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TERAPIAS E DIAGNÓSTICOS DO CÂNCER HEREDITÁRIO

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TERAPIAS E DIAGNÓSTICOS DO CÂNCER HEREDITÁRIO
CÂNCER DE MAMA HEREDITÁRIO
O câncer de mama é conhecido como a neoplasia que mais acomete mulheres no mundo, sendo considerado um problema mundial. O aconselhamento genético é capaz de reconhecer a relação da genética com a saúde como forma de rastrear, prevenir e monitorar a eficácia do tratamento. Através da descoberta dos genes responsáveis podemos confirmar que a hereditariedade e fundamental na origem do câncer. Mesmo sendo considerada uma neoplasia com bom prognóstico ao ser detectado precocemente, o câncer de mama ainda é considerada a principal causa de mortalidade oncológica entre as mulheres. O risco é considerável mais elevado á aquelas mulheres em que apresentam menarca precoce com idade inferior aos 11 anos de idade e a menopausa tardia, primigesta acima dos 30 anos, atocia, aquelas mulheres que fizeram ou fazem uso de anticoncepcionais com altas doses de estrogênio por longos períodos e também as que fazem tratamento de reposição hormonal. 
Sendo o câncer uma doença genética é necessário identificar os genes e suas características envolvidas na sua origem e progressão favorecendo a compreensão das bases moleculares da doença.
O câncer de mama associado à genética tende que acometer mulheres jovens em que a história familiar revela com muita frequência, a presença de outros casos da doença como características especifica. Entre as características destaca-se: alguns parentes de primeiro grau; parentes afetados em gerações sucessivas; o surgimento antecipado a cada geração; diagnostico na pré menopausa em familiares de primeiro grau; incidência de câncer de mama em parentes do sexo masculino; história familiar de câncer de ovário; casos de câncer de mama bilateralmente; um ou mais familiar com diagnóstico aonde ocorre mutações nos genes BRCA.
Há necessidade de identificar famílias com câncer hereditário é muito importante, pois o indivíduo aonde ocorre mutações em genes supressores de tumor tende a ter risco vital superior aos demais com a mesma neoplasia.
Métodos de diagnóstico
Os sintomas iniciais de câncer de mama estão relacionados com alterações na mama, principalmente o surgimento de um pequeno nódulo indolor.  A melhor forma de identificar estas alterações é procurar um mastologista e fazer o autoexame regular da mama, pois ajuda a mulher, e o homem, a entender melhor a anatomia da sua mama ao longo do tempo, permitindo identificar pequenas alterações logo que surjam.
A mamografia deve ser feita pelo menos a cada 2 anos a partir dos 40 anos, mas mulheres com histórico de câncer de mama na família devem fazer o exame todos os anos a partir dos 35 anos de idade, e até os 69 anos. Caso os resultados da mamografia mostrem algum tipo de alteração, o médico pode pedir outra mamografia, um ultrassom, ressonância magnética ou biópsia para confirmar a existência de alteração e confirmar ou não o diagnóstico de câncer.
Existem ainda outros exames que podem ajudar a identificar e a confirmar o câncer na mama como:
1. Exame físico;
2. Exame de Sangue;
3. Ultrassom da mama;
4. Ressonância magnética;
5. Biópsia da mama;
6. Exame FISH.
Tratamento
O prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença (estadiamento), assim como das características do tumor. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo.
O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas, bem como das condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências).
O prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença (estadiamento), assim como das características do tumor. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há evidências de metástases (doença a distância), o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
· Tratamento local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução mamária) 
· Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
Prevenção
Mesmo sabendo que o Câncer de Mama é hereditário, não podemos excluir do nosso dia a dia ações de prevenção, inclusive para aqueles que não possuem a hereditariedade da condição. Caso se confirme que o Câncer de Mama é hereditário na sua família, primeiro deve se buscar manter a calma, além de rapidamente buscar auxílio médico para melhor avaliar a sua saúde.
Portanto, a partir daí, é importante, sempre que possível realizar avaliações periódicas, que vão envolver:
· Consultas constantes com o seu mastologista e outros médicos.
