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Revista INFOTO 2

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R E V I S T A B I - M E N S A L D E F O T O G R A F I A E V Í D E O 
N O V E M B R O / D E Z E M B R O
d e 2 0 2 1 - N º 2 A N O I
Fotógrafa Internacional
demostra a sua criatividade e
sensibilidade, para registrar
esse grande momento. 
FOTOGRAFIA DE PARTO 
ALÊ CRISÓSTOMO 
2 INFOTO
Prezados Fotógrafos Amigos, 
Essa é a nossa Revista INFOTO nº2. Cheia de informações valiosas,
misturadas com emoções de verdadeiros amantes da arte fotográfica,
sejam Amadores ou Profissionais.
Richard Avedon, americano, (1923-2004) foi um fotógrafo de moda,
além de um verdadeiro amante da fotografia.
Certa vez, em uma entrevista disse, "...e se um dia passa sem que eu
faça algo relacionado com a fotografia é como se eu tivesse
negligenciado algo essencial para a minha existência, como se eu
tivesse esquecido de acordar. Sei que o acidente de ser um fotógrafo
amador tornou a minha vida possível."
E assim é o espirito da nossa revista e de todos os seus colaboradores,
e envolvidos na área administrativa.
 
Nesse número contamos com participação dos Fotógrafos
especialistas Alê Crisostomo, Davy Alexandrisky, Fernando Talask,
Hermínio Lopes, Luis Moras, Margarida Moutinho e Ináh Garritano,
Thaiane Nunes, Wander Rocha, e Renato Nabuco Fontes.
 
 Espero que gostem. 
 
F O T O D A C A P A
 A U T O R A 
A L E C R I S Ó S T O M O
A N T O N I O A L B E R T O M E L L O S I M Ã O
D I R E T O R E E D I T O R
E X P E D I E N T E
A R E V I S T A I N F O T O N Ã O S E
R E S P O S A B I L I Z A P E L O C O N T E Ú D O D O S
A N Ú N C I O S E C L A S S I F I C A D O S D E
T E R C E I R O S , E N E M P O R F O T O G R A F I A S
I N S E R I D A S N O S A R T I G O S D E N O S S O S
C O L U N I S T A S 
A T E N Ç Ã O
3 INFOTO
R e v i s t a B i m e n s a l d e F o t o g r a f i a e V í d e o
G R U P O F O T Ó G R A F O S A M I G O S
NOVEMBRO /DEZEMBRO
 2021 -N º2 ANOI
CNPJ : 21 .030 .750 /0001 -86
E q u i p e d e R e d a ç ã o
I b i c i F . da S i l va
M iche l l e S i l ve i r a S imão Fon tes
D e s i g n e r
Marce l a de Ol i ve i r a Bap t i s t a 
S e c r e t a r i a 
Auc i l and i a Azevedo Sa l v i ano 
Dan ie l e Nunes de Azevedo
Marc i a E l i z abe th S i l ve i r a S imão
A s s e s s o r i a J u r í d i c a 
Rodo l fo S i l ve i r a S Imão
D e p a r t a m e n t o C o m e r c i a l e R e l a ç õ e s P u b l i c a s
I b i c i F . da S i l va
N o s s o E - m a i l
con ta to . f o tog ra fosam igos@gma i l . com
N o s s a s R e d e s S o c i a i s
f acebook . com / f o tog ra fosam igos
ins t ag ram .com / f o tog ra fos_am igos
wha t sapp . com / 21 - 98392 -6661
R E V I S T A B I - M E N S A L D E F O T O G R A F I A E V Í D E O 
N O V E M B R O / D E Z E M B R O
d e 2 0 2 1 - N º 2 A N O I
Fotógrafa Internacional
demostra a sua criatividade e
sensibilidade, para registrar
esse grande momento. 
FOTOGRAFIA DE PARTO 
ALÊ CRISÓSTOMO 
Sumário05
GALERIA DOS LEITORES
Nossos leitores compartilham conosco, alguns de seus trabalhos
06
ACREDITAR SEMPRE!
FOTÓGRAFO WANDER ROCHA
A fotografia sempre foi muito
presente em minha vida. 
12
FOTOGRAFIA DE EVENTOS
FOTÓGRAFO LEO MANO 
A experiência desse consagrado
fotógrafo, e suas dicas para os
iniciantes.
23
OLHA O PASSARINHO! -
FOTÓGRAFO DAVY ALEXANDRISKY
Através de experiência pessoal,
demonstra a evolução de status da 
profissão de Fotógrafo.
25
MINHA EXPERIENCIA COM A
FOTOGRAFIA NA NATUREZA -
FOTÓGRAFO HERMÍNIO LOPES
Conheça um pouco da história
desse eterno amante da fotografia
de natureza e seus elementos. 
27
VOCÊ SABE A IMPORTÂNCIA DAS
CORES PARA A SUA FOTOGRAFIA?-
FOTÓGRAFA THAIANE NUNES
Entenda como usar o Círculo
Cromático e deixar suas imagens
muito mais atraentes. 
38
FAMÍLIAS ARCO-ÍRIS - FOTÓGRAFAS
INÁH GARRITANO & MARGARIDA
MOUTINHO 
Entrevista com a fotógrafa
portuguesa Mag Rodrigues
48
COLABORADORES
Empresas que contribuirão com a
nossa revista.
10
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA -
FOTÓGRAFO HERMINIO LOPES
Conheça um pouco do trabalho
documental desse grande
fotógrafo.
20
FOTOGRAFIA DE PARTO -
FOTÓGRAFA ALÊ CRISÓSTOMO 
Fotógrafa Internacional demostra
a sua criatividade e sensibilidade,
para registrar a fotografia de
parto. 
32
YOUR SELF - FOTÓGRAFO RENATO
NABUCO FONTES
Como se tornar um profissional
melhor e de alta performance.
41
V I D A L O N G A P A R A O F I L M E
F O T O G R Á F I C O F O T Ó G R A F O - 
FOTÓGRAFO FERNANDO TALASK
O crescimento da procura pela
fotografia analógica.
33
F O T O G R A F I A D E M O D A - 
FOTÓGRAFO LUIS MORAS
Nos ensina como fotografar 
 LOOKBOOK.
(21) 98392-6661
contato.fotografosamigos@gmail.com
FALE CONOSCO
4 INFOTO
A N Ú N C I O S E
C L A S S I F I C A D O S
Este espaço esta reservado para
você, Membro do nosso Grupo
Fotógrafos Amigos, colocar
equipamentos e acessórios à
venda ou anunciar o seu serviço,
gratuitamente.
F O T O G R A F I A D E - S E R G I O M A C I E L
Galeria dos Leitores
F O T Ó G R A F O - I B I C I S I L V A
E n v i e i a s u a f o t o g r a f i a p a r a s e r p u b l i c a d a n o p r ó x i m o n ú m e r o d a n o s s a r e v i s t a .
E - m a i l - c o n t a t o . f o t o g r a f o s a m i g o s @ g m a i l . c o m
5 INFOTO
F O T Ó G R A F O - S E R G I O M A C I E L
F O T Ó G R A F A - E L I S A C R I S T I N A C E S A R
F O T Ó G R A F O - C E S A R F E R R A R O
F O T Ó G R A F O - A L E X A N D R E N I C O L A U
F O T Ó G R A F O - B E B E T O D ' E L - R E I
Acreditar 
sempre!
F O T Ó G R A F O W A N D E R R O C H A
A f o tog ra f i a sempre f o i mui to presen te em minha v ida e , c re io eu ,
a lgo r ea lmen te o r iundo de ou t r a s v idas . De uma f am í l i a de c l a s se
méd ia ba i xa da zona no r te do R io de Jane i ro , meu acesso a esse
t ipo de a r t e e ra quase nu lo , exce to po r um t i o que possu í a uma
Yash i ca J (ho je em meu ace rvo ) e que f o i r e sponsáve l pe la s pa rcas
imagens que t i ve de minha i n f ânc i a e j u ven tude . Minha r ea l
ap rox imação com a f o tog ra f i a se dava po r con ta de minha saudosa
avó mate rna e madr inha , Lu i za , que me l e vava , a inda bebê , pa ra
f a ze r as f amosas f o tos nos pa rques púb l i cos com os f an tá s t i cos
l ambe - l ambes . De l á sa í amos f e l i z e s e o rgu lhosos com nossos
monócu los co lo r idos . Minha avó mesmo sem sabe r o po rquê , amava
fo tog ra f i a e v i veu , a té seus ú l t imos d ias , com á lbuns de r e t r a tos
den t ro de sua bo l sa pa ra mos t r a r a t odos as f o tos de seus ado rados
ne t i nhos . Poe t i camen te pensando , t a l vez se j a da í meu DNA pa ra
t amanho amor que t enho pe la f o tog ra f i a .
6 INFOTO
Lá pe los i dos de 1987 , dev ido
à grande f a sc inação que t i nha
pe la s câmeras , minha mãe me
presen teou com uma Kodak
S ta r 275 , 35mm de p lás t i co .
P ron to , a l i se i n i c i ava um
grande caso de amor que ,
en t r e i das e v indas , cons t ru iu
m inha base pa ra o f o tóg ra fo
que sou ho je .Du ran te
ap rox imadamen te 30 anos de
minha v ida , t r aba lhe i como
consu l to r de T I em méd ias e
g randes co rpo rações . 
A f o tog ra f i a sempre es teve a l i
ao meu l ado me t r a zendo
a len to e a r t e nos pe r í odos
onde o s t r e s s da v ida
co rpo ra t i va chegava ao
insupo r t áve l .
Em 2010 compre i minha
p r ime i r a câmera DSLR , uma
N ikon D3100 que possuo e
uso a té ho je . Essa duran te
mu i to t empo pe rmaneceu
den t ro dos a rmá r io s sa indo
somen tepa ra t r aba lha r , e
mu i to , nas v i agens de f é r i a s .
Mas a des i l u são com a v ida
co rpo ra t i va aumen tava ano a
ano . Em 2013 , duran te as
inúmeras c r i se s ex i s t enc i a i s ,
dev ido ao menc ionado
an te r i o rmen te , r e so l v i ba te r
um “papo r e to ” com minha
câmera . T i r e i e l a da ca i xa e
fa l e i : -Vou t e usa r mui to de
ago ra ad ian te . E e l a , de ba te
p ron to , me r e spondeu : -Use -
me e Abuse -me .
