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Jennyfer Silva
Terapia larval em lesões de pele
A observação de que as larvas de certas moscas podem ajudar a limpar
ferimentos e apressar a cura levou à chamada terapia larval, que teve seu apogeu
entre as guerras mundiais. Após 1945, com o desenvolvimento de vários
antibióticos, desenvolveram-se certa euforia e arrogância, deixando-se de lado o uso
desta técnica para o tratamento de feridas.Em pouco tempo, percebeu-se que os
antibióticos levavam à resistência, e que os tratamentos eram caros e resolviam
somente parte dos casos, não conseguindo impedir consequências graves, como as
amputações. Essas dificuldades proporcionaram o ressurgimento do interesse pela
terapia larval, a partir da década de 1980.
A terapia larvaltrata-se de uma técnica de desbridamento biológico, ou seja,
da limpeza e retirada dos tecidos mortos de feridas, reduzindo a quantidade de
microorganismos nelas existentes e contribuindo no processo de cicatrização.
Popularmente aplicada em países como Alemanha, Holanda, Estados Unidos, Israel,
Canadá e México, a técnica consiste na utilização de larvas de moscas vivas,
esterilizadas em laboratório, aplicadas sobre as feridas, que digerem apenas o
tecido morto da ferida, mantendo o tecido vivo intacto e estimulado a cicatrizar. A
espécie de mosca utilizada se chama Chrysomyamegacephala.
As larvas atuam na cicatrização das feridas porque, ao se alimentarem de
bactérias e tecido necrosado, estimulam a produção de tecido de cicatrização. Elas
esterilizam o material que passa por seu tubo digestivo e secretam agentes
terapêuticos, como a alantoína e uréia, ou seja, atuam com um processo mecânico e
enzimático.Ela pode ser muito útil, especialmente em países e regiões de nível
socioeconômico precário, por seu baixo custo e grande eficiência. Envolve
tecnologia simples que pode ser desenvolvida em pequenos laboratórios, com pouco
pessoal e praticamente sem depender de material sofisticado e/ou importado para a
sua aplicação.
Os pesquisadores do Laboratório de Insetos e Vetores coletam as moscas em
campo, e, depois, as criam no laboratório, onde se alimentam de uma dieta
específica com o objetivo de estimular que a fêmea ponha ovos. A partir desses
ovos, começa a criação das larvas.A quantidade de larvas utilizadas em cada
aplicação depende do tamanho da lesão do paciente e do estoque que o laboratório
vai disponibilizar, utilizam-se em média 20 delas por centímetro quadrado. As larvas
são aplicadas na lesão, onde permanecem por 24 a 48 horas, e então é feito um
curativo, colocando uma gaze não aderente e umidificada por soro em cima das
larvas, seguida de uma gaze seca e atadura. Os pacientes assinam um termo de
consentimento que garante que eles serão submetidos a terapia até o momento em
que assim permitirem.
Natal (RN) – José Damasceno de Aquino tem 50 anos e é morador do
município de Santa Cruz, na região agreste do Rio Grande do Norte. Transplantado
de rins e diabético, tinha um ferimento no pé que não cicatrizava e cuja infecção se
agravava. A situação do paciente levou à necessidade de amputação do pé que
poderia se estender à perna (incluindo a coxa), se não fosse a Terapia Larval, um
tratamento inédito no país, realizado apenas no Hospital Universitário Onofre Lopes
(Huol), vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte e à Rede Ebserh.
José Damasceno está entre os 18 pacientes que já receberam esse tratamento no
Huol. A relevância da Terapia Larval é que você consegue combater processos
infecciosos locais. É dado ao portador de uma ferida crônica complexa a
possibilidade de ver uma luz no final do túnel.
Fontes: http://www.ebserh.gov.br/noticias/201902131648-hospital-da-ebserh-usa
larvas-para-melhorar-cicatrizacao-de-feridas
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46652006000600014
https://www.bbc.com/portuguese/geral-44738884
Úlcera de pé diabético
∙ O que é pé diabético?
É uma complicação do Diabetes mellitus.
∙ Quando ocorre?
Quando uma área machucada
ou
infeccionada nos pés
desenvolve uma
úlcera (ferida); quando a
circulação
sanguínea é deficiente e os níveis de
glicemia são mal controlados.