· Realização de exames clínicos.
CÂNCER DE OVÁRIO
O câncer de ovário é que se caracteriza pelo desenvolvimento de um tecido doente nos ovários. As mulheres têm dois ovários, um de cada lado do útero, sendo suas funções a produção de óvulos e dos hormônios sexuais femininos estrógeno e progesterona. Este tipo de câncer pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete principalmente mulheres acima de 50 anos.
O câncer de ovário tem um diagnóstico precoce dificultado devido ao fato de que as suas manifestações clínicas tornam-se aparentes nos estágios mais avançados da doença, quando já ocorreu disseminação da doença pela pelve ou abdômen superior ou mesmo para outros órgãos.
É um câncer pouco frequente, porem com alta letalidade. A maioria dos casos não é hereditária. De acordo com o INCA, são registrados no Brasil aproximadamente 5 mil casos novos por ano, sendo que 3/4 dos mesmos apresentam-se em estágios já avançados no momento do diagnóstico.
Métodos de diagnóstico
Provavelmente, consulta ginecológica começará com um exame pélvico:
Entre os testes recomendados, estão:
· Exames de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada, de seu abdome e pelve. Esses testes podem ajudar a determinar o tamanho, forma e estrutura de seus ovários;
· Exame de sangue, que pode detectar se uma proteína (AC 125) se encontra na superfície de células de câncer do ovário;
· Biópsia, para analisar o tecido do ovário e buscar células cancerosas.
Tratamento
A escolha do tratamento e os resultados a longo prazo para paciente com câncer de ovário dependem do tipo e estágio do câncer. Sua idade, saúde geral, qualidade de vida e desejo de ter filhos também devem ser considerados. As principais opções de tratamento são:
Cirurgia
A cirurgia é o principal tratamento. Entre as opções de cirurgia estão:
· Histerectomia total: remove o útero e do colo do útero
· Salpingo-ooforectomia unilateral: remove um ovário e uma trompa de Falópio
· Salpingo-ooforectomia bilateral: remove os ovários e as duas trompas de falópio.
Buscar oncologistas ginecológicos experientes ajuda a obter o melhor tratamento possível e viver mais tempo. Os efeitos colaterais da sua cirurgia podem incluir problemas urinários ou intestinais, como obstipação ou diarreia. Sua capacidade de ter ou desfrutar de relações sexuais também pode ser afetada. Se os ovários são removidos, você pode ter os sintomas da menopausa.
Quimioterapia
A quimioterapia é utilizada para diminuir o crescimento do tumor ou destruí-lo em muitos casos. A quimioterapia é recomendada para a maioria dos casos após a cirurgia inicial. Mas às vezes a quimioterapia é dada para reduzir o câncer antes da cirurgia. O número de ciclos de tratamento vai depender da fase da sua doença.
Radioterapia
A radioterapia para câncer de ovário usa raios-X de alta energia para matar células cancerosas e encolher tumores. Não é muito usado para tratar esse tipo de tumor. É usado um aparelho que destina a radiação na área em que as células cancerosas são encontradas. Há também a radioterpaia interna, que utiliza agulhas, sementes, fios, ou cateteres que contêm materiais radioactivos colocados perto dos ovários ou no interior do corpo.
Medicina personalizada
A medicina personalizada é uma técnica que procura características próprias do paciente que podem influenciar no tratamento. No caso de um câncer, como o câncer de ovário,câncer de ovário, ela analisa o tumor e as mutações no DNA do paciente para buscarem tratamentos mais eficazes. Quando o tratamento não é personalizado, há um risco maior do paciente não reagir adequadamente aos medicamentos ou quimioterápicos, apresentando uma resposta menor do que o esperado e, em algumas situações, até efeitos colaterais reduzidos.
Prevenção
Não há nenhuma maneira de prevenir o câncer de ovário. Mas alguns fatores estão associados com menor risco:
· Uso de contraceptivos orais
· Gravidez anterior
· Amamentação.
