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Fraturas dos Membros Superiores

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1 FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Gizelle Felinto 
FRATURAS DO ANTEBRAÇO 
RELEMBRANDO A ANATOMIA 
 
➢ Antebraço → é a região do corpo que conecta o cotovelo até a 
região do punho 
• É formado por dois ossos: 
▪ Rádio e Ulna: 
✓ Na cabeça do rádio tem-se uma superfície 
articular que se articula com a incisura radial da 
ulna 
✓ O formato cilíndrico da cabeça do rádio serve 
para permitir o rolamento do rádio sobre a ulna 
quando se faz o movimento de pronação 
✓ Membrana interóssea → se encontra entre 
quase toda a extensão do rádio e da ulna 
✓ Na parte distal, próximo à região do punho, o rádio 
e a ulna também se articulam, através da incisura 
ulnar do rádio 
• O antebraço se comporta como uma articulação → isso se 
deve ao movimento de prono-supinação 
▪ Quando se tem uma perda da continuidade óssea do 
rádio, da ulna ou de ambos os ossos simultaneamente, 
observa-se que a primeira repercussão, além da dor e 
da deformidade, é a incapacidade de levantar o 
antebraço 
• Movimentos: 
▪ Pronação (palma da mão para baixo) 
▪ Supinação (palma da mão para cima) → é a posição 
anatômica 
EPIDEMIOLOGIA 
➢ Sobre as fraturas do antebraço: 
• 19% são proximais → fraturas mais próximas ao cotovelo 
• 5% são diafisárias → mais em homens do que em mulheres 
• 76% são distais → fraturas que ocorrem mais próximo à 
região do punho 
• 48% são apenas fraturas da ulna 
• 25% são fraturas apenas do rádio 
• 27% são fraturas do rádio e da ulna 
➢ Mecanismo de Trauma: 
• Quedas do mesmo nível (35% dos casos) → o paciente usa 
o membro para amortecer a queda 
• Trauma direto (30%) → principalmente acidentes de 
trânsito 
• Atropelamento (19%) 
• Trauma esportivo (8%) 
• Acidente automobilístico (4%) 
DIAGNÓSTICO 
➢ DIAGNÓSTICO CLÍNICO: 
• História do paciente → é de suma importância 
▪ Geralmente, o paciente relata algum evento traumático 
como uma queda da própria altura, um trauma direto, 
um espancamento, um acidente de trânsito... 
• Quadro Clínico → na maioria dos casos, o paciente pode 
apresentar os seguintes: 
▪ Dor local → é o sintoma mais comum, sendo 
praticamente impossível de o paciente chegar com uma 
fratura de antebraço sem se queixar de dor 
▪ Edema no antebraço 
▪ Deformidade em antebraço: 
✓ Existem pacientes que apresentam fratura no 
antebraço e que não têm a deformidade do 
membro → assim, ausência de deformidade não 
exclui a possibilidade de se tratar de uma fratura 
• Deve-se avaliar também: 
▪ Condições das partes moles 
▪ Pulso periférico 
▪ Estado neurológico → associado à fratura, alguns 
pacientes podem apresentar lesão de algum nervo 
periférico 
✓ Mão caída (lesão do nervo radial) → incapacidade 
de realizar a extensão da mão e dos dedos 
✓ Geralmente, o nervo periférico mais acometido 
nas fraturas de membros superiores é o nervo 
radial 
▪ Lesões associadas 
✓ Assim, nos pacientes com queixa de trauma no 
antebraço, deve-se sempre avaliar, no mínimo, o 
segmento mais distal (punho) e o mais proximal 
(cotovelo) 
✓ Deve-se sempre pesquisar lesões associadas, 
principalmente nos traumas de alta energia 
➢ DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO: 
• É o diagnóstico radiológico quem confirma o diagnóstico 
clínico e o raio-x do antebraço deve incluir o punho e o 
cotovelo, para avaliar lesões associadas 
• Radiografia → para fraturas de antebraço deve-se solicitar 
nas seguintes incidências: 
▪ Anteroposterior (AP) e Perfil 
✓ Essas duas incidências são suficientes para se 
fechar o diagnóstico de fratura do antebraço 
 
 
2 FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Gizelle Felinto 
 
CLASSIFICAÇÃO AO 
➢ Relembrando: 
• A classificação AO é alfanumérica, levando em consideração 
que os dois primeiros elementos são números, o terceiro é 
uma letra e o quarto é um número: 
AO = ___ ___ ___ ___ 
 