Desse d ia em d ian te comece i a
resp i r a r f o tog ra f i a t odos os
d ia s . Me envo l v i com o meio ,
me capac i t e i ma i s , l i e v i mui t a
co i sa r e l ac ionada com o t ema
e , o ma i s impo r t an te ,
ACRED ITE I mui to em mim e no
meu t r aba lho . Cla ro que nada
acon tece do d ia pa ra a no i t e e
mu i t a poe i r a comi duran te
esse cam inha r a té os d ias de
ho je . Mas semee i e seme io
mu i to . Ho je , t enho co lh ido
a lgumas r ecompensas dessas
semeadu ras . Ten to r eg ra r meu
caminho com hones t idade ,
humi ldade e pa rce r i a s . Não é
fác i l em um mundo que g i r a
em t o rno do v i r t ua l e onde a
espe tacu l a r i z ação da v ida é
uma cons tan te .
Mas a gen te va i t en tando e
c re io que s igo em um bom
caminho .
Po i s bem, f i z essa breve
in t rodução pa ra que t odos que
não conhecem possam
conhece r um pouqu inho de
minha h i s tó r i a e como chegue i
a té aqu i . 
É , meus am igos , esse f i na l de
semana pro longado f o i mui to
espec i a l em r econhec imen to à
m inha f o tog ra f i a . No domingo
fo i anunc i ado o r e su l t ado do
Concu r so Minha Te r r a Tem,
o rgan i zado pe lo i ncansáve l
Ma r i l t on Trabuco , do Clube de
Ar te Fo tog rá f i ca Camaça r i , e
ne le l og re i o pr ime i ro l uga r
com a f o to 
7 INFOTO
Paz no Açú , de 2016 , em um ce r t ame che io de grandes nomes de
nossa f o tog ra f i a . É a leg r i a e sa t i s f ação que se esc reve?? Po i s bem.
Já na segunda - f e i r a , f e r i ado nac iona l , f o i o d ia de sabe r r e su l t ado
do Pho to Natu re I n t e rnac iona l , o rgan i zado pe lo i gua lmen te
gue r re i r o Pau lo Gue r r a , d i r e to r da Assoc i ação Jauense de Ar te e
Cu l tu ra . 
Um concu r so i n t e rnac iona l com pa t ronagem das pr inc ipa i s
en t idades da f o tog ra f i a nac iona l e es t r ange i r a s : CONFOTO , I AAP ,
PSA e F IAP . 
Logo cedo f u i i n fo rmado que 2 das 12 imagens env i adas t i nham
s ido ace i t a s no concu r so . Pense i comigo , o sa r r a fo es tá mui to a l to .
E r am 623 au to res , 6704 f o tos , d iv id idas em 3 ca tego r i a s e 64
pa í ses . Vá r i o s grandes f o tóg ra fos do Bras i l e do mundo es tavam a l i .
Uma ve rdade i r a To r re de Babe l f o tog rá f i ca .
À no i t e , f o i i n i c i ada a l i v e pa ra
ap resen ta r os 120 f o tóg ra fos
p rem iados nes te ce r t ame : 27
t rê s pr ime i ros l uga res
ag rac i ados po r meda lhas e
ap rox imadamen te 93 menções
hon rosas d iv id idas en t re as t r ê s
en t idades menc ionadas ac ima . 
A cada f o to que su rg i a , o
encan tamen to e ra grande :
pa i sagens l i ndas , f o tos de r ua e
de cunho soc i a l dramá t i cas ,
v ida an ima l nua e c rua , l i ndas
mac ros , r e t r a tos , e tn i a s , e tc . Do
to ta l , os bras i l e i r o s r ecebe ram
15 prem iações .
8 INFOTO
Ex tas i ado com t an ta be leza , na
penú l t ima f o to , br i l han temen te
ap resen tada pe lo Pau lo , e i s que
su rge meu que r ido guanaco
pas tando t r anqu i l amen te aos
pés dos Cue rnos de l Pa ine , no
Ch i l e . Fo i t i po um choque . Uma
desca rga de ad rena l i na
pe rco r r eu t odo meu co rpo e
me io a to rdoado ag radec i ao
Pau lo e aos j u r ados po r t e r em
me propo rc ionado t amanha
a leg r i a . A lguns am igos que r idos
me pa raben i za ram , ou t ros se
ca l a r am . O co ração es tava em
fes t a . Es tava f e l i z . Sempre
pau te i minha ca r r e i r a em
concu r sos den t ro do nosso
p róp r i o pa í s e ne le ob t i ve
mu i tos êx i t o s .
Ce r t ames es t r ange i ros na
g rande ma io r i a , são ca ros pa ra
o meu bo l so . O Pho to Natu re
In te rnac iona l t eve um preço
acess í ve l e sempre con f i e i
mu i to na o rgan i zação e na
se r i edade do Pau lo , um bom
amigo que t em me i ncen t i vado
mu i to a "pu la r o muro " pa ra
d i spu tas a lém mar . 
Agora a I AAP R ibbon (menção
hon rosa dessa en t idade ) j á
e s t ava i nco rpo rada a minha
h i s tó r i a . E aque le men ino , sem
mu i tos r ecu r sos , da Zona Nor te
do R io de Jane i ro , que um d ia
sonhou se r f o tóg ra fo , es tava a l i
no meio de a r t i s t a s ch ineses ,
ru s sos , v i e tnam i t a s , i ng l e ses ,
i nd i anos , amer i canos , bósn ios ,
húnga ros , e tc . 
Agradeço sempre de co ração a t odos am igos que t o r cem e sempre
emanam boas ene rg i a s pa ra mim e pa ra com meu t r aba lho . 
No f i na l a inda sabo ree i a ce re j a do bo lo : f i que i com a 12 ª co locação
en t re os melho res au to res bras i l e i r o s no soma tó r i o de minhas 2
imagens ace i t a s . Um v i va à f o tog ra f i a ! E como sempre exp lano ,
ac red i t em sempre , po i s o NÃO j á t emos !
Ag radeço sempre de co ração a t odos am igos que t o r cem e sempre
emanam boas ene rg i a s pa ra mim e pa ra com meu t r aba lho . 
No f i na l a inda sabo ree i a ce re j a do bo lo : f i que i com a 12 ª co locação
en t re os melho res au to res bras i l e i r o s no soma tó r i o de minhas 2
imagens ace i t a s . Um v i va à f o tog ra f i a ! E como sempre exp lano ,
ac red i t em sempre , po i s o NÃO j á t emos !
P rem io Receb ido no Concu r so do Grupo Fo tóg ra fos Amigos 
9 INFOTO
E X P O S I Ç Ã O I N D I V I D U A L D O 
F O T Ó G R A F O H E R M I N I O L O P E S 
Nasc ido na c idade do Po r to em Po r tuga l , Res ide em Mar i cá - RJ
Ado ra f o tog ra f a r a na tu reza e seus e lemen tos , Água , Fogo , Te r r a e
A r , e f a ze r t r i l has em l oca i s púb l i cos . A lém d i s so , f a z a lgumas
c r i ações em seu es túd io case i ro , e é espec i a l i z ado em ensa ios ,
f e s t a s i n f an t i s , even tos de r ua e r e t r a tos , i n i c i ou na f o tog ra f i a mui to
cedo , aos 17 anos , com uma s imp les câmera popu la r KODAK
INSTAMAT IC 110 , com qua l f o tog ra fou mui to em v i agens a t r aba lho
no Bras i l , e no ex te r i o r , no ano de 2011 , começou seus t r aba lhos
fo tog rá f i cos e es ta a tuando a té o momento , Herm ín io Lopes é
co labo rado r da Rev i s t a INFOTO desde o seu pr ime i ro número . 
10 INFOTO
11 INFOTO
FOTOGRAFIA
DE EVENTOS
F O T Ó G R A F O L E O M A N O
Pa ra começa r , que ro r eg i s t r a r a eno rme a leg r i a e a hon ra de t e r s ido
conv idado pa ra co l abo ra r na INFOTO e f i gu ra r ao l ado de ou t ros
t an tos t a l en tos da f o tog ra f i a .
Pensando nessa r e sponsab i l i dade , r e so l v i esc reve r sob re o que
ma i s en tendo e cons ide ro minha espec i a l i dade na f o tog ra f i a : a
cobe r tu ra f o tog rá f i ca de even tos .
Vou f a l a r um pouco da minha t r a j e tó r i a pensando naqueles que
ta l vez que i r am t ambém se i n i c i a r pro f i s s i ona lmen te nessa
moda l idade . Ten ta re i da r a lgumas d icas e des taca r o que cons ide ro
impo r t an te .
Con tudo , devo adve r t i r que eu mesmo j á ass i s t i dezenas de
pa les t r a s de vá r i o s f o tóg ra fos que desc reve ram suas próp r i a s
t r a j e tó r i a s . Jama i s ouv i duas h i s tó r i a s i gua i s , ou se j a , não ex i s t e
" r ece i t a de bo lo " pa ra da r ce r to na f o tog ra f i a . Cada um acaba rá
descob r indo seu próp r i o cam inho .
Já começo d i zendo que não me cons ide ro um a r t i s t a . Comece i
p ro f i s s i ona lmen te na f o tog ra f i a em 2011 (depo i s de t r aba lha r po r
30 anos numa mesma i ndús t r i a de i n fo rmá t i ca ) . Eu que r i a uma nova
fon te de r enda sem ab r i r mão de t r aba lha r em a lgo que me desse
p raze r (como f o r am nas décadas em que prog rame i computado res ,
p ro j e te i , desenvo l v i e imp lan te i s i s t emas de au tomação ) .
Pa r a da r i n í c i o à minha nova empre i t ada , j á em 2010 eu me
mat r i cu l e i num cu r so de f o tog ra f i a que , na época , e ra r e f e rênc i a
pa ra quem que r i a se pro f i s s i ona l i z a r no R io de Jane i ro .
. . . e aqu i va i a pr ime i r a d ica : Façam um cu r so presenc i a l . A lém de
ganha r t empo , você i n i c i a a l i a lgo que é f undamen ta l pa ra
qua lque r ca r r e i r a . O ne two rk .
