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Transtornos psicóticos

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MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
TRANSTORNO PSICÓTICO 
O espectro da esquizofrenia e outros transtornos 
psicóticos inclui: 
 Esquizofrenia; 
 Outros transtornos psicóticos e transtorno 
(da personalidade) esquizotípica. 
Esses transtornos são definidos por 
anormalidades em 1 ou mais dos 5 domínios a 
seguir: 
 Delírios; 
 Alucinações; 
 Pensamento (discurso) desorganizado; 
 Comportamento motor grosseiramente 
desorganizado ou anormal (incluindo 
catatonia); e 
 Sintomas negativos. 
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS QUE 
DEFINEM OS TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
DELÍRIOS 
Os delírios são crenças fixas, não passíveis de 
mudança à luz de evidências conflitantes. 
Seu conteúdo pode incluir uma variedade de 
temas: 
 Persecutório, de referência, somático, 
religioso, de grandeza. 
1. Delírios persecutórios (comum): crença de que 
o indivíduo irá ser prejudicado, assediado, e 
assim por diante, por outra pessoa, organização 
ou grupo; 
2. Delírios de referência (comum): crença de que 
alguns gestos, comentários, estímulos 
ambientais, e assim por diante, são direcionados 
à própria pessoa; 
3. Delírios de grandeza: quando uma pessoa crê 
que tem habilidades excepcionais, riqueza ou 
fama; 
4. Delírios erotomaníacos: quando o indivíduo 
crê falsamente que outra pessoa está apaixonada 
por ele. 
5. Delírios niilistas: convicção de que ocorrerá 
uma grande catástrofe; 
6. Delírios somáticos: preocupações referentes à 
saúde e à função dos órgãos. 
7. Delírios bizarros: considerado quando se 
claramente implausíveis e incompreensíveis por 
outros indivíduos da mesma cultura, não se 
originando de experiências comuns da vida. 
 Exemplo: crença de que uma força 
externa retirou os órgãos internos de uma 
pessoa, substituindo-os pelos de outra 
sem deixar feridas ou cicatrizes. 
 Exemplo de delírio não bizarro: acreditar 
que a pessoa está sob vigilância da polícia, 
apesar da falta de evidências 
convincentes. 
Os delírios que expressam perda de controle da 
mente ou do corpo costumam ser considerados 
bizarros; 
 Eles incluem a crença de que: 
 
 Pensamentos da pessoa foram 
“removidos” por alguma força 
externa (retirada de pensamento); 
 Pensamentos estranhos foram 
colocados na mente (inserção de 
pensamento); ou 
 O corpo ou as ações do indivíduo estão 
sendo manipulados por uma força 
externa (delírios de controle). 
Distinguir um delírio de uma ideia firmemente 
defendida é algumas vezes difícil e depende, em 
parte, do grau de convicção com que a crença é 
defendida apesar de evidências contraditórias 
claras ou razoáveis acerca de sua veracidade. 
 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
ALUCINAÇÕES 
Alucinações são experiências semelhantes à 
percepção que ocorrem sem um estímulo externo. 
São vívidas e claras, com toda a força e o 
impacto das percepções normais, não estando 
sob controle voluntário. 
Podem ocorrer em qualquer modalidade 
sensorial, embora as alucinações auditivas sejam 
as mais comuns na esquizofrenia e em 
transtornos relacionados. 
 Alucinações auditivas costumam ser 
vividas como vozes, familiares ou não, 
percebidas como diferentes dos próprios 
pensamentos do indivíduo. 
As alucinações devem ocorrer no contexto de um 
sensório sem alterações; 
 Ocorrem ao adormecer (hipnagógicas) ou 
ao acordar (hipnopômpicas) são 
consideradas como pertencentes ao 
âmbito das experiências normais. 
 Em alguns contextos culturais, alucinações 
podem ser elemento normal de experiências 
religiosas. 
DESORGANIZAÇÃO DO PENSAMENTO 
(DISCURSO) 
A desorganização do pensamento (transtorno do 
pensamento formal) costuma ser inferida a partir 
do discurso do indivíduo. 
 Este pode mudar de um tópico a outro 
(descarrilamento ou afrouxamento das 
associações). 
 As respostas a perguntas podem ter uma 
relação oblíqua ou não ter relação 
alguma (tangencialidade). 
Raras vezes, o discurso pode estar tão gravemente 
desorganizado que é quase incompreensível, 
lembrando a afasia receptiva em sua 
desorganização linguística (incoerência ou 
“salada de palavras”). 
Uma vez que o discurso levemente 
desorganizado é comum e inespecífico, o 
sintoma deve ser suficientemente grave a ponto de 
prejudicar de forma substancial a comunicação 
efetiva. 
A gravidade do prejuízo pode ser de difícil 
avaliação quando a pessoa que faz o diagnóstico 
vem de um contexto linguístico diferente daquele 
de quem está sendo examinado. 
Pode ocorrer desorganização menos grave do 
pensamento ou do discurso durante os períodos 
prodrômicos ou residuais da esquizofrenia. 
COMPORTAMENTO MOTOR 
GROSSEIRAMENTE DESORGANIZADO OU 
ANORMAL (INCLUINDO CATATONIA) 
Comportamento motor grosseiramente 
desorganizado ou anormal pode se manifestar de 
várias formas, desde: 
 O comportamento “tolo e pueril” até a 
agitação imprevisível. 
Os problemas podem ser observados em: 
 Qualquer forma de comportamento 
dirigido a um objetivo, levando a 
dificuldades na realização das atividades 
cotidianas. 
 
