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GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES - ATIVIDADE 1

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GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES – ATIVIDADE 1
Ao longo da Unidade, verificamos que Segundo Chiavenato (2003, p. 258), “a burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível ao alcance destes objetivos”. Na teoria da burocracia é reforçada a autoridade. Segundo Etzioni (apud WEBER 1965, p.17), autoridade significa a probabilidade de que um comando ou ordem específica seja obedecido. Esta autoridade se distingue nos diferentes tipos de sociedade”. 
Considerando essas informações e os conteúdos estudados, escolha uma organização formal – pública ou privada. Analise o grau de burocracia essa organização possui, diga como ela poderia melhorar seus processos, utilizando uma ou várias abordagens estudadas, não esqueça de exemplificar!  exemplos, caro estudante, podem ser retirados de notícias de jornais, revistas ou artigos científicos. 
RESPOSTA:
A burocracia é uma base para organizar as coletividades. A teoria criada por Max Weber, economista e jurista, foi ao contrário do que as pessoas imaginam. Weber também identificou duas outras bases da organização social: o carisma e a tradição (MAXIMIANO, 2018). Para Weber, as organizações formais ou burocráticas, apresentam três características principais: Formalidade, Impessoalidade, Profissionalismo. Esta teoria tem como base o pensamento racional, almejando excelência, embora na atualidade as pessoas associem burocracia a processos demorados e com bastante papel. 
A Câmara de Vereadores, entidade pública mais próxima do cidadão, é a organização burocrática mais debatida atualmente, devido às questões políticas que envolvem ano de eleições e reflexos do trabalho realizado à população. Assim como as demais administrações públicas brasileiras, o Poder Legislativo Municipal tem forma de organização essencialmente burocrática.
As principais características da teoria da burocracia são apresentados na sequência com análise exemplificativa da organização pública da Câmaras Municipais:
· Caráter legal de normas e regulamentos
O caráter legal é a criação de normas e regulamentos por escrito a fim de definir como a burocracia deverá agir, impondo a disciplina.
A Câmara Municipal por ser órgão legislador e fiscalizador por essência, tem caráter legal e imperativo. Ao contrário da população civil, que pode agir livremente, desde que não ultrapasse os limites impostos pela Leis e demais normas, o servidor público só pode agir dentro do que a Lei determina e seguir estritamente as normas publicadas. O que evidencia uma organização muito padronizada e com pouca liberdade de modificações de procedimentos.
· Caráter formal das comunicações
O caráter formal é a comunicação feita através da escrita, a fim de evitar múltiplas interpretações em ações e procedimentos.
No Poder Legislativo, há um controle muito grande sobre o que é publicado, uma vez que suas comunicações devem sempre pautar comunicações de ordem coletiva, educativa e com programas essencialmente para o bem público, com posicionamento oficial, ou seja, pré-determinado e com fontes legítimas e selecionadas para instrução e informação do povo.
· Caráter racional e divisão de trabalho
O caráter racional trabalha com a sistemática de divisão do trabalho para obter a eficiência dentro das organizações, ou seja, a divisão do trabalho divide o poder dentro da organização.
Nos setores públicos de administração em geral, há sempre uma Estrutura Hierárquica definida por Lei Complementar, rígida e muito pouco alterada, e com graus pré-definidos de responsabilização e área de atuação restrita, ou seja, faz o que está definido pra ser feito, cada um na sua função, sob pena de abuso de poder.
· Impessoalidade nas relações
A impessoalidade nas relações não distingue as pessoas, mas sim, cargos e funções que elas exercem na organização.
Nas Câmaras Municipais, quem ocupa o cargo eletivo tem sua vida particular de atuações restritas devido suas funções públicas. Podemos dar como exemplo um servidor público que trabalha ou administra uma empresa privada, ou mesmo seus familiares diretos até terceiro grau. Essa empresa não pode prestar serviços ao órgão público, caso contrário poderiam ser beneficiados pela função e poder decisório do servidor na instituição pública. 
