a você nesse j ogo . Eu cos tumo chamar de j ogo da evo lução , po i s se t r a t a de um desa f i o d i á r i o , uma ve rdade i r a ba ta lha i n t e rna… No i n í c i o pa rece f ác i l , po rque você es tá enga j ado , mot i vado , en t re t an to é f undamen ta l mante r o cu idado redob rado com a d i sc ip l i na , po i s é na tu ra l a l cança r os pr ime i ros resu l t ados às cus ta s de mui to es fo rço e depo i s da r aque la ve lha r e l a xada e é a í que mora o pe r igo , po i s há um l im i t e t ênue en t re o r e l a xamen to e a neg l igênc i a e é nes te pon to que mui t a s pessoas se pe rdem e pa ram de evo lu i r… É po r i s so que mui tos a t l e t a s e pro f i s s i ona i s de sucesso , u t i l i z am check l i s t pa ra t udo , pa ra ev i t a r a menor poss ib i l i dade de esquece r a lgo , a lém , óbv io , de ev i t a r o r i s co de vo l t a r quase i n s t an taneamen te ao ve lho pad rão compor t amen ta l (que não o l e va rá a l uga r a lgum ) . A lém d i s so , uma suges tão que a juda dema i s nesse processo de melho r i a , é esc reve r t ambém um ob je t i vo d iá r i o a se r cumpr ido ! A lgo que se j a p r i o r i dade pa ra aque le de te rm inado d ia e obv i amen te que se j a , exequ í ve l ! Expe r imen te , co loque em prá t i ca , se j a d i sc ip l i nado , a f i na l é po r você , é p ra você . Ass im , você consegu i r á melho ra r 1% t odos os d ias . Lembre - se : é o j ogo da evo lução . Vem comigo , vamos em f r en te , vamos j un tos ! 32 INFOTO FOTOGRAFIA DE MODA DESVENDANDO O LOOKBOOK F O T Ó G R A F O L U I S M O R A S Den t ro do que gene r i camen te conhecemos po r “Fo tog ra f i a de Moda ” ex i s t em vá r i a s á reas de a tuação pa ra os f o tóg ra fos p ro f i s s i ona i s : Fo tog ra f i a de passa re l a , campanhas , t e s t e de mode los , mas com a chegada da pandemia e a exp losão de vendas v i a i n t e rne t , se po tenc iou o LOOKBOOK . Q U E É U M L O O K B O O K ? Um l ookbook é um con jun to de f o tog ra f i a s que se r vem pa ra mos t r a r a s r oupas de uma co leção de f o rma desc r i t i v a . Es tas f o tog ra f i a s se rão co locadas na “v i t r i ne ” v i r t ua l no s i t e da marca . Gera lmen te , t em um f undo neu t ro (branco ou c inza ) . P R E P A R A T I V O S D O E N S A I O Como em qua lque r t r aba lho , é ex t r emamen te impo r t an te conhece r as necess idades do c l i en te pa ra pode r prepa ra r o ensa io . Pa ra i s so é mui to bom mante r uma r eun i ão pa ra sabe r sob re as expec ta t i va s ao r e spe i to . No meu caso , f a zemos vá r i a s pe rgun tas an tes de da r um preço de f i n i t i vo : Quan tas r oupas se rão f o tog ra f adas? Quan tas f o tos po r cada r oupa? Quan tas pessoas se r v i r ão de mode lo? Fundo b ranco ou f undo c inza? Corpo i n t e i r o ou peças so l t a s? Os mode los vão prec i sa r de maqu iagem e cabe lo ou não e tc . Qua lque r pe rgun ta que s i r va pa ra a p lan i f i cação do ensa io é pe r t i nen te . Po r que co loco sempre mui t a ên fase na p lan i f i cação? É mui to s imp les : 33 INFOTO t empo é d inhe i ro e o mercado es tá sempre co locando os preços pa ra ba i xo , po i s na moda a lém do g lamour das grandes marcas , ex i s t em as marcas pequenas e de méd io po r te , que não con tam com recu r sos i l im i t ados . Em r e l ação