P ro fe s so res e a lunos se rão seus pr ime i ros apo iado res pa ra vence r
os obs tácu los que v i r ão .
12 INFOTO
São t an ta s i nce r t e zas pa ra o
in i c i an te , t an ta s preocupações
e i n segu rança , que acaba
sendo imposs í ve l se concen t r a r
no t r aba lho que t em de se r
f e i t o . O t r aba lho acaba não
rendendo o quan to pode r i a .
Jus t amen te o medo , provoca o
que se ma i s t eme .
Con tudo , se você f a z um cu r so
onde há ou t ros a lunos com os
mesmos ob je t i vos que você ,
tudo f i c a ma i s f ác i l .
O t r uque é s imp les : Quando eu
vend ia uma cobe r tu ra
fo tog rá f i ca , eu ped ia
au to r i z ação pra l e va r um
"a luno " pa ra t r e i namen to (não
e ra ment i r a . . . eu só omi t i a que
não e ra eu o pro fes so r ) . O
c l i en te sempre conco rdava e
i s so e ra pos i t i vo pa ra t odos .
O pr ime i ro e ma i s pode roso
obs tácu lo do f o tóg ra fo de
even tos é o medo . Quem es tá
começando não t em cond ições
de monta r uma equ ipe . Mui t a s
vezes e le va i começa r soz inho
e sem equ ipamen to r e se r va . 
O peso da r e sponsab i l i dade de
faze r j u z ao pagamen to é
demas i ado pa ra mui tos que
acabam pro te l ando
inde f i n idamen te ou a té
des i s t i ndo de começa r . 
E se as f o tos f i c a rem r u in s? E
se as p i l has desca r r ega rem? 
E se o equ ipamen to p i f a r ?
En tão , eu chamava um co lega
de cu r so pra i r comigo .
O co lega f i c ava ag radec ido po r
pode r pra t i ca r num amb ien te
rea l e eu ganhava apo io mora l
(pe la s imp les presença de um
amigo ) e equ ipamen to r e se r va !
I s so me de i xava ma i s t r anqu i l o ,
f ac i l i t ando dema i s supe ra r
es sa f a se comp l i cada pra
qua lque r i n i c i an te .
Obv i amen te , meus co legas
f a z i am o mesmo me chamando
pa ra os even tos que e le s
vend iam . Essa r ec ip roc idade
nos de i xava segu ros e nos
pe rm i t i a pra t i ca r eno rmemen te .
O seu pro fes so r t ambém i r á l he
ab r i r po r t a s e opo r tun idades se
pe rcebe r seu i n t e re s se e
es fo rço duran te o cu r so . O
ne twork é f undamen ta l ao
longo da ca r r e i r a . Os
fo tóg ra fos não são
conco r ren tes , pe lo con t r á r i o ,
i nd i cam seus co legas quando
e les mesmos não podem f a ze r
um t r aba lho , t r ocam
expe r i ênc i a s e s ina l i z am
opo r tun idades . Mui to bem. . . j á
me dec id i pe la f o tog ra f i a de
even tos . Agora . . . quan to
cob ra r ?
E i s uma pe rgun ta que não t em
respos ta . P reço não é apenas
um número . P reço é uma
pequena peça den t ro de uma
es t r a t ég i a de vendas . Po r i s so ,
cada caso é um caso . 
13 INFOTO
Con fesso que comece i
cob rando bem ba ra to , me
pros t i t u indo a t r avés de s i t e s
do t i po "Grupon " que ho je não
ex i s t em ma i s . 
O s i t e vend ia produ tos e
se rv i ços com amp la d ivu lgação
e pub l i c idade em t r oca de uma
taxa do assoc i ado . Fo i uma
moda que passou mas que
a l avancou mui t a s
opo r tun idades pa ra quem
es tava começando . Se r i a a lgo
equ i va l en te ho je ao "Mercado
L i v re " , só que pa ra se r v i ços (e
não apenas produ tos ) . Esse
pe r í odo ge rou cen tenas de
vendas que não de ram l uc ro
mas me propo rc iona ram o
necessá r i o t r e i namen to
p rá t i co , a au tocon f i ança e o
inev i t áve l ape r f e i çoamen to
técn i co . 
S im . . . ho je t enho ve rgonha das
fo tos que f i z naque la f a se
in i c i a l . 
Mas , apesa r de (na época ) não
te r o senso c r í t i co t ão apu rado ,
pod ia pe rcebe r que as f o tos
não e ram t ão boas quan to as
de ou t ros f o tóg ra fos ma i s
expe r i en tes . 
Mas i s so não pode r i a me f a ze r
pa ra r (e nem pode rá pa ra r
você . Ninguém nasce
sabendo ) .
A s f o tos melho ra ram , os c l i en tes
passa ram a se l embra r de mim e a
me chamar pa ra novos t r aba lhos .
Eu es tava começando a f o rma r
m inha "ca r t e i r a de c l i en tes " .
A e tapa segu in te f o i e leva r o
pa tama r de preço . I s t o s ign i f i cou
pe rde r c l i en tes mas , po r ou t ro
l ado , r e f i nou minha c l i en te l a . Eu
não e ra ma i s chamado po r se r o
ma i s ba ra to mas po r t e r boas
fo tos , bom a tend imen to ,
pon tua l i dade e r e spe i t a r os
p razos de en t rega . Essas co i sas
pa recem bás i cas , mas se você as
p ra t i ca , es ta r á o fe recendo ma i s
do que 90% do mercado de f a to
en t r ega . Chegou a ho ra de
rea lmen te l uc r a r (v i ve r de
fo tog ra f i a ) . Pa ra i s so é prec i so
sub i r ma i s um deg rau : ag rega r
va lo r ao seu t r aba lho .
É mui to d i f í c i l l uc r a r sob re f o tos
e l e t rôn i cas . O ve rdade i ro ganho
vem dos produ tos v incu l ados à
cobe r tu ra f o tog rá f i ca . Á lbuns ,
pôs te res , quad ros . . . em d ive r sos
t amanhos e mate r i a i s são
fundamen ta i s pa ra ge ra r r enda .
Nes te pon to , a v i s i t a ao c l i en te é
mu i to impo r t an te . Te r o produ to
f í s i co nas mãos f a z t oda a
d i f e rença . Só ass im o c l i en te
pe rcebe o ve rdade i ro va lo r do
que você es tá o fe recendo . . . e o
p reço se t o rna um de ta lhe .
14 INFOTO
Po r es ta r a zão eu me empenho
em v i s i t a r os c l i en tes . O
manuse io , a t e x tu ra , o br i l ho , o
peso , as co res do produ to . . .
t udo i s so é impo r t an te pa ra o
c l i en te t e r a ve rdade i r a
d imensão do que você f a z . Não
é f ác i l vende r um á lbum
apenas mandando o rçamen tos
po r zap e ema i l . . . po r ma i s
be l a s que se j am as f o tos
i l u s t r a t i va s . Eu passe i a me
preocupa r com i s so quando
no te i que meus c l i en tes ,
apesa r de t e r em cond ições
f inance i r a s pa ra adqu i r i r
á lbuns , não es tavam
comprando .Quase t odas as
m inhas vendas se r e sum iam às
fo tos em f o rma to e le t rôn i co .
Dec id i , en tão , muda r esse
pano rama . Po r minha con ta e
r i s co , f i z um á lbum ca ro com as
fo tos de um an i ve r sá r i o . No d ia
ma rcado pa ra a en t rega das
fo tos daque le an i ve r sá r i o , f u i
pessoa lmen te en t rega r as f o tos
e l e ve i o á lbum j un to sem
av i sa r a c l i en te . F i z i s so com
mu i to medo po i s pode r i a
pa rece r que eu es tava
" f o r çando a ba r r a " (e es tava ) .
Eu es tava f a zendo a lgo que eu
mesmo não ap rec i ava nos
"vendedo res de enc i c lopéd ia " .
Mas se eu es tava na chuva , e ra
pa ra me molha r ! A c l i en te f i cou
impress ionada com o á lbum ,
ve rdade i r amen te f e l i z e , c l a ro ,
comprou imed ia t amen te .
Pe rceb i que eu não es tava a l i
vendendo uma "enc i c lopéd ia " .
Meu produ to , na ve rdade , é
mu i to ma i s pessoa l e t em o
pode r de muda r a mane i r a de
como as pessoas enxe rgam a s i
mesmas e suas f am í l i a s . O
preço se t o rnou um de ta lhe
fo rma l .
En tão , ou t r a d ica é t r aba lha r
com uma boa grá f i ca que t e
man tenha a tua l i z ado com as
nov idades do mercado e t e dê
toda a assesso r i a necessá r i a .
E s se r o te i r o desc r i t o em a lguns
pa rág ra fos , l e vou ce rca de 5
anos de mui t a pe r s i s t ênc i a e
t r aba lho . O ano de 2020 ,
con tudo , f o i mui to r u im e a
renda ze rou po r a lguns meses .
Em 2021 su rg iu uma nova
tendênc i a : An ive r sá r i o s onde
apenas o núc leo f am i l i a r
e s t ava presen te . I s so
t r ans fo rmou o even to em a lgo
pa rec ido com um ensa io . T ive
de me adap ta r mas acho que
consegu i bons r e su l t ados .
Quem sabe , o novo no rma l
conso l i da rá esse novo
fo rma to . . .
E s se r o te i r o desc r i t o em a lguns
pa rág ra fos , l e vou ce rca de 5
anos de mui t a pe r s i s t ênc i a e
t r aba lho . O ano de 2020 ,
con tudo , f o i mui to r u im e a
renda ze rou po r a lguns meses .
Em 2021 su rg iu uma nova
tendênc i a : An ive r sá r i o s onde
apenas o núc leo f am i l i a r
e s t ava presen te . 
15 INFOTO
I s so t r ans fo rmou o even to em a lgo pa rec ido com um ensa io . T ive de
me adap ta r mas acho que consegu i bons r e su l t ados . Quem sabe , o
novo no rma l conso l ida rá esse novo f o rma to . . .