∙ Sintomas
Anormalidade no pé (sensação, temperatura, cor, deformidade dos ossos do pé ou
tecidos dessa região, presença de inflamação ou infecção).
Mais frequentes: formigamentos e sensação de queimação (que tipicamente
melhoram com o exercício), diminuição da sensibilidade.
∙ Fatores de risco
Níveis elevados de glicose e hemoglobina glicada, falta de cuidados com os
pés. ∙ Prevenção
-Os pés devem ser inspecionados diariamente à procura de pequenas
feridas -Os sapatos devem ser macios, leves e moldados na forma dos pés
-Evitar andar descalço ou com sandálias e chinelos
∙ Cuidados
-Realizar exames frequentes
-Não deixar os pés parados
-Água deve estar sempre na temperatura certa
-Calçados adequados
-Evite andar descalço
-Não colocar os pés de molho
-Cuidados ao cortar as unhas
∙ O que é a úlcera de pé diabético?
É uma complicação séria e comum de diabetes
mellitus. Tem pouca probabilidade de cicatrização.
∙ Como é causada?
Devido ao reduzido suprimento de sangue para o
membro inferior, as úlceras do pé diabético são
propensas a necrose, infecção e envolvimento de
tecidos profundos, incluindo o osso.
∙ Abordagem
Desbridamento, proteção contra trauma, tratamento da
infecção, controle do exsudato e promoção da cicatrização.
Além dos procedimentos citados, deve-se orientar o portador da úlcera a consultar
seu médico regularmente a fim de acompanhar a evolução do caso e adotar uma
dieta balanceada com o auxílio de nutricionistas.
Fontes: https://www.molnlycke.com.br/nossos-conhecimentos/ulcera-do-pe
diabetico/
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/pe-diabetico
Úlcera Venosa
Úlcera venosa é uma lesão cutânea que acomete o terço inferior das pernas. Está
associada à insuficiência venosa crônica, sendo esta a principal causa de úlcera de
membros inferiores. Pode interferir na qualidade de vida, pois gera repercussões
negativas na esfera social e econômica.
Úlcera de perna é a síndrome em que há destruição de estruturas cutâneas, tais
como epiderme e derme, podendo afetar, também, tecidos mais profundos.
Manifesta-se no terço inferior dos membros inferiores .
A úlcera venosa representa cerca de 70% a 90% dos casos de úlceras de perna e
apresenta como principal causa a insuficiência venosa crônica. Essa inadequação
do funcionamento do sistema venoso é comum na população idosa, sendo a
freqüência superior a 4% entre os idosos acima de 65 anos.
Sistema venoso
O sistema venoso é a parte do sistema circulatório em que o sangue é transportado
da periferia de volta para o coração. Podemos distinguir entre o sistema venoso
superficial e o profundo.
O sistema venoso superficial subcutâneo nas pernas inclui a veia safena magna e a
veia safena parva. É através dele que o sangue é transportado a partir da superfície
(pele e tecidos subcutâneos), de onde conduz para as veias profundas.
O sistema venoso profundo inclui as veias ilíaca, femoral, poplítea e femoral
profunda. As veias profundas geralmente correm paralelas às artérias
correspondentes.
Estes dois sistemas venosos são separados um do outro por fáscia de tecido
conjuntivo e músculos, e estão ligadas por um terceiro sistema venoso - as veias
perfurantes (ou veias comunicantes).
A parede venosa é composta por três camadas:
íntima (camada interior);
média (camada do meio);
adventícia (camada exterior);
As
paredes das veias são mais finas do que as das artérias. São mais distensíveis
porque contêm menos fibras elásticas e musculares.
Mecanismo do sistema venoso
As veias transportam o sangue pouco oxigenado de retorno ao coração – contra a
gravidade. Esta função é auxiliada pela chamada bomba muscular nos músculos
das pernas e nas válvulas venosas.Como uma válvula, estas impedem que o
sangue tenha um fluxo de retorno para a perna. Se este sistema começar a falhar, o
sangue se acumula nas pernas.
