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ASSISTÊNCIA AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO

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AVALIAÇÃO AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO
Introdução
• Trauma-ferida;
• Traumatismo, traumatizante;
• Transferência de energia não controlada de energia para o organismo;
• MECÂNICA, térmica, química, elétrica, hidráulica e nuclear;
• Trauma é doença, prevenível, potencialmente tratável;
 
As fases do cuidado do trauma:
O trauma não é um acidente e sim, são preveníveis.
Para facilitar o entendimento são divida em fases: 
1. Pré-evento
2. Evento
3. Pós-evento
Fase do Pré-evento
· Capacete
· Telefone na direção
· Álcool
· Quedas em idosos
· Risco para afogamentos
Fase do evento
A fase do evento é o momento que ocorre o trauma. As ações são tomadas durante essa fase visam minimizar a lesão decorrente do trauma.
· O uso de EPIs minimizam a potencialidade de lesão dos eventos traumáticos.
· Capacete, cinto de segurança, assento para crianças. 
Fase Pós-evento
Seriam as consequências do evento.
· Hora de Ouro
O controle da hemorragia é uma das principais preocupações da equipe devendo fazer reposição volêmica o mais próximo possível do sangue total. 
Princípios de Ouro:
• Segurança dos profissionais;
• Avaliação da cena;
• Reconhecer a física do trauma;
• Avaliação primária para verificar lesões potencialmente fatais;
• Manejo das vias aéreas e estabilização da cervical;
• Oferecer O2 se Sat O2 para manter maior ou igual a 94;
• Controle de hemorragia;
• Fornecer terapia básica para controle do choque;
• Estabilização da coluna vertebral;
• Transporte para pacientes com trauma ou com lesões graves;
• Garantir a infusão de fluidos intravasculares aquecidos até a instituição;
• Obter anamnese do paciente e realizar a avaliação secundária;
• Fornecer analgesia;
• Obter comunicação.
POLITRAUMA
Politrauma são lesões múltiplas de diversas naturezas, determinada por agentes mecânicos, podendo comprometer diversos sistemas ou até mesmo a vida.
É considerado o paciente que tiver lesões em dois ou mais sistemas.
Suporte Avançado de Vida ao Trauma (ATLS)
• Padronização mundial
• Atendimento por prioridades
• Cronologia da morte
· Hipovolemia
· Obstrução das vias Aéreas
· Perda da capacidade de respirar
· Lesão expansiva intracraniana
Situação problema:
JLP, 20 anos, trafegava com o seu veículo sem cinto de segurança em uma rodovia em alta velocidade após sair de uma festa na qual, fez consumo de grande quantidade de bebidas alcóolicas. Durante o trajeto, ocorreu uma colisão frontal com outro veículo que vinha no sentido oposto. Com o impacto, JLP foi arremessado do seu carro, chocando se contra o chão 10 metros após.
• O que você faz nesta situação?
Sistematização da Assistência
1. Preparação prévia do material;
2. Triagem;
3. Avaliação primária (XABCDE);
4. Reanimação;
5. Medidas auxiliares à avaliação primária e à reanimação;
6. Avaliação secundária;
7. Medidas auxiliares à avaliação secundária;
8. Reavaliação e monitoração continua após a reanimação;
9. Tratamento definitivo.
1. Preparação do material
Envolve condutas que seguem um protocolo específico (o PHTLS).
• Pré-hospitalar;
Essa fase requer que os socorristas abreviem o máximo a permanência da vítima na cena do trauma e notifique o hospital de destino antes de iniciar o transporte, para que os médicos se preparem.
OBS: importante que o socorrista esteja a par de algumas informações da vítima, como: documentação, história do trauma, horário e mecanismo, e eventos relacionados. 
• Intra-hospitalar;
Ela se inicia a partir do momento da notificação dos socorristas, pois consiste num planejamento antecipado à chegada do paciente por parte da equipe e seu líder. Compreende: 
1. Desligar o ar-condicionado da sala de trauma; 
2. Promover a proteção da equipe, com máscaras, óculos, luvas e avental impermeável; 
3. Área de reanimação; 
4. Equipamentos de via aérea (testar todos); 
5. Soluções de cristaloides aquecidas; 
6. Equipamento para monitorização; 
7. Protocolo Onda vermelha;
2. Triagem 
Utilizado para classificar a gravidade dos problemas ou tipo de ocorrência;
Importante quando há mais de uma vítima para classificá-las de acordo com o tratamento necessário e recursos disponíveis e, assim, obter uma ordem de prioridade estabelecida. 
Há 2 tipos de situações de triagem:
· Múltiplas vítimas: Quando os recursos presentes são suficientes para atender a quantidade total de vítimas e manejar a gravidade das lesões. Nesses casos, a prioridade de atendimento são pacientes com risco de vida iminente ou traumatismos multissistêmicos.
· Vítimas em massa: o número de vítimas e a gravidade das lesões excedem a capacidade de atendimento. Portanto, têm prioridade de atendimento aqueles com maior chance de sobrevida.
Método de cores:
· Vermelho : 0 min;
· Laranja: 10min;
· Amarelo: 1 h;
· Verde: 2 h;
· Azul: 4 h.
OBS: Existem alguns protocolos para auxiliar o profissional de saúde a realizar a triagem em situação com diversas vítimas. O protocolo START é um fluxo a se seguir para realizar de maneira rápida e fácil no atendimento pré-hospitalar.
 