O f a to de t e r me ded icado aos even tos e me cons ide ra r apenas um
técn i co na f o tog ra f i a , não me imped iu de a r r i s ca r a so r t e no meio
a r t í s t i co (e não imped i r á você t ambém ) . T ive a f e l i c idade de
pa r t i c ipa r em expos i ções f o tog rá f i cas e a té r ecebe r prêm ios
impo r t an tes em concu r sos , i nc lu indo a meda lha de ou ro no Bras í l i a
Pho to Show (2019 ) e d i s t i nções no grupo "Fo tóg ra fos Amigos "
(2021 ) . A lém das minhas a t i v idades pro f i s s i ona i s , t ambém cons igo
me ded ica r ao Grupo Co le t i vo Fo tog ra f i a Desa f i o10+ (no Facebook )
onde a judo como admin i s t r ado r , o rgan i zando concu r sos e
pub l i cando a lguns a r t i gos semana i s .
P r a f i na l i z a r , f a l a r e i um pouco sob re cada f o to que i l u s t r a es te t e x to
e que r ep resen tam uma pa r t e do meu t r aba lho na cobe r tu ra de
even tos . Espe ro que gos tem !
F o t o 1 : En t re as minhas f o tos es ta é , d i spa rada , a que a l cançou o
ma io r púb l i co . E la mos t r a a campeã bras i l e i r a de xad rez , Ju l i ana
Te rao , numa f i na l de Campeona to Bras i l e i r o (2019 -2020 ) . A f o to f o i
u sada pe la Ed i to ra Abr i l pa ra i l u s t r a r maté r i a sob re a j ogado ra (na
es te i r a do sucesso a l cançado pe la sé r i e "Gamb i to da Ra inha " da
Ne t f l i x em 2020 ) . A f o to apa rece em d ive r sos produ tos da ed i to r a ,
i nc lu indo as ve r sões imp ressa e e le t rôn i ca da Rev i s t a Ve ja .
Somando - se t odos os dema i s cana i s da ed i to r a e as r edes soc i a i s , a
fo to t eve uma v i sua l i z ação de 7 d íg i t o s .
16 INFOTO
F o t o 2 : Casamen to no Copacabana Pa lace (Sa lão B ib l i o t eca , 2018 ) .
Posso d i ze r que es te f o i o even to que me de i xou ma i s ne rvoso .
Nunca t i nha expe r imen tado t an ta ans i edade . Fo i um grande a l í v i o
quando deu t udo ce r to e a c l i en te f i cou f e l i z . Fo i t ambém um d iv i so r
de águas na med ida em que a c l i en te con t inuou me chamando pa ra
novos even tos e i nd i cando pa ra am igos .
F o t o 3 : P rog rama "Fazendo a Fes ta " (Cana l GNT , 2018 ) , ap resen tado
pe la Fe rnanda Rodr igues . Fo i uma expe r i ênc i a f an tá s t i ca obse rva r
como uma equ ipe de c inema f unc iona . Es t ru tu ra comp lexa , com
vá r i a s pessoas envo l v idas .
F o t o 4 : O show "Abraçaço " com Cae tano Ve loso marcou a
inaugu ração do Tea t ro Popu la r (Ni te ró i -RJ ) em 2013 . O en tão
d i r e to r do t ea t ro f o i meu pro fes so r de f o tog ra f i a e me chamou pa ra
se r o f o tóg ra fo do even to . Exemp lo de ne two rk .
17 INFOTO
F o t o 5 : B iena l do L i v ro , R ioCen t ro (2013 ) . Even tos co rpo ra t i vos vão
ex ig i r no ta f i s ca l de se r v i ço . Te r um CNPJ é imp resc ind í ve l pa ra t e r
acesso a esses c l i en tes sem depende r de t e r ce i ro s .
F o t o 6 : As f o rma tu ras , an i ve r sá r i o s , ba t i z ados e casamen tos são os
even tos ma i s comuns e f o rmam a base do f a tu ramen to mensa l .
F o t o 7 : Esba r r a r com ce leb r idades em even tos f am i l i a r e s é bas tan te
comum. Car lo s A lbe r to Pa r re i r a d i spu tou comigo os melho res
ângu los pa ra f o tog ra f a r sua ne t i nha an i ve r sa r i an te . Dono de uma
ó t ima câmera , e le me ped iu umas d icas de con f igu ração e eu ped i
conse lhos pa ra consegu i r f a ze r ma i s go l s .
18 INFOTO
F o t o 8 : O b o m h u m o r é i m p o r t a n t e . A t é u m b a t i z a d o p o d e c o n t e r
c e n a s e n g r a ç a d a s .
L e o M a n o
F o t ó g r a f o p r o f i s s i o n a l d e s d e 2 0 1 1 , c e r t i f i c a d o p e l o S E N A C - R J e
p e l a S o c i e d a d e F l u m i n e n s e d e F o t o g r a f i a . E s p e c i a l i z o u - s e e m
f o t o g r a f i a d e e v e n t o s . P a r t i c i p o u t a m b é m e m d i v e r s a s e x p o s i ç õ e s
c o l e t i v a s e c o n c u r s o s f o t o g r á f i c o s t e n d o c o n q u i s t a d o p r e m i a ç õ e s
q u e i n c l u e m a M e d a l h a d e O u r o n o B r a s í l i a P h o t o S h o w ( 2 0 1 9 ) .
C o m o a d m i n i s t r a d o r d o G r u p o d e F o t o g r a f i a D e s a f i o 1 0 + , r e c e b e u a
d i s t i n ç ã o " P o w e r A d m i n " o f e r e c i d a p o r i n i c i a t i v a d o F a c e b o o k e m
r e c o n h e c i m e n t o a o t r a b a l h o i n o v a d o r . .
19 INFOTO
FOTOGRAFIA
DE PARTO
F O T Ó G R A F A A L Ê C R I S Ó S T O M O
A f o tog ra f i a de pa r to t em s ido cada vez ma i s so l i c i t ada pe los
fu tu ros pa i s . Dos segu imen tos da f o tog ra f i a de f am í l i a , ac red i to que
se j a a que r eque r ma i s da nossa capac idade de nos co locarmos
“ i n v i s í ve i s ” no amb ien te r eg i s t r ado .
Um cen t ro c i rú rg i co não é um l oca l como ou t ro qua lque r . É um
espaço o qua l t emos de t e r o máx imo de r e spe i to , cu idado e bom
senso . Lá , t udo é es te r i l i z ado cu idadosamen te v i sando a saúde e
segu rança dos pac ien tes . A l i , não podemos t r ans i t a r l i v r emen te ,
nem usa r a r eg r i nha bás i ca de t odo f o tóg ra fo : “melho r ped i r
descu lpa que ped i r l i cença ” . Temos de ped i r l i cença s im . Es tamos
em um amb ien te em que pro f i s s i ona i s de saúde es tão cu idando de
v idas : a da mãe e o bebê .
20 INFOTO
M A T É R I A D A C A P A
O pa r to é um even to mui to í n t imo na v ida de uma mulhe r . Se j a e le o
na tu ra l , ou a cesá rea . É um momento de t o t a l f r ag i l i dade de t oda a
fam í l i a , pr inc ipa lmen te da mãe que l ogo da rá a l u z . O con ta to suave
e o mín imo de i n t e r f e rênc i a poss í ve l de equ ipamen tos , t o rna rá a
p resença do f o tóg ra fo quase que impe rcep t í ve l . 
É impo r t an te chega r cedo nos pa r tos agendados e cap ta r t oda a
ans i edade an tes do grande momento . Uma ho ra an tes do ho rá r i o
ma rcado , é o i dea l . Chegando à sa l a de c i ru rg i a , cumpr imen te a
equ ipe méd ica , se j a educado e esco lha um can t i nho pa ra f i c a r e a l i
f i que . Só sa i a se houve r au to r i z ação de a lguém da equ ipe . Esses
pequenos de ta lhes podem f a ze r com que os hosp i t a i s e méd icos
passem a t e r ma i s s impa t i a po r nós . Nos ve rão como co l abo rado res
de t odo o processo , o que mui t a s vezes não acon tece , po i s a lguns
fo tóg ra fos pe rdem a noção da r e sponsab i l i dade .
21 INFOTO
Nos pa r tos na tu ra i s ou
no rma i s . Não t emos a
van tagem de sabe r quando
acon tece rá , ass im , o
impor t an te é f i c a r de
sob reav i so . De i xa r o ce lu l a r
sempre do l ado , no agua rdo de
um av i so . Se poss í ve l , ped i r
pa ra que o obs te t r a av i se
quando o bebê j á es t i ve r em
fase expu l s i va de nasc imen to
e ass im , co r re r pa ra o l oca l o
ma i s r áp ido que pude r . é uma
co r re r i a ! ! E o pa r to na tu ra l não
tem ho ra pa ra começa r , nem
acaba r . Vá prepa rado e che io
de ene rg i a .
 E a d ica é a mesma . 
Ev i t e t r ans i t a r no l oca l , pa ra
que você não i n t e r rompa a
in t im idade e t oda a f i s i o l og i a
necessá r i a pa ra que o pa r to
oco r r a de modo saudáve l . Pa ra
a lgumas mulhe res , o c l i ca r da
sua câmera pode a t r a sa r t udo .
Pa ra ou t r a s , nada a t r apa lha o
ag i r da na tu reza .
Use a c r i a t i v idade e
sens ib i l i dade . O pa r to é um
momento l i ndo . Use suas
l en tes pa ra a cap tação do
grande mi l ag re da v ida . Se j a
in s t rumen to de l e veza e amor .
Se mantenha i n v i s í ve l .
 Não u s a r f l a s h em um pa r t o ;
 Op t a r po r l e n t e s c l a r a s ;
 En t r a r em con t a t o p r e v i amen t e com o ob s t e t r a e conve r s a r
c om e l a ou e l e , pa r a f a l a r do s eu t r a b a l h o e ge r a r con f i a n ç a ;
 Env i e a s f o t o s do pa r t o p r ime i r o pa r a o ob s t e t r a e depo i s pa r a
o s pa i s ;
 No l o c a l do pa r t o , nunca f a ç a nada s em au t o r i z a ç ão ;
 Em um c en t r o c i r ú r g i c o , t e n t e e s co l h e r um l o c a l f i x o ;
 Quando o bebê na s c e r , não de i x e de f a z e r a t r a d i c i o n a l f o t o
d a mãe com o bebê , e do pa i t ambém , s e e s t e e s t i v e r p r e s en t e ;
 Se po s s í v e l , f a ç a a f o t o do pa i ou a companhan t e
ap r e s en t a ndo o bebê à f am í l i a . Semp r e há mu i t a emoção ne s s a
ho r a .