Comportamento catatônico é uma redução 
acentuada na reatividade ao ambiente. 
 Varia da resistência a instruções 
(negativismo), passando por manutenção 
de postura rígida, inapropriada ou 
bizarra, até a falta total de respostas 
verbais e motoras (mutismo e estupor). 
 Pode incluir atividade motora sem 
propósito e excessiva sem causa óbvia 
(excitação catatônica). 
Outras características incluem: 
 Movimentos estereotipados repetidos; 
 Olhar fixo; 
 Caretas; 
 Mutismo e eco da fala. 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
Ainda que a catatonia seja historicamente 
associada à esquizofrenia, os sintomas 
catatônicos são inespecíficos, podendo ocorrer 
em: 
 Outros transtornos mentais: transtornos 
bipolar ou depressivo com catatonia; e em 
 Condições médicas: transtorno catatônico 
devido a outra condição médica. 
SINTOMAS NEGATIVOS 
Sintomas negativos respondem por uma porção 
substancial da morbidade associada à 
esquizofrenia, embora sejam menos 
proeminentes em outros transtornos psicóticos. 
Dois sintomas negativos são especialmente 
proeminentes na esquizofrenia: 
 Expressão emocional diminuída; e 
 Avolia. 
1. Expressão emocional diminuída inclui: 
 Reduções na expressão de emoções pelo 
rosto, no contato visual, na entonação da 
fala (prosódia) e nos movimentos das 
mãos, da cabeça e da face, os quais 
normalmente conferem ênfase emocional 
ao discurso. 
2. Avolia é uma: 
 Redução em atividades motivadas, 
autoiniciadas e com uma finalidade. 
A pessoa pode ficar sentada por períodos longos 
e mostrar pouco interesse em participar de 
atividades profissionais ou sociais. 
 
Outros sintomas negativos incluem: 
3. Alogia: manifestada por produção diminuída do 
discurso 
4. Anedonia: capacidade reduzida de ter prazer 
resultante de estímulos positivos, ou degradação na 
lembrança do prazer anteriormente vivido; e 
5. Falta de sociabilidade: aparente ausência de 
interesse em interações sociais, podendo estar 
associada à avolia, embora possa ser uma 
manifestação de oportunidades limitadas de 
interações sociais. 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
Os principais diagnósticos diferenciais dos 
Transtorno (da Personalidade) Esquizotípica 
são: 
 Transtorno delirante; 
 Transtorno psicótico breve; 
 Transtorno esquizofreniforme; 
 Esquizofrenia. 
TRANSTORNO DELIRANTE 
Delírios são crenças fixas, falsas, que não estão 
de acordo com a cultura. 
 Eles estão entre os sintomas psiquiátricos 
mais interessantes devido à grande 
variedade de crenças falsas que podem ser 
mantidas por tantas pessoas e porque são 
difíceis de tratar. 
O diagnóstico de transtorno delirante é feito 
quando: 
 Uma pessoa exibe delírios não bizarros de 
pelo menos1 mês de duração que não 
podem ser atribuídos a outros transtornos 
psiquiátricos. 
A!! Não bizarro significa que o delírio deve ser 
sobre situações que podem ocorrer na vida real, 
como ser seguido, infectado, amado a distância, e 
assim por diante; 
 Ou seja, eles geralmente têm a ver com 
fenômenos que, mesmo não sendo reais, 
são possíveis. 
Vários tipos de delírios podem estar presentes, e 
o tipo predominante é especificado quando o 
diagnóstico é feito. 
 
