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1 PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS E SÍNDROMES COMPRESSIVAS Gizelle Felinto TENDINITES E BURSITES INTRODUÇÃO ➢ DEFINIÇÃO: • Tendinite → é a inflamação ou irritação de um tendão ▪ É causada por diferentes fatores, como: ✓ Traumas ✓ Sobrecarga biomecânica ✓ Distúrbios metabólicos, endócrinos, hereditários, infeciosos ou autoimunes • Bursite → é a inflamação ou irritação de uma “bursa”, que é uma pequena bolsa localizada entre o osso e outras estruturas móveis, como músculos, pele ou tendões ▪ Pode surgir de um trauma único de forte intensidade ou de microtraumas repetitivos, como também pode estar associada a várias condições reumáticas, metabólicas, infecciosas e de forma idiopática ▪ Na maioria das vezes, a bursite advém de microtraumas repetitivos CLASSIFICAÇÃO DAS TENDINITES ➢ Entesite → é uma tendinite de inserção • Entesite do Tendão de Aquiles (é a entesite mais comum) ➢ Tenossinovite → trata-se da inflamação da bainha sinovial tendínea ➢ Peritendinite → inflamação da junção músculo-tendínea ➢ Tendinite Ossificante → são caracterizadas pela cronificação da inflamação com depósito de cristais de hidroxiapatita • Exemplo: não é raro aparecerem pacientes com história de trauma, principalmente no ombro, e, ao ser solicitada uma radiografia simples, tem-se um achado radiológico de uma tendinite ossificante ➢ Em relação à nomenclatura → há poucos anos, o termo “tendinite” era amplamente utilizado para descrever a dor localizada no tendão. De fato, a “tendinopatia” traduz-se pela presença de dor, sensibilidade ao toque, edema e limitação dos movimentos no local afetado. O termo “tendinose” tem sido utilizado para descrever uma alteração degenerativa no tendão sem sinais inflamatórios. Ou seja: • Tendinite → quando se tem um processo inflamatório ativo, com presença de dor, sensibilidade ao toque, edema e limitação dos movimentos no tendão afetado • Tendinose → alteração degenerativa no tendão, sem sinais inflamatórios CLASSIFICAÇÃO DAS BURSITES ➢ As Bursites podem ser: • Subacromial • Subdeltóidea • Olecraniana • Patelares (Supa, infra e pré-patelar) • Troncantérica... ➢ Assim, as articulações que mais comumente são acometidas são as do ombro, do quadril, do cotovelo e do joelho QUADRO CLÍNICO ➢ Dor e rigidez: • São agravadas por movimentos • A dor é principalmente noturna → isso se deve à postura que o paciente assume quando vai dormir (Ex: decúbito lateral) e ao longo tempo em que eles permanecem nessa posição ➢ Edema local → pode ocorrer ➢ Localização → qualquer tensão ou Bursa pode ser afetado, mas os mais frequentemente acometidos são aqueles localizados nos ombros, cotovelos, punhos, dedos, quadris, joelhos, tornozelos e pés DIAGNÓSTICO ➢ EXAME CLÍNICO → o diagnóstico requer uma anamnese e um exame físico bem feitos (a clínica é soberana) • É muito importante a colaboração do paciente na investigação do fator causador da tendinite ou da bursite ➢ EXAMES DE IMAGEM: • Radiografia: ▪ É útil para excluir anormalidades ósseas ▪ Em alguns casos, a radiografia pode indicar algum processo inflamatório, mas em relação ao diagnóstico a radiografia não fornece muitas informações • Ultrassonografia (USG) e Ressonância Nuclear Magnética (RNM): ▪ São importantes na definição do local e do grau da lesão ▪ Além disso, esses exames também têm fundamental importância no direcionamento do tratamento ▪ Ultrassonografia → é operador-dependente, dependendo muito da experiência de quem o realiza Bursa e Tendão Inflamados - Tendão do supra-espinhal → compõe o manguito rotador Bursite Trocanteriana - A Bursa se encontra bastante insuflada - Paciente chega com queixa de dor na coxa, na região do trocanter maior - Ocorre principalmente em pessoas que dormem em decúbito lateral e que permanecem nessa posição por muito tempo. Além disso, se o colchão for mais firme e o paciente for mais magro, isso pode aumentar as chances de bursite trocanteriana 2 PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS E SÍNDROMES COMPRESSIVAS Gizelle Felinto ▪ Ressonância → é mais precisa no diagnóstico, mas é mais cara que a USG e menos disponível nos serviços ▪ Se a ressonância não estiver disponível no serviço, pode-se solicitar o ultrassom, caso o operador tenha experiência com o sistema osteolocomotor ➢ EXAMES COMPLEMENTARES: • Aspiração com Agulha (Artropunção): ▪ Serve para se que faça a exclusão de um processo infeccioso • Exames laboratoriais: ▪ Os exames laboratoriais são pobres para dar o diagnóstico dos processos inflamatórios (tendinites e bursites) ▪ São mais utilizados para a investigação de casos de outros casos, como Artrite Reumatóide e Diabetes ➢ Resumindo o diagnóstico: • Anamnese + Exame físico → suspeita clínica • Ressonância Magnética → é mais indicada, caso seja possível • Ultrassonografia → pode ser indicada quando no serviço não se tem uma ressonância • Radiografia → serve apenas para excluir anormalidades ósseas TRATAMENTO ➢ MEDIDAS GERAIS: • Eliminar o fator causador (é uma das primeiras medidas a serem tomadas) → esse fator é identificado através da história do paciente • Repouso e imobilização • Gelo • Reabilitação (Fisioterapia) ➢ MEDICAÇÕES: • Anti-inflamatório não hormonal • Corticosteroides → por curto período de tempo ▪ Indicação → nos casos refratários mais acentuados, que não respondem ao tratamento convencional • Infiltração → há algum tempo atrás eram feitas com mais frequência, mas hoje em dia sua realização é questionável ▪ Deve haver um direcionamento dessa infiltração por meio do Ultrassom → para que seja realizada uma infiltração é necessário ter a certeza de que a medicação esteja sendo injetada no local correto, para que não se corra o risco de causar um problema maior ao paciente ▪ Na prática diária, não se tem esse recurso em grande parte dos serviços ➢ TRATAMENTO CIRÚRGICO → sua realização é infrequente • Indicação → em último caso, quando não se consegue melhora do paciente com o tratamento conservador PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS DO OMBRO INTRODUÇÃO ➢ O ombro é mais suscetível a lesões inflamatórias ➢ O ombro é a articulação com mais mobilidade no corpo humano, portanto, é muito suscetível a lesões inflamatórias, que ocorrem principalmente pela sua movimentação excessiva ou por doenças que provocam inflamação ou degeneração dos tecidos LESÃO DO MANGUITO ROTADOR ➢ EPIDEMIOLOGIA: • Prevalência: ▪ É alta, variando de 7 a 40% ▪ Aumenta de acordo com a idade do paciente → quanto mais velho, mais alta a prevalência ✓ Isso se deve ao grande uso das articulações e ao envelhecimento dos tecidos ➢ PATOGÊNESE: • Ainda é incerta, mas acredita-se que seja multifatorial • Dessa forma, a lesão do manguito rotador resulta de avascularidade, idade ou carga excêntrica, que são fatores que levam à falência de suas fibras e, consequentemente, à diminuição funcional, que facilita a ascensão da cabeça umeral, levando ao impacto secundário na região subacromial ▪ A falência dos tendões e a incapacidade de contensão do úmero leva à ascensão da cabeça umeral e à compressão do manguito rotador ➢ ARTROSCOPIA: • É um procedimento cirúrgico realizado para avaliação e tratamento de lesões que ocorrem dentro das articulações • Trouxe uma contribuição significativa, pela possibilidade de permitir um melhor entendimento das lesões e de corrigir os defeitos existentes e as lesões intra-articulares associadas • Antes do advento da ressonância magnética, a artroscopia era utilizada para o diagnóstico dessa lesão. Porém, hoje em dia não se utiliza a artroscopia para o diagnóstico, mas sim para o tratamento cirúrgico ➢ RESSONÂNCIA MAGNÉTICA → é suficiente para visualizar todas as lesões com os mínimos detalhes, tanto nas articulaçõesquanto nos tecidos. Assim, é usada para o diagnóstico CAPSULITE ADESIVA DO OMBRO (CAO) ➢ É popularmente conhecida como “Ombro Congelado” ➢ ETIOLOGIA: • É desconhecida em 70% dos casos Manguito Rotador - Músculos → subescapular, supraespinhal, infraespinhal