DICAS:
22 INFOTO
OLHA O
PASSARINHO!
 F O T Ó G R A F O D A V Y A L E X A N D R I S K Y
Em um dado t empo , que eu
não cons igo i den t i f i c a r
p rec i samen te , a exp ressão
re t r a to passa a soa r como um
te rmo ve lho /u l t r apassado .
V i r amos f o tóg ra fos e os
re t r a tos v i r a r am f o tog ra f i a s .
Ma i s prec i samen te : f o tos !
Aos poucos a exp ressão
re t r a t i s t a f o i se t o rnando
pe jo ra t i va , quase um deboche ,
com uma ce r t a cono tação
p reconce i tuosa .
Ce r t amen te os es tud iosos da
h i s tó r i a da f o tog ra f i a devem
te r uma a lguma exp l i cação
acadêmica ma i s f o rma l pa ra
exp l i ca r esse processo de
t r ans fo rmação semân t i ca . Eu
t r ago aqu i apenas a minha
expe r i ênc i a de o rdem pessoa l ,
no sécu lo passado , de quem
passou a se i n t e re s sa r ma i s
in tensamen te pe la f o tog ra f i a
em 1967 e j á em ma io de 68 se
to rnava f o tóg ra fo pro f i s s i ona l .
E os ma i s ve lhos da minha
fam í l i a não d i s f a r çavam uma
pro funda preocupação pe lo
f a to de eu t e r des i s t i do de
en t r a r pa ra a Facu ldade pa ra
“v i r a r r e t r a t i s t a ” .
Va l e des taca r , pr inc ipa lmen te
pa ra os ma i s novos , que os
te rmos r e t r a t i s t a e r e t r a to não
es tavam l im i t ados às
fo tog ra f i a s com des taque pa ra
enquad ramen to do r o s to do
fo tog ra f ado . Pod ia se r um
re t r a to de uma pa i sagem , ou
de um ca r ro , ou uma f l o r . . .
Ho j e usamos a pa lav ra r e t r a to
ma i s espec i f i camen te pa ra
fo to de uma pessoa .
Pe rcebam que esse próp r i o
tex to segue mis tu rando ,
i n tenc iona lmen te , as
exp ressões f o to , r e t r a to e
fo tog ra f i a de uma f o rma um
tan to a lea tó r i a .
Mas a despe i to dessa ques tão
de t e rm ino log i a , f o tog ra f a r ou
re t r a t a r uma pessoa con t inua
sendo um desa f i o que
u l t r apassa mui to o domín io da
técn i ca f o tog rá f i ca .
Desde t empos r emo tos em que
se ac red i t ava que um r e t r a to
pode r i a r ouba r a a lma do
fo tog ra f ado (a lgumas cu l tu ra s
a inda mantêm essa c rença ) ,
a t é os d ias a tua i s com a
ex t r ao rd iná r i a d i spon ib i l i dade
23 INFOTO
t ecno lóg i ca pa ra produção de
fo tos a pa r t i r das câmeras dos
te l e fones ce lu l a re s , o r e t r a to
con t i nua t endo um des taque
espec i a l no imag iná r i o
co le t i vo . Um r e t r a to i den t i f i c a ,
empode ra , emoc iona , r eve l a ,
seduz , ap rox ima . . . Mas pa ra
i s so ex ige a lgumas
p recond ições as qua i s os
fo tóg ra fos / r e t r a t i s t a s devem
se submete r com d i sc ip l i na
ma rc i a l e com r i t ua l í s t i ca
reve rênc i a r e l i g i o sa ao
“mode lo ” . Mesmo admi t i ndo
um even tua l exage ro r e tó r i co
no pa rág ra fo an te r i o r , i n s i s to
naque la s precond ições pa ra
pode r subve r t e r a l óg i ca que
p res ide o exe rc í c i o
fo tog rá f i co , que f a z da câmera
do f o tóg ra fo ex tensão dos
seus o lhos , pa ra t r ans fo rmá - l a
num espe lho pa ra o r e t r a t ado .
O f o tóg ra fo só a l cança a
inv i s ib i l i dade pa ra pe rm i t i r
que a pessoa se mos t re pa ra
as suas l en tes como se mos t r a
d i an te do espe lho ,
conqu i s t ando a sua t o t a l
con f i ança ,
O que pode ex ig i r um t empo
que nem sempre ex i s t e ,
impondo a l t e rna t i vas que
p rec i sam se r descobe r t a s
du ran teo processo de cap tu ra
de uma ve rdade imagé t i ca .
Sem r ece i t a s de bo lo , com as
med idas ce r t a s dos
respec t i vos i ng red ien tes pa ra
se rem mis tu rados .
M inha r ecomendação pr ime i r a
é que a câmera f o tog rá f i ca
se j a mera coad juvan te e a
ú l t ima a en t r a r em cena . An tes
de usá - l a pa ra o r eg i s t ro da
imagem, f o tog ra fe com a f a l a ,
o o lha r e ou t ros ges tos
ca t i van tes , a té que não se
sa iba ma i s que é o r e t r a t i s t a e
o r e t r a t ado , na cena .
Obv i amen te que esse es tado
de esp í r i t o va r i a de pessoa
pa ra pessoa e de s i t uação pa ra
s i t uação . Mas essa va r i ação é
apenas f í s i ca , po rque a
essênc i a da r e l ação que
p rec i sa se r es tabe lec ida pa ra
se “ t i r a r um r e t r a to ” é sempre
d i f e ren te da r e l ação pa ra se
“ba te r uma f o to ” .
24 INFOTO
Olá pessoa l , meu nome é Herm in io Lopes , sou f o tóg ra fo há ma i s de
10 anos e vou f a l a r um pouco sob re minha expe r i ênc i a com a
fo tog ra f i a ou t doo r , f a zendo t r i l has .
Gos to de anda r na na tu reza e r eg i s t r a r t udo que ve jo ao meu r edo r .
E é sob re es ta pa r t e da minha expe r i enc i a que que ro d iv id i r com
vocês , f o tog ra f i a na na tu reza como se f a z? En tão , vamos t r l ha r ?
O que prec i samos f a ze r , l e va r e , que cu idados devemos t e r pa ra sa i r
pa ra f o tog ra f a r na na tu reza f a zendo t r i l has? Pensou n i s so? Não
bas ta l e va r a câmera en t r a r no mato e pron to , vamos sub i r a
mon tanha ! 
PARQUE DA CIDADE - NITERO I - RJ
Minha Experiencia
com a Fotograf ia
na Natureza
F O T Ó G R A F O H E R M I N I O L O P E S
SUB IDA PEDRA DO MACACO - MARICÁ -RJ
GRUTAS DO SPAR - MARICÁ - RJ
25 INFOTO
P r ime i ro , devemos f a ze r o p lane j amen to de aonde vamos , como
vamos e com quem vamos . 
S im , nunca devemos sa i r pa ra f o tog ra f a r na na tu reza sóz inhos . Essa
é a r eg ra número 1 de quem f a z t r i l has . Se o l oca l f o r desconhec ido
de t odos os pa r t i c ipan tes , deve - se chamar um bom gu ia que
conheça aonde o grupo va i . P rocu ra r sabe r se a t r i l ha é cam inhada ,
e sca l ada ou as duas .
Dependendo do t i po , se rá necessá r i o l e va r ou t ros equ ipamen tos
a l ém do f o tog rá f i co .
A a tenção no cam inho onde se p i sa é impo r t an te e segu i r sempre as
o r i en tações do gu ia . Cu idado com ga lhos , t r oncos ca ídos e ped ras
so l t a s .
M u i t o i m p o r t a n t e : Pessoas com prob lemas ca rd io lóg i cos devem
consu l t a r seu méd ico pa ra sabe r se es tá ap to pa ra a empre i t ada .
Não i n s i s t a se seu méd ico o desaconse lha r .
Mu i to bem! O que devemos
leva r , a lém dos equ ipamen tos necessá r i o s , pa ra a f o tog ra f i a que
que remos f a ze r ? Ve ja bem, eu f a l e i necessá r i o s ! 
- Nunca devemos l e va r peso i nú t i l numa cam inhada ! Qua lque r peso
ex t r a i r á ex ig i r ma i s ene rg i a de você . 
Se sua i n t enção é f o tog ra f a r pássa ros , você va i prec i sa r de uma
len te com um bom zoom , uma 300 , uma 500 , a té mesmo uma 600
mm, pássa ros não f a zem pose pe r to de nós .
Mas se você pre tende f o tog ra f a r f l o r e s , pa i sagens , i n se tos , en tão
você l e va uma 35 , uma 50 , uma 18 -55 ou a té mesmo uma 18 -135mm,
logo você va i l e va r um pouco ma i s de peso . 
Um t r i pé pode se r necessá r i o , quase imp resc ind í ve l .
- K i t d e t r i l h a : 
- Á g u a : é um e lemen to imp resc ind í ve l . Leve água su f i c i en te pa ra a
ida e a vo l t a . No mín imo 2 l i t r o s pa ra 4 ho ras de cam inhada .
Economize na i da po rque no rma lmen te bebemos ma i s na vo l t a .
Vocês vão descob r i r po rque , r s r s .
- A l i m e n t a ç ã o : deve - se l e va r f r u t a s , ba r r a s de ce rea i s , choco la te s ,
cas t anhas de ca jú , amendo im em grãos . A l imen tação l e ve e que
fo rnece ene rg i a .
- O u t r o s i t e n s : Repe len te , ca l ças compr idas ou ca l ça de t r i l has ,
ca l çados f echados , se poss í ve l t ên i s de cano a l to pa ra cam inhada .
Impo r t an tes : Um ap i to e l an te rna . S im e le s sa l vam v idas de quem se
pe rde na mata .
A segu i r , f o tos f e i t a s em a lgumas de minhas t r i l has em montanhas e
cam inhadas ao l ongo dos anos 2017 a 2020 .
