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Exame Bioquímico - Descrição

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BIOQUÍMICO
Ureia
É excretada por meio do filtrado glomerular, em concentração igual à do sangue. Parte dela é reabsorvida e 60% é eliminada através da urina. Sua concentração é afetada por fatores como a ingestão de proteínas e o jejum prolongado, portanto não se deve analisar somente ela. \para função renal devem ser interpretados também creatinina, densidade urinária e proteína. 
O aumento da sua concentração na corrente sanguínea pode ter várias causas, como: aumento da síntese, alta ingestão proteica, febre, trauma tecidual generalizado, glicocorticoides, diminuição da pressão glomerular, desidratação, choque.
A diminuição pode ser por insuficiência hepática, cirrose, Shunt porto-sistêmico, hipoproteinemia.
Creatinina
É formada através do metabolismo da creatina e fosfocreatina muscular. O seu nível não é afetado pela dieta, apenas pelo elevado metabolismo muscular. Não há reabsorção tubular. A elevação na circulação ocorre mais tardiamente nos estados de insuficiência renal, em comparação com a ureia.
A mesma pode estar elevada no sangue por diminuição do fluxo sanguíneo, da filtração glomerular ou por obstrução do trato urinário. 
ALT
Indica lesão hepática, pois é hepato-específica. O aumento na sua atividade sérica só é observado na degeneração ou necrose hepatocelular. Entretanto, animais com cirrose ou neoplasia podem apresentar valores normais de ALT, devido à substituição dos hepatócitos por tecido fibroso. Sua redução não possui um significado clínico.
AST
Tem pouco valor diagnóstico em caninos, felinos e primatas, devido à baixa concentração nos tecidos. Em ruminantes, equinos, lagomorfos e aves é indicada para diagnóstico de lesões hepáticas e eventualmente musculares. 
O aumento, desde que se excluam lesões musculares e cardíacas, pode ser interpretado como consequência de uma lesão hepática. Outros casos de aumento são hemólise e administração de drogas hepatotóxicas.
Gama glutamil transferase
É um valioso marcador enzimático sérico em desordens do sistema hepatobiliar, resultando em colestase.
Em cães apresenta-se em baixas concentrações e em felinos tem uma maior sensibilidade para detecções de patologias hepáticas, exceto pela lipidose. Indicada para avaliar colestase em equinos e felinos. As causas de elevação da GGT são colangites, colangiohepatites,hipertireoidismo e diabetes.
HDL
Circula na corrente sanguínea ligado às lipoproteínas plasmáticas de alta densidade e é conhecido como “colesterol bom”, pois seus altos níveis estão relacionados com baixo risco cardiovascular. É responsável pelo transporte do colesterol da corrente sanguínea para o fígado. Atua também na produção de hormônios esteroides, ácidos biliares e da membrana celular. 
O seu aumento pode significar colestase, doenças endócrinas (hiperadrenocorticismo, diabetes mellitus e hipotireoidismo), após alimentação, na síndrome nefrótica, na hiperlipedemia.
A diminuição dos seus níveis pode ser encontrada na enteropatia perdedora proteínas, no SHUNT porto-sistêmico, linfagectasia, insuficiência hepática, hipoadrenocorticismo, síndrome de má absorção.
LDL
Está ligado na corrente sanguínea às lipoproteínas de baixa densidade e é chamado de “colesterol ruim”, já que as lipoproteínas de baixa densidade transportam o colesterol do fígado para a corrente sanguínea, favorecendo o acúmulo em órgãos e tecidos. É o principal lipídio associado à doença cardiovascular. Também utilizado na produção de hormônios esteroides, ácidos biliares e da membrana celular. 
Seus altos níveis podem indicar colestase, doenças endócrinas, síndrome nefrótica, hiperlidemia. Baixos níveis podem ser encontrados nos mesmos casos do HDL.
Fosfatase alcalina 
É uma enzima mitocondrial indicada para avaliar a colestase em cães e bovinos. O aumento pode estar relacionado à doenças que lesem os ductos hepáticos , ao cresimento ósseo em filhotes, à isoenzima esteroidal induzida por corticoides em cães . Portanto, a avaliação dos valores deve estar sempre acompanhada do histórico cínico do animal. 
Felinos apresentam normalmente valores mais baixos de FA, então qualquer aumento tem relevância clínica. As alterações podem indicar lipidose hepática, colangites, colangiohepatites, hipertireoidismo e diabetes mellitus.
Em cães, a elevação da FA (3x) é observada nas doenças hepatobiliares, no hiperadrenocorticismo, na administração de corticoides e anticonvulsionantes. 
Triglicerídeos 
São produzidos no fígado, por meio do glicerol e outros ácidos graxos. Em conjunto com o colesterol, são bons para avaliação do risco cardíaco.
Seus altos níveis podem indicar diabetes melito, pancreatite aguda necrosante, síndrome nefrótica, hipotireoidismo.
Os níveis baixos estão relacionados à má nutrição, má absorção e hipertireoidismo.
Glicemia em jejum
A dosagem de glicose deve ser analisada em jejum de, segundo a literatura, no mínimo 12 horas, se a condição do animal permitir. 
A hiperglicemia pode estar relacionada à diabetes melito ou ao uso de anestésicos, pela mobilização de glicogênio para a circulação, em animais em choque, pelo aumento de glicocorticoides e pancreatites.
A hipoglicemia pode ser indicativo de aumento de insulina (tumores), na acetonemia, na hipoglicemia dos leitões.
Sumário de urina: físico, químico e microscópio
1. Físico: necessário mensurar a quantidade de amostra em cada frasco, determinar a coloração de cada uma e classificar quanto ao grau de turvação.
1. Químico: com uma pipeta Pasteur, pipetar uma gota de amostra em cada almofada reagente. Esperar o tempo sugerido e fazer a leitura comparando com a graduação fornecida pelo fabricante.
1. Microscópio: abaixar o condensador para a melhor visualização das estruturas. Usar a objetiva de 10x para verificar a presença de cilindros e células epiteliais. Anotar números em CPA. A objetiva de 40x é usada para ver bactérias (morfologia e quantidade), cristais (tipo e quantidade), eritrócitos, leucócitos, muco, gotículas de gordura, parasitas e fungos (tipo e morfologia), espermatozoides.

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