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SER_GESTOR_SUS_M1_AULA_6__fascículo_Versão_final

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Prévia do material em texto

MÓDULO I
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM 
GESTÃO MUNICIPAL DO SUS
 
1
Planejamento do SUS 
no município
AULA 
Planejamento do SUS no 
município
06
2
Todos os direitos reservados. É permitida a 
reprodução parcial ou total desta obra, desde 
que citada a fonte e que não seja para venda 
ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta 
publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado 
pela equipe CONASEMS e Faculdade de 
Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora 
– Suprema.
Material de Referência. Mais CONASEMS. 
Curso de Aperfeiçoamento em Gestão 
Municipal do SUS . Módulo I: Introdução à 
Gestão Municipal do SUS - Aula 6 – 
Planejamento do SUS no Município..
FICHA 
CATALOGRÁFICA
CRÉDITOS
3
FICHA TÉCNICA
Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica 
do Mais CONASEMS em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas e da 
Saúde de Juiz de Fora – Suprema.
4
Curadoria Conasems: Cristiane Martins Pantaleão, Denise Rinehart, 
Marcos da Silveira Franco, Nilo Bretas Junior.
Conteudista: Cristina Paulino.
Gestão Educacional Conasems: Cristina Crespo, Rubensmidt Riani, 
Valdívia Marçal.
Curadoria de Conteúdos – Ministério da Saúde: Teresa Maria 
Passarella.
Curadoria de Conteúdos - Faculdade SUPREMA: Claudileia Paiva, 
Célia Regina Machado Saldanha, Rodrigo Almeida, Rogério Pinheiro 
Nunes, Simone Ferreira de Assis .
Coordenação Geral: Rodrigo Coelho Almeida.
Gestora Educacional: Simone Ferreira de Assis. 
Apoio Técnico: Célia Regina Machado Saldanha, Rodrigo Almeida, 
Rogério Pinheiro Nunes. 
Designer Instrucional: Bárbara Monteiro Napoleao Macedo, Carla 
Cristini Justino de Oliveira, Kenya Maciel. 
Web Desenvolvedor: Aidan Wenceslau Bruno, Vitor Almas Moura.
Revisão Textual: Bianca Maciente Colvara
Coordenação Geral: Conexões Consultoria em Saúde Ltda.
Este é o seu Fascículo da Aula 6 do 
Módulo I que apresenta de forma mais 
aprofundada o conteúdo abordado.
A proposta é agregar mais 
conhecimentos à sua aprendizagem. Por 
isso leia-o com atenção e consulte-o 
sempre que necessário!
BEM-VINDO(A)!
5
6
Na Aula 6, vamos aprender sobre o planejamento como 
instrumento de trabalho do gestor.
Para isso, estudaremos a visão sobre o planejamento do 
SUS e sua estrutura dinâmica em formato ascendente. E 
também, discutiremos a necessidade de uma análise de 
situação da saúde a partir das dimensões abordadas, 
perpassando pelas dimensões político-administrativas, 
onde a análise documental se faz necessária.
Estas são questões importantes para ser um gestor de 
excelência!
Que tal conhecermos os objetivos de aprendizagem desta 
aula?
Que bom tê-lo(a) 
de volta!
Boa leitura!
OBJETIVOS DA 
APRENDIZAGEM DA 
AULA:
Conhecer a Legislação do 
Planejamento em Saúde e Prazos.
Desenvolver a habilidade de conduzir 
a construção do planejamento como 
instrumento de gestão do SUS.
01
02
03
04
Perceber o planejamento como 
instrumento de gestão do SUS e 
reconhecer a sua importância para 
uma gestão de qualidade.
Organizar o processos de 
planejamento local.
7
02Perceber o planejamento como instrumentos de gestão do SUS e reconhecer a sua importância para uma gestão de qualidade.
05 Reconhecer o papel da participação da comunidade na saúde e a importância do controle social no planejamento.
Programação anual de saúde - PAS
SUMÁRIO
1
2
3
4
5
6
7
8
Estrutura do planejamento no setor 
público
Plano municipal de saúde - PMS
Instrumento de planejamento de 
governo
A importância de planejar
Relatório de gestão
Participação da comunidade no 
planejamento.
A importância de 
planejar
9
Para refletir...
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão 10
● Como o planejamento se insere na rotina 
de trabalho do gestor?
● Por onde começo a planejar no 
município?
Na aula anterior foi trabalhada a importância 
da análise dos instrumentos de 
planejamento em vigência. É partindo desse 
conhecimento que a gestão dará os seus 
primeiros passos na construção do novo 
planejamento que entrará em vigor em 2022.
Você já parou para pensar o quanto é 
crescente no SUS, a necessidade e o 
interesse em planejar e avaliar as ações e os 
serviços de saúde?
Este interesse é justificado por mudanças 
nos procedimentos legais e administrativos, 
na complexidade do perfil epidemiológico 
do município, que exigem novas formas de 
pensar estratégias para as políticas de saúde, 
bem como a necessidade de se otimizar os 
gastos em saúde.
11
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
A fim de subsidiar as ações de saúde do 
município para o próximo quadriênio, com a 
construção do PMS 2022-2025, é de extrema 
importância revisitar os instrumentos 
construídos pela gestão anterior, ou seja, o 
PMS 2018-2021 assim como as propostas 
aprovadas pela Conferência Municipal de 
Saúde.