âs i n fo rmações co le t adas , e depo i s do o rçamen to ap rovado , um d ia an tes de i xo o es túd io em ó t imas cond ições de l impeza (pa rece bes te i r a , mas sempre a tenção aos banhe i ros ) e ten to mante r o f undo o ma i s branco poss í ve l (p in to e le a cada 2 ou 3 sessões ) , po i s a pr ime i r a imp ressão quando o c l i en te en t r a no es túd io t em que se r mui to pos i t i va . Não podemos esquece r que a lguns c l i en tes nunca p i sa ram num es túd io , en tão a expe r i ênc i a tem que se r ó t ima , sempre den t ro das nossas poss ib i l i dades . Também de i xamos os t r i pés com as t ochas e os mod i f i cado res p repa rados pa ra só r ea l i z a r os ú l t imos a jus te s momentos an tes do ensa io . M O D E L O S : Pa ra um melho r andamen to do ensa io , t emos que t en ta r convence r o c l i en te pa ra que con t r a te um (a ) mode lo pro f i s s i ona l . Mui t a s vezes o c l i en te conhece a lguém pessoas bon i t a s e acha que é su f i c i en te pa ra r ep resen ta r a marca , mas a ma io r i a das vezes a t r apa lham ma i s do que a judam . Temos que convence r o c l i en te de que um (a ) mode lo pro f i s s i ona l va i apo r t a r r e su l t ados mui to melho res em re l ação as exp ressões f ac i a i s , en tend imen to das posses propos ta s e expe r i ênc i a nesse t i po de t r aba lho . Já pa r t i c ipe i de se l eção de mode los na mesma agênc i a j un to com o c l i en te , mas no rma lmen te e le esco lhe com asf i chas (o f amoso COMPOS ITE ) que os booke r s da agênc i a env i am . No rma lmen te o booke r da agênc i a j á cu ida com o c l i en te dos de ta lhes de sapa tos , t a l has de r oupa e aspec to da mode lo (pres tem a tenção nas unhas , po r f a vo r , que devem es ta r sempre bem p in tadas e com a lguma co r neu t r a ) . Nós f ac i l i t amos o con ta to , po rém não que remos nos r e sponsab i l i z a r pe la con t r a t ação da mode lo . Só ped imos máx ima pon tua l i dade no d ia do ensa io , e aco rdamos se a maqu iagem e cabe lo va i f a ze r conosco . Sob re maqu iagem e cabe lo , va i depende r do t i po de r oupas a fo tog ra f a r , mas no rma lmen te t êm que se r bás i cos . O cabe lo , po r exemp lo , pode se r escova ou baby l i s s , po i s no caso do l ookbook , o mode lo não pode se des taca r ma i s do que as r oupas . Out ro aspec to a t e r em con ta : se a maqu iagem e o cabe lo não f o r am f e i t o s com a p ro f i s s i ona l do es túd io , não nos r e sponsab i l i z amos com o r e su l t ado caso demande mui t a ed ição pos te r i o r , po i s j á t i vemos expe r i ênc i a s ru ins que pre jud i ca ram o ensa io . 34 INFOTO O D I A D O E N S A I O No d ia do ensa io ped imos pa ra o c l i en te chega r um pouco an tes pa ra r ev i sa r as r oupas que amassa ram duran te o t r anspo r t e , o rgan i zá - l a s na a ra ra , e c l a s s i f i cá - l a s po r t i pos pa ra ganha r r ap idez nas t r ocas . Enquan to i s so , com a juda da mode lo que sempre chega ma i s cedo também, a jus t amos a a l tu r a dos t r i pés , marcamos o chão com f i t a na á rea onde e l a se rá f o tog ra f ada e depo i s a d i r ec ionamos pa ra p repa ra r maqu iagem e cabe lo enquan to damos os a jus te s f i na i s . P R E P A R A Ç Ã O D A C Â M E R A Gera lmen te prec i samos ag rupa r as f o tog ra f i