As veias contêm válvulas em forma de crescente, em intervalos mais longos no
lúmen, quedividem os vasos longos em segmentos. Estas válvulas abrem-se assim
que o sangue é empurrado para cima, no sentido do centro do corpo, contra a
gravidade, e fecham no momento em que o sangue “para” e começa a fluir para trás.
Quando o sistema começa a falhar, o sangue passa a se acumular nas veias,
podendo causar:
- Veias varicosas;
- Inflamação venosa;
- Nos casos mais graves, úlcera venosa.
Veias varicosas
São veias superficiais das pernas, que são anormalmente
dilatadas. Elas podem:
∙ doer, provocar coceiras ou sensação de cansaço.
∙ Os médicos podem detectar veias varicosas examinando a pele. ∙ Cirurgia ou o
tratamento com injeções podem remover as veias varicosas, mas é comum que
novas veias varicosas se formem.
A causa precisa das veias varicosas é desconhecida, mas o principal problema
provavelmente é a debilidade nas paredes das veias superficiais (localizadas logo
abaixo da pele). Essa debilidade pode ser hereditária. Ao longo do tempo, a
debilidade faz com que as veias percam sua elasticidade. As veias se esticam e se
tornam mais compridas e largas. Para que possam se acomodar no mesmo espaço
que ocupavam quando eram normais, as veias alargadas ficam mais sinuosas. Elas
podem surgir como uma protuberância em forma de serpente sob a pele.
Mais importante do que o alongamento é o alargamento das veias que faz com que
as abas da válvula (cúspides) se separem. Quando a pessoa está em pé, o sangue
é puxado para trás pela força da gravidade e não é parado porque as cúspides da
válvula estão separadas. Assim, há um refluxo do sangue que rapidamente
preenche as veias e faz com que as veias de paredes finas e contorcidas aumentem
ainda mais.
Inflamação Venosa
Em geral, são afetadas veias superficiais (flebite superficial). A inflamação ocorre
comumente juntamente com varizes nas veias das pernas, embora as veias dos
braços e, raramente, as veias da face e pescoço possam também ser afetadas. Em
via de regra, a flebite é restrita localmente e, algumas vezes, pode ser bastante
dolorosa. O segmento afetado da veia é visível como uma área vermelha, quente e
frequentemente inchada na pele. A inflamação causada por bactérias pode causar
febre.
Um especialista (flebólogo, angiologista, cirurgião vascular, dermatologista) deve ser
consultado imediatamente: coágulos sanguíneos (tromboses) podem se desenvolver
como resultado da inflamação venosa. Se uma veia profunda da perna estiver
inflamada, isso pode causar trombose, que também é chamada de trombose venosa
profunda ou flebotrombose.
Um fluxo sanguíneo mais lento é a causa mais comum de inflamação venosa. Ele
causa reações inflamatórias na parede venosa enfraquecida, que é frequentemente
predisposta por varizes. Mas a inflamação venosa também pode ocorrer em locais
onde a veia é apertada por longos períodos por roupas muito justas ou, por exemplo,
a ponta de uma cadeira mais dura. Outra causa comum é quando médicos colocam
cateteres internos para realizar infusões ou administrar medicamentos e os mesmos
permanecem nas veias por vários dias. A inflamação venosa pode também ser
causada por uma lesão na parede venosa ou pela penetração de bactérias. Ela
também pode surgir após cirurgias ou períodos longos em que o indivíduo
permanece acamado.
Úlcera venosa
As válvulas venosas fazem com que o sangue não volte a fluir para baixo e se
acumule nas veias. Quando as válvulas venosas deixam de funcionar, o sangue
acumula nas veias e formam-se as varizes. A pressão acrescida devido ao
congestionamento de sangue nas varizes faz com que os líquidos e outros
componentes do sangue se infiltrem do sistema vascular para os tecidos. Por sua
vez, isso prejudica o abastecimento dos tecidos com oxigênio e nutrientes. A pele
ganha coloração, os pés e as pernas incham. Basta uma pequena ferida para que se
forme uma úlcera, que dificilmente sara.
O tratamento eficiente da úlcera venosa da perna inclui:
∙ Desbridamento e cuidado da ferida: limpeza da ferida e cuidados na pele
circundante.
∙ O tratamento de compressão é um elemento dos cuidados com a ferida, embora
muita gente acredite que os cuidados com a ferida se limitem à limpeza e ao
curativo dos defeitos da pele.