 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
EPIDEMIOLOGIA 
Uma avaliação precisa da epidemiologia do 
transtorno delirante é dificultada por/pela: 
 Relativa raridade; 
 Recentes alterações em sua definição. 
Além disso, o transtorno pode ser sub-relatado, 
porque os indivíduos delirantes raramente 
buscam ajuda psiquiátrica, a não ser que sejam 
forçados a isso por suas famílias ou por ordens 
judiciais. 
Porém a literatura apoia o fato de que essa 
condição, embora incomum, tem uma taxa 
bastante estável. 
 A incidência anual é de 1 a 3 novos casos 
por 100 mil pessoas. 
 A idade média de início é em torno dos 40 
anos, mas varia entre os 18 e os 90 anos. 
 Existe leve preponderância de pacientes 
do sexo feminino. 
 Os homens têm mais probabilidade de 
desenvolver delírios paranoides do que as 
mulheres, que tendem mais a desenvolver 
delírios de erotomania. 
 Muitos pacientes são casados e estão 
empregados, mas pode haver alguma 
associação com imigração recente e 
condição socioeconômica baixa. 
O subtipo mais frequente é o persecutório. 
O tipo ciumento é provavelmente mais comum 
em indivíduos do sexo masculino do que nos do 
feminino. 
ETIOLOGIA 
Como ocorre com todos os transtornos 
psiquiátricos maiores, a causa do transtorno 
delirante é desconhecida. 
Ademais, os pacientes hoje classificados com o 
transtorno provavelmente apresentem um grupo 
heterogêneo de condições em que os delírios são 
o sintoma predominante. 
 
O conceito central sobre a causa desse transtorno 
é: 
 Sua distinção da esquizofrenia e dos 
transtornos do humor. 
A!! Ele é muito mais raro do que qualquer um 
deles, com início mais tardio do que a 
esquizofrenia e predominância feminina menos 
pronunciada do que os transtornos do humor. 
Os dados mais convincentes vêm de estudos de 
famílias, que relatam prevalência maior de 
transtorno delirante e traços de personalidade 
relacionados (p. ex., desconfiança, ciúmes e 
reserva) nos parentes dos probandos com 
transtorno delirante. 
FATORES PSICODINÂMICOS 
Os médicos têm uma forte impressão clínica de 
que muitos pacientes com transtorno delirante 
são: 
 Socialmente isolados e atingiram níveis de 
realização mais baixos do que o esperado. 
As teorias psicodinâmicas específicas sobre a 
causa e a evolução dos sintomas delirantes 
envolvem suposições a respeito de pessoas 
hipersensíveis e de mecanismos de defesa do ego, 
como: 
 Formação reativa, projeção e negação. 
 
