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PROTOCOLO START INTRODUÇÃO Atualmente, com o surgimento de ataques terroristas e catástrofes naturais, o atendimento pré-hospitalar tem a triagem como ferramenta imprescindível, uma vez que um incidente com múltiplas vítimas apresenta recursos em proporção incompatível para atendimento e transporte de todos envolvidos no ocorrido. Ou seja, se os recursos (humano, infraestrutura, materiais, transporte) disponíveis são escassos, há necessidade de se realizar uma triagem, a fim de classificar e categorizar as vítimas de acordo com a gravidade, utilizando a lógica “maior chance de sobrevivência”. O Ministério da Saúde define como recomendação a realização de triagem em casos de eventos com mais de cinco vítimas. O melhor método de triagem é aquele que é de conhecimento da equipe e aplicado de maneira correta. O método START, por ser simples e objetivo, é o método de triagem mais utilizado ao redor do mundo. DEFINIÇÃO O START (Simple Triage And Rapid Treatment, isto é, triagem simples e tratamento rápido) é um método que foi desenvolvido para o atendimento de ocorrências com múltiplas vítimas, pois permite a rápida identificação das que estão em grande risco de vida. Portanto, esse método de triagem de vítimas não preconiza o diagnóstico médico e, sim, a classificação das pessoas acidentadas com base nas necessidades de cuidados e chance de sobrevivência. UTILIZAÇÃO DO PROTOCOLO Esse protocolo utiliza do mnemônico “RPM – 30 – 2 – obedece ordens”, onde cada uma das primeiras letras de relaciona com um dos três componentes seguintes: R (respiração): avalia a capacidade respiratória. P (perfusão): qualidade da perfusão periférica em 2 segundos. M (mental): nível de consciência da vítima para seguir os comandos dos socorristas. Vale ressaltar que, essa avaliação inicial dura aproximadamente 30 segundos e não deve ultrapassar de 60 segundos. CATEGORIZAÇÃO DAS VÍTIMAS No protocolo START, as vítimas são classificadas pelo estado de gravidade e cada categoria utiliza uma cor para fácil identificação no momento de evacuação e transporte da cena. Mortos (cor cinza ou preto): vítimas que não respondem a procedimentos simples, como abertura das vias aéreas e com ferimentos críticos que indicam morte iminente. Imediata (cor vermelha): vítimas com ferimentos graves, porém com chance de sobrevida. Possuem prioridade elevada para atendimento, retirada da cena e transporte. Pode aguardar (cor amarela): vítimas com ferimentos moderados. Podem aguardar um tempo na cena até tratamento definitivo. Leve (cor verde): vítimas com ferimento mínimos, que podem deambular e ajudar outras vítimas mais debilitadas. Beatriz Loureiro A categorização pode ser facilitada pelo uso de cartões nas cores vermelha, amarela, verde e preta (ou cinza). Esses instrumentos são colocados em cada vítima de acordo com a gravidade. As vítimas devem ser encaminhadas às áreas de prioridade, que possuem as mesmas cores definidas de acordo com a categorização das vítimas (vermelha, amarela, verde e cinza). O serviço de pré-hospitalar geralmente delimita essas áreas com lonas estendidas no chão, em área segura, para que seja realizada a segunda parte da triagem, confirmando a categorização e iniciando o tratamento da equipe médica para posterior transporte. A continuidade do serviço pré-hospitalar e o tratamento definitivo ocorre no intra-hospitalar. Para que os acidentados tenham acesso a esse serviço, é realizado a triagem de evacuação. As vítimas graves e moderadas (vermelhas e amarelas) são encaminhadas, nessa sequência, pelas viaturas até o hospital. As vítimas leves (verdes) podem ir por meios próprios, sendo orientadas a procurar unidades de menor complexidade. E, por fim, as vítimas expectantes (pretas ou cinzas) podem ser removidas, se necessário ainda, após a evacuação de todas as outras. Beatriz Loureiro
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