∙ Tratamento da doença subjacente: no caso de úlcera venosa da perna isso
significa que a doença venosa tem de ser tratada. São usadas meias clínicas
de compressão como tratamento modificador da doença.
∙ Soluções para a prevenção efetiva de recidivas das doenças.
Fases do tratamento
O tratamento divide-se em três fases:
Fase 1: Limpeza da ferida
Como consequência da insuficiência venosa crônica, a ferida da úlcera é rodeada,
regra geral, de tecido conjuntivo endurecido, que tem de ser removido. Em
alternativa, podem ser usadas pomadas que amolecem e soltam a crosta e a
limpam. Materiais especiais absorvem as secreções da ferida. Em feridas infetadas
com bactérias, são usadas compressas com partículas de prata que desinfetam a
ferida.
Fase 2 - Formação de tecido conjuntivo novo.
Na segunda fase da cura da ferida, o organismo esforça-se por preencher o espaço
vazio na pele. Para apoiar o crescimento do tecido conjuntivo, são aplicados pensos
(ligaduras hidrocoloides e de hidropolímeros) que estimulam a produção de tecido
conjuntivo e mantém a ferida úmida.
Fase 3 - Formação de pele nova
Na terceira fase da cura, a ferida reduz e as células cutâneas desenvolvem-se na
orla da ferida para a fechar. Visto que as fases 1 e 2 da cura da ferida são
fortemente afetadas no caso de insuficiência venosa crônica, a maioria das úlceras
da perna não chega, geralmente, à fase 3 sem um tratamento adjuvante da ferida.
Mesmo nesta última fase, a ferida necessita de continuar a ser umedecida e há que
evitar uma aderência do penso à pele recém-formada. Para esse efeito, são usados
sobretudo pensos finos (ligaduras hidrocoloides e de hidropolímeros). Para encurtar
esta fase, uma ferida com granulação ótima pode ser coberta com pele fina do
próprio paciente, numa cirurgia com anestesia local. Para esse efeito, existem várias
técnicas cirúrgicas, nas quais são transplantadas pequenas "ilhas" de pele ou
colocadas finas abas de pele sobre a ferida.
O uso do hidrocoloide e hidropolímeros
Hidrocolóide Apresentação em placa, pasta e pó.
- Mantém o meio úmido;
-Promove desbridamentoautolítico;
- Reduz o risco de infecção, pois atua como barreira
-Prevenção ou tratamento de LPP não infectadas;
-Feridas abertas e planas com pouca a moderada exsudação;
-Feridas muito exsudativas;
-Feridas infectadas;
-Feridas cavitárias;
-Região sacra em caso de incontinência fecal e urinária;
Trocar no máximo a cada 7 dias, sempre que houver saturação da cobertura ou o
curativo descolar.
-Pode causar maceração da área perilesional quando ultrapassar o prazo de troca(a
cobertura tem baixa absorção).
Hidropolímero
Apresentação: placas de espumas e espumas para preenchimento. Composição:
Curativo estéril, hidrocelularsemi-permeável e multilaminar, composto por uma
camada externa de filme de poliester/poliuretano, espuma de poliester/poliuretano
contendo Hidrogel, tecido de poliéster e poliacrilato e camada adesiva
hipoalergênica de acrílico.
-Mantém o meio úmido;
-Favorece o desbridamentoautolítico;
-Absorve grande quantidade de exsudato;
-Reduz o trauma na troca do curativo.
-Lâmina: feridas planas.
Espumas de preenchimento: Feridas cavitárias.
HidrofibraCarboximetilcelulose sódica
Apresentação em placa ou fita.
- Pode estar associado à prata;
-Mantém o meio úmido;
-Favorece o desbridamentoautolítico;
-Absorve grande quantidade de exsudato;
-Reduz a dor e o trauma no momento da troca;
-Feridas com moderada a grande quantidade de exsudato;
-Feridas infectadas ou com risco de infecção;
-Úlceras vasculares, diabéticas e LPP;
-Queimaduras de espessura parcial (2ª grau);
Bota de Unna:
É um tipo de terapia compressiva.
Bandagem inelástica não estéril impregnada com pasta de óxido de
zinco -Exerce força de contensão no membro acometido.
