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ADENOCARCINOMA DE PÂNCREAS Introdução e epidemiologia: O câncer de pâncreas mais comum é do tipo adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular), correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). As outras partes do pâncreas são corpo (centro) e cauda (lado esquerdo). Pelo fato de ser de difícil detecção e ter comportamento agressivo, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio. No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes causadas pela doença. Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60. Segundo a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), os casos de câncer de pâncreas aumentam com o avanço da idade: de 10/100.000 habitantes entre 40 e 50 anos para 116/100.000 habitantes entre 80 e 85 anos. A incidência é mais significativa no sexo masculino. Ressecção cirúrgica é o único tratamento potencialmente curativo, mas devido a apresentação tardia do quadro, apenas 15 a 20% dos pacientes são candidatos para a pancreatectomia. Prognóstico de 5 anos após pancreactoduodectmia com margem negativa para aproximadamente 30% dos pacientes sem disseminação linfática. Número de mortes: 11.099 sendo 5.497 homens e 5.601 mulheres (2018 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM) Fatores de risco Podemos identificar fatores de risco hereditários e não hereditários para o desenvolvimento do câncer de pâncreas. Dentre os fatores de risco não hereditários, temos: • tabagismo • obesidade • inatividade física • diabetes mellitus • pancreatite crônica não hereditária. A menor parcela, algo em torno de 10% a 15% dos casos, decorre de fatores de risco hereditários. Dentre esses podemos destacar as síndromes de predisposição genética com associação ao câncer de pâncreas como: • Câncer de mama e de ovário hereditários associados aos genes BRCA1, BRCA2 e PALB2 • Síndrome de Peutz-Jeghers • Síndrome de pancreatite hereditária Os fatores de risco não hereditários são passíveis de modificação, pois relacionam-se, em grande parte, ao estilo de vida. Exposição a solventes, tetracloroetileno, estireno, cloreto de vinila, epicloridrina, HPA e agrotóxicos apresentam associações com o câncer de pâncreas. Os agricultores, os trabalhadores de manutenção predial e da indústria de petróleo são os grupos de maior exposição a estas substâncias e apresentam risco aumentado de desenvolvimento da doença. Prevenção: assumir um estilo de vida saudável. Evitar a exposição ao tabaco da forma ativa e passiva. Praticar atividade física regular e manter uma alimentação saudável, evitando ingestão de álcool, contribuem para manter nível de gordura corporal adequado e evitar o sobrepeso e a obesidade. Sobrepeso e obesidade são fatores de risco para desenvolver diabetes, que também aumenta o risco para câncer de pâncreas. Apresentação clínica Fraqueza, perda de peso, falta de apetite, dor abdominal, urina escura, olhos e pele de cor amarela, náuseas e dores nas costas. • Astenia 86% • Perda de peso 85% • Anorexia 83% • Dor abdominal (79%): sintoma mais reportado, mesmo em nódulos < 2cm. Geralmente epigástrica, com irradiação lateral ou para o dorso, pode ser intermitente e piora com alimentação ou posição supina, frequentemente pior a noite. Posição genupeitoral ou fetal pode piorar a dor. Dor severa nas costas pode indicar suspeita de corpo ou de cauda de pâncreas. Raramente a dor pode se apresentar de forma aguda, como resultado de um episódio de pancreatite aguda em decorrência de oclusão tumoral. • Colúria 59% • Icterícia (56%): usualmente progressiva, mais comum em decorrência da obstrução do ducto biliar comum por massa de cabeça de pâncreas, causando hiperbilirrubinemia. Pode vir acompanhada de p ru r ido , co lú r ia e aco l i a f eca l . Hiperbilirrubinemia é cuaractertica do tipo colestatico, com predomínio do aumento da Bb conjugada. Raramente é