a s pa ra de i xa r t odas igua i s (ou mui to pa rec idas ) , en tão pa ra i s so montamos a câmera no t r i pé conec tada a um computado r com so f twa re de cap tu ra . Com es te s i s t ema , vamos f o tog ra f ando grupos de r oupas i gua i s (po r exemp lo f o tog ra f i a s de co rpo i n t e i r o ) ev i t ando ass im pe r spe t i vas d i f e ren tes . Se prec i sa r r e s sa l t a r a lgum de ta lhe das r oupas , como pode r i a se r um bo rdado em um bo l so , um de ta lhe de uma es tampa , uma go la e tc , usamos ou t r a câmera na mão pa ra não t e r que move r a câmera que es tá no t r i pé . 35 INFOTO D E S E N V O L V I M E N T O D O E N S A I O Rea l i z ados os passos an te r i o re s é só f o tog ra f a r . Nós usamos o Co lo r Checke r com a f i na l i dade de da r a máx ima f i de l i dade nas co res . Nes te momento os donos das marcas ou no caso , os produ to res que os acompanham , con fe rem na ho ra os c l i ques que vão apa recendo na t e l a do computado r dec id indo como se rão as f o tog ra f i a s . E a i vem um pon to impo r t an te pa ra es te t i po de ensa io : Não ad ian ta o f o tóg ra fo t e r qua lque r t i po de c r i a t i v idade , se o dono da marca não gos ta r da pe r spec t i va em que a f o to f o i t omada ou se dec id i r a lguma co i sa d i f e ren te do que o f o tóg ra fo en tende que se r i a ma i s co r re to . Va i f a l a r pa ra r epe t i r a f o to , e en tão é melho r segu i r as r ecomendações , po i s es te t i po de f o tog ra f i a pad ron i zada de i xa pouco espaço pa ra a c r i a t i v idade . F I N A L D O E N S A I O As vezes , quando sob ra a lgum t emp inho depo i s de r ea l i z ado o t r aba lho , t en tamos f a ze r a lgumas f o tog ra f i a s um pouco d i f e ren tes com um se t que j á t emos pensado an te r i o rmen te . Podem se r a lgumas f o tos com f undo d i f e ren te , ou t ro t i po de i l um inação , ou a lgumas f o tog ra f i a s exp lo rando as capac idades dos mode los . Com isso consegu imos o fe rece r pa ra os c l i en tes umas f o tos a ma i s que podem se r vend idas ou a té en t regues como gen t i l e za , i nc lus i ve podem r e su l t a r em f o tos marav i l hosas pa ra po r t f ó l i o . Po r con t r a , j á t i ve c l i en tes que me f a l a r am : “Lu i s , esse t i po de f o tos é bon i to , mas não vende ! ” A í pac iênc i a… 36 INFOTO A I N T R E G A D A S F O T O G R A F I A S O proced imen to que ado tamos pa ra a en t rega das f o tog ra f i a s é f e i t o em do i s passos . P a s s o 1 : Damos uns r e toques bás i cos de enquad re , Co lo r Checke r ou a jus te s bás i cos no ACR que no rma lmen te se ap l i cam a t odas as fo tog ra f i a s . A í as sub imos no Se lp i c s pa ra o c l i en te esco lhe r . P a s s o 2 : Uma vez esco lh idas as f o tog ra f i a s , passamos pe lo Pho toshop pa ra os r e toques pe r t i nen tes de l impeza de pe le ( se p rec i sa r ) , f i apos nas r oupas , a lguma r uga e tc . Conve r t emos os a rqu i vos nos t amanhos adequados e quando o c l i en te f i na l i z a os pagamen tos (nunca en t regue as f o tos an tes d i s so ) , l i be ramos o l i nk do Goog le Dr i ve onde co locamos o t r aba lho f i na l i z ado . C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S Todo o exp l i cado nes te a r t i go é a f o rma como t r aba lhamos no rma lmen