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Gastroenterologia Gaby Alfaro Hepatites Virais HEPATITE AGUDA E CRÔNICA • Sāo processos inflamatórios que acometem de maneira difusa o parênquima hepático e que têm duração em geral inferior a 6 meses; • Histologicamente: caracterizam-se pela presença de alterações predominantemente lobulares, representadas por infiltrado inflamatório misto de intensidade variável e presença de degenerações dos hepatócitos, como a balonizaçāo e a retração; • HAV e HEV: responsáveis pela hepatites agudas; • Vacina disponível: HAV e HBV; pro • HBV, HCV e o HDV associado ao vírus B: hepatites crônicas; • O vírus delta só consegue infectar o individuo caso o paciente já tenha sido infectado pelo vírus B, pelo fato de precisar do envoltório\núcleo do vírus pra casuar a infecção do tipo delta; • Sāo chamados de vírus hepatotrópicos por apresentarem preferência pelo fīgado; • Outros vírus: Epstein-Barr ou megalovírus sāo vírus que em algum momento do ciclo de infecção, acabam infectando o fígado; mas nāo é específico pra infecção no fígado; • Hepatite A e E nāo cronifica; ou seja se mantém apenas na fase aguda; HEPATITE A (HAV): Hepatite Aguda • Vírus de RNA; • Hepatite B: vírus de DNA; • Nao cronifica; • Gênero Picornaviridae; Família Hepatovírus; • Surtos epidêmicos: principal via de transmissão é a oro- fecal; • Brasil: apresenta endemicidade intermediária a baixa para hepatite A; • Hepatite delta: em relação as hepatites que cronificam apresenta maior endemicidade na região do Amazonas; Transmissão: • Fecal-oral é a principal transmissão; • Praticantes de sexo oro-anal; Quadro Clínico: • Assintomático: mais comum; • Oligossintomático anictérico: mais comum; • Ictérica; • Colestática: enzimas fosfatase alcalina e gama GT com valores aumentados; • Prolongada; • Recorrente; • Fulminante; IMPORTANTE! • Hepatite anictérica: forma mais comum de hepatite (70% dos casos); em geral esta forma despercebida e o diagnóstico nāo chega a ser confirmado; • Hepatite fulminante: menos de 1% dos casos e apresenta elevada taxa de mortalidade (>80%); caracteriza-se por vômitos, sonolência, confusão mental, piora da icterícia, regressão rápida da hepatomegalia e laboratorialmente pela queda rápida das aminotransferases e elevação das bilirrubinas; fīgado deteriorando; TGO e TGP: nāo sāo função do fígado; prova necro inflamatórias. • Hepatite prolongada: fase aguda se arrasta por mais de 4 meses e nāo evolui pra mais de 6 meses; sinais de melhora progressiva, porém lenta; características de quadro recorrente, com reativação clínica e bioquímica após recuperação aparentemente completa do quadro; • Hepatite colestática: prurido intenso, elevação significativa das enzimas colestática e bilirrubina; evolução favorável com recuperação completo do quadro em 2 a 6 meses; • 6 meses: possibilidade de acerto dentro da hepatologia é alta; • O quadro clínico das hepatites agudas virais sāo semelhantes como febre, mal-estar, náuseas, vómitos, desconforto abdominal; colúria, acolia fecal, icterícia; • Raros: mialgia, prurido, diarreia, exantemas; Conceitos: • Incubação: é o período que se estende desde o momento da contaminação até o aparecimento do primeiro sintoma; varia conforme o tipo de vírus; Dura em torno de 28 dias; variando de 15 a 45 dias; • Prodrômico: manifestações de quadro viral inespecífico; dura em média uma semana, podendo ser mais prolongado; IMPORTANTE! • Estado: formas ictéricas clássicas; primeiro sintoma que sugere hepatite: COLÚRIA; precede 1 a 2 dias o quadro de icterícia; • Convalescência: sintomas desaparecem e exames laboratoriais já normalizam; até quarto mês estendendo-se no máximo até 6 meses; • HAV: excretado nas fezes por 1 a 2 semanas antes do inicio dos sintomas; mantém-se por uma semana após o aparecimento do quadro clínico (maior transmissibilidade da doença); Diagnóstico • Níveis de aminotransferases (ALT e AST) em geral superiores a 10x o nível de normalidade (LSN); diagnóstico e evolução; IMPORTANTE! • Os níveis de bilirrubinas atingem seu máximo após o pico das aminotransferases; em geral nāo ultrapassa o nível de 10 mg\dL; IMPORTANTE! 