Legenda: fatores de risco associados com transtorno delirante 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
ESTADO MENTAL 
DESCRIÇÃO GERAL 
Os pacientes costumam estar bem arrumados e 
bem vestidos, sem evidências de desintegração 
aparente da personalidade ou das atividades 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
diárias, mas podem parecer excêntricos, 
estranhos, desconfiados ou hostis. 
Às vezes, são contenciosos e podem deixar essa 
inclinação clara para o examinador. 
A característica mais notável é que o: 
 Exame do estado mental mostra que são 
bastante normais, exceto por um sistema 
delirante acentuadamente anormal. 
Eles podem tentar engajar os médicos como 
aliados em seus delírios, mas estes não devem 
fingir aceitar os delírios, pois isso confunde ainda 
mais a realidade e abre caminho para o 
surgimento da desconfiança entre o paciente e o 
terapeuta. 
HUMOR, SENTIMENTOS E AFETO 
O humor do indivíduo é compatível com o 
conteúdo de seus delírios. 
 Um paciente com delírio de grandeza é 
eufórico; 
 Outro com delírios persecutórios é 
desconfiado. 
Qualquer que seja a natureza do sistema 
delirante, o examinador pode perceber algumas 
características depressivas leves. 
DISTÚRBIOS PERCEPTUAIS 
Por definição, pacientes com transtorno delirante 
não têm alucinações proeminentes ou contínuas. 
Alguns têm outras experiências alucinatórias – 
em geral, mais auditivas do que visuais. 
PENSAMENTO 
O transtorno do conteúdo do pensamento, na 
forma de delírios, é o sintoma-chave do 
transtorno delirante. 
Os delírios geralmente são: 
 Sistematizados e caracterizados como 
possíveis: delírios de ser perseguido, de ter 
um cônjuge infiel, de estar infectado com 
um vírus ou de ser amado por uma pessoa 
famosa. 
A!! Esses exemplos de conteúdo delirante 
contrastam com o conteúdo delirante bizarro e 
impossível de alguns indivíduos com 
esquizofrenia. 
O sistema delirante em si pode ser complexo ou 
simples. 
Os pacientes não apresentam outros sinais de 
transtorno do pensamento, embora alguns 
possam ser verborrágicos, circunstanciais ou 
idiossincrásicos quando falam sobre os delírios. 
Os médicos não devem pressupor que todos os 
cenários improváveis sejam delirantes, e a 
veracidade das crenças deve ser verificada antes 
de seu conteúdo ser rotulado como delirante. 
SENSÓRIO E COGNIÇÃO 
1. ORIENTAÇÃO: pacientes com transtorno 
delirante não costumam ter anormalidades na 
orientação, a menos que tenham um delírio 
específico sobre uma pessoa, lugar ou tempo. 
2. MEMÓRIA: a memória e outros processos 
cognitivos estão intactos. 
CONTROLE DOS IMPULSOS 
Os médicos devem avaliar pacientes com 
transtorno delirante para a presença de ideação ou 
planos de agir segundo o material delirante por 
meio de suicídio, homicídio ou outra violência. 
 Embora a incidência desses 
comportamentos não seja conhecida, os 
terapeutas devem perguntar ao paciente 
sobre esses quesitos. 
A agressividade destrutiva é mais comum 
naqueles com história de violência; 
 Se houve sentimentos agressivos no 
passado, os terapeutas devem investigar 
como os pacientes lidaram com esses 
sentimentos. 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
A!! Se o indivíduo não puder controlar seus 
impulsos, é provável que a hospitalização seja 
necessária. 
 Discutir abertamente como a 
hospitalização pode ajudar o paciente a 
obter mais controle sobre seus impulsos 
ajuda a promover a aliança terapêutica. 
JULGAMENTO E INSIGHT 
Pacientes com transtorno delirante praticamente 
não têm entendimento algum de sua condição e 
são quase sempre levados ao hospital pela polícia, 
por membros da família ou por empregadores. 
 O julgamento pode ser mais bem avaliado 
investigando-se o comportamento 
passado, presente e planejado do 
paciente. 
CONFIABILIDADE 
Pacientes com transtorno delirante tendem a 
fornecer informações confiáveis, exceto quando 
estas contrariam seu sistema delirante. 
TIPOS 
O delírio de perseguição é um sintoma clássico 
do transtorno delirante, e os tipos persecutório e 
ciumento provavelmente sejam as formas vistas 
com mais frequência pelos psiquiatras. 
TIPO PERSECUTÓRIO 
Os pacientes estão convencidos de que estão sendo 