te , po rém sabemos que pode t e r múl t i p l a s va r i ações adap tadas a cada f o tóg ra fo e â d i spon ib i l i dade de equ ipamen tos . L u i s M o r a s Apa i xonado pe la f o tog ra f i a desde os 16 anos , em 1993 f e z pa r t e da Assoc i ação Fo tog rá f i ca Montcada (Ba rce lona ) , onde t eve a opo r tun idade de r ecebe r au la s com grandes mes t re s prem iados in te rnac iona lmen te : Cosme Or io l , Se rg io Te l l o , Ange l L ina res e Ped ro Cava l l e ro . Já em 2012 , c r i ou no Bras i l a empresa TUCUM PHOTOGRAPHY , com base em Ni te ró i (RJ ) , adqu i r i ndo expe r i ênc i a em even tos (casamen tos , f e s t a s de 15 anos , an i ve r sá r i o s e even tos empresa r i a i s ) e ensa ios f o tog rá f i cos . Desde 2019 a té o momento , ab r iu o ESPAÇO MANDAWA DE CR IAÇÃO FOTOGRAF ICA (EMCF es túd io ) . A a t i v idade f o tog rá f i ca es tá d i r i g ida â f o tog ra f i a de Moda (campanhas , books de mode lo , passa re l a ) e Pub l i c idade ( s t i l l de produ tos , E -commerce , Cinema e tc… ) , ass im como a va r i o s pro j e tos au to ra i s que es tão de molho espe rando o momento opo r tuno : -D 37 INFOTO F O T Ó G R A F A S I N Á H G A R R I T A N O & M A R G A R I D A M O U T I N H O F A M Í L I A S A R C O - Í R I S Po r tuga l é um pa í s de be lezas e a r t e . Há poucos meses t i vemos a a leg r i a de conhece r uma f o tóg ra f a : Mag Rodr igues . Soubemos do seu a tua l pro j e to i n t i t u l ado “Famí l i a ” . Mag que r sabe r e mos t r a r onde e como v i vem as f am í l i a s LGBTQIA+ em Po r tuga l . Fo i empa t i a à pr ime i r a v i s t a ! Seu t r aba lho nos encan tou e sen t imos que s im , pod íamos nos a t r eve r a pa r t i c ipa r de le . A be leza , t écn i ca , de l i cadeza , poes i a e mui t a , mui t a sens ib i l i dade . Ass im é Mag Rodr igues , uma mulhe r j o vem , f o tóg ra f a , en fe rme i r a , de l i cada , de te rm inada ecom os o lhos que t r ansbo rdam poes i a . E i s um pouco sob re e l a : [ INFOTO ] - Nome : [MAG ] - Mag Rodr igues [ INFOTO ] - Onde nasceu? [MAG ] - Nasc i em L i sboa [ INFOTO ] - A lém de f o tóg ra f a é en fe rme i r a . São "o lha res " são " sen t i r e s " . . . Como conv i vem a f o tóg ra f a e a en fe rme i r a? [MAG ] - A f o tóg ra f a e a en fe rme i r a conv i vem bem. Se r en fe rme i r a pe rm i t e -me acede r a temá t i cas ma i s escond idas ou menos acess í ve i s pa ra a ma io r i a das pessoas , 38 INFOTO e a í en t r a a Mag f o tóg ra f a : pa ra r eg i s t a r e c r i s t a l i z a r esses t emas . [ INFOTO ] - Como acon teceu seu encon t ro com a f o tog ra f i a ? [MAG ] - O meu encon t ro com a Fo tog ra f i a f o i o rgân i co . Sempre gos te i de a r t e e es t i ve r odeada de i n f l uênc i a s a r t í s t i ca s . Há um ce r to mis té r i o sob re como se “esco lhe ” uma a r t e — ou se j a , não cons igo prec i sa r o momento ou f ac to r dec i s i vos pa ra t a l , mas se i que f o i po r vo l t a dos 15 /16 anos que o i n t e re s se aumen tou . E a pa r t i r da í , nunca mai s l a rgue i a Fo tog ra f i a — nes te momento , f a z pa r t e da minha i den t idade . [ INFOTO ] - Pe rcebe uma r e l ação po l í t i ca e soc i a l nos seus t r aba lhos fo tog rá f i cos? Há essa preocupação? [MAG ] - Pe rcebo . Há es ta preocupação an tes de se r f o tóg