Precauções básicas:
• Avental;
• Máscara;
• Gorro;
• Luvas;
• Protetores de braços e pernas;
• Protetores faciais;
3. Avaliação baseada no XABCDE
Sistematização baseada do Suporte Avançado de Vida no Trauma para Médicos (ATLS) e Manobras Avançadas de Suporte ao Trauma e emergências cardiovasculares (MAST). 
• X- Exsanguinação;
• A- Airway + Cervical Spine: Vias aéreas e proteção da cervical;
• B- Breathing: Ventilação/Respiração/Oxigenação; 
• C- Circulation: Circulação;
• D- Disability/neurological status: Neurológico;
 •E- Exposure: Exposição/Proteção contra hipotermia.
OBS: ordem de prioridade não se baseia no que mais mata, e sim no que mata mais rápido!
OBS: 2-5: tempo de duração do XABCDE.
Avaliação baseada no XABCDE: X- Exsanguinação
· Contenção de hemorragia externa grave;
· Abordagem precoce devido à elevada mortalidade em detrimento às hemorragias graves;
· Conduta: Uso do torniquete, quando a pressão direta ou curativo compressivo se não apresentar boa resposta;
· 120 - 150minutos.
• A hipovolemia com consequente choque hemorrágico é a principal causa de óbito em pacientes traumatizados.
• Causas mais comuns: Lesões intratorácica e intra abdominais, fraturas de pelve e fêmur, lesões penetrantes com comprometimento venoso arterial.
Essas lesões são agravadas, pois, a hipovolemia impacta diretamente da fisiologia básica da célula, que é a produção de ATP por meio de O2 + glicose.
E para isso faz se necessário o adequado funcionamento do Sistema Respiratório e Cardiovascular
Mecanismos de produção de energia:
• Metabolismo Aeróbico 38 ATPs
• Metabolismo Anaeróbico 2 ATPs
Choque
• Perfusão tecidual insuficiente em nível celular, levando a metabolismo anaeróbico e perda da produção de energia necessária para sustentar a vida. 
• É o desequilíbrio entre a oferta x demanda, o que causa uma perfusão tecidual ineficiente a nível celular, fazendo todo o anabolismo anaeróbico leve a uma perda da produção de ATP necessária para a manutenção das funções vitais. 
• Principal causa de mortalidade nos pacientes vítimas de traumatismo.
Sensibilidade Isquêmica dos órgãos:
• Cérebro
• Coração 4-6 min
• Pulmão 
Logo é necessário garantir que essas estruturas sejam perfundidas de forma adequada, de forma a sempre manter o volume necessário de sangue.
• Órgãos Abdominais 45-90 min
• Músculo e pele 4-6 h
 Isso justifica o porquê podemos manter o paciente com hemorrágia em um tempo maior com o uso do torniquete, em garroteamento, sem gerar um comprometimento da estrutura do membro.
Fisiologia do Choque
Metabolismo: 
 • Aeróbico
 • Anaeróbico
Princípio de Fick:
 • Hematose
 • Transporte
 • Distribuição
Perfusão Celular e Choque
 • Hipovolêmico Sangue
 • Distributivo Vasos
 • Cardiogênico Coração
Resposta Cardiovascular
 • Coração
 • Vasos Sanguíneos
Resposta Hemodinâmica
 • Sangue
Resposta Endócrina
 • SN
 - SNA
 - SNS
 - SNP
Conduta em caso de choque:
• Acesso venoso periférico uni/bilateral calibroso para fazer areposição volêmica com 1L de Ringer Lactato ou SF 0,9% aquecidos;
• Manutenção das vias aéreas e ventilação apropriada;
• SatO2:> 94%;
• Manutenção da circulação;
Avaliação baseada no XABCDE: A- Vias aéreas e proteção da cervical
• Imobilização da cervical;
OBS: NÃO CONVERSAR COM O PACIENTE SEM GARANTIR A ESTABILIZAÇÃO DA CERVICAL.
 Abordagem inicial:
• Apresentar se: Meu nome é... Qual o seu nome? O que aconteceu?
• Considerar respostas adequadas. 
Em caso de resposta adequada, isso significa que:
a) Não há comprometimento de vias aéreas (A), pois, como ele respondeu, estão pérvias; 
b) Não há comprometimento da ventilação (B), pois, o ar teve que passar para formar a voz; 
c) Há perfusão suficiente para raciocinar (C); 
d) E, por fim, não há diminuição do sensório (D);
Observar:
· A permeabilidade da via aérea:
Como checar? No paciente consciente: solicita que o paciente abra a boca; 
No paciente desacordado: realiza manobra de abertura de VA, como o Jaw Thrust (preferencial) ou Chin Lift, sempre mantendo a coluna cervical estabilizada;
Caso o paciente não tenha capacidade de manter a via aérea pérvia, uma via aérea definitiva deve ser considerada.
E como sei quando indicar uma V.A definitiva?: entubação
· ECG<8: Risco de broncoaspiração;
· Queimaduras faciais;
· Potenciais inalações;
· Trauma maxilofacial e laríngeo;
· Presença de secreção/ sangue;
Conduta: aspirador de sonda rígida;
· Se há corpo estranho (princ.. em caso de fratura do viscerocrânio, de face);
Conduta: retirar com dedo em garra;
· Base da língua: se houver queda da base da lingue, o paciente está inconsciente;
• Atenção com a estabilização da coluna;
• Imobilização da cervical com protetor lateral da cabeça (rebox).
No pescoço, buscamos os seguintes sinais:
- Estase de jugular;
- Enfisema subcutâneo;
- Desvio de traqueia;
- Fratura palpável cervical.
OBS: deve-se ter muito cuidado em casos de paciente com TCE , principalmente os com fratura de base do crânio, ao aspirar as secreções das V.A, ter cuidado de ao inserir a sonda, ela apresentar um percurso errátio e levar ela para o neurocrânio do paciente e, acabar atingindo o cérebro do paciente. Nesses casos, faz-se a aspiração utilizando a sonda rígida, a flexível não e indicada nesses casos.
 