Para auxiliar nessa etapa, a sistematização de 
instrumentos para a construção do PMS 
torna-se fundamental, permitindo assim a 
avaliação das ações do PMS 2018-2021, bem 
como pensar as diretrizes, os objetivos, as 
metas e os indicadores do quadriênio 
seguinte.
Vamos conhecer a seguir, qual a 
finalidade dessas mudanças!
12
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
A finalidade dessas mudanças são:
● Padronizar as informações e os 
indicadores para se organizar o 
processo de trabalho;
● Facilitar o monitoramento que tem por 
finalidade fortalecer os processos de 
gestão;
● Contribuir na tomada de decisão de 
forma oportuna, visando à melhoria na 
qualidade de vida da população
O planejamento é uma forma de trabalho adotada pela 
gestão e não apenas a elaboração de documento cartorial, 
embora ele precise se configurar como um documento de 
consenso, oriundo da escuta dos trabalhadores da saúde, e, 
principalmente, da comunidade, o qual se torna um guia 
para o processo permanente de trabalho do gestor e da 
gestão. 
13
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
14
A construção desse processo demanda uma ação coletiva 
e envolve vários atores. Ao compreender o uso do 
Planejamento na gestão do SUS como método de 
formulação de políticas é imprescindível que você tenha 
total conhecimento dos seguintes tópicos:
Situação 
epidemiológica 
atual
Necessidade da 
população
Acordos e 
compromissos 
regionais
Mão de obra 
disponívelServiçoTerritório
O planejamento não é um espaço exclusivo de 
especialistas. Todos fazem.
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Neste sentido devemos observar a importância 
de:
● Envolver todos os trabalhadores da gestão, 
motivando-os a participar de forma ativa para 
contribuírem na identificação dos processos de 
trabalho; exibir as suas potencialidades e 
evidenciar as fragilidades que precisarão ser 
eliminadas, induzindo a prática de construção 
coletiva e assim, muda a disposição em fazer 
cumprir o planejado, trazendo o sentimento de 
pertencimento ao processo e envolvendo a 
população local nos bairros e regiões da cidade.
15
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
16
● Considerar que o planejamento exige 
conhecimento in loco, não dá para 
fazer dentro dos gabinetes usando 
apenas as informações contidas nos 
sistemas de informação;
● Evitar a terceirização dos serviços de 
assessoria para a elaboração do plano 
sem a participação da gestão.
Disponibilizamos para você o Manual de planejamento no 
SUS, está em Material Complementar. Aproveite para ler e 
aprimorar ainda mais seus conhecimentos!
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
17
Vamos conhecer agora a Legislação principal 
que trata sobre os instrumentos de 
planejamento e gestão no SUS:
Lei orgânica da saúde que estabelece os 
princípios do SUS, as atribuições dos entes 
da federação e o planejamento ascendente;
Regulamenta a Lei nº 8080, de 1990 e dispõe 
sobre alguns aspectos do planejamento, 
sendo da obrigação do gestor público a 
elaboração e apresentaçãode instrumentos 
de planejamento, tratando, também, de 
aspectos da assistência e da articulação 
interfederativa;
(LC 141/2012) que regulamenta o artigo 198 da 
Constituição Federal de 1988 (CF 88), 
definindo as normas de fiscalização, 
avaliação e controle das despesas com o SUS 
dos três entes federativos; a determinação do 
planejamento ascendente, e do rateio como 
mecanismo de financiamento do SUS;
Lei 8080 
de 19 de 
setembro de 
1990
Decreto nº 
7508,
de junho de 
2011
Lei 
Complementar 
nº 141,
de janeiro de 
2012
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
18
(Que substitui a Portaria nº 2135, de setembro 
de 2013). Estabelece diretrizes para o 
planejamento do SUS, define como 
instrumentos do planejamento em saúde o 
Plano Municipal de Saúde (PMS), a 
Programação Anual da Saúde (PAS), o 
Relatório Anual de Gestão (RAG) e o Relatório 
Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) 
e orienta os pressupostos para o 
planejamento
Estabelece um teto para as despesas 
primárias com base na correção das 
despesas do ano anterior, pela inflação do 
mesmo período durante vinte anos, tendo 
sido fixado em 2018.
O Título IV, 
Capítulo I, da 
Portaria de 
Consolidação nº 
1, de 28 de 
setembro de 
2017
Emenda 
Constitucional 
n° 95/2016
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
ESTRUTURA DO 
PLANEJAMENTO NO SETOR 
PÚBLICO E NO SUS
19
O planejamento precisa estar sincronizado 
para permitir a harmonia das políticas de 
saúde com as demais políticas 
governamentais.
Os principais instrumentos de 
planejamento em saúde e gestão estão a 
seguir descritos:
20
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
21
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
PLANEJAMENTO EM SAÚDE:
• Plano Municipal de Saúde – PMS
• Programação Anual de Saúde – PAS
• Relatório Anual de Gestão – RAG
22
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL:
• Plano Plurianual – PPA
• Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
• Lei Orçamentária Anual – LOA
Esses instrumentos interligam-se sequencialmente, 
compondo um processo cíclico de planejamento 
para operacionalização integrada, solidária e 
sistêmica do SUS.