 
 
 
 
 
➢ A classificação AO do antebraço é um pouco diferente, pois o 
antebraço apresenta dois ossos 
➢ CLASSIFICAÇÃO AO DO ANTEBRAÇO: 
• Fraturas da Porção Diafisária → AO = 22 __ __ 
A. Fratura Simples: 
 
✓ A1 → ulna fraturada + rádio intacto 
✓ A2 → rádio fraturado + ulna intacta 
✓ A3 → rádio e ulna fraturados 
B. Fratura com Cunha (terceiro fragmento): 
✓ B1 → ulna fraturada + rádio intacto 
✓ B2 → rádio fraturado + ulna intacta 
✓ B3 → fratura dos dois ossos (um com cunha e o 
outro com cunha ou com traço simples) 
C. Fratura Complexa: 
✓ C1 → Fratura complexa da ulna 
o O rádio pode ter uma fratura simples, por 
exemplo 
✓ C2 → Fratura complexa apenas no rádio 
o A ulna pode ter uma fratura simples, por 
exemplo 
✓ C3 → Fratura complexa no rádio e na ulna 
TRATAMENTO 
➢ O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico 
➢ TRATAMENTO CONSERVADOR: 
• Adultos → a indicação de tratamento conservador é apenas 
para a minoria das fraturas 
• Crianças → para a maioria das fraturas indica-se o 
tratamento conservador 
• Indicações de tratamento conservador no adulto (em 
fraturas fechadas!): 
▪ Quando o paciente não tem condições clínicas de ser 
submetido à cirurgia: 
✓ Ex: Paciente que tem várias outras lesões que 
configuram risco à vida 
o Exemplo → paciente politraumatizado, com 
TCE grave, trauma abdominal e trauma 
torácico graves 
✓ Ex: Idoso que não tem reservas energéticas para 
aguentar a cirurgia (não é todo idoso, pois em 
alguns realiza-se sim a cirurgia) 
▪ Fratura isolada de um dos ossos (rádio ou ulna) sem 
desvio 
• Contraindicações do tratamento conservador: 
▪ Fraturas expostas → pois toda fratura exposta tem 
indicação cirúrgica 
▪ Síndrome compartimental associada 
 
 Radiografia do paciente 
 
- Trata-se de uma fratura instável → principalmente porque, além de ter uma 
fratura dos dois ossos do antebraço, essas fraturas são no mesmo nível, fazendo 
com que o paciente tenha uma grande instabilidade no local da fratura 
- Aspecto clínico de um paciente 
que sofreu um trauma e que 
chegou no pronto-socorro com 
história de dor, incapacidade de 
mobilizar o segmento e com uma 
deformidade do antebraço 
- Paciente apresenta fratura 
dos ossos do antebraço 
(rádio e ulna) 
- Imagem da direita 
(incidência em AP) → 
fratura do rádio e da ulna 
- Imagem da esquerda 
(Perfil) 
- São fraturas de traço 
simples, mas que é 
transverso 
 
Número que 
corresponde à porção 
do corpo fraturada: 
1 – Braço (Úmero) 
2 – Antebraço (Rádio 
e Ulna) 
3 – Coxa (Fêmur) 
4 – Perna (Tíbia e 
Fíbula) 
Número da 
localização da 
fratura no osso: 
1 – Proximal 
2 – Diafisária 
3 – Distal 
 
Letra e número que definem 
o traço de fratura: 
A – Simples 
B – Cunha associada 
C – Cominutivo ou Complexo 
 