Além disso, se houver histórico familiar de câncer de ovário, sugere-se o exame genético de BRCA 1 e de BRCA 2. Nesse exame genético, será verificado se há mutações que possam aumentar o risco de câncer. Em caso positivo, o oncologista discutirá com o paciente sobre medidas preventivas para que esse câncer e o câncer de mama não se desenvolvam.
CÂNCER DE COLÓN NÃO POLIPOSE DE HEREDITÁRIO
O câncer de cólon se apresenta sob a forma esporádica em cerca de 80% dos pacientes; os 20% restantes possuem componentes genéticos hereditários. A síndrome de câncer colorretal (CCR) hereditário se subdivide em polipose, que compreende a polipose adenomatosa familiar (PAF), a polipose familiar juvenil e a síndrome de Peutz-Jegher; e não polipose, representado pelo câncer colorretal hereditário não polipose (HNPCC) ou síndrome de Lynch12.
Métodos de diagnóstico
O diagnóstico de HNPCC pode ser realizado de duas maneiras: clinicamente, através do preenchimento dos critérios de Amsterdam propostos pelo International Collaborative Group on HNPCC (ICG-HNPCC) e geneticamente.
A utilização dos critérios de Amsterdam permanece ainda hoje o método mais acessível para o diagnóstico de HNPCC, uma vez que testes genéticos são pouco disponíveis e têm seu emprego restrito a centros de alta complexidade.
De acordo com esses critérios, para diagnóstico, deve haver pelo menos três casos de câncer colorretal (CCR) na mesma família e devem esses preencher os seguintes requisitos: um membro acometido deve ser parente em primeiro grau, pelos menos duas gerações sucessivas devem ser acometidas, pelo menos um dos casos de CCR deve ser diagnosticado em idade inferior a 50 anos, e a polipose adenomatosa familiar deve ser excluída. Além disso, os tumores devem ser confirmados pelo patologista13,15. O diagnóstico genético é realizado pela identificação de mutações, por meio de sequenciamento do DNA de genes de reparo.
Tratamento
Devido ao espectro de tumores presentes nas famílias HNPCC, entre as medidas recomendadas para acompanhamento clínico de portadores assintomáticos destacam-se a colonoscopia a partir dos 20-25 anos a cada 1-3 anos, determinação de níveis de CA-125 e ultra-som pélvico e transvaginal, anualmente, a partir dos 25-35 anos para avaliação de endométrio e ovários. Outros métodos diagnósticos poderão ser discutidos dependendo dos tipos de tumores presentes na família. A recomendação de colectomia profilática para pessoas assintomáticas com mutação detectada é complexa e controversa, principalmente devido fato de que nem todos os indivíduos com mutação detectada desenvolvem CCR ao longo da vida, havendo um risco estimado de 70%. Além disto, há um risco de 12% de desenvolver câncer colorretal 4-6 anos após a colectomia e mortalidade de aproximadamente 1% devido á cirurgia.
A quimioprevenção e a modificação da dieta são opções a serem consideradas para pessoas com risco aumentado para CCR. Evidências laboratoriais, clínicas e epidemiológicas sugerem que uma dieta rica em cálcio pode reduzir o risco de recorrência de adenomas colorretais, provavelmente pelo efeito antiproliferativo sobre as células colônicas. Outros agentes investigados na quimioprevenção são a aspirina e os inibidores de Cox-2. Diversos estudos epidemiológicos têm associado uma dieta rica em fibras com a diminuição do risco para câncer de cólon.
CÂNCER TIREOIDIANO
O câncer de tiroide tende a ser esporádico e em raras situações envolve herança genética – ocorrência mais comum no tipo medular. O fator de maior importância para seu aparecimento é a exposição à radiação na região cervical. O câncer da tireoide é a neoplasia maligna mais comum do sistema endócrino, frequência em mulheres é duas vezes maior do que nos homens. Cerca de 5 a 10% dos casos de câncer de tireoide têm história semelhante na família. Conhecendo as causas genéticas do câncer de tireoide medular hereditário, fica possível identificar quais membros de uma família são portadores do gene anormal RET – o que pode levar à eventual remoção da tireoide deles para prevenir a doença.