INSTRUMENTOS DE 
PLANEJAMENTO DO 
GOVERNO
23
Cada um dos entes federados dispõe de 
sistemas de informação próprios para 
elaboração e monitoramento do PPA, da 
LDO e da LOA, em conformidade às próprias 
legislações que, em geral, são administrados 
pelas áreas de planejamento e orçamento 
dos entes.
A seguir, você vai conhecer sobre cada 
uma delas.
24
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
● Instrumento da administração e do 
planejamento públicos cujo conteúdo 
refere-se à programação do governo, 
para quatro anos, descrevendo os 
programas e ações que resultarão em 
bens e serviços para a população.
● Contém diretrizes, objetivos, programas, 
produtos e metas da administração 
pública para um período de quatro 
anos, contados a partir do segundo ano 
do mandato do governante eleito ao 
primeiro ano do governo sucessor.
● Os Programas elencados pelo governo 
são detalhados até o nível dos produtos, 
ambos com indicadores e metas ao 
final de 4 anos e tem a mesma 
periodicidade e nível estratégico do 
Plano Municipal de Saúde - PMS.
25
PPA
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
● Elaboradas por iniciativa do Poder 
Executivo, que as encaminha ao Poder 
Legislativo. Após apreciá-las e 
emendá-las, o Poder Legislativo aprova 
e então entram em vigor. A LDO é o elo 
entre o PPA e a LOA.
● A LDO, corresponde temporalmente à 
Programação Anual de Saúde – PAS, 
que operacionaliza a cada ano as 
diretrizes do Plano de Saúde de cada 
ente federado e fixa as metas e 
prioridades da administração pública, 
para cada ano, assim como, também, 
orienta a elaboração da LOA.
26
LDO
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
● Prevê a receita e fixa as despesas para o 
cumprimento das metas anuais 
definidas na LDO.
● instrumento da gestão pública que 
descreve as ações a serem realizadas 
pelo governo, define as receitas e 
autoriza os gastos para a execução, 
devendo ser compatível ao PPA e à 
LDO.
● É a LOA que dá materialidade a 
Programação Anual de Saúde.
27
LOA
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
É necessário que haja coerência entre os instrumentos 
de planejamento e de governo e que os Conselhos de 
Saúde possam ter ferramentas que possibilitem 
identificar a sua execução, inclusive por fonte de 
financiamento.
28
A Portaria nº 828, de 17 de abril de 2020, alterou a 
Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de 
setembro de 2017, que havia sido alterada pela 
Portaria nº 3992, de 28 de dezembro de 2017 e passa, 
portanto, a vigorar com as seguintes alterações:
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
29
"Art. 3º Os recursos do Fundo 
Nacional de Saúde, destinados a 
despesas com ações e serviços 
públicos de saúde, a serem 
repassados na modalidade fundo 
a fundo aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios serão 
organizados e transferidos na 
forma dos seguintes blocos de 
financiamento:
Acessando a página do Fundo Nacional de Saúde 
(www.fns.saude.gov.br), podem ser verificadas todas as 
transferências realizadas, as quais estão organizadas por 
bloco, grupo, ação, ação detalhada e valor.
I - Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de 
Saúde; e
II - Bloco de Estruturação da Rede de Serviços Públicos de 
Saúde.”
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
É importante manter no PPA dos entes federados, os 
programas específicos para áreas como a de Atenção 
Básica, Vigilância em Saúde, Atenção Especializada, 
Investimentos, outros, garantindo-se o aporte de 
recursos financeiros para financiar todas as áreas 
essenciais e estratégicas para o desenvolvimento do 
SUS.
30
É necessário que haja coerência entre os 
instrumentos de planejamento e de governo e que 
os Conselhos de Saúde possam ter ferramentas que 
possibilitem identificar a sua execução, inclusive por 
fonte de financiamento.
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
● A Assistência 
Farmacêutica/Insumo
s pode ser um 
Programa ou Ação 
nos Programas 
Atenção Básica e 
Atenção 
Especializada.
● Vamos aprofundar 
essas discussões na 
aula sobre 
financiamento.
31
A elaboração dos instrumentos de planejamento, estabelecidos 
pela legislação vigente, são obrigações condicionantes, inclusive, 
para o recebimento das transferências intergovernamentais.
O processo de elaboração do planejamento em saúde é de 
responsabilidade de cada um dos entes, devendo ser 
desenvolvido de forma ascendente, articulada, integrada, em 
rede e cooperativa entre as três esferas de governo.
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
O PLANO MUNICIPAL DE 
SAÚDE - PMS
32
Vamos conhecer o que é PMS:
O PMS, instrumento central do 
planejamento, sintetiza as diretrizes, 
objetivos, metas e indicadores a serem 
alcançados; expressa a responsabilidade 
municipal com a saúde da população e a 
intenção de construir a Política Municipal de 
Saúde de forma a contribuir para a melhoria 
da qualidade de vida das pessoas que vivem 
no território.
33
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Planejar implica mobilizar recursos e as 
vontades das pessoas envolvidas. Para que os 
objetivos sejam alcançados, é coerente que a 
opção metodológica de elaboração do PMS 
seja pautada na construção coletiva. É 
preciso levar em consideração o contexto, as 
oportunidades, as ameaças e, 
fundamentalmente, é necessário considerar 
as visões e proposições dos diversos atores 
sociais envolvidos, chamando as equipes 
para a discussão.