 
3 FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Gizelle Felinto 
▪ Fratura bilateral 
▪ Fratura de antebraço associada a fratura da diáfise 
umeral 
• Como é feito o tratamento conservador: 
▪ Imobilização Axilo-palmar 
(Braquiorradial) → é 
uma imobilização 
gessada, na qual o gesso 
vai da transição entre os 
metacarpos e as falanges 
até a região abaixo da 
axila 
✓ Utiliza-se por no mínimo 6 semanas 
➢ TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
• Indicações → o tratamento cirúrgico é indicado para a 
maioria das fraturas do antebraço em adultos, exceto 
naquelas que têm indicação de tratamento conservador 
▪ Fratura de rádio e/ou ulna com desvio 
▪ Fraturas dos dois ossos (rádio e ulna) → mesmo sem 
desvio, a indicação é o tratamento cirúrgico (não há a 
menor indicação de tratamento conservador) 
▪ Fraturas expostas... 
• Objetivos do tratamento cirúrgico: 
▪ Redução anatômica → pois os ossos do antebraço se 
comportam como uma articulação, e é por isso que se 
indica reduzir a fratura de forma anatômica, para que 
não se prejudique esse movimento do antebraço 
▪ Fixação estável → que impeça a mobilidade no foco de 
fratura, para que a fratura consolide sem a formação 
de calo ósseo (consolidação direta, por primeira 
intenção) 
▪ Reabilitaçãoprecoce → opera-se o paciente e na alta 
hospitalar já se encaminha o paciente para a 
fisioterapia motora, para que ele seja reabilitado o 
mais rápido possível, com o intuito de prevenir ou 
reduzir as sequelas que possam ocorrer devido à 
fratura 
TIPOS ESPECIAIS DE FRATURAS DO ANTEBRAÇO 
➢ FRATURA DE GALEAZZI: 
• Sinônimo→ fratura-
luxação de Galeazzi 
• O que é → Fratura da 
diáfise do rádio + 
Luxação radioulnar 
distal 
▪ Luxação → perda 
da congruência da 
articulação entre a ulna e a parte distal do rádio 
• Tratamento Cirúrgico: 
▪ Redução anatômica do rádio + fixação estável 
(estabilidade absoluta com placa e parafusos) 
▪ Após fixar a fratura do rádio → deve-se avaliar se a 
luxação radioulnar foi ou não reduzida (se a ulna voltou 
para o seu lugar) 
✓ Na maioria das vezes, quando se fixa a fratura do 
rádio, naturalmente ocorre uma redução 
espontânea da luxação radioulnar distal 
✓ Se a Ulna já estiver reduzida após a fixação do 
rádio → deve-se testar se a ulna está estável ou 
não (ou seja, se após uma manobra de estresse a 
ulna sofre luxação novamente ou não) 
o Se a ulna não luxar mais → o tratamento já 
resolveu o quadro 
o Se a ulna se encontrar instável (ulna luxa 
novamente após manobra de estresse) → 
associar uma fixação adicional para a 
articulação radioulnar (fio de Kirschner) 
 
- Imagem de cima → fratura de ambos os ossos do antebraço, sendo a indicação 
de tratamento a realização de cirurgia 
- Classificação AO → 22A3 (parte diafisária do antebraço, com traço simples e 
fratura dos dois ossos) 
- Tratamento Cirúrgico → redução anatômica das fraturas e fixação 
estável/rígida, garantindo estabilidade absoluta com placa e parafuso 
 
 
A 
A 
 
Fratura-Luxação de Galeazzi 
- Imagem da direita → fratura da 
diáfise do rádio (seta azul) 
- Imagem da esquerda → perda total 
da congruência entre o rádio e a ulna 
distais (seta branca) 
- Classificação AO → 22A2 
 
 
 
Fratura-Luxação de Galeazzi 
- Fixou-se a fratura do rádio e a 
articulação radioulnar ainda se 
apresentava instável. Assim, 
associou-se um fio metálico (fio de 
kirschner – seta azul), responsável 
por travar e estabilizar o rádio na 
ulna. A extremidade desse fio fica 
aparecendo na pele do paciente e é 
mantido por cerca de 3 semanas. 
Após essas 3 semanas, retira-se o 
fio no consultório e libera-se o 
paciente para iniciar o movimento 
de prono-supinação 
 
 
 
4 FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Gizelle Felinto 
➢ FRATURA-LUXAÇÃO DE MONTEGGIA: 
• O que é → Fratura da diáfise da Ulna + Luxação da 
articulação entre a cabeça do rádio e o capítulo umeral 
▪ Ou seja, fratura da ulna associada à luxação no cotovelo 
• Tratamento Cirúrgico: 
▪ Redução anatômica da fratura da ulna + Fixação estável 
com placa e parafuso (estabilização absoluta) 
▪ Após a fixação da ulna → observar se a cabeça do 
rádio reduziu sua luxação em relação ao capítulo 
umeral (se o rádio voltou para sua localização 
anatômica) 
✓ Na maioria das vezes, quando se fixa a fratura da 
ulna, naturalmente ocorre uma redução 
espontânea da luxação da cabeça do rádio 
✓ Se a luxação reduzir espontaneamente → o 
tratamento já resolveu o quadro 
✓ Se a luxação não reduzir de maneira espontânea 
→ deve-se realizar uma redução cruenta 
o Faz-se uma incisão para acessar a 
articulação para que se reduza ela de forma 
cruenta (de forma aberta) 
o Não se associa o fio de Kirschner 
COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO CIRÚRGICO 
➢ Pseudoartrose → quando se tem uma fratura que não consolida 
após o tempo esperado para que ela se consolidasse 
➢ Consolidação viciosa → fratura consolida de forma inaceitável, 
com desvio 
➢ Infecção 
➢ Refraturas → fraturas no mesmo local 
➢ Fratura perimplante → fraturas que ocorrem na extremidade de 
uma placa ou parafuso 
 
