Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. ª Dra. Eliana Gulão Aula 5 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA TECNOLOGIA DE POA: PESCADO, LEITE E DERIVADOS Tecnologia e processamento de queijos Queijo De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), queijo é o produto fresco ou maturado que se obtém por separação parcial do soro do leite ou leite reconstituído (integral, parcial ou totalmente desnatado) ou de soros lácteos, coagulados pela ação física do coalho, enzimas específicas de bactérias específicas, de ácidos orgânicos, isolados ou combinados, todos de qualidade apta para o uso alimentar, com ou sem agregação de substâncias alimentícias e/ou especiarias e/ou condimentos, aditivos especificadamente indicados, substâncias aromatizantes e matérias corantes. Decreto 9013 de 2017/ PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996 QUALIDADE DO LEITE PARA ELABORAÇÃO DO QUEIJO Leite cru: para queijos maturados por no mínimo 2 meses (ex.: queijo canastra); Leite pasteurizado: armazenados a 4 °C por até 72 horas (crescimento de psicrófilos); Leite pasteurizado: perda de 8 a 30% do cálcio livre (atraso na coagulação). •Proteína Caseína •Soro Ricota Leite Principais Queijos Proteínas •Albumina •Globulina Processamento de Queijos Coagulação do leite Desestabilização da caseína (precipitação); pode ser dois tipos: ✓ Enzimática ✓ Ácida ✓ Mista Queijo – Etapas Coagulação do leite ÁCIDA ✓Precipitação ao atingir ponto isoelétrico da caseína (pH 4,6): destrói estrutura micela. ✓Ausência de Ca (ligações mais fracas, sem contração do coágulo): Retenção de água maior. Queijo – Etapas Coagulação Enzimática do leite Caseína Para k-caseína e Glicomacropeptídeo protease Ca - Coágulo ou Gel (paracaseinato de cálcio) GMP: soro do leite Para k-caseína: precipita PRIMEIRA FASE SEGUNDA FASE Coagulação Enzimática do leite ✓As novas ligações formadas com o Ca possibiltam a contração do gel; ✓ Interações fortes que “expulsam a água” (sinérese do coágulo); Temperatura ótima próximo a 37 °C ✓ Separação do soro Sinerese do coágulo Coagulação Enzimática do leite ✓Renina ou quimosima- Tradicionalmente utilizada Coalhada lática x coalhada enzimática ➢ Coalhada enzimática: mais impermeável, fácil de dessorar e firme (queijos duros) ➢ Coalhada ácida: mais flexível, menos compacta e mais hidratada (queijos moles) ➢ Maioria dos queijos: coalhada mista Coalhada enzimática Coalhada ácida Fluxograma do queijo minas Corte da coalhada com lira Corte da coalhada manual Massa e soro separados Mexedura da coalhada Fluxograma do queijo minas Enformagem/salga Viragem A seguinte classificação se aplicará a todos os queijos e não impede o estabelecimento de denominação e requisitos mais específicos, característicos de cada variedade de queijo que aparecerá, nos padrões individuais. De acordo com o conteúdo de matéria gorda no extrato seco, em percentagem, os queijos classificam-se em: • Extra Gordo ou Duplo Creme: quando contenham o mínimo de 60% • Gordos: quando contenham entre 45,0 e 59,9% • Semigordo: quando contenham entre 25,0 e 44,9% • Magros: quando contenham entre 10,0 e 24,9% • Desnatados: quando contenham menos de 10,0% PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996 QUEIJOS: classificação De acordo com o conteúdo de umidade, em percentagem, os queijos classifica-se em: • Queijo de baixa umidade (geralmente conhecidos como queijo de massa dura): umidade de até 35,9%. • Queijos de média umidade (geralmente conhecidos como queijo de massa semidura): umidade entre 36,0 e 45,9%. • Queijos de alta umidade (geralmente conhecido como de massa branda ou "macios"): umidade entre 46,0 e 54,9%. • Queijos de muita alta umidade (geralmente conhecidos como de massa branda ou "mole"): umidade não inferior a 55,0%. PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996 QUEIJOS: classificação MATURAÇÃO ➢ Processo complexo que envolve mudanças físicas e químicas gerando substâncias responsáveis pelo aroma e sabor; ➢ Consiste em submeter o queijo, durante determinado tempo, em condições controladas de temperatura, tempo e umidade relativa definidas para cada tipo de queijo; ➢ A maioria dos queijos maturados são obtidos a partir do leite cru; ➢ Quando obtido do leite cru a fermentação ocorre pela microbiota natural presente; ➢ Quando obtido do leite pasteurizado precisa introduzir fermento lácteo (lactococos ou lactobacilos) . • Fica excluído da obrigação de pasteurização ou de outro tratamento térmico o leite que se destine à elaboração dos queijos submetidos a um processo de maturação a uma temperatura superior a 5°C, durante um período não inferior a sessenta dias. Decreto 9013 de 2017 (RIISPOA) MATURAÇÃO MATURAÇÃO Diversas substâncias acumulam-se no queijo que resultam em aroma e sabor: ➢ Peptídeos, aminas e aminoácidos livres: desnaturação de proteínas; ➢ Aldeídos, ácidos graxos e cetonas: lipólise ➢ As mudanças são catalizadas por enzimas endógenas ou enzimas microbianas. MATURAÇÃO Fonte: queijos do Brasil Queijo contaminado com coliformes Queijo com olhaduras mecânicas Ricota A ricota apresenta como ingredientes obrigatórios: • I - leite ou leite reconstituído, isolado ou em combinação, padronizados ou não em seu teor de gordura, proteína ou ambos; e • II - soro de leite. Ricota INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 65, DE 21 DE JULHO DE 2020 • A ricota apresenta como ingredientes opcionais isolados ou em combinação: • I - caseína; • II - cloreto de cálcio; • III - cloreto de sódio; • IV - concentrado de proteína de leite; • V - concentrado de proteína de soro de leite; • VI - condimentos, especiarias, produtos de frutas, cereais, legumes e fibras alimentares; • VII - creme de leite; • VIII - creme de soro; • IX - leite em pó; e • X - substitutos do cloreto de sódio. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 65, DE 21 DE JULHO DE 2020 Ricota • De origem italiana, a Mussarela antigamente era fabricada única e exclusivamente à partir de leite de búfala. Hoje por sua larga utilização na culinária, é fabricada em grande quantidade com leite de vaca; • No Brasil, é um dos queijos mais fabricados. Aqui, a tecnologia aplicada é muito diversificada e portanto os queijos apresentam variações em sua composição Queijo Mussarela REQUISITOS FÍSICOS-QUÍMICOS Umidade g/100g .............................. Máximo 60,0 Matéria Gorda em Extrato Seco g/l00g ........................ Mínimo 35,0 • Ingredientes obrigatórios: I. Leite e /ou leite reconstituído padronizados ou não no seu conteúdo de matéria gorda II. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas III. Cloreto de sódio • Ingridientes opcionais: I. Cultivos de bactérias lácteas específicas II. Leite em pó III. Creme IV. Cloreto de cálcio V. Caseinatos VI. Ácidos Cítrico, Láctico, Acético ou Tartárico VII. Especiarias, condimentos e/ou outras substâncias alimentícias Queijo Mussarela Q u ei jo m u ss a re la 2% 1,5% 2% T: 33 °C 40 min. 20 horas 2%, 8ºC 5 ºC, 18 horas Repouso de 40 min. 42 °C Filagem: Para saber se a coalhada está no ponto, pega-se uma porção da massa com mais ou menos 10 gramas, e mergulha-se em água com aproximadamente 80 °C. Em seguida estica-se o pedaço cortado até formar filamentos compridos, de mais ou menos 1 metro de comprimento, e se não arrebentar, portanto está no ponto para ser filada. Queijo Mussarela OBRIGADA! eliana.gulao@estacio.br
Compartilhar