34
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Planejar demanda mobilizar recursos e as vontades 
das pessoas envolvidas.Para que os objetivos sejam alcançados, é coerente 
que a opção metodológica de elaboração do PMS seja 
pautada na construção coletiva. É preciso levar em 
consideração o contexto, as oportunidades, as 
ameaças e, fundamentalmente, é necessário 
considerar as visões e proposições dos diversos atores 
sociais envolvidos, chamando as equipes para a 
discussão.
35
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
A participação social e a cogestão precisam 
ser incorporadas aos processos de 
planejamento estratégico das esferas de 
gestão. Do contrário, nunca serão 
efetivamente congregadas às práticas do 
cuidado em saúde (BRASIL, 2012).
Além da inclusão dos atores envolvidos na 
situação, o gestor deve se preocupar com a 
proposição de objetivos e metas realísticos, 
factíveis, porque se forem inalcançáveis 
podem desmotivar a equipe e comprometer 
o planejamento.
36
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Objetivos e metas muito conservadores não 
incitam a superação. Um planejamento 
realista, participativo e coerente com as 
necessidades de saúde da população deve 
ser a imagem ou objetivo ao se pensar em 
ações de saúde, sob o risco de comprometer 
os compromissos assumidos pela gestão.
É fundamental perceber que todas as 
diretrizes de planejamento vigentes no SUS 
têm enfoque integrativo. Assim, na 
perspectiva do processo de planejamento 
regional integrado, o Plano Municipal de 
Saúde é instrumento estratégico para as 
devidas contratualizações.
37
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Os municípios que compõem a região de 
saúde devem discutir as prioridades do 
território conjuntamente, de modo que o 
planejamento expresse compromissos que 
observem as Programações Anuais de Saúde 
(PAS), os Planos de Saúde, os Planos 
Plurianuais (PPA), as Leis de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) de cada ente e estejam 
alinhados à agenda estratégica nacional, 
estadual e municipal do SUS.. Para tanto, as 
regiões de saúde devem se orientar pela 
análise situacional da regionalização e da 
RAS expressas no plano regional,.
38
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Mais recentemente, a Deliberação CIT n° 44, 
de 25 de abril de 2019 definiu que o acordo 
de colaboração entre os entes federados, 
disposto no inciso II do art. 2º do Decreto 
7508/2011, é resultado do Planejamento 
Regional Integrado, como podemos ver no 
infográfico na próxima página.
Será expresso no Plano Regional Integrado e 
observará as diretrizes contidas nas 
Resoluções CIT nº 23/2017 e CIT nº 37/2018..
39
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
40
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Fonte: BRASIL (2013) modificado
Ciclo de Planejamento Regional 
Integrado no SUS
Para construir o PMS os municípios têm se 
utilizado de diferentes modelos de 
planejamento que variam desde aqueles que 
só contemplam a simples projeção de 
tendências, até modelos complexos que 
propõem uma visão mais problematizadora 
da realidade.
41
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Seja qual for a opção, feita pelo município, 
cada um tem autonomia para definir as 
linhas gerais do processo de elaboração do 
PMS, de modo que essa construção seja 
sempre coletiva, tendo em mente que 
planejar implica mobilizar recursos e 
vontades para que as propostas se 
concretizem e os objetivos sejam atingidos.
42
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Os recursos de que dispõem os municípios 
são limitados e insuficientes, razão pela qual 
é fundamental priorizar as ações que serão 
executadas. Isso não significa que as demais 
ações não serão executadas, mas, sim, que o 
mais relevante será executado primeiro.
43
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Constituir o grupo técnico que será 
responsável pela elaboração do PMS, com 
profissionais ligados aos diversos níveis de 
atenção e vigilância em saúde, aos setores 
administrativo e financeiro, auditoria, além 
de técnicos que lidam com os sistemas de 
informação em saúde, deve ser a primeira 
medida adotada pelo gestor. A coordenação 
deverá ocorrer sob a responsabilidade do 
gestor em todas as etapas do processo.
Vamos ver a seguir, as etapas para 
elaboração do PMS.
44
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Elaboração do PMS
I - Análise situacional, 
orientada, dentre outros, 
pelos seguintes temas 
contidos no Mapa da 
Saúde.
45
a) Estrutura do sistema de saúde;
b) Rede de atenção à saúde;
c) Condições sócio sanitárias e políticas;
d) Fluxos de acesso;
e) Recursos financeiros (investimento e custeio);
f) Gestão do trabalho e da educação na saúde, 
monitoramento e avaliação;
g) Ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde e 
gestão e Inovação e pesquisa;
f) Gestão (processos de regionalização, planejamento, 
regulação, participação e controle social) e as dimensões das 
responsabilidades (ética, política, administrativas e técnicas).
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
II - Definição das diretrizes, objetivos, 
metas e indicadores;
46
ATENÇÃO: As diretrizes que orientará a construção do PMS 
deverão ser aprovadas pelo Conselho de Saúde local, 
ponderando as diretrizes nacional e estadual estabelecidas.
Vejamos o que diz a LC 141/12 no seu art. 30 parágrafo 4º:
 “Caberá aos Conselhos de Saúde deliberar sobre as 
diretrizes para o estabelecimento de prioridades.”