FRATURAS DO RÁDIO DISTAL 
INTRODUÇÃO 
➢ São fraturas bastante comuns, principalmente nos casos de 
quedas da própria altura 
➢ Queda da própria altura: 
• É bastante comum em dois picos de faixa etária: 
▪ Crianças 
▪ Idosos 
• Pacientes que sofrem queda da 
própria altura tendem a tentar 
amortecer a queda apoiando a 
palma da mão com o punho em 
extensão no solo 
▪ Nesse apoio da queda no paciente idoso que tem, na 
maioria das vezes, osteoporose associada, é muito 
comum que o paciente sofra uma fratura da 
extremidade distal do rádio (Fratura de Colles) 
RELEMBRANDO A ANATOMIA 
➢ Extremidade distal do rádio: 
• Incisura ulnar do rádio → onde a ulna se articula com o 
rádio 
➢ Punho: 
• Osso escafóide e osso semilunar → são os ossos que se 
articulam com a região distal do rádio 
EPIDEMIOLOGIA 
➢ 28% de todas as fraturas dos membros superiores são da 
extremidade distal do rádio 
Fratura-Luxação de Monteggia 
 
Tratamento Cirúrgico 
 
- Ulna → Redução anatômica + Fixação estável 
- Rádio se encontrava instável → realizou-se uma redução cruenta 
 
 
5 FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Gizelle Felinto 
➢ 5% das fraturas de todo o corpo são fraturas da extremidade 
distal do rádio 
➢ Essas fraturas do rádio distal são mais comuns no sexo feminino 
do que no masculino → isso se deve porque a osteoporose é mais 
comum em mulheres menopausadas 
• Após a menopausa tem-se uma queda importante na 
produção de estrógeno, pois o estrógeno é um dos principais 
carreadores de cálcio para dentro dos ossos. Assim, essa 
queda hormonal faz com que a atividade osteoclástica se 
sobreponha à osteoblástica, causando o desenvolvimento da 
osteoporose 
➢ Incidência é bimodal (queda da própria altura) → crianças e 
idosos 
➢ Adultos jovens → é mais comum esse tipo de fratura quando se 
tem um mecanismo de trauma com mais energia, como uma 
queda de escada, queda de moto... 
DIAGNÓSTICO 
➢ DIAGNÓSTICO CLÍNICO: 
• História do trauma → é bastante clássica e sugestiva (Ex: 
idoso que caiu da própria altura e usou a mão para 
amortecer a queda) 
• Quadro clínico: 
▪ Dor no punho 
▪ Edema do punho 
▪ Deformidade e limitação funcional do punho → a 
presença ou não de deformidade não é confirmatória e 
nem excludente para fratura do rádio distal, pois às 
vezes um paciente que sofreu um trauma e que 
apresenta uma fratura do rádio distal pode apresentar 
apenas dor e um discreto edema, por exemplo 
• Sempre pesquisar lesões associadas! 
➢ DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO → confirma o diagnóstico clínico 
• Radiografia: 
▪ Incidências → Anteroposterior (AP) e Perfil 
✓ Na maioria dos casos essas duas incidências são 
suficientes para o diagnóstico e a classificação 
das fraturas do rádio distal 
• Parâmetros Radiográficos e Anatômicos do Rádio → como 
saber se há ou não fratura do punho 
▪ Para confirmar diagnóstico dificilmente precisa-se 
traçar esses parâmetros, mas eles são importantes 
para se avaliar se o tratamento para determinada 
fratura do rádio distal está ou não adequado → ou seja, 
é um parâmetro objetivo para saber se o rádio, após o 
tratamento, se encontra nos parâmetros mais 
próximos ao normal 
▪ Incidência Anteroposterior (AP): 
 