perseguidos ou prejudicados. 
As crenças persecutórias muitas vezes estão 
associadas com: 
 Rabugice, irritabilidade e raiva e o 
indivíduo que se deixa levar pela raiva pode 
às vezes ser agressivo ou mesmo homicida. 
Outras vezes, esses indivíduos podem se tornar 
preocupados com litígios formais contra seus 
supostos perseguidores. 
Em contraste com os delírios persecutórios da 
esquizofrenia, a clareza, a lógica e a elaboração 
sistemática do tema persecutório no transtorno 
delirante são uma marca notável dessa condição. 
A ausência de outra psicopatologia, dedeterioração da personalidade ou de déficit na 
maioria das áreas de funcionamento também 
contrasta com as manifestações típicas da 
esquizofrenia. 
TIPO CIUMENTO 
O transtorno delirante com delírios de 
infidelidade foi denominado paranoia conjugal 
quando limitado ao delírio de que o cônjuge foi 
infiel. 
O epônimo síndrome de Otelo foi usado para 
descrever um ciúme mórbido decorrente de 
múltiplas preocupações. 
O delírio em geral afeta os homens, muitas vezes 
aqueles sem nenhuma história psiquiátrica. 
Pode aparecer subitamente e serve para explicar 
uma variedade de eventos presentes e passados 
envolvendo o comportamento do cônjuge. 
Essa condição é difícil de tratar e pode diminuir 
apenas com separação, divórcio ou morte do 
cônjuge. 
O ciúme acentuado (ciúme patológico ou 
mórbido) é um sintoma de muitos transtornos, 
incluindo: 
 Esquizofrenia (pacientes do sexo feminino 
apresentam essa característica com maior 
frequência); 
 Epilepsia; 
 Transtornos do humor; 
 Abuso de drogas e alcoolismo. 
...cujo tratamento é direcionado ao transtorno 
primário. 
TIPO EROTOMANÍACO 
Na erotomania, que também tem sido referida 
como síndrome de Clérambault, o indivíduo tem 
a convicção delirante de que outra pessoa, em 
geral de condição social superior, está 
apaixonada por ele(a). 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
Esses pacientes também tendem a ser: 
Solitários, retraídos, dependentes e sexualmente 
inibidos; e a ter níveis baixos de funcionamento 
social ou ocupacional. 
Os seguintes critérios operacionais foram 
sugeridos para o diagnóstico de erotomania: 
1. Uma convicção delirante de comunicação 
amorosa; 
2. O objeto de posição muito superior; 
3. O objeto sendo o primeiro a se apaixonar; 
4. O objeto sendo o primeiro a tomar 
iniciativas; 
5. Início súbito (em um período de 7 dias); 
6. O objeto permanece inalterado; 
7. O paciente racionaliza o comportamento 
paradoxal do objeto; 
8. Curso crônico; e 
9. Ausência de alucinações. 
Além de ser o sintoma-chave em alguns casos de 
transtorno delirante, sabe-se que ocorre também 
na/no: 
 Esquizofrenia, transtorno do humor e em 
outros transtornos orgânicos. 
O curso pode ser crônico, recorrente ou breve, e 
a separação do objeto de amor pode ser a única 
intervenção satisfatória. 
TIPO SOMÁTICO 
O transtorno delirante com delírios somáticos foi 
chamado de psicose hipocondríaca 
monossintomática. 
 A condição difere de outros transtornos 
com sintomas hipocondríacos no grau de 
comprometimento da realidade. 
No transtorno delirante, o delírio é fixo, 
indiscutível e apresentado de forma intensa, pois 
o paciente está totalmente convencido de sua 
natureza física. 
No entanto, pessoas com hipocondria muitas 
vezes admitem que seu medo da doença é, em 
grande parte, infundado. 
O conteúdo do delírio somático pode variar 
muito de caso para caso. 
Existem 3 tipos principais: 
1. Delírios de infestação (incluindo 
parasitose); 
2. Delírios de dismorfofobia, como 
deformidade, feiura e tamanho exagerado 
de partes do corpo (essa categoria parece 
mais próxima do transtorno dismórfico 
corporal); e 
3. Delírios de odores corporais desagradáveis 
ou halitose. 
A!! O 3º, às vezes denominada síndrome de 
referência olfativa, parece ser um pouco 
diferente da categoria dos delírios de infestação, 
uma vez que pacientes com a primeira têm idade 
de início mais precoce (média de 25 anos), 
predominância masculina, estado civil solteiro e 
ausência de tratamento psiquiátrico anterior. 
Em outros aspectos, os três grupos, embora 
individualmente baixos em prevalência, parecem 
se sobrepor. 
 