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
À análise soma-se as diretrizes estabelecidas 
pelos Conselhos de Saúde, Conferências de 
Saúde e diretrizes estabelecidas no plano de 
governo eleito.
 
A partir dessas análises, constroem-se 
diretrizes, objetivos, metas e indicadores, 
cujos conceitos estão descritos a seguir.
47
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Programa
48
Instrumento de organização da atuação governamental 
que articula um conjunto de ações que concorrem para a 
concretização de um objetivo comum preestabelecido, 
visando à solução de um problema ou ao atendimento de 
determinada necessidade ou demanda da sociedade.
Diretrizes: Expressam ideais de realização e orientam 
escolhas estratégicas e prioritárias.
Devem ser definidas em função das características 
epidemiológicas, da organização dos serviços, do
sistema de saúde e dos marcos da Política de Saúde, 
devendo ser expressas de forma objetiva.
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Diretrizes
49
Expressam ideais de realização e orientam escolhas 
estratégicas e prioritárias. Devem ser definidas em função 
das características epidemiológicas, da organização dos 
serviços, do sistema de saúde e dos marcos da Política de 
Saúde, devendo ser expressas de forma objetiva.
Objetivos
Expressam resultados desejados, refletindo as situações a 
serem alteradas pela implementação de estratégias e 
ações. Declaram e comunicam os aspectos da realidade 
que serão submetidos a intervenções diretas, permitindo a 
agregação de um conjunto de iniciativas gestoras de 
formulação coordenada. Referem-se à declaração “do que 
se quer” ao final do período considerado.
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Ações
50
São as medidas ou iniciativas concretas a serem 
desenvolvidas e que deverão contribuir para o alcance dos 
objetivos e das metas propostos no plano de saúde.
Objetivos estratégicos
São os desafios que a gestão deverá suplantar para 
conseguir implementar a sua estratégia. Os objetivos 
estratégicos, que podem ser enunciados como alvos 
bastante precisos, focalizam indicadores de desempenho 
que permitam medir os resultados. No processo de 
definição dos objetivos é importante que sejam criados 
critérios quantificáveis, que possam depois ser medidos 
por indicadores, para que os resultados possam ser 
avaliados na etapa de controle.
Aula6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
Metas
51
Expressam a medida de alcance do objetivo. Um mesmo 
objetivo pode apresentar mais de uma meta em função da 
relevância destas para o seu alcance, ao mesmo tempo em 
que é recomendável estabelecer metas que expressem os 
desafios a serem enfrentados. É recomendável que as 
metas sejam anualizadas, visando deixar claro o que se 
quer alcançar em cada um dos exercícios.
Indicadores
Conjunto de parâmetros que permite identificar, mensurar, 
acompanhar e comunicar, de forma simples, a evolução de 
determinado aspecto da intervenção proposta. Devem ser 
passíveis de apuração periódica, de forma a possibilitar a 
avaliação da intervenção.
Aula 6 | Participação da comunidade no 
planejamento de gestão
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Atividade Descrição Atores 
sociais 
envolvidos
Produto Esperado
Seminário 
de 
alinhamento 
sobre o 
processo de 
planejament
o
Apresentação e discussão 
dos conceitos e da 
metodologia de trabalho 
para a elaboração dos 
instrumentos de 
planejamento.
Equipe da 
gestão da 
SMS e do 
Conselho de 
saúde
Compreensão do processo por 
todos os envolvidos
Oficina de 
discussão 
sobre as 
diretrizes do 
PMS
Ponderação sobre as 
diretrizes nacionais e 
estaduais e formulação das 
diretrizes municipais, a 
partir de critérios 
pactuados (relevância e 
pertinência em relação a 
situação de saúde do 
município).
Equipe da 
gestão da 
SMS e do 
Conselho de 
Saúde
Definição das diretrizes
Oficinas de 
Planejament
o
Análise situacional da 
saúde e debate sobre 
prioridades, metas e 
objetivos. Proposta de PMS.
Equipe da 
gestão da 
SMS e dos 
serviços
Análise do Plano de governo para 
saúde apresentada nas últimas 
eleições;
Análise dos instrumentos de 
planejamento construídos 
anteriormente e em vigência;
Levantamento dos dados 
referentes ao diagnóstico do PMS;
Identificação de prioridades, metas 
e objetivos;
Elaboração de indicadores para o 
monitoramento;
Sistematização dos componentes 
do plano e elaboração de proposta;
Levantamento dos compromissos e 
pactuações regionais;
Levantamento dos recursos 
financeiros transferidos pelo FNS e 
FES.
Reuniões 
com o 
Prefeito(a) e 
equipe
Definição das prioridades e 
metas para a saúde no 
quadriênio no âmbito do 
governo. Análise da 
viabilidade do PMS
Secretário(a) 
de Saúde e 
sua equipe 
dirigente 
SMS;
Prefeito(a) e 
sua equipe.
Identificação de prioridades, metas 
e objetivos;
Análise de viabilidade política e 
orçamentária da proposta do PMS;
Oficinas do 
CMS
Discussão e sistematização 
das propostas do PMS
Equipe de 
gestão; CMS,
Proposta de PMS.
Reunião do 
CMS
Avaliação e aprovação do 
PMS pelo CMS
Equipe de 
gestão; CMS.
Aprovação do PMS.