Em estágios mais avançados, podem ocorrer:
· Aumento dos gânglios linfáticos e do volume do pescoço;
· Dificuldade para engolir;
· Rouquidão (ou mudança no timbre de voz);
· Tosse (que não cessa);
· Dificuldade para respirar.
Métodos de diagnóstico
De acordo com a oncologista, quando os sinais aparecem, o mais comum costuma ser o aparecimento de nódulo palpável ou visível na região da tireoide ou do pescoço. O exame físico dará ao médico possíveis sinais de câncer de tireoide e outros problemas de saúde. Durante o exame, o médico prestará especial atenção ao tamanho e consistência da tireoide e dos gânglios linfáticos do pescoço. Será solicitada a dosagem do hormônio estimulante de tireoide (TSH).
Vale destacar que outros cânceres de pescoço e outras doenças benignas podem causar os mesmos sintomas, por isso, somente exames detalhados poderão identificar se há mesmo um câncer. E ainda: quanto mais precoce o diagnóstico, maiores serão as chances de sucesso do tratamento.
De forma geral, são/podem ser utilizados para diagnóstico do câncer de tireoide:
· Avaliação de história clínica;
· Exame físico (com atenção ao tamanho e consistência da tireoide e dos gânglios linfáticos do pescoço);
· Dosagem do hormônio estimulante de tireoide (TSH);
· Exame de ultrassom;
· Biopsia aspirativa;
· Biopsia cirúrgica;
· Exames de imagem.
Tratamento
O tratamento primário envolve cirurgia, iodo radioativo adjuvante e supressão dos níveis do hormônio estimulante da tireoide (TSH). É realizado por especialistas em cabeça e pescoço, medicina nuclear e endocrinologia.
Vale destacar que o tratamento varia, dependendo do tipo de câncer e, também, se ele se espalhou. De forma geral, as opções de tratamento incluem:
Cirurgia: remove-se parte ou toda a glândula tireoide e nódulos linfáticos anormais. Pode-se ainda, em alguns casos, remover os linfonodos próximos (mesmo que eles não estejam visivelmente anormais). Após a cirurgia, a pessoa passa a tomar hormônio tireoidiano em substituição aos hormônios de tiroide que não pode mais produzir.
Iodo radioativo: ingere-se uma pequena quantidade de iodo radioativo para destruir o tecido tireoidiano não removido pela cirurgia. Ele pode ainda tratar o câncer de tireoide que se espalhou para os nódulos linfáticos e outras partes do corpo.
Radiação externa: é um tratamento menos comum, no qual a radiação é dirigida para os nódulos de uma fonte externa ao corpo.
Quimioterapia: pode ser utilizada em pacientes com tumor anaplásico, mas dificilmente é utilizada para tratar as outras formas. Na quimioterapia, utilizam-se drogas para eliminar as células cancerosas.
CANCER DE PRÓSTATA
O câncer de próstata é uma doença extremamente heterogênea com múltiplos loci contribuindo para sua susceptibilidade. A forma hereditária pode explicar a grande proporção dessa doença entre os homens jovens, ocorrendo em 10% a 20% dos casos do câncer de próstata. Ocorre mais frequentemente após os 65 anos e, na maior parte dos casos, não tem comportamento muito agressivo. Entretanto, alguns tumores devem ser prontamente tratados pelo risco mais elevado que apresentam. O grande dilema hoje é saber quem deve ser tratado de modo mais contundente (doenças com maior potencial de agressividade) e quem pode ser um bom candidato á vigilância (doenças de baixo risco).
Métodos de diagnóstico
Geralmente, o câncer da próstata não apresenta sintomas até que atinja um estágio mais avançado. Por isso, é importantevisitar um médico para exames preventivos, afinal, essa ainda é a maneira mais eficaz de detectá-lo em uma situação na qual a cura é possível. Vale lembrar que a rotina consiste na realização do exame de toque retal e exame de sangue. Essa rotina se inicia aos 50 anos de idade, faixa etária em que a doença pode começar a se manifestar. Importante ficar atento aos fatores de risco, pois alguns deles exigem que o paciente inicie seu preventivo precocemente, aos 45 anos. 