Fatores que interferem na oxigenoterapia do paciente:
· Dano neurológico, a nível de ponte e bulbo, provocando um descontrole da ritmicidade respiratória;
· Obstruções das V.A, não há passagem de ar para as vias aéreas; 
· Alterações á nível alveolar, este apresenta uma incapacidade de hematose (ex.: paciente com edema agudo de pulmão);
· Alteração a nível de recepção, a nível celular, o oxigênio chega a célula porém, não ocorre a ligação adequada, geralmente por conta de bloqueio de receptor (ex.: inalação de cianeto);
Hipoxêmia X hipóxia
Conduta
• Deve-se oferecer O2 (baixo fluxo)12-15L, independente da SatO2 por máscara facial; 
• Caso não esteja ventilando espontaneamente, deverá aplicar ventilação por pressão positiva através da bolsa-valva-máscara (ambu, sempre conectado no ponto de O2);
• Atentar para queda de língua, pois esta obstrui via aérea;
• Entubação orotraqueal (EOT): sempre pensar nos casos de rebaixamento do nível de consciência, ECG = ou <8.
Atenção aos sinais:
• Agitação motora: sugere hipóxia;
• Sonolência: sugere hipercabia (aumento da [CO2]);
• Cianose: sugestivo de hipóxia;
• Sons anormais (roncos): obstrução de faringe;
• Disfonia: obstrução de laringe;
• Traumatismo acima das linhas clavicular: paciente possivelmente vai apresentar comprometimento respiratório.
Proteção da cervical: 
• Uso do colar cervical; Temos o colar em 3 tamanhos: P,M e G. Mede-se através do maior ponto do músculo trapézio, verifica-se quantos dedos tem-se do ápice do trapézio até o corpo da mandíbula. 3 dedos: M. 
 