A. Altura do rádio → desenha-se uma reta 
tangenciando o processo estiloide do rádio e outra 
tangenciando a base da ulna 
o Normal → A distância entre essas duas 
retas é em média 12mm (porém, existem 
variações anatômicas) 
o Fratura do rádio distal → essa distância é 
<12mm 
B. Inclinação ulnar do rádio → traça-se uma reta 
tangenciando a base do rádio e outra 
tangenciando o processo estiloide e convergindo 
em direção à reta da base do rádio, formando-se 
um ângulo 
o Normal → angulação de cerca de 23° 
C. Variância ulnar → traça-se uma reta 
tangenciando a base a ulna e outra tangenciando 
a base do rádio e mede-se a distância entre essas 
duas retas 
o Normal → 1 a 2mm 
▪ Incidência em Perfil: 
 
✓ Inclinação palmar/volar/anterior do rádio → no 
perfil, a extremidade distal do rádio é levemente 
inclinada para anterior 
o Como semede essa inclinação → traça-se 
uma reta unindo as duas extremidades do 
rádio no perfil (reta amarela) e outra reta 
tangenciando a extremidade dorsal do rádio 
(reta azul), de forma que essa segunda reta 
forme 90° com o eixo perpendicular ao solo. 
Assim, o ângulo entre essas duas retas 
traçadas é a inclinação palmar do rádio 
❖ Normal → cerca de 11° 
 
Fratura no rádio distal 
- Incidências → A (AP) e B (Perfil) 
- Falha óssea (seta azul) 
- Desvio para posterior do fragmento distal da fratura do rádio (seta vermelha) 
 
 
 
6 FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Gizelle Felinto 
FRATURAS DE RÁDIO DISTAL 
➢ FRATURA DE COLLES: 
 
• É a fratura mais comum das fraturas do rádio distal 
• Trata-se de uma fratura extra-articular → essas fraturas 
extra-articulares tem um prognóstico melhor 
• O que é → Fratura da metáfise distal do rádio, onde o 
fragmento distal do rádio está desviado para posterior 
• Características: 
▪ O traço de fratura não acomete a articulação, pois 
passa pela metáfise do rádio 
▪ O traço de fratura é transversal 
➢ FRATURA DE COLLES REVERSA (FRATURA DE SMITH): 
 
• É uma fratura extra-articular → essas fraturas extra-
articulares tem um prognóstico melhor 
• O que é → Fratura da metáfise distal do rádio, onde o 
fragmento distal do rádio está desviado para anterior 
• Características: 
▪ A articulação não se encontra acometida 
▪ Acomete-se apenas a porção diafisária do rádio 
▪ O traço de fratura é transversal 
➢ FRATURA DE BARTON: 
 
• Ocorre um traço de fratura articular no plano coronal, pois 
divide um fragmento para anterior e outro para posterior 
• É uma fratura articular 
➢ FRATURA DO ESTILOIDE DO RÁDIO (FRATURA DE CHAFFEUR) 
• É uma fratura que 
acomete o processo 
estiloide do rádio 
• Trata-se de uma fratura 
articular, pois acomete a 
superfície articular do 
rádio 
• Mecanismo → a energia 
do trauma se dissipa por 
meio dos ossos do carpo, 
atravessa o espaço entre o osso escafoide e o semilunar, 
lesa um ligamento que conecta esses dois ossos (ligamento 
escafolunar), e depois, que essa energia lesa esse ligamento, 
ocorre uma fratura do estiloide do rádio 
TRATAMENTO 
➢ Alguns casos tem indicação de tratamento conservador e outros 
tem indicação de tratamento cirúrgico 
➢ Objetivos do tratamento: 
• Restaurar a anatomia e a função do punho → pois algumas 
das fraturas são articulares 
• Escolher o melhor método → levando em consideração os 
seguintes: 
▪ Perfil do paciente 
▪ Padrão de fratura 
▪ Lesões associadas 
➢ Critérios de Instabilidade da Fratura (Critérios de Lafontaine) → 
são utilizados para definir qual a melhor forma de tratar a fratura 
(método conservador x método cirúrgico) 
≤ 2 critérios = Fratura estável 
≥ 3 critérios = Fratura instável 
1. Cominuição dorsal → observar se há fragmentação óssea 
na parte posterior da fratura (se há mais de um fragmento) 
2. Angulação dorsal do rádio > 20° (vista na incidência em 
perfil) → passa-se uma linha pelo fragmento distal e outra 
pelo fragmento proximal, obtendo-se esse ângulo dorsal 
▪ A posição normal do rádio é 10° para anterior 
▪ Rádio retificado → significa um desvio de 10° para 
posterior 
3. Envolvimento Articular (visto na incidência AP) 
4. Fratura do 1/3 distal da ulna associada 
5. Idade > 60 anos 
 