sinal precoce de tumores de cabeça pancreática, tumores com apresentação de icterícia sem dor tem sido descritos como relativamente mais favoráveis ao prognostico quando comparados com apresentações dolorosas. Icterícia secundaria a tumor de corpo ou de cauda de pancreas tipicamente se apresentam no curto tardio da doença e pode ser 2º a doença metastático do figado. • Náusea 51% • Dor nas costas 49% • Diarreia 33% • Vômito 33% • Esteatorreia (25%) → perda da habilidade do pâncreas de secretar enzimas digestivas ou por bloqueio do ducto pancreático principal. • Tromboflebite (3%) → Idiopática, superficial e pode ser mig ra tó r i a (S . De Trous seau ) , r e f l e t e e s t ado de hipercoguabilidade. Os sinais mais frequentes são: • Icterícia 55% • Hepatomegalia 39% • Massa no quadrante superior direito do abdomen 15% • Caquexia 13% • Sinal de Courvoisier 13% • Massa epigástrica 9% • Ascite 5% Ca de cabeça de pâncreas: 75-80 % → apresentam icterícia, esteatorreia e perda de peso. Essa variedade de sinais e sintomas não são específicos do câncer de pâncreas, e esse é um dos fatores que colabora para o diagnóstico tardio da doença. Vale chamar atenção para o diabetes, que tanto pode ser um fator de risco para o câncer de pâncreas, como uma manifestação clínica que antecede o diagnóstico da neoplasia. Assim, o surgimento recente de diabetes em adultos pode ser uma eventual antecipação do diagnóstico do câncer pancreático. Estudos revelam que nos pacientes com câncer de pâncreas e diabetes, o diagnóstico do diabetes ocorre dentro dos 24 meses anteriores ao diagnóstico da neoplasia entre 74% a 88% dos pacientes. Doença metastática Afeta mais comumente o fígado, peritônio, pulmões e menos frequentemente ossos. Sinais de doença avançada: • Massa abdominal. • Ascite • Linfadenopatia supraclavicular esquerda → Linfonodo de Virchow • Palpação de massa periumbilical → Linfonodo da Irmã Maria- José • Palpação da prateleira retal em pacientes com metástase em fase avançada. • Metástase cutânea umbilical em 7 a 9 % dos casos. • Bilirrubina elevada, alteração de fosfatase alcalina e anemia grave. Abordagem diagnóstica Não é possível dar diagnóstico confiável de câncer pancreático baseado apenas em sinais e sintomas. Conhecer os fatores de risco (predisposição genética, idade, tabagismo e diabetes) pode levar a uma avaliação precoce para câncer pancreático com sintomatologia suspeita. A localização do pâncreas, na cavidade mais profunda do abdômen, atrás de outros órgãos, prejudica a detecção do tumor, que em geral acontece tardiamente. Entre os exames que podem ser solicitados estão os de sangue, fezes, urina, ultrassonografia abdominal, tomografia, ressonância nuclear de vias biliares e da região do pâncreas. A confirmação se dá por biópsia de tecido do órgão. Exames de imagem, como ultrassonografia (convencional ou endoscópica), tomografia computadorizada, e ressonância magnética são métodos utilizados no processo diagnóstico. Além deles, os exames de sangue, incluindo a dosagem do antígeno carbohidrato Ca-19.9, podem auxiliar no raciocínio diagnóstico. O laudo histopatológico, obtido após biópsia de material ou da peça cirúrgica define o diagnóstico da neoplasia. Testes iniciais: pacientes apresentando icterícia e dor epigástrico faz-se as aminotransferases, fosfatase alcalina e bilirrubina para determinar a presença de colestase. Em adição, pacientes com dor epigástrica faz-se triagem para pancreatite aguda com a dosagem de lipase. O próximo passo para a avaliação do paciente é o exame de imagem, varia conforme a apresentação sintomática. Icterícia: para investigação inicial de imagem é tipicamente o ultrassom transabdominal (US), tem alta sensibilidade para detectar dilatação do trato biliar e para estabelecer o nível de obstrução. Sensibilidade > 95% para detectar massa no pâncreas, apesar de sensibilidade reduzidapara tumores < 3cm. *No caso