• Avaliar o posicionamento da língua (se ele está inconsciente, verificar a queda da língua e utilizar a cânula de guedel ou não);
• Chin Lift e Jaw Trust
Chin Lift
Posicionar uma das mãos na região frontal para fixar a cabeça da vítima, enquanto a outra mão se posiciona abaixo da mandíbula e, delicadamente. Buscando se há presença de corpo estranho.
Jaw Trust
Abrir a boca da vítima que não deve comprometer a coluna cervical, projeta para frente.
 
• Cânula de Guedel
Utilizada para manter a permeabilidade das vias aéreas, a língua em posição que não obstrua o fluxo aéreo. 
Somente indicada para pacientes inconscientes. Semiconsciência não utiliza, porque eles ainda respondem ao reflexo do hipoglosso e glossofaríngeo, consequentemente o paciente vai apresentar reflexo do vômito. 
 
• Aspiração das VA: com cânula rígida ou flexível; 
 
Imagem: colar cervical, Rebox (coxins laterais)
Avaliação baseada no XABCDE: B- Ventilação/Respiração/Oxigenação
-Ventilação: avalia apenas o movimento de entrada e saída do ar;
-Respiração: trata do processo de hematose, troca do CO2 pelo O2;
-Oxigenação: oxigenação dos tecidos.
Deve-se realizar:
· Inspeção (expansibilidade pulmonar bilateral, presença de retrações, abaulamentos);
· Palpação: verificar se existe algum desalinhamento ósseo, se o paciente sente dor em algum local específico, se é notória alguma crepitação osséa e ao palpar perceber se a estrut.. óssea tende a deprimir (tórax instável);
· Percussão: a fim de avaliar o som, deve ser feita no espaço intercostal, verificar sons maciços (pode indicar quadro de hemotórax) ou timpânicos (pode indicar um quadro de pneumotórax);
· Ausculta: verifica se existe a diminuição dos MV, se é uni ou bilateral, em qual porção (lobo superior ou inferior).
Se atentar em busca de:
· Tórax instável: 
Descontinuidade de grande parte dos arcos costais, causando uma instabilidade respiratória, pois o paciente irá sentir muita dor, princ.. no ato de inspiração, deixando esta ilimitada (inspiração superficial), tendo uma maior retenção de CO2, podendo evoluir para um quadro de hipercarbia. 
· Pneumotórax aberto: 
Ocorre em caso de trauma aberto na parede torácica, que corresponde a mais de 2/3 do diâmetro da traqueia. 
O paciente também se apresenta com dispneia e dor torácica, mas como o volume de ar costuma ser menor, ao exame físico só encontramos timpanismo à percussão e MV abolidos a ausculta.
Conduta: curativo de três pontas. Ele consiste em um material estéril e retangular que envolva a lesão e seja fixado em 3 dos 4 lados-possibilitando que o ar sob pressão saia pelo lado aberto e, na fase em que o ar deveria entrar na cavidade pleural, o curativo oclui o orifício. 
Basicamente, nós criamos uma válvula unidirecional! 
Depois, então, o paciente precisa de uma drenagem torácica.
 
· Pneumotórax hipertensivo:
Em caso de trauma torácico no momento em que a epiglote estava fechada, fazendo com que o nosso pulmão se comporte como uma bexiga, causando rompimento da sua estrutura parenquimatosa, consequentemente, o ar que deveria ir para os alvéolos para realizar a hematose é desviado para o espaço interpleural, gerando compressão latero-medial, diminuindo a capacidade de hematose, a área de trocas, fazendo com que o paciente evolua para um quadro de dispneia e dor torácica.
É a presença de ar na cavidade pleura que cursa com repercussão hemodinâmica e seu mecanismo cria uma válvula unidirecional, que permite apenas a entrada de ar, e não a sua saída.
Assim, o grande volume de ar acumulado aumenta a pressão torácica, o que reduz o retorno venoso e causa a estase de jugular. E, como também acaba comprimindo o mediastino para o lado contralateral, leva ao desvio de traqueia. 
Com isso, encontramos timpanismo à percussão e abolição de murmúrios vesiculares na ausculta.
E nossa conduta é simples: drenar o conteúdo gasoso. 
Fazemos isso através de 2 procedimentos: punção de alívio e drenagem torácica. A punção de alívio pode ser realizada com a inserção de uma agulha no quinto espaço intercostal, visando diminuir o acúmulo de ar no espaço pleural para melhorar a ventilação do paciente. Nãoé a terapia definitiva posteriormente deve-se realizar drenagem torácica. Ambos são realizados no 5º EIC, entre linhas axilares anterior e média.
 