-Aumenta o fluxo venoso nos membros inferiores.
-Promove fibrinólise e aumenta a pressãointersticial local. - Mantém o meio úmido
necessário à cicatrização.
-Úlceras venosas de perna;
-Edema linfático.
- Troca a cada 7 dias.
-Em caso de desconforto, vazamento de exsudato, sinais clínicos de infecção,
dormência e latejamento dos dedos ou em caso de quaisquer outras irritações locais
deve-se retirar a bandagem imediatamente
-A Bota de Unna não pode ser cortada e aplicada sobre a lesão.
-Para controle do exsudato sugere-se a realização de curativo secundário e uso da
placa de carvão ativado.
IMPORTANTE:
-Aplicar a bandagem ao longo da perna, iniciando no pé e terminando na altura do
joelho.
-Orientar elevação do membro e repouso (principalmente antes da aplicação)
durante o dia, movimentação de inclinação do pé (frente e para trás), retirada da
bota caso apareça efeitos adversos.
Assistência de enfermagem
Há algum tempo, o tratamento das lesões tissulares “deixou de ser apenas enfocado
na realização da técnica de curativo, para incorporar toda a metodologia da
assistência que o enfermeiro presta, com avaliação do estado geral do paciente,
exame físico direcionado de acordo com a etiologia da lesão, escolha do tratamento
e da cobertura a ser utilizada. Além do registro de enfermagem e projeção
prognóstica”
Os itens a serem analisados durante a avaliação do estado geral do paciente
compreendem:
higiene, estado nutricional, hidratação oral, sono/ repouso, eliminações, etilismo/
tabagismo, alergoses, patologias associadas, medicamentos em uso, idade,
estresse, ansiedade, condições da pele. O enfermeiro pode pesquisar o diagnóstico
da úlcera venosa através da detecção de seus principais sinais e sintomas
A partir do diagnóstico o enfermeiro constrói planos de cuidados cujos objetivos são
proporcionar condições que minimizem o tempo de cicatrização da ferida, reduzem
os riscos de infecções, prevenção de recidivas, garantam a segurança e conforto do
paciente, dentre outros.
Cabe ao enfermeiro estabelecer comunicação terapêutica com o cliente visando à
valorização das queixas apresentadas e o respeito à particularidade de cada
indivíduo. Vale ressaltar a importância do enfermeiro usar comunicação verbal
familiar à linguagem do paciente, para que o mesmo possa compreender as
informações que lhes são transmitidas e, assim, comprometer-se com sua saúde
possibilitando o cumprimento das ações que lhes são delegadas a fim de garantir o
sucesso do tratamento.
O tratamento clínico oferecido ao portador de úlcera venosa consiste na realização
do curativo, terapia compressiva, prescrição de dieta que favoreça a cicatrização,
orientações quanto à importância de repouso e do uso de meias de compressão
após a cura da ferida.
Fontes: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do
cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios
venosos/veias-varicosas
https://www.medi.pt/saude/corpo/sistema-venoso/
https://www.medi.pt/saude/diagnostico-tratamento/ulcera-venosa-da-perna/
https://www.medi-brasil.com/saude/diagnostico-e-tratamento/doencas
venosas/inflamacao-venosa/
http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+8.2_COBERTURAS+
PARA+FERIDAS.pdf/8fcd67a5-2f5c-4a84-9a87-36afdc21d725
https://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/v9n2a17.htm
Úlcera Arterial
Esse tipo de lesão de pele tem início na obstrução das artérias por placas de
gordura. Essa obstrução acarreta na falta de sangue rico em oxigênio e nutrientes
para irrigar os tecidos, resultando na morte celular e, consequentemente, nas
lesões. Devido à fragilidade da pele na região, qualquer pequena batida ou
traumatismo pode ocasionar feridas. Por isso, é muito comum o aparecimento de
lesões em regiões mais expostas e com proeminência óssea, como maléolos,
laterais dos pés, canelas ou dedos.
Alguns fatores externos também favorecem o aparecimento das úlceras arteriais,
como tabagismo, diabetes não controlado, hipertensão e colesterol alto.
Como Identificar?