O início dos sintomas com o tipo somático do 
transtorno delirante pode ser gradual ou súbito. 
 Na maioria dos pacientes, a doença é 
contínua, ainda que a gravidade do delírio 
possa variar. 
 Estado de alerta exacerbado e alta 
ansiedade também caracterizam 
indivíduos com esse subtipo. 
Alguns temas se repetem como: 
 Preocupações com infestação, na 
parasitose delirante; 
 Preocupação com aspectos corporais, 
com os delírios dismórficos; e 
 Preocupações delirantes com odor do 
corpo, que às vezes são referidas como 
bromose. 
 
 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
TIPO GRANDIOSO 
O tema central do delírio é a convicção de: 
 Ter algum grande talento ou 
conhecimento; ou de 
 Ter feito alguma descoberta importante. 
Menos comum, a pessoa pode ter o delírio de 
manter uma relação especial com alguém 
renomado ou de ser uma pessoa famosa (caso em 
que o indivíduo verdadeiro pode ser visto como 
impostor). 
Delírios grandiosos podem ter conteúdo religioso. 
TIPO MISTO 
A categoria tipo misto se aplica a pacientes com 
2 ou mais temas delirantes. 
Esse diagnóstico deve ser reservado para casos 
em que não predomine um único tipo de delírio. 
TIPO NÃO ESPECIFICADO 
Essa categoria é reservada para casos em que o 
delírio predominante não se encaixa nas 
categorias anteriores. 
 Exemplo: delírios de identificação 
equivocada, como a síndrome de 
Capgras. O delírio dessa síndrome é a 
crença de que uma pessoa familiar foi 
substituída por um impostor. 
 
 Outros descreveram variantes da 
síndrome, especificamente o delírio de 
que perseguidores ou familiares 
podem assumir a aparência de 
estranhos (fenômeno de Frégoli) e o 
delírio muito raro de que pessoas 
conhecidas podem se transformar em 
outras por vontade própria 
(intermetamorfose). 
A!! Esses transtornos são raros e podem estar 
associados com esquizofrenia, demência, 
epilepsia e outros transtornos orgânicos. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
A. A presença de um delírio (ou mais) com 
duração de 1 mês ou mais. 
B. O Critério A para esquizofrenia jamais foi 
atendido. 
NOTA: Alucinações, quando presentes, não são 
proeminentes e têm relação com o tema do 
delírio: sensação de estar infestado de insetos 
associada a delírios de infestação. 
C. Exceto pelo impacto do(s) delírio(s) ou de seus 
desdobramentos, o funcionamento não está 
acentuadamente prejudicado, e o 
comportamento não é claramente bizarro ou 
esquisito. 
D. Se episódios maníacos ou depressivos 
ocorreram, eles foram breves em comparação 
com a duração dos períodos delirantes. 
E. A perturbação não é atribuível aos efeitos 
fisiológicos de uma substância ou a outra 
condição médica, não sendo mais bem explicada 
por outro transtorno mental, como transtorno 
dismórfico corporal ou transtorno obsessivo-
compulsivo. 
Determinar o suptipo: 
1. Tipo erotomaníaco: tema central do delírio 
é o de que outra pessoa está apaixonada 
pelo indivíduo. 
2. Tipo grandioso: tema central do delírio é a 
convicção de ter algum grande talento 
(embora não reconhecido), insight ou ter 
feito uma descoberta importante. 
3. Tipo ciumento: tema central do delírio do 
indivíduo é o de que o cônjuge ou parceiro 
é infiel. 
4. Tipo persecutório: tema central do delírio 
envolve a crença de que o próprio indivíduo 
está sendo vítima de conspiração, 
enganado, espionado, perseguido, 
envenenado ou drogado, difamado 
maliciosamente, assediado ou obstruído na 
busca de objetivos de longo prazo. 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
5. Tipo somático: tema central do delírio 
envolve funções ou sensações corporais. 
6. Tipo misto: não há um tema delirante 
predominante. 
7. Tipo não especificado: crença delirante 
dominante não pode ser determinada com 
clareza ou não está descrita nos tipos 
específicos: delírios referenciais sem um 
componente persecutório ou grandioso 
proeminente. 
Especificar se: 
Com conteúdo bizarro: os delírios são 
considerados bizarros se são claramente 
implausíveis, incompreensíveis e não 
originados de experiências comuns davida: a crença de um indivíduo de que um 
estranho retirou seus órgãos internos, 
substituindo-os pelos de outro sem deixar 
feridas ou cicatrizes. 
Especificar se: 
Os especificadores de curso a seguir devem ser 
usados somente após 1 ano de duração do 
transtorno: 
1. Primeiro episódio, atualmente em 
episódio agudo: Primeira manifestação do 
transtorno preenchendo os sintomas 
diagnósticos definidores e o critério de 
tempo. Um episódio agudo é um período de 
tempo em que são satisfeitos os critérios de 
sintomas. 
2. Primeiro episódio, atualmente em 
remissão parcial: Remissão parcial é o 
período de tempo durante o qual uma 
melhora após um episódio prévio é mantida 
e em que os critérios definidores do 
transtorno estão preenchidos apenas 
parcialmente. 
3. Primeiro episódio, atualmente em 
remissão completa: Remissão completa é 
um período de tempo após episódio prévio 
durante o qual não estão presentes sintomas 
específicos do transtorno. 
4. Episódios múltiplos, atualmente em 
episódio agudo 
5. Episódios múltiplos, atualmente em 
remissão parcial 
6. Episódios múltiplos, atualmente em 
remissão completa 
7. Contínuo: Os sintomas que satisfazem os 
critérios para o diagnóstico do transtorno 
persistem durante a maior parte do curso da 
doença, com períodos de sintomas abaixo 
do limiar muito breves em relação ao curso 
geral. 
8. Não especificado 
Especificar a gravidade atual: 
A gravidade é classificada por uma 
avaliação quantitativa dos sintomas 
primários de psicose, o que inclui delírios, 
alucinações, discurso desorganizado, 
comportamento psicomotor anormal e 
sintomas negativos. Cada um desses 
sintomas pode ser classificado quanto à 
gravidade atual (mais graves nos últimos 
7 dias) em uma escala com 5 pontos, 
variando de 0 (não presente) a 4 (presente 
e grave). 
NOTA: O diagnóstico de transtorno 
delirante pode ser feito sem a utilização 
desse especificador de gravidade. 
DESENVOLVIMENTO E CURSO 
Em média, a função global é geralmente melhor 
que a observada na esquizofrenia. 
Embora o diagnóstico costume ser estável, parte 
das pessoas evolui para desenvolver 
esquizofrenia. 
 O transtorno delirante tem uma relação 
familiar significativa com a esquizofrenia 
e o transtorno da personalidade 
esquizotípica. 
TRATAMENTO 
O transtorno delirante costumava ser 
considerado resistente a tratamento, e as 
intervenções muitas vezes focalizavam o manejo 
da morbidade do transtorno por meio da redução 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
do impacto do delírio na vida do paciente (e de 
sua família). 
Porém, nos últimos anos a perspectiva se tornou 
menos pessimista ou restrita ao planejamento do 
tratamento efetivo. 
Os objetivos do tratamento são: 
 Estabelecer o diagnóstico; 
 Decidir sobre as intervenções adequadas; e 
 Lidar com complicações. 
 