ra f a ; há uma preocupação an te r i o r como c idadã . Enquan to pessoa , es tes temas impo r t am -me mui to , po r t an to acabam po r se r exp ressados inev i t ave lmen te na Fo tog ra f i a , que é uma ex tensão de mim . [ INFOTO ] - Como ana l i s a a a r t e f o tog rá f i ca em Po r tuga l ? [MAG ] - O que posso d i ze r é que t emos r e f e rênc i a s em Po r tuga l de mu i t í s s ima qua l idade . São r e f e rênc i a s pa ra mim , i nc lus i ve . [ INFOTO ] - Há t emas pre fe r idos pa ra o seu "o lha r "? Se s im , qua i s se r i am? [MAG ] - Gos to de procu ra r Be leza em s í t i o s i nus i t ados , marg ina i s (mino r i a s , grupos exc lu ídos , t emas seg regados , e tc ) , d i f í ce i s . [ INFOTO ] - Pe rcebe a lguma d i f i cu ldade em desenvo l ve r seu t r aba lho po r se r mulhe r? A lguma ques tão de gêne ro? [MAG ] - Nunca sen t i nenhuma d i f i cu ldade nem d i f e rença de géne ro nes te campo , f e l i zmen te . S in to que t a l t ambém não é po tenc i ado pe los meus pa res . A Fo tog ra f i a é f e i t a po r pessoas , não po r homens ou mulhe res . [ INFOTO ] - V imos vá r i a s f o tos em que a f o tóg ra f a é a f o tog ra f ada . Como é es ta r do ou t ro l ado da câmera? 39 INFOTO [MAG ] - Já passe i po r vá r i a s expe r i ênc i a s desse t i po , desde fo tog ra f i a ao v ídeo , e nunca sen t i von tade de pe r segu i r t a l . Po r ago ra , o meu l uga r é a f a ze r Fo tog ra f i a a t r á s da câmara . E s in to -me comp le ta ass im . [ INFOTO ] - Atua lmen te t r aba lha num impo r t an te pro j e to . Pode f a l a r um pouco sob re e le? [MAG ] - O t r aba lho FAMÍL IA documen ta f am í l i a s LGBTQI+ r e s iden tes em Po r tuga l . São r e t r a tos no i n t e r i o r das casas des tas f am í l i a s , de no r te a su l do pa í s . Tem s ido gra t i f i can te e mui to f o r t e cons t ru i r e s te t r aba lho po rque so l i d i f i ca o f ac to de t odas as f am í l i a s “ se rem igua i s ” naqu i l o que r ea lmen te impo r t a , nos seus a l i ce rces : educa r uma c r i ança , amar quem t emos ao l ado , são acções que não obedecem à i den t idade de géne ro ou à o r i en tação sexua l . Po r t an to , t odas as f am í l i a s , t odas as t i po log i a s de f am í l i a s , são vá l i das e capazes . [ INFOTO ] - Tem sen t ido a lguma d i f i cu ldade pa ra desenvo l ve r seu ma i s a tua l pro j e to? [MAG ] - Até ago ra , nenhuma d i f i cu ldade . Pe lo con t r á r i o . Sou mui to bem r eceb ida e aco lh ida . Es tou gra ta . [ INFOTO ] - Mag Rodr igues po r Mag Rodr igues . [MAG ] - A Mag ( f i que i uns be los minu tos a pensa r o que r e sponde r ) é uma pessoa l i v r e , com o dese jo e c rença de que amanhã pode e se rá sempre melho r . : ) Pa ra conhece r um pouco mai s do seu t r aba lho : h t tps : / / i n s t ag ram .com /magrod r igues 40 INFOTO https://instagram.com/magrodrigues F O T Ó G R A F O F E R N A N D O T A L A S K Pa rece pa radoxa l , mas quando o assun to e f o tog ra f i a a pe l í cu l a fo tog rá f i ca ganhou um l uga r de des taque nos comen tá r i o s , de t a l modo que grãos , r eve l ado res vo l t a r am a pau ta dos deba tes mai s e l abo rados ganhando a té des taque sob re os megap i xe l s , e o que tenho obse rvado que mai s me a leg ra , é a j u ven tude dos pa r t i c ipan tes , t r a zendo pa ra o nosso amb ien te o f r e sco r da renovação , a f i na l mui tos de les não v i r am f o tog ra f i a s passando nas v i t r i nes que ab r igavam min i l abs t ao comuns nos anos 90 . 