e redondo menor 3 PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS E SÍNDROMES COMPRESSIVAS Gizelle Felinto ➢ QUADRO CLÍNICO: • Sinais e sintomas: ▪ Dor intensa ▪ Limitação da amplitude de movimento passiva e ativa • Exame físico: ▪ Abdução em bloco do ombro → quando se pede ao paciente para ele realizar a abdução do membro, ele não consegue. Assim, ele abduz o membro em bloco • A capsulite adesiva é autolimitada, com resolução em 1 a 3 anos → assim, é necessária a intervenção, para que o paciente não passe tanto tempo com esse quadro ➢ CLASSIFICAÇÃO DE ZUCKERMAN → a capsulite adesiva pode ser: • Primária ou Idiopática → Capsulite Adesiva do Ombro clássica • Secundárias → decorrentes de lesões do manguito rotador, diabetes e Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo • Terciárias → decorrentes de traumas no ombro ou pós- operatório do ombro ➢ TRATAMENTO: • Tratamento Conservador → inicialmente, é o tratamento de escolha ▪ 15 a 20% dos casos são refratários ao tratamento conservador • Manipulação da capsulite sob anestesia → é indicada quando o tratamento conservador não obtém êxito • Liberação capsular artroscópica ou aberta → quando a manipulação da anestesia não resolve o quadro TENDINITE CALCÁREA DO OMBRO ➢ EPIDEMIOLOGIA: • Alta prevalência na população • Acomete mais mulheres entre 30 e 50 anos de idade • Tendão mais acometido → Tendão do Músculo Supraespinhal ➢ ETIOLOGIA → as possíveis causas são: • Uremia • Hipervitaminose D • Hiperparatireoidismo • Diabetes • Trauma • Idiopática (principalmente) → na maioria dos casos, não se sabe a causa ➢ QUADRO CLÍNICO: • Sinais de inflamação → 35 a 45% dos casos apresentam • Tendinite é muito dolorosa • A doença é autolimitada, com duração de poucos dias a semanas ➢ ACHADO RADIOGRÁFICO → calcificação no ombro ➢ TRATAMENTO: • Tratamento conservador → é o tratamento inicialmente indicado • Artroscopia (tratamento cirúrgico) → é indicada quando o tratamento conservador não resolve • Terapia de ondas de choque → é uma alternativa ao tratamento cirúrgico ▪ Desvantagens → poucos médicos a realizam e os convênios ainda não disponibilizam sua realização, pois na maioria das vezes os serviços de terapia por onda de choque não são credenciados PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS DO COTOVELO CARACTERÍSTICAS ➢ Essas inflamações no cotovelo são chamadas de Epicondilites ➢ As epicondilites: • São a principal causa de dor no cotovelo em adultos • Tem origem nos tendões extensores e/ou flexores • Podem ser agudas ou crônicas ➢ ETIOLOGIA: • Traumas de repetição → como nas doenças ocupacionais ou do esporte • Trauma único • Demanda aumentada (overuse) ➢ TIPOS DE EPICONDILITES: • Epicondilite Lateral (Cotovelo do Tenista) → é o tipo mais comum ▪ O movimento realizado é a extensão do punho. Dessa forma, pode-se causar um processo inflamatório na inserção dos tendões extensores do antebraço • Epicondilite Medial (Cotovelo do Golfista): ▪ É um movimento inverso ao da epicondilite lateral, constituindo a flexão do punho • Epicondilite do tipo Pronador Redondo → é raro • Epicondilite do tipo Combinado (Medial + Lateral) Capsulite Adesiva do Ombro - O paciente sente bastante dor e apresenta o “ombro congelado”, pois há o espessamento e a adesão da cápsula ao ombro Peritendinite Calcárea do Ombro - Calcificação (seta amarela) → em pessoas normais, essa calcificação não existe 4 PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS E SÍNDROMES COMPRESSIVAS Gizelle Felinto • Epicondilite Posterior (Arremessadores) → inflamação do tendão do tríceps ▪ É caracterizada pelos movimentos de arremesso ➢ TRATAMENTO: • Tratamento Conservador → é o tratamento indicado na maioria dos casos • Cirurgia Aberta ou Artroscópica → nos casos refratários ao tratamento conservador PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS DO PUNHO INTRODUÇÃO ➢ Existem diversas causas que possibilitam o desenvolvimento de processos inflamatórios nos punhos, principalmente a