As úlceras arteriais podem ser identificadas através dos seguintes sintomas:
∙ Fortes dores na lesão (em alguns casos, o paciente começa a mancar); ∙
Mesmo quando em repouso os membros ainda doem;
∙ Ao elevar o membro afetado, a dor aumenta ainda mais; ∙ Alívio da dor apenas
quando a perna é deixada em repouso para baixo; ∙ Lesão com formato circular;
∙ A pele em volta da lesão perde os pelos, apresenta temperatura fria e fica
esbranquiçada;
∙ O pulso sanguíneo na região diminui;
∙ As unhas ficam mais espessas;
∙ A dor pode piorar a noite.
Tratamento:
Se não tratada corretamente, a úlcera arterial pode levar ao amputamento do
membro afetado. Dessa forma, é importante contar com o acompanhamento de um
profissional qualificado, como enfermeiro estomaterapeuta, que, além de conhecer o
que há de mais novo em tecnologia para tratamento de feridas, pode indicar com
precisão quais medidas devem ser adotadas em cada caso. Além de realizar o
tratamento tópico para cicatrização da pele, é importante que o paciente seja
constantemente acompanhado por um médico angiologista, que controlará a
pressão arterial e, consequentemente, normalizará a circulação do sangue para
evitar que novas lesões apareçam.
Importante:
Nunca utilize métodos de compressão para tratar úlceras arteriais. A aplicação do
tratamento incorreto pode agravar o quadro e gerar consequências irreversíveis.
Como prevenir?
Para evitar o surgimento de novas úlceras, é necessário combater a origem do
problema, normalizando a circulação sanguínea, mantendo baixos os níveis de
colesterol e triglicerídeos e ficando atento a sintomas como
cansaço, inchaço e dores nas pernas. Além disso, é importante prestar atenção a
batidas e traumas na região das pernas e pés. Sempre avalie se a pele dos
membros inferiores apresenta alteração na coloração, temperatura ou textura. Ao
menor sinal de lesão ou corte, procure um profissional de saúde o mais breve
possível. Outros cuidados são importantes para diminuir o risco de aparecimento de
úlceras vasculares. São eles: praticar atividades físicas, não fumar, beber bastante
água e manter uma dieta equilibrada.
Como fazer curativo em uma úlcera arterial?
Além de utilizar uma cobertura que acelere a cicatrização da pele, é importante
tomar alguns cuidados na hora de fazer o curativo:
1. Lave a lesão com soro fisiológico em jato ou outra solução específica para
limpeza de feridas (como Prontosan ou Aquasept). Se possível, aqueça a
solução de limpeza antes de aplicar – isso favorece a migração celular e
ajuda no processo de cicatrização.
2. Posicione a cobertura que será usada no curativo no leito da lesão, cuidando
para que ultrapasse, no mínimo, 1 cm das bordas da lesão. 3. Faça o curativo
secundário para que o excesso de exsudato seja
absorvido. Posicione gazes de algodão sobre a membrana e enfaixe
levemente a região com atadura de crepe. Esse curativo deve ser trocado
diariamente ou sempre que estiver saturado (úmido).
Exemplo de cobertura para úlceras arteriais:
∙ Membracel: é uma membrana de celulose cristalina capaz de substituir
temporariamente a pele. A versão com poros permite as trocas
gasosas e a passagem do exsudato para um curativo secundário.
Devido às suas características, não se faz necessária a troca diária do
produto, evitando possíveis traumas, promovendo o desenvolvimento
do tecido de granulação, reduzindo a dor através do isolamento das
terminações nervosas e acelerando o processo cicatricial.
Fontes: https://www.vuelopharma.com/produto/membracel-membrana
regeneradora-porosa/
https://artedecuidar.webnode.com.br/_files/200000015-
0ad7c0b337/Tratamento%20de%20Feridas.pdf
https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/4967
https://www.google.com/search?q=membracel&rlz=1C1GCEA_enBR895BR89
5&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiwl6Dw7tnoAhV8FLkGHdh8C
8MQ_AUoAnoECA0QBA&biw=1920&bih=969#imgrc=tkhemETjSfDkwM
TIPOS DE COBERTURA
Filme de Poliuretano
∙ Cobertura estéril, semipermeável, sendo impermeável à líquidos e
bactérias;
∙ Facilmente adaptável a áreas de contorno do corpo;
∙ Adesivo acrílico hipoalergênico, permitindo aderência somenteà pele
íntegra e não aderindo à superfície úmida, evitando o trauma durante a
sua retirada.