Legenda: Diagnóstico e tratamento de transtorno delirante 
O sucesso dessas metas depende de uma relação 
médico-paciente efetiva e terapêutica, que está 
longe de ser fácil de estabelecer. 
Os indivíduos não se queixam de sintomas 
psiquiátricos e muitas vezes entram em 
tratamento contra sua vontade; 
 Até mesmo os psiquiatras podem ser 
atraídos para suas redes delirantes. 
PSICOTERAPIA 
O elemento essencial da psicoterapia eficaz é: 
 Estabelecer um relacionamento que os 
pacientes confiem no terapeuta. 
A terapia individual parece ser mais eficaz do que 
a de grupo; 
 As terapias orientadas ao insight, de 
apoio, cognitiva e comportamental 
muitas vezes são eficazes. 
 
No início, o terapeuta não deve nem concordar, 
nem questionar os delírios do paciente, e, embora 
deva fazer perguntas sobre o conteúdo para 
estabelecer sua extensão, o questionamento 
persistente deve ser evitado. 
 O objetivo é ajudar os pacientes a refletir 
sobre a possibilidade de dúvida quanto a 
suas percepções 
Os médicos podem estimular a motivação para 
receber ajuda, enfatizando a disposição de 
colaborar com os pacientes ansiosos ou irritados 
sem sugerir que os delírios sejam tratados, mas 
sem apoiar ativamente a noção de que sejam 
reais. 
HOSPITALIZAÇÃO 
Indivíduos com transtorno delirante geralmente 
podem ser tratados como pacientes 
ambulatoriais, mas os médicos devem considerar 
a hospitalização por várias razões: 
1. Os pacientes podem necessitar de uma 
avaliação médica e neurológica completa 
para determinar se uma condição não 
psiquiátrica está causando os sintomas 
delirantes. 
2. Eles precisam de uma avaliação de sua 
capacidade de controlar impulsos 
violentos (p. ex., de cometer suicídio ou 
homicídio) que possam estar relacionados 
ao material delirante. 
3. O comportamento do paciente em relação 
aos delírios pode ter afetado 
significativamente sua capacidade de 
funcionar no ambiente familiar ou no 
contexto ocupacional, o que pode requerer 
intervenção profissional para estabilizar 
relacionamentos sociais ou ocupacionais. 
Se um médico estiver convencido de que o 
paciente receberia o melhor tratamento para seu 
caso em um hospital, deve tentar convencê-lo a 
aceitar a hospitalização; 
 Caso não consiga, uma ordem judicial 
para internação pode ser indicada. 
 