· Pai ou irmão com histórico prévio de câncer de próstata.
· Fatores genéticos, como a síndrome de Lynch e mutações no BRCA1 e BRCA2.
Existem dois tipos de exames para o rastreamento do câncer de próstata: a dosagem de PSA e o toque retal. O ideal é que ambos sejam realizados, pois, sua combinação permite o diagnóstico precoce em 80% dos casos. A dosagem de PSA é um exame de sangue para avaliar a quantidade do antígeno prostático específico (PSA).  Durante uma biópsia da próstata para guiar o posicionamento correto das agulhas. Para medir o tamanho da próstata, e determinar a densidade do PSA.
Tratamento
Estádios I e II
Os pacientes em quem a doença está restrita à próstata e não invade sua cápsula (Estádios I e II) podem ser tratados de três formas distintas: com cirurgia, radioterapia ou observação vigilante. 
Estádios III e IVA
Quando o tumor infiltra os tecidos ao redor da próstata, como vesícula seminal (Estádio IIIA), reto (Estádio IIIB) e bexiga (Estádio IIIC), ou atinge os linfonodos pélvicos (Estádio IVA), o tratamento indicado é a radioterapia combinada com hormonioterapia. Em alguns casos, opta-se pela cirurgia muitas vezes seguida pela radioterapia pós-operatória e, ocasionalmente, tratamento hormonal.
CÂNCER GÁSTRICO
O câncer de estômago é um tumor maligno que pode afetar qualquer parte do órgão e que, geralmente, é iniciado por uma úlcera, que gera sintomas como azia, dor no estômago, perda do apetite e emagrecimento, por exemplo.
Porém, na maioria dos casos o câncer se desenvolve sem causar qualquer tipo de sintoma óbvio e, por isso, acaba sendo diagnosticado numa fase muito avançada, quando as chances de cura já são baixas. Assim é importante estar muito atento ao surgimento de qualquer sintoma que possa alertar para este problema como:
1. Azia constante;
2. Dor na barriga frequente;
3. Náuseas e vômitos;
4. Diarreia ou prisão de ventre;
5. Sensação do estômago cheio, após as refeições;
6. Perda de apetite;
7. Fraqueza e cansaço;
8. Vômito com sangue ou sangue nas fezes;
9. Emagrecimento sem causa aparente.
Estes sintomas podem ser comuns a outros problemas de saúde, como um vírus no estômago ou úlcera e, só o médico pode fazer o diagnóstico correto e confirmar a doença, através de exames, como ressonância magnética e endoscopia com biópsia.
As causas do câncer de estômago normalmente estão relacionadas com:
· Infecção no estômago causada pela bactéria Helicobacter Pylori;
· ​Ingestão exagerada de alimentos em conserva por secagem, fumeiro, salga ou vinagre;
· Motivos genéticos ou devido a uma úlcera mal cuidada ou gastrite crônica;
· Cirurgias ao estômago;
· Histórico de anemia perniciosa, acloridria ou atrofia gástrica.
Além disso, a doença é mais comum em pessoas com mais de 55 anos e afeta mais os homens. Para prevenir complicações no estômago, veja também os sintomas de Gastrite Crônica.
Métodos de diagnóstico
O diagnóstico deve ser feito por um gastrenterologista e, geralmente é realizado exames de sangue e endoscopia com biopsia. Além disso, pode-se fazer TAC, ecografia e raio x, para confirmar o diagnóstico.
Tratamento
O tratamento do câncer de estômago é tratado da mesma forma que os outros tipos de câncer, ou seja, com radioterapia, quimioterapia, e em alguns casos a cirurgia para remover parte do estômago ou a todo, de acordo com a gravidade e, depende do tamanho, da localização e do estado geral da pessoa.
O câncer de estômago tem cura, porém tem maiores chances de cura quando é diagnosticado ainda no início da doença e é devidamente tratado. Apesar disso, em alguns casos, existe sempre a possibilidade de metástase para o fígado, pâncreas e outras regiões do corpo próximas.