Aprovado o PMS, este deverá ser 
encaminhando pelo gestor da saúde à 
equipe de planejamento e orçamento da 
Prefeitura para subsidiar a elaboração do 
PPA.
É importante que a equipe que elaborou o 
PMS, sob a coordenação do Gestor da 
Saúde, participe ativamente da elaboração 
do PPA.
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PROGRAMA ANUAL DE 
SAÚDE - PAS
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A PAS tem por objetivo 
operacionalizar as 
intenções quadrienais 
expressas no PMS.
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A PAS deverá ser elaborada em consonância com o PMS, 
modelar a atuação anual em saúde do Governo Municipal ao 
definir as ações que, no ano específico, garantirão o alcance 
dos objetivos e o cumprimento das metas do PMS.
Vale lembrar que, a programação compreende o 
desdobramento e o detalhamento do Plano de Saúde 
que abrange quatro anos para um ano orçamentário.
A PAS se constitui em um instrumento de gestão que 
demonstra a operacionalização, no exercício correspondente, 
das metas expressas no PMS. Ao dimensionar as metas e 
estabelecer valores para a cobertura financeira das proposições, 
explicitam-se quais os compromissos previstos para o exercício.
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Concluída a PAS, esta deve ser enviada ao 
CMS para aprovação e quando aprovada, o 
momento seguinte, é o encaminhamento 
para a área de Planejamento e Orçamento 
da Prefeitura para elaboração da LDO e da 
LOA. Mais uma vez, a equipe que a elaborou 
deverá participar ativamente na elaboração 
da proposta orçamentária. E a sua execução 
se dará no ano subsequente.
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Devemos considerar o que está posto na legislação, 
vejamos!
Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde - SUS 
compete:
I -
Planejar, organizar, controlar e avaliar as 
ações e os serviços de saúde e gerir e 
executar os serviços públicos de saúde;
II -
Participar do planejamento, programação e 
organização da rede regionalizada e 
hierarquizada do Sistema Único de Saúde - 
SUS, em articulação com sua direção 
estadual;
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Os programas e as ações vinculadas a saúde 
que integram o PPA foram codificadas. A 
codificação de cada programa bem como a 
de cada ação deve constar no quadro de 
metas.
Lei 8080/90, Art.15 – Das Atribuições 
Comum ......... “inciso X - elaboração da 
proposta orçamentária do Sistema Único 
de Saúde (SUS), de conformidade com o 
plano de saúde”.
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Mas não se preocupe!
Toda codificação contábil será trabalhada 
pelos técnicos da Secretaria de 
Planejamento e Orçamento do município. 
Uma vez o PPA aprovado, essas codificações 
serão identificadas e deverá compor a PAS.
Feitas as devidas observações, entre os 
instrumentos do planejamento do SUS e 
Orçamentários, é plenamente possível a 
compatibilização entre eles! Todos esses 
instrumentos precisam estar articulados 
para que seja assegurada a coerência 
necessária à sua implementação.
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Objetivando uma melhor compreensão quanto a 
elaboração da PAS, sugerimos um modelo no qual 
constam as metas e ações para cada eixo, diretriz e 
objetivo do PMS e contempla os seguintes campos:
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RELATÓRIO DE GESTÃO
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Relatório de gestão é uma ferramenta para comprovar a 
utilização de recursos. E sua finalidade é:
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Apresentar os resultados alcançados com a 
execução da Programação Anual de Saúde, 
orientar a elaboração da nova programação anual, 
bem como eventuais redirecionamentos que se 
fizerem necessários no Plano de Saúde, nas três 
esferas de direção do Sistema (LC 141/12).
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A cada quadrimestre o gestor da saúde obriga-se a prestar 
contas, por meio do Relatório Detalhado do Quadrimestre 
Anterior (RDQA), o qual conterá, no mínimo, as seguintes 
informações:
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A - Montante e fonte dos recursos aplicados no 
período;
B - As auditorias realizadas ou em fase de execução 
no período e suas recomendações e 
determinações;
C - A oferta e a produção de serviços públicos na 
rede assistencial própria, contratada e conveniada, 
comparando esses dados com os indicadores de 
saúde da população em seu âmbito de atuação.
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O gestor deverá apresentar o RDQA em audiência pública 
na Casa Legislativa e aos respectivos Conselhos de Saúde, 
até́ o final dos meses de maio, setembro e fevereiro.
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A prestação de contas quadrimestral não pode ser 
vista apenas como cumprimento de um preceito 
legal, mas como uma grande oportunidade para 
realizar o monitoramento e a avaliação da PAS, por 
meio de seus indicadores, favorecendo ao gestor e 
sua equipe revisitá-la, periodicamente, e se preciso, 
corrigir o rumo dos objetivos e metas previstos.
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A elaboração do RDQA facilita a prestação de contas 
anual, pois se o fizer de forma regular, ao final do ano 
terá o seu Relatório Anual deGestão (RAG) 
praticamente concluído.
Ao final do exercício, o gestor deverá concluir o 
Relatório Anual de Gestão (RAG), importante 
instrumento de planejamento do SUS, cuja 
elaboração está prevista em diversos dispositivos 
legais como a LC 141/2012 e no Título IV, Capítulo I, da 
Portaria de Consolidação nº1, de 28 de setembro de 
2017.
Mas o que é RGA?