de suspeita de coledocolitíase alguns pacientes podem ter como primeiro teste a CPRE ou a ressonância magnética colangiopacreatográfica (RMCP). A CPRE é indicada em casos em que coledocolítiase permanece como diagnóstico diferencial após avaliação inicial ou se a descompressão da via é necessária. No entanto, nem todos os pacientes com obstrução biliar resultante de câncer pancreático requer descompressão, a colocação de stent deve ser evitada antes da TC, já que pode causar artefato na cabeça do pâncreas, o que pode mascarar lesão, além de que o trauma da inserção do stent pode induzir a mudanças inflamatórias que podem ser indistinguíveis de tumor. RMCP é a alternativa para pacientes que não podem fazer a CPRE (obstrução gástrica outlet), não faz terapêutica. *Na prática, o US transabdominal é comumente utilizado como exame inicial diagnóstico para doenças biliares e pancreáticas devido a seu baixo custo e alta disponibilidade. Devido ao custo elevado e riscos associados a esse procedimento, o US transabdominal tem sido preferido para diagnostico inicial de imagem. Dor epigástrica e perca de peso: TC é preferida para diagnóstico inicial, para pacientes sem icterícia. Para sintomas de pancreatite aguda o exame mais indicado é a TC scan, a TC não é capaz de identificar de forma clara necrose no pâncreas. Se uma massa pancreática for avistada em US trans abdominal a TC scan tipicamente é feita em seguida, para confirmar a presença da massa e determinar a extensão da doença. Caso a TC apresente aparência típica e informações suficientes para a ressecabilidade do tumor e o paciente encaixa no perfil de operação, testes adicionais serão feitos, inclusive biopsia. Em algumas instituições a RM é preferida em relação a TC, possui especificidade e sensibilidade especifica. RM permitem avaliar o grau de invasão dos vasos e as metástases (ex: gânglios linfáticos, fígado e cavidade peritoneal). Endoscopia guiada por US ou biopsia percutânea de massa pancreática são necessários para a confirmação histológica, no entanto em pacientes que apresentam sinais e sintomas típicos de tumor ressecável com imagens típicas. EUS pode também ser usada como alternativa a TC helicoidal para estadiar o câncer. Para pacientes com forte suspeita de ca de pâncreas e imagem negativa faz-se a CT abdominal, se já não foi feita. Para pacientes com coletasse com apenas US transabdominal a CPRE é indicada. Se negativo e a suspeita continua alta(perda de peso, FR e pancreatite hereditária ou crônica), a EUS pode ser usada como próximo passo para exclusão do diagnóstico, em seguida faz-se biópsia. PAAF é a melhor modalidade para obter tecido diagnóstico, mesmo se o tumor for pobremente visualizado pelos métodos de imagem. Marcadores tumorais Ca 19-9 → Sensibilidade 70-92%, relacionada ao tamanho do tumor, sendo limitado para tumores pequenos, e especificidade 68 a 92%. Para ser expressada a ca 19-9 necessita da presença da glicosil transferase, então em indivíduos sem a glicosil transferase (5-10% da pop) os níveis de Ca 19-9 não são úteis como marcadores. Pode estar elevado em pacientes com outros cânceres e elevado em vários distúrbios pancreáticos benignos. Não é recomendado para screening do cancer. Não há valor de corte específico que determine a malignidade. A dosagem do CA 19-9 tem valor para seguimento prognóstico como indicador de atividade da doença. O exame seriado é util para seguir pacientes após cirurgia potencialmente curativa e para aqueles que estão recebendo quimioterapia para doença avançada. Altos níveis de CA 19-9 geralmente precedem o achado de imagem, mas a confirmação do diagnostico deve ser feita por exames de imagem com estudos de biopsia. Fluxograma Tratamento Informação relevante sobre o doente • Ressecabilidade do tumor • História clínica pessoal • História de ca na família, sobretudo o ca de pâncreas • História de consumo de tabacco • Exame