41 INFOTO Vida longa para o f i lme fotográf ico Con fesso que sen t i uma es t r anheza em t en ta r r ac iona l i z a r em qua l se r i a o encan to em p leno sécu lo 21 , pr inc ipa lmen te nas d i f i cu ldades de se f o tog ra f a r com f i lmes . Imag ina a vo l t a das ince r t e zas de como a f o to sa i r i a , espe ra r r eve l a r . . . se ra que va i f i ca r boa? . . . eu dev ido a t an ta ans i edade que provocava essa espe ra , não conse rvo nenhuma saudade . Po rém aos poucos , f u i compreendendo a mag ia e o encan to dos jovens pe la imagem a base dos c r i s t a i s de pra ta . Em um mundo rodeado de imagens , d i r i a a té so te r r ado po r e l a s , ousa r em produz i r uma imagem que o imed ia t i smo f i c a de f o r a do processo é l ouváve l , e que pensa r em i l um ina r e expo r o f i lme , co i sa que j á não f a zemos há anos são pa r t e da a t r ação que f a z com que o mundo ana lóg i co a t r a i a cada vez mai s púb l i co , pe lo s imp les f a to de se r mai s d i f í c i l e ex ig i r um ap rend i zado mai s r i go roso . Em compensação a recompensa vem na f o rma de f o tog ra f i a s mui to mai s e l abo radas sem os mi lhões de f i l t r o s que f o rmam a imagem d ig i t a l que produzem uma r ea l i dade mai s pas teu r i z ada , d i f e ren te do mundo mai s v i sua lmen te pe r sona l i z ado que se f o rma no escu rec imen to da pra ta . 42 INFOTO A próp r i a l im i t ação de poses no f i lme que deve r i a se r um f a to r de p re te r i r a sua esco lha , na ve rdade es t imu la o uso consc i en te de cada expos i ção , A f ina l o f i lme cus ta ca ro e não dá pa ra de le t a r se a fo to sa iu t r em ida ou f o r a de f oco , e a i começa mai s um emba te quando pe rcebemos que as poss ib l i dades quase i n f i n i t a s que o d ig i t a l ap resen ta que deve r i a se r uma a t r ação i r r e s i s t í ve l , na fo tog ra f i a ana lóg i ca com suas l im i t ações se t o rna mai s a t r aen te ,po rque as l im i t ações são compensadas pe la c r i a t i v idade quase in f i n i t a dos f o tóg ra fos , A lguém j á ouv iu que seusa ca fé pa ra se reve l a r um f i lme ? . Pense i em esc reve r esse a r t i go como uma comp lemen tação do ú l t imo , quando f i z a suges tão que pa ra ex i s t i r uma f o tog ra f i a a mesma deve r i a se r imp ressa , o r e s su rg imen to da pra ta dos f i lmes e pape i s f o tog rá f i cos , co r robo ra com essa t eo r i a i ndo um pouco mai s a f r en te , pa ra ex i s t i r a f o tog ra f i a t em que t e r r e l evânc i a , A f ina l de que va lem cen tenas de mi lha res de imagens a rmazenadas se nenhuma de las consegue con ta r uma es tó r i a ou ao menos merece r se r admi rada po r mai s de 5 segundos . O f i lme t em a judado a ap r imo ra r o o lha r c r í t i co sepa rando c l a r amen te o mundo d ig i t a l que tudo obse rva , da imagem ana lóg i ca que d i z t udo . O leitor Escreve Anúncios e Classificados Esta página esta a disposição dos nossos leitores para que se comuniquem conosco ou deem suas sugestões de matérias para as próximas edições. 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