Ácido graxo essencial
∙ Cobertura originada de óleos vegetais poliinsaturados compostos
fundamentalmente de ácidos graxos essenciais: ácido linoleico,
caprílico, cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja.
∙ Prevenção e tratamento de dermatites, úlceras por pressão, venosa,
hidratação da pele íntegra. Tratamento de úlceras com ou sem
infecção, úlceras diabéticas, isquêmicas, deiscências cirúrgicas.
Alginato de cálcio
∙ Cobertura composta por um polissacarídeo derivado de algas
marinhas.
∙ Apresentação: Gel ou fibras.
∙ Utilizado como curativo em lesões abertas e altamente exsudativas. ∙
Poder de absorção.
Hidrocolóide
∙ Curativo composto por partículas com capacidade de absorção
(gelatina, pectina e carboximetilcelulose) dispersas em água
formando um gel semi-sólido.
Hidrogel
∙ Gel que atua no sentido de umedecer o tecido desvitalizado e auxiliar
no desbridamento autolítco, a umidade promove angiogênese.
∙ Indicado para feridas com necrose ou esfacelo.
∙ Reduzem significativamente a dor, dando uma sensação refrescante,
devido a sua elevada umidade que evita a desidratação das
terminações nervosas. Esse ambiente ajuda na autólise, ou seja
amolece e hidrata tecidos desvitalizados, facilitando sua remoção.
Em feridas livres de tecidos desvitalizados, propicia o meio ideal
para a reparação tecidual.
Papaína
∙ Enzima derivada do mamão papaia. Realiza desbridamento químico, tem ação
bactericida, bacteriostática e acelera o processo de cicatrização. ∙ Concentrações:
– 3% - granulação
– 6%- exsudato purulento
– 10%- necrose
Sulfadiazina de prata
∙ Cobertura de sulfadiazina de prata a 1%, com ação bactericida,
bacteriostática e fungicida pela liberação de íons prata que levam à
precipitação de proteínas.
∙ Indicação: Prevenção de colonização e tratamento de queimadura. ∙
Tempo ideal de uso: sete dias
∙ Contra Indicações: uso prolongado, lembrar que esta cobertura é nefrotóxica.
< http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/395574/aula_mini_curso2_(Aula1).pdf >
ÚLCERA POR PRESSÃO
A úlcera de pressão é uma área localizada de necrose celular, que resulta da
compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície dura
por um período prolongado de tempo (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2001).
Outros termos também são usados com frequência como úlcera de decúbito, escara,
escara de decúbito, porém, por ser a pressão o agente principal para a sua
formação, termo recomendado é úlcera de pressão. O termo “escara” não deve ser
utilizado para a definição, porque ele é usado para designar apenas a parte
necrótica ou crosta da ferida. A região sacral e os calcâneos são os locais mais
frequentes de aparecimento da úlcera de pressão.
Os indivíduos mais propensos à formação desse tipo de ferida são
aqueles: - Com alterações da mobilidade;
- Com alterações da percepção sensorial;
- Com alterações da circulação periférica;
- Com alterações do nível de consciência;
- Incontinentes;
- Mal nutridos;
- Imunodeprimidos.
Os tecidos recebem oxigênio e nutrientes, eliminando os produtos tóxicos por via
sangüínea. Qualquer fator que interfira neste mecanismo, afeta o metabolismo
celular e a função ou vida da célula. O dano no tecido ocorre quando a pressão
exercida contra o mesmo é suficiente para fechar os capilares (> 32 mmHg) e
permanece por tempo prolongado até provocar a lesão isquêmica. Quando a
pressão é retirada a tempo (alívio antes do ponto crítico), a circulação é restaurada
através de um mecanismo fisiológico compensatório chamado hiperemia reativa.
FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO DA FERIDA
Vários fatores locais e gerais podem interferir em maior ou menor grau no processo
de cicatrização, entretanto em muitos deles o cirurgião pode interferir para otimizar o
resultado final.