· Hemotórax maciço: 
Ao invés de ter a presença do ar, vou ter a presença de sangue na cavidade pleural.
Considera-se maciço quando o volume é maior que 1,5L. Assemelha- se ao pneumotórax hipertensivo, logo, o paciente também se mostra com dor torácica, dispneia, possível desvio de traqueia, macicez a percussão e abolição dos MV.
É importante ressaltar que a estase de jugular pode estar presente (por conta do aumento da pressão torácica), no entanto pode não estar, afinal, o paciente perdeu muito sangue. E, justamente por essa perda, o paciente apresenta sinais de choque. 
O tratamento também consiste em drenagem torácica, porém, considerando o choque associado, realiza-se reposição volêmica.
Avaliar:
· Presença ou ausência de movimentos respiratórios;
· Frequência respiratória (VR:12-22) e oximetria de pulso;
· Padrão Respiratório;
· Cianose periférica (um dos principais indicadores de alterações respiratórias, princ.. de hipóxia);
· Ruídos respiratórios (tomar cuidado com roncos);
· Enfisema subcutâneo (princ.. em casos de traumas de traqueia); 
· Presença de lesões na caixa torácica;
· Desvio de traqueia e estase jugular.
• As lesões torácicas estão entre as quatros principais causas de morte nos traumatizados;
• Hipóxia resultante da hipoventilação e/ou hipovolemia, acontece antes do atendimento hospitalar.
• Toda vítima deve receber O2 (baixo fluxo) via máscara facial 12-15lts/min;
• Somente após a remoção de corpos estranhos da cavidade oral é feita a instalação da cânula de Guedel**.
Indicações para Entubação (Canulação da Via Aérea)
• Apneia;
• Incapacidade de manter a via aérea pérvia;
• Proteção contra aspiração;
• Glasgow < ou igual a 8;
• TCE;
• < capacidade ventilatória; 
• Inadequação da máscara facial.
OBS: TODA VÍTIMA GRAVE NA SU QUE NECESSITAR DE VENTILAÇÃO MECÂNICA DEVE-SE PROCEDER A VENTILAÇÃO MANUAL COM BOLSA VALVA-MÁSCARA.
Tipos de Entubação:
• Tubo orotraqueal: o tubo é introduzido na cav. Oral, e direcionado ate a traqueia. 
• Tubo nasotraqueal: o tubo é introduzido na narina, até a traqueia. É realizada as cegas. Indicado em casos de trauma e queimaduras na cav. Oral, que dificultam o aceso a glote e epligote por meio da laringoscopia. 
• Cricotireoideostomia por punção e cirúrgica: usados em caso de impossibilidade de realizar intubação por via oral ou nasal; lesões graves de face, sangramento profuso da cavidade oral, fratura em coluna cervical; lesão da placa cribiforme, edema de glote; fratura de laringe.
Ela por punção, geralmente é feito com cateter siliconado de calibre 16 (cafe 16), punciona-se a cartilagem cricóide do paciente, deixa o silicone inserido na traqueia, e retira o canhão, conecta uma seringa de 3, retira o embolo, retira do tubo orotraqueal a peça que encaixa o ambu no tubo, e encaixa esse dispositivo na seringa. Assim, é possível ventilar o paciente por meio da cricotireoideostomia por punção.
Avaliação baseada no XABCDE : C- Circulação; 
• O principal objetivo do C é identificar e tratar Hemorragias (interna) e verificar a presença de sinais de choque.
• Sinais de hemorrágia:
 P- pele fria, pegajosa, pálida;
 P- pulso fraco (hemorragia), fino (baixa volêmia), rápido (método compensatório);
 P- perfusão > 2 segundos (ideal: tempo de enchimento capilar < 2seg);
 H- identificar as hemorragias.
• Sinais de choque:
3Ps: pele, pulso, perfusão. 
- Pele: pálida e fria;
- Pulso: acelerado (taquicárdico);
- Perfusão: pelo tempo de enchimento capilar, que está alterado se >3s.
Outros fatores que também nos ajudam a identificar um possível choque são: 
· Hipotensão 
· Rebaixamento do nível de consciência 
· Débito urinário reduzido 
OBS: O ATLS inclusive prega que, uma vez afastado o pneumotórax hipertensivo, todo choque no trauma é hipovolêmico até que se prove o contrário. 
Em caso de suspeita de hemorragia interna, deve-se avaliar: 
· Alterações neurológicas;
· Alteração da respiração;
· Alteração diurese;
· Alteração da PA.
Para conter o sangramento, deve-se atentar para os locais com maior risco de choque:
• Tórax: 1,5lts (cada);
• Abdome: total;
• Pelve: total;
• Fêmur: 1,5lts
OBS: TCE não é fonte de choque hipovolêmico !
Conduta:
• Reposição volêmica (deve ser feito de forma rápida);
• Utiliza o Jelco 18; 
• Locais de punção: Fossa antecubital femoral, jugulares externas e safena; 
• Em caso do paciente não ter acesso, considerar a punção intra óssea; 
• Dose: 1 000 ml + 1:1:1;
• PAS 90 mmHg
· Hipotensão Permiciva: 
Consiste no manejo conservador da adm. de fluidos intravenosos, com alvo de PAS entre 80-90 mmhg, por não mais que 60 min. Você permite que o paciente fique hipotenso para garantir a estabilidade da lesão. Não pode passar de 90 mmhg, pq se aumentar demais, vai aumentar a pressão no foco onde já esta tamponado (por conta da ativação plaquetária) e provocar uma hemorragia novamente naquele local.
Evita a diluição de coágulos formados, acidose metabólica, coagulopatias que podem aumentar o sangramento e comprometer o atendimento. 
• SVD (sonda vesical de demanda) é a ferramenta mais fidedigna para avaliar a eficácia da reposição volêmica;
• Contra indicada para os casos de trauma de uretra.
Avaliação baseada no XABCDE: D- Neurológico
• Rápida avaliação do padrão neurológico deve determinar o nível de consciência e a reatividade pupilar;
• Escala de coma de Glasgow (1-15):
- Abertura ocular (1 a 4);
- Resposta motora (1 a 5);
- Resposta verbal (1 a 6);
- Pupilas (-0 a 2);
 