26 INFOTO
VOCÊ SABE A
IMPORTÂNCIA DAS
CORES PARA A SUA
FOTOGRAFIA?
F O T Ó G R A F A T H A I A N E N U N E S
Mui tos f o tóg ra fos não sabem , mas t r aba lha r o c í r cu lo c romá t i co
den t ro da f o tog ra f i a i r á de i xa r suas imagens mui to ma i s a t r aen tes . O
c í r cu lo c romá t i co é usado em d ive r sas ou t r a s á reas , como na moda
e na maqu iagem . Sabe r comb ina r as co res f a z mui t a d i f e rença na
compos i ção .
Você a í deve es ta r se pe rgun tando : "O que d iacho é c í r cu lo
c romá t i co? "
O c í r cu lo c romá t i co é compos to po r :
→ T r ê s c o r e s p r i m á r i a s : não podem se r ob t idas a t r avés de ou t r a s ,
como o amare lo , azu l e ve rme lho .
→ T r ê s c o r e s s e c u n d á r i a s : f o rmadas pe la mis tu ra das co res
p r imá r i a s , ob temos l a r an j a , v io l e t a e ve rde .
→ S e i s c o r e s t e r c i á r i a s : compos tas pe la mis tu ra das co res
secundá r i a s .
Ex i s t em vá r i a s compos i ções com as co res do c í r cu lo , mas duas são
as ma i s u t i l i z adas . São
e la s :
→ c o r e s a n á l o g a s : são as co res que es tão uma do l ado da ou t r a
den t ro do c í r cu lo .
→ c o r e s c o m p l e m e n t a r e s : são aque la s que es tão do l ado opos to
uma da ou t r a .
27 INFOTO
Com o t empo você pe rcebe rá que f a z mui t a d i f e rença a té mesmo
pa ra c r i ação da sua i den t idade v i sua l . Você pode , po r exemp lo ,
c r i a r sua próp r i a pa le t a de co res e passa r pa ra sua c l i en te esco lhe r
den t ro da ca r t e l a as co res que e l a u t i l i z a r á nas r oupas da sessão .
Ass im t udo f i c a r á ma i s ha rmôn ico e a t r aen te aos nossos o lhos .
Lembre - se que compos i ção é t udo aqu i l o que es ta r á den t ro da cena
que se rá cap tu rada , po r i s so o amb ien te t ambém
deve se r pensado , an tes mesmo da esco lha do l ook . O l ook i r á
comb ina r com o l oca l , não só em es t i l o , mas t ambém em co res .
Vamos supo r um ensa io com duas pessoas , uma de ve rme lho e a
ou t r a de l a r an j a . Até a í
tudo bem. Po i s l a r an j a e ve rme lho são co res aná logas . Mas aonde
vamos co loca r e le s?
Obse rve que as duas co res são mui to f o r t e s , en tão t enha cu idado na
esco lha des te l oca l . A d ica que eu dou é que o menos é sempre
ma i s , o r i en te o seu c l i en te a esco lhe r l ooks com co res c l a r a s e
pouca es tampa pa ra não f i c a r compe t indo com o amb ien te .
Aba i xo vou de i xa r pa ra vocês a lguns exemp los de f o tos usando
co res comp lemen ta res e co res aná logas .
28 INFOTO
Ve ja que nessa f o to a men ina es tá usando um con jun to l a r an j a
puxado pro ve rme lho . Se o lha rmos oc í r cu lo ve remos que ve rme lho
é a co r comp lemen ta r do ve rde , que é a co r em des taque no
amb ien te em que e l a se encon t r a .
E s sa f o to é mui to f ác i l de v i sua l i z a r . Temos azu l no céu , no ca r ro e
na ca l ça . La ran j a na b lusa e no chão . Azu l e l a r an j a são co res
comp lemen ta res .
29 INFOTO
Nes te caso nós t emos o ve rme lho na melanc i a e no b iqu ín i , azu l no
céu e l a r an j a na pe le e na a re i a . O ve rme lho apesa r de não es ta r
to t a lmen te do l ado opos to do azu l a inda ass im consegu imos uma
fo to ha rmôn ica com essa comb inação .
Um exemp lo de co res aná logas : o r o sa e o azu l . O co r r imão da
passa re l a e ra um ve rde bem f o r t e e na pós -produção eu mude i pra
f i ca r um t om ma i s próx imo do azu l e melho ra r a inda ma i s a
compos i ção .
30 INFOTO
Mai s uma compos i ção com co res aná logas . Nes te caso , o l a r an j a das
á rvo res do bosque e o ve rme lho no ves t ido .
Au to r e t r a to de Tha iane Nunes
31 INFOTO
Your Self 
F O T Ó G R A F O R E N A T O
N A B U C O F O N T E S
P a r a s e r u m p r o f i s s i o n a l m e l h o r e d e a l t a p e r f o r m a n c e , t enha como
ob je t i vo melho ra r 1% t odos os d ias . 
Pa ra i n i c i a rmos a nossa co luna , que ro t e con ta r um seg redo que na
ve rdade você j á sabe , no en tan to mui t a s vezes neg l i cenc i a : pa ra melho ra r
1% t odos os d ias , você prec i sa t e r c l a ro na sua cabeça onde que r chega r .
Você j á pa rou pa ra r e f l e t i r quan tas vezes i n i c i ou uma nova a t i v idade e
des i s t i u?
Me lho ra r 1% t odos os d ias pa rece f ác i l , pa rece s imp les , no en tan to , é uma
ta re f a que ex ige de te rm inação , f oco , f o r ça de von tade , ob je t i vos c l a ros e
ac ima de t udo , d i sc ip l i na e cons tânc i a . Gera lmen te , começa r a lgo novo
não é d i f í c i l , o ma io r prob lema é mante r , po i s mui t a s vezes a mente que r ,
mas o co rpo não co r re sponde e v i ce -ve r sa . 
 
É prec i so se mante r f i rme no ob je t i vo , t e r um ve rdade i ro “po rquê ” ,
en tende r qua i s são os cam inhos e o ma i s impo r t an te , que é sabe r onde
que r chega r ! É só você con t r a você nesse j ogo .
Eu cos tumo chamar de j ogo da evo lução , po i s se t r a t a de um desa f i o
d i á r i o , uma ve rdade i r a ba ta lha i n t e rna… No i n í c i o pa rece f ác i l , po rque
você es tá enga j ado , mot i vado , en t re t an to é f undamen ta l mante r o cu idado
redob rado com a d i sc ip l i na , po i s é na tu ra l a l cança r os pr ime i ros
resu l t ados às cus ta s de mui to es fo rço e depo i s da r aque la ve lha r e l a xada
e é a í que mora o pe r igo , po i s há um l im i t e t ênue en t re o r e l a xamen to e a
neg l igênc i a e é nes te pon to que mui t a s pessoas se pe rdem e pa ram de
evo lu i r… 
É po r i s so que mui tos a t l e t a s e pro f i s s i ona i s de sucesso , u t i l i z am check
l i s t pa ra t udo , pa ra ev i t a r a menor poss ib i l i dade de esquece r a lgo , a lém ,
óbv io , de ev i t a r o r i s co de vo l t a r quase i n s t an taneamen te ao ve lho pad rão
compor t amen ta l (que não o l e va rá a l uga r a lgum ) .
 
A lém d i s so , uma suges tão que a juda dema i s nesse processo de melho r i a ,
é esc reve r t ambém um ob je t i vo d iá r i o a se r cumpr ido ! A lgo que se j a
p r i o r i dade pa ra aque le de te rm inado d ia e obv i amen te que se j a , exequ í ve l ! 
Expe r imen te , co loque em prá t i ca , se j a d i sc ip l i nado , a f i na l é po r você , é
p ra você . Ass im , você consegu i r á melho ra r 1% t odos os d ias . Lembre - se : é
o j ogo da evo lução . 
Vem comigo , vamos em f r en te , vamos j un tos !
32 INFOTO
FOTOGRAFIA DE
MODA
DESVENDANDO O LOOKBOOK
F O T Ó G R A F O L U I S M O R A S
Den t ro do que gene r i camen te conhecemos po r “Fo tog ra f i a de
Moda ” ex i s t em vá r i a s á reas de a tuação pa ra os f o tóg ra fos
p ro f i s s i ona i s : Fo tog ra f i a de passa re l a , campanhas , t e s t e de
mode los , mas com a chegada da pandemia e a exp losão de vendas
v i a i n t e rne t , se po tenc iou o LOOKBOOK .
Q U E É U M L O O K B O O K ?
Um l ookbook é um con jun to de f o tog ra f i a s que se r vem pa ra mos t r a r
a s r oupas de uma co leção de f o rma desc r i t i v a . Es tas f o tog ra f i a s
se rão co locadas na “v i t r i ne ” v i r t ua l no s i t e da marca . Gera lmen te ,
t em um f undo neu t ro (branco ou c inza ) .
P R E P A R A T I V O S D O E N S A I O
Como em qua lque r t r aba lho , é ex t r emamen te impo r t an te conhece r
as necess idades do c l i en te pa ra pode r prepa ra r o ensa io . Pa ra i s so
é mui to bom mante r uma r eun i ão pa ra sabe r sob re as expec ta t i va s
ao r e spe i to . No meu caso , f a zemos vá r i a s pe rgun tas an tes de da r um
preço de f i n i t i vo : Quan tas r oupas se rão f o tog ra f adas? Quan tas f o tos
po r cada r oupa? Quan tas pessoas se r v i r ão de mode lo? Fundo
b ranco ou f undo c inza? Corpo i n t e i r o ou peças so l t a s? Os mode los
vão prec i sa r de maqu iagem e cabe lo ou não e tc . Qua lque r pe rgun ta
que s i r va pa ra a p lan i f i cação do ensa io é pe r t i nen te .
Po r que co loco sempre mui t a ên fase na p lan i f i cação? É mui to
s imp les : 
33 INFOTO
t empo é d inhe i ro e o mercado es tá sempre co locando os preços
pa ra ba i xo , po i s na moda a lém do g lamour das grandes marcas ,
ex i s t em as marcas pequenas e de méd io po r te , que não con tam com
recu r sos i l im i t ados .
