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Diabete� conceito: distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente. Causado por deficiência na produção de insulina ou em sua ação. classificação: 1. Diabetes 1: ● doença autoimune e poligênica onde os linfócitos atacam as ilhotas b pancreáticas com produção insuficiente ou nula de insulina ● TIPO 1A: tem auto anticorpos no sangue ● TIPO 2A: sem auto anticorpos no sangue ● manifestação em idade jovem ( maioria é criança ou adolescente) ● sintomas: pacientes magros, 4 PS ( poliúria, polidipsia,polifagia,perda ponderal) ● podem iniciar o quadro já com eventos agudos como cetoacidose diabética ● glicemia> 200 e peptídeo C < 0,1 ou ausente. 2. LADA: ● Forma de evolução insidiosa do tipo 1 onde o paciente abre o quadro quando adulto 3. Diabetes 2: ● problema de ordem genética precipitada por fatores de risco com deficiência de secreção ou resistência à insulina ● acomete mais paciente > 45 anos por ser progressivo e assintomático no início ● sintomas: obesidade, 4 PS ( poliúria, polidipsia,polifagia,perda ponderal), complicações ( estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico) ● glicemia < 200, sem auto anticorpos, peptídeo c > 0,1 4. DM gestacional: 5. MODY DM1: peptídeo c baixo, glicemia > 200, crianças e jovens, autoanticorpos no 1a Sthephanie Almeida Medicina Funorte - turma 24 DM2: peptídeo c alto, glicemia< 200, > 45 anos, fator de risco: 1. não caucasiano, asiático 2. idade> 45 anos 3. parente de 1 grau com dm 4. sobrepeso ou obesidade 5. sedentarismo 6. has 7. doença cardiovascular 8. síndrome dos ovários policísticos 9. hdl<35 e tg> 250 10. acantose 11. pré dm Diagnóstico : buscar 4ps, fatores de risco e complicações GLICEMIA DE JEJUM TOTG HEMOGLOBINA GLICADA Rastreio: paciente com presença de pelo o menos 1 critério 1. idade > 45 anos 2. em qualquer idade, pacientes com sobrepeso/obesidade, hipertensão arterial ou história familiar de DM2. ● resultado normal + baixo risco: repetir após 3-4 anos Sthephanie Almeida Medicina Funorte - turma 24 ● resultado no limite: repetir após 3-4 meses ● resultado de pré-diabético ou alto fator de risco: reteste anual Tratamento: PRÉ- DIABÉTICO: DM + assintomático ou sintomas leves com glicemia< 200: DM+ sintomas + glicemia entre 200- 300: DM+ sintomas graves + glicemia > 300 ou hemog. glicada > 9%, DM1: 1- dieta, perda de peso, atividade física 1- metformina 500 mg: iniciar com 1 cp e pode ir até 3 cp após refeições 1- metformina e sulfoniluréias (glibenclamida) ou glinidas ( gliclazida) antes da refeição. P ode aumentar até 4 cp. 1-insulina 2- Metformina: Se paciente for obeso imc>35, histórico de DMG ou hemoglobina glicada > 6% obs: secretagogos nao sao bons para pacientes gordos porque aumenta o peso e para pacientes em estágio avançado. 2° droga: Acarbose melhora perfil lipídico P/ paciente obeso: Análogo de GLP: Liraglutida ou Inibidores de SGLT-2 Dapagliflozina Droga que diminui eventos CV: 1- biguanida: metformina 2-inibidor de alfa glicosidase: acarbose 3- análogo de GLP-1: liraglutida 4- inibidores de SGLT- 2: Dapaglifozina Sthephanie Almeida Medicina Funorte - turma 24 CLASSE NOME AÇÃO CONTRAINDICA ÇÃO EFEITOS ADVERSOS Sensibilizadores à insulina biguanida (Metformina) Reduz gliconeogênese hepática e retardar a absorção intestinal dos carboidratos bom: aumenta a sensibilidade periférica a ação da insulina insuficiência renal ou cardíaca,acidose, gestação náuseas,vômitos, flatulências,dor abdominal,diarrei a, reduz absorção de b12 (dosar em caso de paresia e anemia) Sensibilizadores à insulina Glitazona promove o metabolismo da glicose e também a produção de adipócitos atuando no receptor