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RAG é um 
instrumento adotado 
para a apresentação 
dos resultados 
atrelados à PAS, 
devendo conter:
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O RAG deve ser 
enviado ao CMS até 30 
de março do ano 
seguinte à sua 
competência para 
análise e emissão de 
parecer pelo conselho. 
(Manual do Gestor 
2021)
Diretrizes
Objetivos
Indicadores do PMS
Metas previstas e executadas 
da PAS
Análise da execução 
orçamentária
Recomendações necessárias, 
inclusive orienta sobre 
eventuais redirecionamentos 
que se fizerem necessários ao 
Plano de Saúde e às 
Programações Anuais 
seguintes.
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A prestação de contas, conforme disciplina a Lei 
Complementar 141/2012, conterá́ demonstrativo das 
despesas com saúde integrante do Relatório 
Resumido da Execução Orçamentária (RREO). 
As receitas correntes e as despesas com ações e 
serviços públicos de saúde serão apuradas e 
publicadas nos balanços do Poder Executivo, assim 
como em demonstrativo próprio que acompanhará o 
relatório.
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O RAG constitui importante instrumento para a 
gestão pública em saúde, pois a partir das 
informações sobre recursos alocados no setor, têm-se 
subsídios para a discussão sobre o financiamento e o 
planejamento do SUS.
Os Municípios deverão dar ampla divulgação das 
prestações de contas da área da saúde para consulta 
e apreciação da população local dos bairros e regiões 
da cidade no monitoramento e avaliação.
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A partir do ano de 2019, o Ministério da Saúde (MS) 
disponibilizou um sistema – DigiSUS Gestor – Módulo 
Planejamento (DGMP), o qual faz parte da Estratégia 
de Saúde Digital (e-Saúde) para o Brasil, em 
substituição ao Sistema de Apoio ao Relatório de 
Gestão (SargSUS) que ficou ativo até 04 de maio de 
2020 apenas para inserção de informações relativas 
aos anos anteriores a 2018.
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Atualmente, o preenchimento do DigiSUS Gestor – 
Módulo Planejamento (DGMP) pelos gestores 
estadual e municipal é obrigatório para inserção de 
informações de documentos referentes ao ano de 
2018 em diante (PT MS/GM nº 750/2019).
O DigiSUS Gestor é o sistema agora utilizado por 
estados e municípios para as informações sobre o 
Planejamento em Saúde. Para acessar o Módulo de 
Planejamento para o registro de dados é necessário 
ao usuário possuir login e senha.
O cadastro de usuários e a solicitação de acesso ao 
Módulo de Planejamento são realizados por meio do 
Sistema de Cadastro e Permissão de Acesso (SCPA) do 
MS.
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Na plataforma do DigiSUS são 
disponibilizados painéis, tabelas, gráficos 
em acesso público para consultas e 
pesquisas. O Módulo de Planejamento 
possibilita ao gestor o registro das diretrizes, 
objetivos, metas e indicadores de seu Plano 
de Saúde; a anualização dessas metas no 
campo destinado a Programação Anual de 
Saúde e a realização dos seus Relatórios de 
Gestão (quadrimestrais e anual), além do 
registro de metas da Pactuação 
Interfederativa relativas a 2021..
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No DigiSUS, os conselhos de saúde emitem 
o parecer da análise de cada um dos RDQA 
e parecer conclusivo do RAG, que será 
disponibilizado para acesso público no 
sistema, quando finalizado.
Para cumprimento das atribuições dos 
gestores, quanto aos instrumentos 
componentes do ciclo de planejamento, 
deve-se observar os prazos legais que 
compõem agendas que se correlacionam.
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Os dados do Relatório Resumido de 
Execuções Orçamentárias – RREO 
devem ser idênticos aos informados 
no Sistema de Informações Sobre 
Orçamentos Públicos em Saúde - 
SIOPS, que constitui a fonte de 
informações para demonstração dos 
recursos aplicados em saúde, 
lembrando que a LC 141/2012 
determinou o que são despesas com 
saúde bem como regulamentou os 
percentuais a serem aplicados pelos 
três entes federados.
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O planejamento e a execução de ações e serviços de saúde 
envolvem a utilização de instrumentos e ferramentas 
definidos legalmente, cujo cumprimento dos prazos é 
exigido, justamente por conformar um ciclo de atividades 
interdependentes e por garantir a transparência do 
processo.
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O cronograma a seguir apresenta uma síntese dos 
compromissos dos gestores em todo o ciclo de 
planejamento.
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O Planejamento do SUS requer a construção participativa, 
ascendente e Intersetorial para poder ser utilizado como 
instrumento estratégico para a gestão, possibilitando o seu 
monitoramento e a avaliação das ações e dos serviços.
O Plano Municipal de Saúde, a Programação Anual de 
Saúde e os Relatórios de Gestão (RDQA e RAG), 
efetivamente, são os principais instrumentos de gestão 
para o acompanhamento da execução das políticas de 
saúde.
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planejamento de gestão
A perfeita compatibilização com os 
instrumentos do planejamento 
orçamentário se faz necessária, afinal, 
precisa-se garantir a alocação dos 
recursos financeiros para efetivar a 
execução das ações planejadas.