Para evitar o agravamento do câncer de estômago, deve-se adotar um estilo de vida saudável, optando por uma alimentação rica em vegetais, comer frutas em todas as refeições, não fumar, não consumir exageradamente bebidas alcoólicas e diminuir ao máximo o consumo de alimentos em conserva e enchidos como salsichas, presunto, salgados e bacon.
CÂNCER RENAL
O câncer nos rins, também conhecido por câncer renal, é um tipo relativamente comum de câncer que afeta principalmente homens entre 55 e 75 anos de idade, provocando sintomas como presença de sangue na urina, dor constante no fundo das costas ou aumento da pressão arterial, por exemplo.
Geralmente, o tipo de câncer no rim mais comum é o carcinoma celular renal, que pode ser facilmente curado com cirurgia, se identificado precocemente. Porém, se o câncer já tiver desenvolvido metástases, o tratamento pode ser mais difícil, podendo ser necessário fazer outros tratamentos, como radioterapia, além da cirurgia.
Os sinais e sintomas de câncer no rim são pouco comuns na fase inicial da doença, mas à medida que há progressão do câncer, podem surgir alguns sintomas, sendo os principais:
· Sangue na urina;
· Inchaço ou massa na região abdominal;
· Dor constante no fundo das costas;
· Cansaço em excesso;
· Perda de peso constante;
· Febre baixa constante.
Além disso, como os rins são responsáveis por regular a pressão arterial e a produção de eritrócitos, também é comum uma alteração brusca nos valores da pressão arterial, assim como um aumento ou uma redução acentuada do número de eritrócitos no exame de sangue.
Caso surjam estes sintomas é importante consultar um clínico geral ou um nefrologista para avaliar se existe algum problema que possa estar causando os sintomas e, caso aconteça, identificar o câncer numa fase precoce, facilitando o tratamento.
Métodos de diagnóstico
Para avaliar o que está acontecendo nos rins e analisar a hipótese de câncer, o médico pode pedir vários exames como ultrassom, raio X do tórax, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, por exemplo.
O ultrassom, normalmente, é o primeiro exame a ser pedido, pois ajuda a identificar e avaliar possíveis massas e cistos no rim, que possam indicar câncer. Já os outros exames, podem ser feitos para confirmar o diagnóstico ou estadiar a doença.
Tratamento
O tratamento do câncer no rim depende do tamanho e desenvolvimento do tumor, mas as principais formas de tratamento incluem:
Cirurgia - É feita em quase todos os casos e ajuda a remover a parte afetada do rim. Por isso, quando o câncer é identificado numa fase inicial, a cirurgia pode ser a única forma de tratamento necessária, uma vez que pode ser capaz de remover todas as células cancerígenas e curar o câncer.
Terapia biológica - Neste tipo de tratamento são usados remédios, como Sunitinib, Pazopanib ou Axitinib, que fortalecem o sistema imune e facilitam a eliminação das células do câncer. Porém, este tipo de tratamento não é eficaz em todos os casos e, por isso, o médico pode precisar fazer varias avaliações durante o tratamento para adequar doses e, até, interromper o uso destes medicamentos.
Embolização - Esta técnica, normalmente, é utilizada em casos mais avançados de câncer quando o estado de saúde da pessoa não permite fazer cirurgia, e impede a passagem de sangue para a região afetada do rim, fazendo com que morra. Para isso, o cirurgião insere um pequeno tubo, conhecido como cateter, na artéria da virilha e guia-o até ao rim. Depois, injeta uma substância que permite fechar os vasos sanguíneos e impedir a passagem do sangue.
Radioterapia - A radioterapia normalmente é usada em casos de câncer com metástase, pois utiliza radiação para atrasar o desenvolvimento do câncer e evitar que as metástases continuem crescendo. 
Este tipo de tratamento geralmente é usado antes da cirurgia para tornar o tumor menor e fácil de remover, ou depois, para eliminar ascélulas cancerígenas que não conseguiram ser retiradas com a cirurgia.
Embora seja necessária apenas poucos minutos de tratamento todos os dias, a radioterapia tem vários efeitos colaterais como cansaço excessivo, diarreia ou sensação de estar sempre doente.

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