 
- Características (Fratura de Colles) → é uma fratura da parte diafisária do 
rádio, sem envolvimento articular e com o fragmento desviado para posterior 
- Cominuição Dorsal → pois existem 2 fragmentos na parte posterior da fratura 
(seta azul) 
- Angulação dorsal do rádio > 20° (linhas amarelas) → na fratura o ângulo tem 
mais de 45° 
- Envolvimento articular no AP → a articulação encontra-se totalmente 
preservada. Assim, nessa fratura não se preenche esse critério de envolvimento 
articular 
- Fratura da ulna associada → na imagem não há fratura da ulna, tem-se apenas 
do rádio. Assim, não se preenche esse critério 
- O paciente apresenta 2 critérios de instabilidade, e se ele for > 60 anos ele 
preencherá 3 critérios, configurando instabilidade 
 
 
7 FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Gizelle Felinto 
➢ O tratamento é baseado de acordo com os critérios de Lafontaine 
➢ FRATURAS ESTÁVEIS (≤ 2 critérios): 
• Sem desvio ou desvio mínimo: 
▪ Tratamento Conservador: 
✓ Gesso antebraquiopalmar (axilopalmar) → com a 
posição do cotovelo em 90° 
✓ Avaliação semanal nos primeiros 15 dias 
✓ Manter o tratamento por 4 a 6 semanas 
✓ Fisioterapia motora → encaminha-se o paciente 
para a fisioterapia motora após se retirar a 
imobilização 
• Pouco desvio: 
▪ Tratamento Conservador: 
✓ Redução incruenta + Imobilização gessada 
o Antes de iniciar a imobilização deve-se 
reduzir a fratura por meio de uma manobra 
de tração (redução incruenta) 
o Depois da redução realiza-se a imobilização 
axilopalmar 
✓ Avaliação semanal nos primeiros 15 dias 
✓ Manter o tratamento por 4 a 6 semanas 
✓ Fisioterapia motora → encaminha-se o paciente 
para a fisioterapia motora após se retirar a 
imobilização 
✓ Observar os critérios de instabilidade e os 
parâmetros de redução 
➢ FRATURAS INSTÁVEIS (≥ 3 critérios): 
• Tratamento Cirúrgico: 
▪ Métodos de fixação → deve-se escolher um dos três 
seguintes métodos: 
✓ Pinos percutâneos (Fios de Kirschner): 
o Indicação → pouco ou nenhum 
acometimento articular 
✓ Fixador externo: 
o Indicação → fraturas expostas ou fraturas 
muito complexas 
✓ Placas e parafusos: 
o Indicação → acometimento articular 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
➢ Perda da redução 
➢ Rigidez articular 
➢ Diminuição da força de preensão da mão 
➢ Deformidade 
➢ Dor 
➢ Compressão neurológica 
➢ Dor complexa regional do membro superior tipo I (distrofia 
simpática reflexa) 
 
- Angulação dorsal do rádio > 20° → não há angulação > 20°, pois no perfil o 
rádio se encontra reto e se o rádio se encontra retificado isso significa que o 
desvio é de 10°. Assim, na imagem a angulação é < 20°, não preenchendo esse 
critério 
- Fratura do rádio distal na região 
metafisária e tem-se pouco 
desvio 
- Cominuição dorsal → na parte 
posterior da fratura não há 
fragmentos (seta vermelha) 
- Envolvimento articular no AP → 
o radio encontra-se com sua 
articulação preservada 
- Fratura ulnar associada → 
tem-se uma fratura do estiloide 
da ulna (seta amarela) 
 
Fratura do rádio distal 
- Critérios de Lafontaine presentes → desvio > 20°, fratura do processo estiloide 
da ulna e cominuição dorsal, tratando-se de uma fratura instável 
- Tratamento cirúrgico → redução e fixação com pinos percutâneos 
 
Fratura do rádio distal 
- Tratamento cirúrgico → fixação com placa e parafusos

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