MÓDULO PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
 Caso o médico convença o paciente de que 
a hospitalização é inevitável, muitas vezes 
ele vai para o hospital voluntariamente 
para evitar a ordem judicial. 
FARMACOTERAPIA 
Em uma emergência, indivíduos gravemente 
agitados devem receber um antipsicótico por via 
IM. 
 Os pacientes tendem a recusar a 
medicação porque podem incorporar com 
facilidade a administração de drogas em 
seus sistemas delirantes, e os 
profissionais não devem insistir nela logo 
após a hospitalização. 
 Os médicos devem explicar os possíveis 
efeitos adversos aos pacientes, para que 
mais tarde eles não suspeitem que lhes 
mentiram. 
A história de resposta à medicação é o melhor 
guia para a escolha de um medicamento. 
 Muitas vezes, o médico deve começar com 
doses baixas (p. ex., 2 mg de haloperidol 
ou 2 mg de risperidona) e aumentá-las de 
maneira progressiva. 
 Se não houver resposta a uma dosagem 
razoável no período de 6 semanas, 
antipsicóticos de outras classes devem ser 
tentados - pimozida. 
Se o paciente não obtiver benefícios com a 
medicação antipsicótica, seu uso deve ser 
descontinuado. 
Em pacientes que respondem, alguns dados 
indicam que as doses de manutenção podem ser 
baixas. 
A!! Uma causa comum de falha do medicamento 
é a falta de adesão, que também deve ser avaliada. 
A psicoterapia concomitante facilita esse 
processo de cooperação com o tratamento 
medicamentoso. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO 
E TRANSTORNOS RELACIONADOS 
Se um indivíduo com transtorno obsessivo-
compulsivo está totalmente convencido da 
veracidade das crenças de seu transtorno, o 
diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo, 
com o especificador com insight ausente/crenças 
delirantes, deve ser feito, em vez do diagnóstico 
de transtorno delirante. 
Da mesma forma, se uma pessoa com transtorno 
dismórfico corporal está totalmente convencida 
da veracidade das crenças de seu transtorno, 
deve ser feito o diagnóstico de transtorno 
dismórfico corporal, com especificador com 
insight ausente/crenças delirantes, em vez de 
transtorno delirante. 
DELIRIUM, TRANSTORNO 
NEUROCOGNITIVO MAIOR, TRANSTORNO 
PSICÓTICO DEVIDO A OUTRA CONDIÇÃO 
MÉDICA E TRANSTORNO PSICÓTICO 
INDUZIDO POR 
SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO 
Pessoas com esses transtornos podem apresentar 
sintomas sugestivos de transtorno delirante. 
 Por exemplo, delírios persecutórios 
simples, no contexto de transtorno 
neurocognitivo maior, seriam 
diagnosticados como transtorno 
neurocognitivo maior com perturbações 
comportamentais. Um delírio psicótico induzido por 
substância/medicamento pode, em uma 
observação transversal, ter 
sintomatologia idêntica ao transtorno 
delirante, mas pode ser diferenciado pela 
relação cronológica do uso da substância 
com o aparecimento e a remissão das 
crenças delirantes. 
ESQUIZOFRENIA E TRANSTORNO 
ESQUIZOFRENIFORME 
Pode-se diferenciar transtorno delirante de 
esquizofrenia e de transtorno esquizofreniforme 
 
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pela ausência dos demais sintomas 
característicos da fase ativa da esquizofrenia. 
TRANSTORNOS DEPRESSIVO E BIPOLAR E 
TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO 
Esses transtornos podem ser diferenciados do 
transtorno delirante pela relação temporal entre 
a perturbação do humor e os delírios e pela 
gravidade dos sintomas de humor. 
Quando os delírios ocorrem exclusivamente 
durante os episódios de humor, o diagnóstico é 
transtorno depressivo ou transtorno bipolar 
com características psicóticas. 
Os sintomas de humor que satisfazem todos os 
critérios de um episódio de humor podem estar 
sobrepostos ao transtorno delirante. 
 Este só pode ser diagnosticado se a 
duração de todos os episódios de humor 
permanece curta em relação à duração 
total da perturbação delirante.

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