Em r e l ação âs i n fo rmações co le t adas , e depo i s do o rçamen to
ap rovado , um d ia an tes de i xo o es túd io em ó t imas cond ições de
l impeza (pa rece bes te i r a , mas sempre a tenção aos banhe i ros ) e
ten to mante r o f undo o ma i s branco poss í ve l (p in to e le a cada 2 ou 3
sessões ) , po i s a pr ime i r a imp ressão quando o c l i en te en t r a no
es túd io t em que se r mui to pos i t i va . Não podemos esquece r que
a lguns c l i en tes nunca p i sa ram num es túd io , en tão a expe r i ênc i a
tem que se r ó t ima , sempre den t ro das nossas poss ib i l i dades .
Também de i xamos os t r i pés com as t ochas e os mod i f i cado res
p repa rados pa ra só r ea l i z a r os ú l t imos a jus te s momentos an tes do
ensa io .
M O D E L O S :
Pa ra um melho r andamen to do ensa io , t emos que t en ta r convence r
o c l i en te pa ra que con t r a te um (a ) mode lo pro f i s s i ona l . Mui t a s vezes
o c l i en te conhece a lguém pessoas bon i t a s e acha que é su f i c i en te
pa ra r ep resen ta r a marca , mas a ma io r i a das vezes a t r apa lham ma i s
do que a judam . Temos que convence r o c l i en te de que um (a )
mode lo pro f i s s i ona l va i apo r t a r r e su l t ados mui to melho res em
re l ação as exp ressões f ac i a i s , en tend imen to das posses propos ta s e
expe r i ênc i a nesse t i po de t r aba lho .
Já pa r t i c ipe i de se l eção de mode los na mesma agênc i a j un to com o
c l i en te , mas no rma lmen te e le esco lhe com asf i chas (o f amoso
COMPOS ITE ) que os booke r s da agênc i a env i am .
No rma lmen te o booke r da agênc i a j á cu ida com o c l i en te dos
de ta lhes de sapa tos , t a l has de r oupa e aspec to da mode lo (pres tem
a tenção nas unhas , po r f a vo r , que devem es ta r sempre bem
p in tadas e com a lguma co r neu t r a ) . Nós f ac i l i t amos o con ta to ,
po rém não que remos nos r e sponsab i l i z a r pe la con t r a t ação da
mode lo . Só ped imos máx ima pon tua l i dade no d ia do ensa io , e
aco rdamos se a maqu iagem e cabe lo va i f a ze r conosco .
Sob re maqu iagem e cabe lo , va i depende r do t i po de r oupas a
fo tog ra f a r , mas no rma lmen te t êm que se r bás i cos . O cabe lo , po r
exemp lo , pode se r escova ou baby l i s s , po i s no caso do l ookbook , o
mode lo não pode se des taca r ma i s do que as r oupas . Out ro aspec to
a t e r em con ta : se a maqu iagem e o cabe lo não f o r am f e i t o s com a
p ro f i s s i ona l do es túd io , não nos r e sponsab i l i z amos com o r e su l t ado
caso demande mui t a ed ição pos te r i o r , po i s j á t i vemos expe r i ênc i a s
ru ins que pre jud i ca ram o ensa io .
34 INFOTO
O D I A D O E N S A I O
No d ia do ensa io ped imos pa ra o c l i en te chega r um pouco an tes
pa ra r ev i sa r as r oupas que amassa ram duran te o t r anspo r t e ,
o rgan i zá - l a s na a ra ra , e c l a s s i f i cá - l a s po r t i pos pa ra ganha r r ap idez
nas t r ocas .
Enquan to i s so , com a juda da mode lo que sempre chega ma i s cedo
também, a jus t amos a a l tu r a dos t r i pés , marcamos o chão com f i t a na
á rea onde e l a se rá f o tog ra f ada e depo i s a d i r ec ionamos pa ra
p repa ra r maqu iagem e cabe lo enquan to damos os a jus te s f i na i s .
P R E P A R A Ç Ã O D A C Â M E R A
Gera lmen te prec i samos ag rupa r as f o tog ra f i a s pa ra de i xa r t odas
igua i s (ou mui to pa rec idas ) , en tão pa ra i s so montamos a câmera no
t r i pé conec tada a um computado r com so f twa re de cap tu ra . Com
es te s i s t ema , vamos f o tog ra f ando grupos de r oupas i gua i s (po r
exemp lo f o tog ra f i a s de co rpo i n t e i r o ) ev i t ando ass im pe r spe t i vas
d i f e ren tes . Se prec i sa r r e s sa l t a r a lgum de ta lhe das r oupas , como
pode r i a se r um bo rdado em um bo l so , um de ta lhe de uma es tampa ,
uma go la e tc , usamos ou t r a câmera na mão pa ra não t e r que move r
a câmera que es tá no t r i pé .
35 INFOTO
D E S E N V O L V I M E N T O D O E N S A I O
Rea l i z ados os passos an te r i o re s é só f o tog ra f a r . Nós usamos o Co lo r
Checke r com a f i na l i dade de da r a máx ima f i de l i dade nas co res .
Nes te momento os donos das marcas ou no caso , os produ to res que
os acompanham , con fe rem na ho ra os c l i ques que vão apa recendo
na t e l a do computado r dec id indo como se rão as f o tog ra f i a s . E a i
vem um pon to impo r t an te pa ra es te t i po de ensa io :
Não ad ian ta o f o tóg ra fo t e r qua lque r t i po de c r i a t i v idade , se o dono
da marca não gos ta r da pe r spec t i va em que a f o to f o i t omada ou se
dec id i r a lguma co i sa d i f e ren te do que o f o tóg ra fo en tende que
se r i a ma i s co r re to . Va i f a l a r pa ra r epe t i r a f o to , e en tão é melho r
segu i r as r ecomendações , po i s es te t i po de f o tog ra f i a pad ron i zada
de i xa pouco espaço pa ra a c r i a t i v idade . 
F I N A L D O E N S A I O
As vezes , quando sob ra a lgum t emp inho depo i s de r ea l i z ado o
t r aba lho , t en tamos f a ze r a lgumas f o tog ra f i a s um pouco d i f e ren tes
com um se t que j á t emos pensado an te r i o rmen te . Podem se r
a lgumas f o tos com f undo d i f e ren te , ou t ro t i po de i l um inação , ou
a lgumas f o tog ra f i a s exp lo rando as capac idades dos mode los . Com
isso consegu imos o fe rece r pa ra os c l i en tes umas f o tos a ma i s que
podem se r vend idas ou a té en t regues como gen t i l e za , i nc lus i ve
podem r e su l t a r em f o tos marav i l hosas pa ra po r t f ó l i o . Po r con t r a , j á
t i ve c l i en tes que me f a l a r am : “Lu i s , esse t i po de f o tos é bon i to , mas
não vende ! ” A í pac iênc i a…
36 INFOTO
A I N T R E G A D A S F O T O G R A F I A S
O proced imen to que ado tamos pa ra a en t rega das f o tog ra f i a s é f e i t o
em do i s passos .
P a s s o 1 : Damos uns r e toques bás i cos de enquad re , Co lo r Checke r
ou a jus te s bás i cos no ACR que no rma lmen te se ap l i cam a t odas as
fo tog ra f i a s . A í as sub imos no Se lp i c s pa ra o c l i en te esco lhe r .
P a s s o 2 : Uma vez esco lh idas as f o tog ra f i a s , passamos pe lo
Pho toshop pa ra os r e toques pe r t i nen tes de l impeza de pe le ( se
p rec i sa r ) , f i apos nas r oupas , a lguma r uga e tc . Conve r t emos os
a rqu i vos nos t amanhos adequados e quando o c l i en te f i na l i z a os
pagamen tos (nunca en t regue as f o tos an tes d i s so ) , l i be ramos o l i nk
do Goog le Dr i ve onde co locamos o t r aba lho f i na l i z ado .
C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S
Todo o exp l i cado nes te a r t i go é a f o rma como t r aba lhamos
no rma lmen te , po rém sabemos que pode t e r múl t i p l a s va r i ações
adap tadas a cada f o tóg ra fo e â d i spon ib i l i dade de equ ipamen tos .
L u i s M o r a s
Apa i xonado pe la f o tog ra f i a desde os 16 anos , em 1993 f e z pa r t e da
Assoc i ação Fo tog rá f i ca Montcada (Ba rce lona ) , onde t eve a
opo r tun idade de r ecebe r au la s com grandes mes t re s prem iados
in te rnac iona lmen te : Cosme Or io l , Se rg io Te l l o , Ange l L ina res e
Ped ro Cava l l e ro . 
Já em 2012 , c r i ou no Bras i l a empresa TUCUM PHOTOGRAPHY , com
base em Ni te ró i (RJ ) , adqu i r i ndo expe r i ênc i a em even tos
(casamen tos , f e s t a s de 15 anos , an i ve r sá r i o s e even tos
empresa r i a i s ) e ensa ios f o tog rá f i cos .
Desde 2019 a té o momento , ab r iu o ESPAÇO MANDAWA DE CR IAÇÃO
FOTOGRAF ICA (EMCF es túd io ) . A a t i v idade f o tog rá f i ca es tá d i r i g ida
â f o tog ra f i a de Moda (campanhas , books de mode lo , passa re l a ) e
Pub l i c idade ( s t i l l de produ tos , E -commerce , Cinema e tc… ) , ass im
como a va r i o s pro j e tos au to ra i s que es tão de molho espe rando o
momento opo r tuno : -D 
37 INFOTO
F O T Ó G R A F A S I N Á H G A R R I T A N O & M A R G A R I D A M O U T I N H O
F A M Í L I A S A R C O - Í R I S
Po r tuga l é um pa í s de be lezas e a r t e . Há poucos meses t i vemos a
a leg r i a de conhece r uma f o tóg ra f a : Mag Rodr igues . Soubemos do
seu a tua l pro j e to i n t i t u l ado “Famí l i a ” . Mag que r sabe r e mos t r a r
onde e como v i vem as f am í l i a s LGBTQIA+ em Po r tuga l .
Fo i empa t i a à pr ime i r a v i s t a ! Seu t r aba lho nos encan tou e sen t imos
que s im , pod íamos nos a t r eve r a pa r t i c ipa r de le .