clínico • Bem-estar geral O tratamento a ser realizado depende do laudo histopatológico, da avaliação clínica do paciente e dos exames, laboratoriais e de estadiamento. O estado geral em que o paciente se encontra no momento do diagnóstico é fundamental no processo de definição terapêutica. A cirurgia, único método capaz de oferecer chance curativa, é possível em uma minoria dos casos, pelo fato de, na maioria das vezes, o diagnóstico ser feito em fase avançada da doença. Nos casos em que a cirurgia não seja apropriada, a radioterapia e a quimioterapia são as formas de tratamento, associadas a suporte para minimizar os transtornos gerados pela doença. Desta forma, dor, depressão, falta de ar ou qualquer outra manifestação deve ser objeto da atenção da equipe de cuidado. Para pacientes com metástases (disseminação do câncer para outras partes do corpo) a alternativa, como paliativo (apenas para alívio dos sintomas), é a colocação de endoprótese. 0, IA e IB Cirurgia: pancreatoduodenectomia com preservação do piloro:. Quando afeta o corpo e cauda do pâncreas, é efetuada uma pancreatectomia com esplenectomia: baço recebe sangue da mesma artéria. Terapia adjuvante: adicionalmente à cirurgia. Ensaios clínicos mostram claramente que o melhor tratamento adjuvante atual é a quimioterapia. Após a cirurgia recomenda-se a quimioterapia, quer com gemcitabina*, quer com 5-fluorouracilo. Esta abordagem melhora a esperança de vida em alguns doentes com tumores totalmente ressecados e em doentes cujos tumores invadiram os tecidos circundantes que podem ser observados microscopicamente, mas não a olho nu. A gemcitabina e o 5- fluorouracilo* (5-FU) são igualmente eficazes. Porém, o tratamento com gemcitabina está associado a efeitos secundários menos tóxicos, em comparação com 5-FU. A toxicidade destas terapias é comum e podem provocar náuseas e/ou vómitos, diarreia, neutropenia* e anemia*. Atualmente, não há provas de que a quimio-radioterapia seja melhor do que a quimioterapia isolada, por isso apenas deve ser efetuada em ensaios clínicos, ou pode ser sugerida fora de um ensaio clínico se a análise do tumor em laboratório mostrar que o tumor não foi removido na sua totalidade. IIA Ressecável: Idem ao anterior. Não ressecável: Tratamento multimodal: quimioterapia ou quimio-radioterapia para conseguir a redução do tumor, para que passe a um estagio ressecável. Cirurgia: Se o tumor estiver a provocar uma obstrução intestinal, o doente pode beneficiar de um bypass paliativo* para aliviar a mesma. Isto é conseguido cirurgicamente, criando uma ligação entre o estômago e a porção do intestino que fica localizada logo após a obstrução. Terapia adjuvante → gemcitabina*, quer com 5- fluorouracilo*(5- FU). Radioterapia é o uso da radiação para matar as células cancerosas. IIB E III O tumor desenvolveu-se para fora do pâncreas, para o duodeno, canal colédoco e outros tecidos que circundam o pâncreas, sem invadir os grandes vasos sanguíneos e os nervos principais, tendo- se disseminado para os gânglios linfáticos*, mas não para outras partes do corpo. Pode também ter invadido os grandes vasos sanguíneos e nervos principais, independentemente da invasão dos gânglios linfáticos. • Quimio-radioterapia: Pode ser considerada a radioterapia combinada com 5-fluorouracilo*. • Quimioterapia seguida de quimio-radioterapia: Os doentes podem ser tratados com gemcitabina* e, se após três meses os seus tumores não progredirem e os doentes manterem um estado de bom desempenho, pode ser adicionada a quimio-radioterapia à base de 5-fluorouracilo*, com o intuito de melhorar a esperança de vida. IV Aliviar os respetivos sintomas. Quimioterapia C gemcitabina isolada ainda é a quimioterapia standard para metastático do pâncreas. Recentemente, a combinação de gemcitabina acrescida de nab- paclitaxel mostrou ser superior ao tratamento com gemcitabina isolada. Por conseguinte, esta