Nas comunicações oficiais públicas também são realizadas com cuidado redobrado para não gerar interpretações ou direcionamentos particulares, onde a pessoalidade não pode ter voz.
· Hierarquia de autoridade
Hierarquia informa que cada cargo que possui um peso inferior na organização não deve ficar sem supervisão.
A hierarquia de autoridade também define as chefias e os cargos das autoridades. A hierarquia do órgão público é definida por Lei Complementar e é estática, com atribuições e responsabilidades predefinidas para cada cargo e função, para que haja controle da população sobre o abuso de poder tanto quanto a omissão na prestação do serviço público.
· Rotina e procedimentos padronizados
Regras e procedimentos impõem o poder de regular a conduta do funcionário dentro da organização. Os procedimentos e regras podem mudar de acordo com o cargo que o colaborador ocupa para obter disciplina. 
O Padrão nas tomadas de decisões não é só coincidência no órgão público, como obrigatória, uma vez que a impessoalidade, princípio administrativo expresso na nossa constituição, não permite interpretações diferentes para os mesmos casos. Por ser tão estático, as mudanças que a população exige dos poderes públicos são tão difíceis de ocorrer, e quando ocorrem geralmente já estão desatualizados.
· Competência técnica e meritocracia
Competência e o mérito são responsáveis diretos pela admissão, classificação e mudança de função dentro da organização.
Por serem funções com atribuições predefinidas, quando um servidor é nomeado para cargo público, ou entra por meio de concurso público, já sabe qual será sua atuação técnica e o nível de responsabilização. A meritocracia é essencialmente medida pela competência de nota em concurso público e por títulos do candidato. Uma vez dentro da organização, a meritocracia se torna um avanço profissional, definida por um Plano de Carreira.
· Especialização da administração
O membro do corpo de administração nem sempre é proprietário da organização, mas sim um colaborador especializado na função de administrador da organização.
No órgão público, quando se assume uma função que não seja estritamente política (livre nomeação e exoneração), há uma norma definindo quais especializações cada pessoa deve possuir para ser nomeado no cargo ou função.
· Profissionalização dos participantes
Os colaboradores de uma organização são profissionais, pois se encaixam em diversos fatores como especialista de um cargo.
A profissionalização dos servidores são incentivados dependendo do Plano de Carreira e nível técnico de cada cargo ou função que assume. Por regra, sempre que há um incremento na sua qualificação, por meritocracia no alcanço da especialização, há uma valorização salarial predefinida.
· Completa previsibilidade do funcionamento
Consequência do uso da teoria de Max Weber foi a antecipação das tarefas e a previsibilidade das atividades estabelecidas em normas e regulamentos.
Esta previsibilidade de ações é o que torna o serviço público uma organização essencialmente burocrática, uma vez que o direcionamento dos serviços devem ser sempre visando o bem público, regido por princípios basilares na Legalidade e Impessoalidade, sempre motivados, publicitados e eficientes. 
Nesse contexto da administração pública, o que pode e já vem sendo feito, porém em passos lentos, é a valorização e exigência de órgãos públicos com maior transparência e eficiência.
A transparência, advindo do princípio da Publicidade, cada vez é mais ampla e necessária para que a população possa fiscalizar os órgãos públicos. A Lei de Acesso às Informações e o acesso à transparência dos atos públicos no sítios, são exemplos dessa evolução.
O que pode aindaser melhorado é como essas informações são disponibilizadas. A tecnologia poderá auxiliar muito nisso, como a possibilidade de filtros das informações conforme o interesse do pesquisador, uma vez que hoje em dia há tantas informações (big data), que mesmo sendo divulgadas os atos, são dificilmente decifrados de forma a gerar informação útil e direta.
Outro princípio basilar que tem muito ainda para evoluir, é a eficiência do serviço público. Os recursos são mal distribuídos e o custo do Estado é um peso enorme para sua atuação, uma vez que grande parte dos impostos arrecadados são para a manutenção da máquina pública e pouco sobra para os serviços públicos mais essenciais.

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