Conduta: deve-se evitar lesões secundárias e garantir perfusão adequada ao cérebro.
Avaliação baseada no XABCDE: E- Exposição
• Retirar as roupas- Inspeção para verificar outras possíveis lesões que não foram observadas. 
• Deve ser feita a inspeção do ventre e dorso, sendo o dorso inspecionado no momento de passagem do paciente para a maca;
• Prevenir HIPOTERMIA !(43%): muito comum devido a grande perda sanguínea. Pode causar hipóxia, devido ao mecanismo de vasoconstrição;
• Atentar para o ar condicionado, manter cobertura (manta térmica), infusão intravenosa de soro fisiológico aquecido a 39°C;
• Realizar os exames de imagem.
4. Avaliação Secundária
• Paciente estável hemodinamicamente. 
• XABCDE ok!
Se o paciente estiver instável, continua AVALIAÇÃO PRIMÁRIA.
 
5. Reanimação:
• A - Proteger as VAS;
• B - Ventilar e oxigenar;
• C - Tratar agressivamente o choque (reposição volêmica);
• Proteger da hipotermia.
6. Medidas Auxiliares: 
• Monitorização Multiparamétrica;
• Sonda nasogástrica*(exceto em casos de fratura de base do crânio, que utiliza a sonda orogástrica): para esvaziar o estomago e evitar vômitos e broncoaspiração;
• Sonda vesical de demora (SVD): casos confirmados de trauma de uretra (suspeita não usa): para controle do débito urinário;
• Pressão Venosa Central (PVC);
• Capnografia e Gasometria Arterial;
• Oximetria de pulso;
• Lavado Peritoneal; 
• Tomografia de Crânio;
• Raio x;
• Ressonância Magnética; 
7. Tratamento definitivo: 
• Clínica especializada;
• UTI;
• Centro Cirúrgico;
• Outras unidades.
A decisão de transferir o paciente é MÉDICA. Mas a responsabilidade é de toda equipe que atendeu;
Somente após a avaliação primária e o restabelecimento dos sinais vitais.
Resumo:
• O atendimento inicial das emergências envolve as etapas de: Planejamento, Triagem, Avaliação Primária, Avaliação Secundária, Reavaliação e Tratamento Definitivo.
• Priorização no atendimento consiste na adequada avaliação primária (XABCDE);
• Estabilização do paciente antes da transferência;

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