combinação pode ser recomendadapara doentes com cancro metastático do pâncreas. Porém, a toxicidade deste protocolo é superior, em comparação com a gemcitabina isolada. FOLFIRINOX → combinação de 3 agentes 5- fluorouracilo*, oxaliplatina* e irinotecano* mostrou resultados interessantes em termos de prolongar a esperança de vida e abrandar a deterioração da qualidade de vida, têm mais efeitos secundários do que os tratados apenas com gemcitabina. Considerado como uma opção terapêutica inovadora para doentes com idade igual ou inferior a 75 anos, que apresentem um estado geral de saúde bom e com uma função hepática apropriada. Terapia paliativa e de apoio. Terapia paliativa e de apoio Icterícia → Para aliviar a obstrução deve introduzir-se um tubo artificial (stent) endoscopicamente* ou mediante punção com agulha através da pele até ao sistema ductal biliar. É preferível introduzir o stent endoscopicamente, já que esta via está associada a uma menor frequência de complicações. Em doentes que tenham uma esperança de vida superior a três meses deve dar-se preferência a stents de metal em detrimento dos plásticos, dado que acarretam menos complicações (como, por exemplo, a oclusão). Os stents de plástico devem ser substituídos pelo menos a cada 6 meses para evitar a oclusão do stent. Quando não é possível a colocação de um stent, recomenda-se a drenagem percutânea da bílis. Obstrução gastrointestinal→stent de metal e gastroenterostomia (não stardand). A obstrução da saída gástrica pode ser mais comum no decurso da doença e os medicamentos que melhoram a motilidade gastrointestinal, tais como a metoclopramida, podem ser úteis para acelerar o esvaziamento gástrico. Dor→ opiáceos: morfina. Radioterapia realizada menos de uma vez por dia pode ser administrada para melhorar o controle da dor, reduzindo o consumo de analgésicos*. Bloqueio do plexo celíaco* (uma rede de nervos localizada na parte posterior do estômago), utilizando um analgésico administrado através de uma agulha introduzida na pele, sobretudo em doentes com baixa tolerância aos opiáceos*. Este procedimento consiste na injeção (quer através da pele, utilizando a TAC como guia, ou através da parede gástrica com uma ecografia* endoscópica*) de bupivacaína* e álcool em torno do plexo celíaco. http://www.esmo.org/content/download/101559/1796949/file/ ESMO-ACF-Cancro-do-Pâncreas-Um-Guia-para-o-Doente.pdf https://letswinpc.org/tag/manejo-del-cancer-de-pancreas- informacion-general/ https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pancreas https://www.einstein.br/doencas-sintomas/cancer-pancreas https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations- diagnosis-and-s taging-of-exocr ine-pancreat ic-cancer? http://www.esmo.org/content/download/101559/1796949/file/ESMO-ACF-Cancro-do-P%C3%A2ncreas-Um-Guia-para-o-Doente.pdf http://www.esmo.org/content/download/101559/1796949/file/ESMO-ACF-Cancro-do-P%C3%A2ncreas-Um-Guia-para-o-Doente.pdf https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pancreas https://www.einstein.br/doencas-sintomas/cancer-pancreas https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-diagnosis-and-staging-of-exocrine-pancreatic-cancer?search=adenocarcinoma%20pancre%C3%A1tico&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H18017084 search=adenocarcinoma%20pancre%C3%A1tico&source=search_ result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank= 1#H18017084 https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-diagnosis-and-staging-of-exocrine-pancreatic-cancer?search=adenocarcinoma%20pancre%C3%A1tico&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H18017084 https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-diagnosis-and-staging-of-exocrine-pancreatic-cancer?search=adenocarcinoma%20pancre%C3%A1tico&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H18017084
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