Fatores Locais
Os fatores locais são relacionados às condições da ferida e como ela é tratada
cirurgicamente (técnica cirúrgica).
⇒ Vascularização das bordas da ferida: A boa irrigação das bordas da ferida é
essencial para a cicatrização, pois permite aporte adequado de nutientes e oxigênio.
Entretanto, a boa vascularização depende das condições gerais e co-morbidades do
paciente, bem como do tratamento dado a esta ferida.
⇒Grau de contaminação da ferida: uma incisão cirúrgica realizada com boa técnica
e em condições de assepsia tem melhor condição de cicatrização do que um
ferimento traumático ocorrido fora do ambiente hospitalar. O cuidado mais elementar
e eficiente é a limpeza mecânica, remoção de corpos estranhos, detritos e tecidos
desvitalizados.
⇒Tratamento das feridas: assepsia e antissepsia, técnica cirúrgica correta (diérese,
hemostasia e síntese), escolha de fio cirúrgico (que cause mínima reação tecidual),
cuidados pós-operatórios adequados (curativos e retirada dos pontos), são alguns
dos aspectos importantes a serem observados em relação ao tratamento das
feridas.
Fatores Gerais
Os fatores gerais estão relacionados às condições clínicas do paciente, e estas
podem alterar a capacidade do paciente de cicatrizar com eficiência.
⇒ Infecção: é provavelmente a causa mais comum de atraso na cicatrização. Se a
contagem bacteriana na ferida exceder 105 microorganismos/g de tecido ou se
qualquer estreptococo B-hemolítico estiver presente, a ferida não cicatriza por
qualquer meio, como suturas primárias, enxertos ou retalhos.
⇒Idade: quanto mais idoso o paciente menos flexíveis são os tecidos. Há uma
diminuição progressiva de colágeno.
⇒Hiperatividade do paciente: a hiperatividade dificulta a aproximação das bordas da
ferida. O repouso favorece a cicatrização.
⇒Oxigenação e perfusão dos tecidos: doenças que alteram o fluxo sanguíneo
normal podem afetar a distribuição dos nutrientes das células, assim como a dos
componentes do sistema imune do corpo. Essas condições afetam a capacidade do
organismo de transportar células de defesa e antibióticos, o que dificulta o processo
de cicatrização. O fumo reduz a hemoglobina funcional e leva à disfunção pulmonar,
o que reduz o aporte de oxigênio para as células e dificulta a cura da ferida.
⇒Nutrição: uma deficiência nutricional pode dificultar a cicatrização, pois deprime o
sistema imune e diminui a qualidade e a síntese de tecido de reparação. As
carências de proteínas e de vitamina C são as mais importantes, pois afetam
diretamente a síntese de colágeno. A vitamina A contrabalança os efeitos dos
corticoides que inibem a contração da ferida e a proliferação de fibroblastos. A
vitamina B aumenta o número de fibroblastos. A vitamina D facilita a absorção de
cálcio e a E é um co-fator na síntese do colágeno, melhora a resistência da cicatriz e
destrói radicais livres. O zinco é um co-fator de mais de 200 metaloenzimas
envolvidas no crescimento celular e na síntese protéica, sendo, portanto,
indispensável para a reparação dos tecidos.
⇒Diabetes: a diabetes melito prejudica a cicatrização de ferida em todos os estágios
do processo. O paciente diabético com neuropatia associada e aterosclerose é
propenso à isquemia tecidual, ao traumatismo repetitivo e à infecção.
⇒Medicamentos: Os corticosteróides, os quimioterápicos e os radioterápicos podem
reduzir a cicatrização de feridas, pois interferem na resposta imunológica normal à
lesão. Eles interferem na síntese protéica ou divisão celular agindo diretamente na
produção de colágeno. Além do mais, aumentam a atividade da colagenase,
tornando a cicatriz mais frágil.
⇒ Estado imunológico: nas doenças imunossupressoras, a fase inflamatória está
comprometida pela redução de leucócitos, com conseqüente retardo da fagocitose e
da lise de restos celulares. Pela ausência de monócitos a formação de fibroblastos é
deficitária. Além destes fatores acima mencionados, longos períodos de internação
hospitalar e tempo cirúrgico elevado são também aspectos complicadores
importantes para o processo de cicatrização.

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