A be leza , t écn i ca , de l i cadeza , poes i a e mui t a , mui t a sens ib i l i dade .
Ass im é Mag Rodr igues , uma mulhe r j o vem , f o tóg ra f a , en fe rme i r a ,
de l i cada , de te rm inada ecom os o lhos que t r ansbo rdam poes i a .
E i s um pouco sob re e l a :
[ INFOTO ] - Nome :
[MAG ] - Mag Rodr igues 
[ INFOTO ] - Onde nasceu?
[MAG ] - Nasc i em L i sboa
[ INFOTO ] - A lém de f o tóg ra f a é en fe rme i r a .
São "o lha res " são " sen t i r e s " . . . Como
conv i vem a f o tóg ra f a e a en fe rme i r a?
[MAG ] - A f o tóg ra f a e a en fe rme i r a conv i vem
bem. Se r en fe rme i r a pe rm i t e -me acede r a
temá t i cas ma i s escond idas ou menos
acess í ve i s pa ra a ma io r i a das pessoas ,
38 INFOTO
e a í en t r a a Mag f o tóg ra f a : pa ra r eg i s t a r e c r i s t a l i z a r esses t emas . 
[ INFOTO ] - Como acon teceu seu encon t ro com a f o tog ra f i a ?
[MAG ] - O meu encon t ro com a Fo tog ra f i a f o i o rgân i co . Sempre
gos te i de a r t e e es t i ve r odeada de i n f l uênc i a s a r t í s t i ca s . Há um
ce r to mis té r i o sob re como se “esco lhe ” uma a r t e — ou se j a , não
cons igo prec i sa r o momento ou f ac to r dec i s i vos pa ra t a l , mas se i
que f o i po r vo l t a dos 15 /16 anos que o i n t e re s se aumen tou . E a
pa r t i r da í , nunca mai s l a rgue i a Fo tog ra f i a — nes te momento , f a z
pa r t e da minha i den t idade .
[ INFOTO ] - Pe rcebe uma r e l ação po l í t i ca e soc i a l nos seus t r aba lhos
fo tog rá f i cos? Há essa preocupação?
[MAG ] - Pe rcebo . Há es ta preocupação an tes de se r f o tóg ra f a ; há
uma preocupação an te r i o r como c idadã . Enquan to pessoa , es tes
temas impo r t am -me mui to , po r t an to acabam po r se r exp ressados
inev i t ave lmen te na Fo tog ra f i a , que é uma ex tensão de mim . 
[ INFOTO ] - Como ana l i s a a a r t e f o tog rá f i ca em Po r tuga l ?
[MAG ] - O que posso d i ze r é que t emos r e f e rênc i a s em Po r tuga l de
mu i t í s s ima qua l idade . São r e f e rênc i a s pa ra mim , i nc lus i ve . 
[ INFOTO ] - Há t emas pre fe r idos pa ra o seu "o lha r "? Se s im , qua i s
se r i am?
[MAG ] - Gos to de procu ra r Be leza em s í t i o s i nus i t ados , marg ina i s
(mino r i a s , grupos exc lu ídos , t emas seg regados , e tc ) , d i f í ce i s . 
[ INFOTO ] - Pe rcebe a lguma d i f i cu ldade em desenvo l ve r seu
t r aba lho po r se r mulhe r? A lguma ques tão de gêne ro?
[MAG ] - Nunca sen t i nenhuma d i f i cu ldade nem d i f e rença de géne ro
nes te campo , f e l i zmen te . S in to que t a l t ambém não é po tenc i ado
pe los meus pa res . A Fo tog ra f i a é f e i t a po r pessoas , não po r homens
ou mulhe res . 
[ INFOTO ] - V imos vá r i a s f o tos em que a f o tóg ra f a é a f o tog ra f ada .
Como é es ta r do ou t ro l ado da câmera?
 
39 INFOTO
[MAG ] - Já passe i po r vá r i a s expe r i ênc i a s desse t i po , desde
fo tog ra f i a ao v ídeo , e nunca sen t i von tade de pe r segu i r t a l . Po r
ago ra , o meu l uga r é a f a ze r Fo tog ra f i a a t r á s da câmara . E s in to -me
comp le ta ass im . 
[ INFOTO ] - Atua lmen te t r aba lha num impo r t an te pro j e to . Pode f a l a r
um pouco sob re e le?
[MAG ] - O t r aba lho FAMÍL IA documen ta f am í l i a s LGBTQI+ r e s iden tes
em Po r tuga l . São r e t r a tos no i n t e r i o r das casas des tas f am í l i a s , de
no r te a su l do pa í s . Tem s ido gra t i f i can te e mui to f o r t e cons t ru i r
e s te t r aba lho po rque so l i d i f i ca o f ac to de t odas as f am í l i a s “ se rem
igua i s ” naqu i l o que r ea lmen te impo r t a , nos seus a l i ce rces : educa r
uma c r i ança , amar quem t emos ao l ado , são acções que não
obedecem à i den t idade de géne ro ou à o r i en tação sexua l . Po r t an to ,
t odas as f am í l i a s , t odas as t i po log i a s de f am í l i a s , são vá l i das e
capazes . 
[ INFOTO ] - Tem sen t ido a lguma d i f i cu ldade pa ra desenvo l ve r seu
ma i s a tua l pro j e to?
[MAG ] - Até ago ra , nenhuma d i f i cu ldade . Pe lo con t r á r i o . Sou mui to
bem r eceb ida e aco lh ida . Es tou gra ta . 
[ INFOTO ] - Mag Rodr igues po r Mag Rodr igues .
[MAG ] - A Mag ( f i que i uns be los minu tos a pensa r o que r e sponde r )
é uma pessoa l i v r e , com o dese jo e c rença de que amanhã pode e
se rá sempre melho r . : ) 
Pa ra conhece r um pouco mai s do seu t r aba lho : 
h t tps : / / i n s t ag ram .com /magrod r igues
40 INFOTO
https://instagram.com/magrodrigues
F O T Ó G R A F O 
F E R N A N D O T A L A S K
Pa rece pa radoxa l , mas quando o assun to e f o tog ra f i a a pe l í cu l a
fo tog rá f i ca ganhou um l uga r de des taque nos comen tá r i o s , de t a l
modo que grãos , r eve l ado res vo l t a r am a pau ta dos deba tes mai s
e l abo rados ganhando a té des taque sob re os megap i xe l s , e o que
tenho obse rvado que mai s me a leg ra , é a j u ven tude dos
pa r t i c ipan tes , t r a zendo pa ra o nosso amb ien te o f r e sco r da
renovação , a f i na l mui tos de les não v i r am f o tog ra f i a s passando nas
v i t r i nes que ab r igavam min i l abs t ao comuns nos anos 90 .
41 INFOTO
Vida longa para o
f i lme fotográf ico 
Con fesso que sen t i uma es t r anheza em t en ta r r ac iona l i z a r em qua l
se r i a o encan to em p leno sécu lo 21 , pr inc ipa lmen te nas
d i f i cu ldades de se f o tog ra f a r com f i lmes . Imag ina a vo l t a das
ince r t e zas de como a f o to sa i r i a , espe ra r r eve l a r . . . se ra que va i
f i ca r boa? . . . eu dev ido a t an ta ans i edade que provocava essa
espe ra , não conse rvo nenhuma saudade .
Po rém aos poucos , f u i compreendendo a mag ia e o encan to dos
jovens pe la imagem a base dos c r i s t a i s de pra ta . Em um mundo
rodeado de imagens , d i r i a a té so te r r ado po r e l a s , ousa r em produz i r
uma imagem que o imed ia t i smo f i c a de f o r a do processo é l ouváve l ,
e que pensa r em i l um ina r e expo r o f i lme , co i sa que j á não f a zemos
há anos são pa r t e da a t r ação que f a z com que o mundo ana lóg i co
a t r a i a cada vez mai s púb l i co , pe lo s imp les f a to de se r mai s d i f í c i l e
ex ig i r um ap rend i zado mai s r i go roso . Em compensação a
recompensa vem na f o rma de f o tog ra f i a s mui to mai s e l abo radas sem
os mi lhões de f i l t r o s que f o rmam a imagem d ig i t a l que produzem
uma r ea l i dade mai s pas teu r i z ada , d i f e ren te do mundo mai s
v i sua lmen te pe r sona l i z ado que se f o rma no escu rec imen to da pra ta .
42 INFOTO
A próp r i a l im i t ação de poses no f i lme que deve r i a se r um f a to r de
p re te r i r a sua esco lha , na ve rdade es t imu la o uso consc i en te de
cada expos i ção , A f ina l o f i lme cus ta ca ro e não dá pa ra de le t a r se a
fo to sa iu t r em ida ou f o r a de f oco , e a i começa mai s um emba te
quando pe rcebemos que as poss ib l i dades quase i n f i n i t a s que o
d ig i t a l ap resen ta que deve r i a se r uma a t r ação i r r e s i s t í ve l , na
fo tog ra f i a ana lóg i ca com suas l im i t ações se t o rna mai s a t r aen te
,po rque as l im i t ações são compensadas pe la c r i a t i v idade quase
in f i n i t a dos f o tóg ra fos , A lguém j á ouv iu que seusa ca fé pa ra se
reve l a r um f i lme ? .
Pense i em esc reve r esse a r t i go como uma comp lemen tação do
ú l t imo , quando f i z a suges tão que pa ra ex i s t i r uma f o tog ra f i a a
mesma deve r i a se r imp ressa , o r e s su rg imen to da pra ta dos f i lmes e
pape i s f o tog rá f i cos , co r robo ra com essa t eo r i a i ndo um pouco mai s
a f r en te , pa ra ex i s t i r a f o tog ra f i a t em que t e r r e l evânc i a , A f ina l de
que va lem cen tenas de mi lha res de imagens a rmazenadas se
nenhuma de las consegue con ta r uma es tó r i a ou ao menos merece r
se r admi rada po r mai s de 5 segundos . O f i lme t em a judado a
ap r imo ra r o o lha r c r í t i co sepa rando c l a r amen te o mundo d ig i t a l que
tudo obse rva , da imagem ana lóg i ca que d i z t udo .
O leitor Escreve
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