sobrecarga dos tendões, oriunda de movimentos repetitivos e intensos TENDINITE de DE QUERVAIN ➢ EPIDEMIOLOGIA: • É muito frequente em pessoas que usam a mão fazendo uma pegada firme associada a um desvio ulnar do punho • É mais frequente entre 30 e 50 anos • Mais comum em mulheres: ▪ Pode ocorrer no pós-parto e puerpério ➢ TENDÕES ACOMETIDOS: • Tendão do músculo extensor curto do polegar • Tendão do músculo abdutor longo • Sigla ECAL = Extensor Curto e Abdutor Longo ➢ TESTE DE FINKELSTEIN: • Como é feito → pede-se para que o paciente coloque o polegar contra a palma da mão, encobrindo-o com os demais dedos, e, em seguida, faça o desvio ulnar do punho (em direção do dedo mínimo) • Tenossinovite de De Quervain → paciente sente dor importante na base do polegar durante a realização do teste ▪ Não há nem a necessidade de palpar a tabaqueira anatômica, pois apenas a realização desse teste já causa uma dor importante no paciente ➢ DIAGNÓSTICO: • O diagnóstico pode ser clínico → quadro clinico + teste de Finkelstein • Exames de imagem (USG e RNM) → confirmam o diagnóstico ➢ TRATAMENTO: • O Tratamento Conservador, de um modo geral, é bem sucedido SÍNDROME COMPRESSIVA DO PUNHO SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO ➢ DEFINIÇÃO: • A síndrome do túnel do carpo é causada pelo aumento da pressão no túnel do carpo e pela consequente diminuição da função do nervo mediano • Os mesmos movimentos que causam a tendinite do punho também causam a compressão do nervo mediano ➢ EPIDEMIOLOGIA: • É a neuropatia periférica mais diagnosticada • É mais comum em mulheres • Sua inciência aumenta com o envelhecimento • Em 50% dos casos há acometimento bilateral ➢ ETIOLOGIA: • Idiopática • Anatômica → deformidade pós-traumática (Ex: fratura não reduzida ou fratura com desvio do rádio) • Sistêmica → gravidez (é bastante comum), diabetes, Artrite Reumatoide, hipotireoidismo e insuficiência renal ➢ RELEMBRANDO A ANATOMIA: ➢ QUADRO CLÍNICO: • Dor noturna com Parestesia (na região inervada pelo nervo mediano) • Atrofia em região tenar (nos casos crônicos) → devido ao comprometimento das fibras motoras • Dor aos esforços • Diminuição da força Região de inervação do nervo mediano - Na síndrome do túnel do carpo o paciente se queixa de dor e parestesia nessa região - Retináculo dos flexores → fecha o túnel do carpo Túnel do Carpo - O túnel do carpo é formado por 9 tendões e pelo nervo mediano - Seu assoalho é formado pelos ossos do punho - O seu teto é formado pelo retináculo dos flexores - O nervo mediano sobre compressão por movimentos repetitivos devido ao fato de ele passar dentro do túnel do carpo, enquanto que o nervo ulnar passa fora desse túnel e, por isso, não é acometido 5 PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS E SÍNDROMES COMPRESSIVAS Gizelle Felinto • Exemplo → paciente se queixa de que vai pegar um copo e acaba derrubando-o, que vai tentar abrir uma garrafa e não consegue... • No início da síndrome, as fibras sensitivas são as afetadas, pois são mais sensíveis, e com o avançar da doença as fibras motoras do nervo mediano vão sendo acometidas, caracterizando a síndrome como sensitivo-motora: ▪ Fases iniciais → sensitiva ▪ Fases mais avançadas → sensitivo-motora ➢ DIAGNÓSTICO: • O diagnóstico é clínico → baseia-se nos seguintes: ▪ Anamnese ▪ Exame físico → com realização de testes específicos ✓ Teste de Tinel → leve percussão sobre o punho, na localização do nervo medianoo Teste positivo → quando a percussão transmite uma sensação de parestesia na região inervada pelo nervo mediano ✓ Teste de Phalen → manter os punhos na flexão máxima por 1 minuto, pois essa posição fletida do punho comprime ainda mais o nervo mediano ✓ Teste de Durkan → o examinador pressiona com o polegar a região do carpo por 30 segundos o Teste positivo → quando os sintomas comuns da síndrome do túnel do carpo se apresentam ao longo do trajeto do nervo mediano • O diagnóstico pode ser auxiliado por: ▪ Ultrassonografia (USG) → é um exame de imagem ✓ É solicitada porque, na maioria das vezes, o nervo em sofrimento apresenta um aumento na sua espessura ▪ Eletroneuromiografia (ENMG) → é um exame funcional ✓ Mostra alterações funcionais no nervo • Assim, para o diagnóstico, soma-se o exame clínico com os exames que auxiliam nesse diagnóstico ➢ TRATAMENTO: • Tratamento Conservador → nas fases iniciais, onde só existe comprometimento das fibras sensitivas do nervo mediano ▪ Talas noturnas → trazem conforto ao paciente, pois a dor é noturna ▪ Retirada do fator causal (dos movimentos repetitivos) • Tratamento Cirúrgico → quando há comprometimento sensitivo-motor do nervo mediano PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS DO QUADRIL BURSITE TROCANTÉRICA OU BURSITE DO QUADRIL ➢ DEFINIÇÃO → é uma inflamação da Bursa localizada na porção lateral do quadril • Resulta em dor na face lateral da coxa, muitas vezes irradiada para a região glútea e joelho PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS DO JOELHO TENDINITE DO TENDÃO PATELAR (“JOELHO DO SALTADOR”) ➢ O tendão patelar ajuda na extensão do joelho ➢ É uma lesão mais comum em atletas que saltam com frequência (Ex: jogadores de vôlei, basquetebol, atletismo e futebol) ➢ Se não tratada adequadamente, pode se tornar crônica e diminuir o rendimento do atleta ➢ TRATAMENTO: • Retirada do fator causal → cessação temporária do esporte realizado • Anti-inflamatórios não esteroidais • Uso de gelo • Fisioterapia PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS DO TORNOZELO E DO PÉ DEFINIÇÃO ➢ As inflamações do tornozelo e pé podem ter origem após: • Entorses, Sobrepeso ou Deformidades • Atividades laborais e esportivas inadequadas e por tempo exagerado • Doenças sistêmicas... ➢ As patologias mais comuns são: • Entesopatia do tendão do calcâneo (Tendinite de Aquiles) • Esporão de calcâneo • Fascite Plantar Tendinite do Tendão Patelar (“Joelho do Saltador”) - O paciente queixa-se de dor nessa região mais vermelha Deformidade de Haglund Entesite de Aquiles - Calcificação na inserção do tendão de Aquiles 6 PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS E SÍNDROMES COMPRESSIVAS Gizelle Felinto FASCITE PLANTAR ➢ DEFINIÇÃO: • Inflamação ou degeneração de uma faixa espessa de tecido que liga o calcâneo aos dedos • Fáscia plantar → é responsável por proteger o pé ➢ QUADRO CLÍNICO: • Dor aguda nas proximidades do calcanhar: ▪ Comumente, essa dor piora ao acordar • A clínica da fascite plantar é semelhante à clínica do esporão do calcâneo ➢ TRATAMENTO: • Tratamento Conservador: ▪ Grande parte dos pacientes melhora com o tratamento conservador ▪ Consiste em: ✓ Repouso ✓ Gelo → Ex: pede-se para o paciente encher uma garrafa com água e colocar para congelar, e depois colocar essa garrafa deitada no chão, colocar o pé sobre ela e fazer movimentos indo e voltando ✓ Fisioterapia ✓ Uso de Palmilhas ▪ Deve-se realizar também a mudança da “pisada” → fazer com que o paciente utilize calçados com salto baixo (de 2,5 a 3,5cm) ✓ Com um calçado reto, sem salto, todo o peso do corpo fica sobre o calcanhar ✓ Assim, o uso do salto faz com que se eleve um pouco o calcanhar, distribuindo o peso não apenas para o calcanhar (retropé), mas também para o médio-pé e para o antepé ✓ O uso de um salto baixo ajuda na redução dos sintomas do paciente ▪ Terapia de onda de choque → em alguns casos, é necessária a inclusão dessa terapia ESPORÃO DE CALCÂNEO ➢ DEFINIÇÃO: • É o resultado do crescimento anormal de um pequeno segmento ósseo do calcanhar • Tem como causa microtraumas que ocorrem por encurtamento da fáscia plantar ou dos tendões ➢ FATORES DE RISCO: • Idade > 40 anos • Obesidade e Sobrepeso • Pés Cavos • Prática de atividade física com impacto nos calcanhares • Doenças como → Fascite plantar, Artrite Reumatóide, Osteoartrite e Gota Fascite Plantar - O paciente sente dor nessa região em vermelho - Fáscia plantar → é uma membrana que protege toda a região plantar Esporão de Calcâneo
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