nuclear ppar. bom:Reduz tg e aumenta hdl insuficiência cardíaca ou hepática, gravidez, DM1 edema,ICC,ganh o de peso, IVAS Secretagogos independentes de glicose sulfonilureias Gliclazida Glibenclamida bloqueia canais de K+ causando despolarização da membrana e influxo de Ca que favorece degranulação de insulina Dm em estágios avançado, insuficiência renal ou hepática, gestação hipoglicemia, ganho de peso Secretagogos independentes de glicose Glinidas Repaglinida Nateglinida usado antes da refeição mas não podem ser usados sozinhos bloqueia canais de K+ causando despolarização da membrana e influxo de Ca que favorece degranulação de insulina. não usar junto com sulfonilureias, hepatopatia aguda,gravidez, hipoglicemia, ganho de peso Secretagogos dependente de glicose inibidor de DPP IV vildagliptina inibe DPP IV e consequentement e não degrada as incretinas, prolongando seu efeito ( estimula liberação de insulina e efeito anorexígeno) nasofaringite, cefaleia, tontura, diarreia, náuseas obs: pouca hipoglicemia Secretagogos liraglutida mimetiza as insuficiência náuseas, Sthephanie Almeida Medicina Funorte - turma 24 dependente de glicose Análogos de GLP 1 incretinas, reduz peso ( usado em tratamento de obesidade) hepática grave, distúrbio gastrointestinal, histórico de carcinoma medular tireoide pancreatite Inibidor de SGLT 2 dapaglifozida Inibe uma proteína renal que tem a funçãode reabsorver a glicose, assim há aumento da glicosúria reduzindo níveis glicêmicos e favorecendo a perda de peso Candidíase recorrente ,comprometiment o renal severo, gestante glicosúria e maior risco de Itu Inibidores de Alfa glicosidases acarbose impede a ação da enzima que atua no intestino para quebrar as moléculas de carboidrato e favorecer a sua absorção gravidez, doença inflamatória intestinal, insuficiência renal distensão e dor abdominal, flatulência USO DO AAS: ● PREVENÇÃO SECUNDÁRIA : aas em baixas doses (75 a 162mg/dia) está indicado em todos os diabéticos com doença cardiovascular aterosclerótica estabelecida ( IAM,AVE,arteriopatia periférica) ● PREVENÇÃO PRIMÁRIA: aas em todos os diabéticos 1 ou 2 > 50 anos que apresentem pelo o menos 1 fator de risco adicional para doença cardiovascular aterosclerótica ( histórico familia de dcv prematura, tabagismo, has,dislipidemia,albuminuria) ● < 50 anos com muitos fatores de risco o tratamento é individualizado ● Recomenda-se por pelo menos 1 ano a dupla terapia com AAS e inibidores do ADP plaquetário em pacientes de alto risco insulina basal: 1- intermediária: NPH Ação de 12 horas sendo necessário 2 aplicações. única pelo sus 2- ação prolongada : glargina, detemir, degluteca . Ação por 24 horas sendo necessário só 1 aplicação. insulina prandial: usar antes das refeições para fazer pico de insulina Sthephanie Almeida Medicina Funorte - turma 24 1- ação ultrarrápida: lispro, aspart, glulisina 2- ação rápida: regular ( aplicar 45 min antes da refeição). Disponível pelo SUS ideal: aplicar insulina basal de ação prolongada e insulina prandial ultrarrápida pois se assemelham ao considerado fisiológico. pelo sus: aplicar insulina basal de ação intermediária ( NPH) e insulina rápida ( regular) DECISÃO TERAPÊUTICA: Diabetes tipo 2: 1- Insulina basal e hipoglicemiante:NPH à noite e hipoglicemiante 2- Insulina basal- plus: NPH com ou sem hipoglicemiante + Regular 3- Insulina Basal-plus ampliada: NPH com ou sem hipoglicemiante + Regular 2x 4- Insulina Basal - bolus: Insulinização Plena com insulina basal ( NPH) e Regular 3-4 x dia Diabetes tipo 1: Insulina Basal - bolus: Insulinização Plena com insulina basal ( NPH) e Regular 3-4 x dia METAS GLICÊMICAS: - hemoglobina glicada: 7% - glicemia de jejum: 80-130 - TTGO: <180 PÉ DIABÉTICO: Pode ter causa vascular ou neurológica ( se palpar pulso pedioso). Neuropatia DM é uma das causas pois impede com que o paciente note calosidades ou surgimento de feridas no pé que pode se infectar e ulcerar. Ferida pode se infectar: normalmente é infeccão de gram + nos mais leves e gram - ou anaeróbico nos mais graves. Sinais: secreção purulenta, odor fétido, celulite no bordo da úlcera. Tratamento : - LEVES: cefalosporina de primeira ou segunda geração; amoxicilina com clavulanato - PROFUNDA: ampicilina e sulbactam; ceftriaxona e clindamicina; e debridamento cirúrgico dos tecidos desvitalizados - GRAU 4 OU 5 : amputação - OSTEOMIELITE: atb por 3 semanas Sthephanie Almeida Medicina Funorte - turma 24 Complicaçõe� d� Diabete� Macrovasculares: - dislipidemia - Hipertensão - tabagismo - Avc, iam, doença arterial obstrutiva periférica Microvasculares: rastreamento: 1. Diabetes 1: após 5 anos de doença ( já abre o diagnóstico sintomático então dá pra saber o início de diagnóstico). Se puberdade e gravidez rastreia retinopatia antes dos 5 anos 2. Diabetes 2: todos ao diagnóstico ( porque não sabemos quando abriu o quadro por ser assintomático no início) COMPLICAÇÃO SINTOMAS RASTREIO TRATAMENTO Nefropatia microalbuminúria ( 30-300) hipertensão macroalbuminúria (>300) redução TFG, IRA É feito com creatinina sérica, albuminúria, creatinúria, urina isolada ou urina 24 horas ( se macroalbuminúria) fazer controle glicêmico e da PA (deixar <130/80), uso de IECA ou bra, uso de inibidores de slgt2 ( reduz complicações) Retinopatia No início pode ser assintomático. RDNP leve (microaneurismas) RDNP mod (exsudados duros) RDNP grave (hemorragia em chama de vela) RDP( risco de perda visual) Edema macular (pode ocorrer em qualquer fase) fundoscopia ou retinografia digital anual Proliferativa: - panfotocoagulaçã o - vitrectomia cirúrgica Evitar exercícios de alta intensidade Neuropatia sintomas ou sinais de disfunção do nervo periférico em diabéticos após simétricas e generalizadas: 1. sensorial aguda 2. sensorial motora crônica (padrão pesquisar anualmente os sintomas ( dor,parestesia,fraqu eza,insensibilidade controle dos fatores de risco. PRA DOR: 1. tricíclicos Sthephanie Almeida Medicina Funorte - turma 24 exclusão de outras causas bota e luva) 3. autonômica focais e multifocais * paralisia do 3° par sem midríase ou do nervo ulnar extremidade, tonturas postural, perda dos sinais de hipoglicemia) e testes neurológicos 2. pregabalina, cabapentina 3. isrs 4. acupuntura Neuropatia autonômica cardiovascular afeta o parassimpático tendo predomínio do simpático: taquicardia em repouso e isquemia silenciosa, hipotensão postural rastreio da hipotensão postural fludrocortisona, octreotide, clonidina Neuropatia autonômica gastrointestinal 1.gastroparesia 2.constipação 3.diarreia 1.dieta e pró cinéticos 2.fibras e laxativos osmóticos 3.metronidazol ou loperamida Pé diabético causas: alteração vascular, neuropatia autonômica ou sensitivo motora úlcera neuropática ( indolor e pulso +, calosidades,pele seca com teciso de granulação) é feito anualmente desde o diagnóstico do DM2 e após 5 anos do DM1 pelo exame neurológico e avaliação vascular lindeza, curativos,repouso atb: leve: amoxicilina com clavulanato grave: vancomicina e meropenem amputação em grau 4 e 5 Paciente com diabetes e dislipidemia: Sthephanie Almeida Medicina Funorte - turma 24 eoidismo, hiperparatireoidismo, diabetes melito), anormalidades hidroeletrolíticas (hipomagnesemia, hipercalcemia, hipocalemia), condições reumatológicas (por amiloidose,esclerodermia) e causas toxicológicas(por exemplo, ferro, chumbo). Sthephanie Almeida Medicina Funorte - turma 24