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É fundamental utilizar esses instrumentos no 
cotidiano da gestão. Tais instrumentos devem ser 
encarados, por todos os atores responsáveis pela sua 
execução, como uma forma de vislumbrar a 
potencialidade das suas intervenções. Afinal, os 
desafios atuais exigem posicionamentos, de modo 
que se possa aplicar e usufruir de toda a 
potencialidade do processo de planejamento.
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PARTICIPAÇÃO DA 
COMUNIDADE NO 
PLANEJAMENTO DE GESTÃO
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A participação da comunidade é importante nas 
ações de promoção da saúde, na determinação de 
diretrizes para o plano municipal de saúde e no 
monitoramento e avaliação das políticas públicas da 
saúde, e do desempenho financeiro e contabilístico 
da saúde.
As limitações orçamentárias definidas nas leis 
orçamentarias acabam sempre por limitar a 
capacidade de atenção a todas as necessidades de 
saúde no município e nos demais entes federados.
O gestor municipal deve aportar informações e uma 
análise de situação adequadas. Várias estratégias 
podem organizar a participação da comunidade.
Vamos conhece-las?
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planejamento de gestão
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Conferência Municipal de Saúde
Em colaboração com o Conselho, pode fazer 
reuniões para analisar a situação de saúde e 
escuta em bairros e distritos para levantamento de 
problemas;
Reuniões no Conselho
Reuniões para definição das diretrizes estratégicas a 
serem usadas na formulação do PMS, devem analisar a 
pertinência para o município das diretrizes estabelecidas 
pelo CNS de amplitude Nacional, pelo CES de amplitude 
estadual e pelas diretrizes regionais estabelecidas no 
processo de pactuação regional e formulação do 
PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO. Lembrar 
ainda da importância das eleições municipais que 
aprovaram um plano de governo do prefeito (a) eleito (a), 
com diretrizes a serem consideradas pelo Conselho 
Municipal de Saúde.
Aula 6 | Participação da comunidade no 
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Por meio do processo participativo, a população 
“empodera-se” para tomar decisõese estabelecer 
prioridades, buscando parcerias na resolução de seus 
problemas. Nessa perspectiva, espera-se que os 
avanços no setor da saúde ocorram articuladamente 
às possibilidades de transformações gerais da 
sociedade, rumo a um projeto de emancipação de 
todos os cidadãos.
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Quanto maior a participação da comunidade no processo de 
planejamento, maior será a representatividade, junto à 
população, dos objetivos e metas estabelecidos no PMS.
Nada pode acontecer na saúde que não esteja no orçamento; 
Nada pode estar no orçamento que não esteja no Plano de 
Saúde; Nada pode estar no Plano de Saúde sem a aprovação do 
Conselho de Saúde. 
 
Gilson de Carvalho
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Com base no que foi estudado, reflita e responda as questões 
abaixo:
● Qual a dinâmica de elaboração do PMS na Secretaria de 
Saúde do seu município?
● As diretrizes do PMS guardam relação com as diretrizes 
dos Planos Estadual e Nacional de Saúde?
● Existe harmonia entre o PMS e o Plano Plurianual (PPA)?
● Quem constrói o PMS na esfera de gestão municipal?
● Os diversos atores do SUS do seu município têm o PMS 
como referência para o processo de trabalho?
● O PMS inclui as dimensões das responsabilidades da 
gestão que foi abordada anteriormente?
Caso tenha dificuldades em responder, reveja o conteúdo 
estudado.
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REFLITA E RESPONDA:
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FINALIZANDO
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Vimos em nossos estudos a dinâmica e vantagens do 
planejamento no SUS, sendo um instrumento fundamental 
para a boa gestão. E dentro disso, entendemos sobre análise 
documental, legislação, organização e a importância da 
comunidade dentro do controle social do planejamento.
· : Lembre-se que ao planejar, não eliminamos a rotina e 
nem os imprevistos. A análise do nosso planejamento e sua 
execução vai permitir que a agenda dos gestores seja 
estrategicamente mais voltada ao planejado do que à rotina, 
mas esta é importante na gestão também.
Te encontro na próxima aula!
 
CONASEMS. Manual do(a) Gestor(a) Municipal do 
SUS - Diálogos no cotidiano. 2.a edição digital - 
revisada e ampliada. 2021. Disponível em: 
https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2
021/02/manual_do_gestor_2021_F02-1.pdf
MANUAL DE PLANEJAMENTO NO SUS 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/articula
cao_interfederativa_v4_manual_planejamento_atual
.pdf
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. 
Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988. Disponível 
em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ 
constituicao/constituicaocompilado.htm
Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão 
Estratégica e Participativa. Decreto 7508 de 28 de 
junho de 2011: regulamentação da Lei 8080/90. 
Ministério da Saúde. 1. 2. reimp – Brasília: Ministério 
da Saúde, 2011.
REFERÊNCIAS
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planejamento de gestão
Presidência da República. Casa Civil. Subchefia 
para Assuntos Jurídicos. Lei Complementar nº 
141, de 13 de janeiro de 2012. Disponível em 
http://www. 
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm
UNA-SUS. Universidade Federal do Maranhão. 
UNA-SUS/UFMT. plano de saúde como 
ferramenta de gestão - UNA-SUS/UFMA, de PT 
Garcia - 2016ª disponível em: 
www.unasus.ufma.br/site/files/livros_isbn/isbn_g
p04.pdf
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REFERÊNCIAS
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