1 HAV HEV HBV HCV Outros vírus Outras hepatopaGas O desafio das hepa-tes virais Patologia das hepaGtes virais agudas e crônicas. In: Focaccia R. Tratado de hepaGtes virais. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2007 HDV HAV HEV HBV HCV O desafio das hepa-tes virais HDV • Transmissão HEPATITE A: transmissão Transmissão fecal-oral é a principal. HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO Gastroenterologia Gaby Alfaro • Diagnóstico da hepatite é confirmado pela presença de marcador sorológico anti-HAV IgM; sua positividade coincide com o início do quadro e dura 3-6 meses; • IgM: infecção recente; aguda; • Após a fase aguda: anticorpos IgM desaparecerem do soro e passam a ser decretáveis anticorpos anti-HAV IgG que perduram para o resto da vida, conferindo imunidade; Sorologias Tratamento: • Nāo há medicação especifica; • Autolimitada; • Regresso às atividades deve ser lento e progressivo e baseado nos níveis de aminotransferases (< 2x); • Nāo há dietas especiais; • Desaconselhável o uso de bebidas alcoólicas; • Forma fulminante da hepatite aguda: transplante de fígado; Complicações • Hepatite fulminante; • Necrose tubular aguda; • Pancreatite; • Artrite; • Vasculite; • Anemia aplástica; Prevenção • Afastamento das atividades por 2 semanas: transmissão interpessoal; • Medidas higiênico diabéticos; • Imunização: vacina com vírus inativado IM. MS: dose única com 15 meses (ADM até 4 anos ); • Profilaxia pós-exposição: até 2 semanas de exposição; pacientes saudáveis entre 12m- 40 anos: dose única; pacientes imunossuprimidos ou <12 meses\>40 anos: imunoglobulina humana IM. HEPATITE E (HEV): HEPATITE AGUDA • Vírus de RNA; • Prevalência elevada de anticorpos contra o HEV em usuários de drogas e em pacientes que realizam hemodiálise sugere que a via parenteral possa estar envolvida; • Transmissão: fecal-oral, semelhante ao HAV; • Auto-limitadas igual a HAV, ou seja, se resolvem com o auxílio médico ou sem; • Geralmente é epidêmica; surtos; Quadro Clínico • Dor epigástrica; • Náuseas; • Vômitos; • Icterícia: 85% com esplenomegalia; • Colúria e acolia fecal; IMPORTANTE! • Dentre as hepatites virais é a mais associada a caos de hepatite fulminante (3% na população geral); 20% em gestante (geralmente no terceiro mês); Diagnóstico • Presença de soro de anticorpos anti HEV IgM, que permanecem positivos por cerca de 4 a 6 meses após o episódio agudo, dando lugar a anticorpos de classe IgG, conferindo imunidade definitiva ; • Incubação: entre 2 e 9 semanas, com média de 6 semanas; • Excreção do vírus: fezes; • Período de viremia: precede a detecçāo fecal, até 45 dias após surgir os sintomas; Tratamento • Nāo há dietas especiais; • Desaconselhável a ingestão de bebidas alcoólicas durante a evolução da doença; proibição deve ser mantida até seis meses após o quadro; • Forma fulminante de hepatite aguda: transplante de fígado; • Nāo há vacina pra HEV; HEPATITE CRÔNICAS IMPORTANTE! • Definição: reação inflamatório do fígado; • Principais causas de hepatites virais crônicas: HBV, HBV + HDV e HCV; • Período > 6 meses; • Problema de saúde pública; Transmissão: • Perinatal (vertical): parto normal x cesária- a vida de parto normal apresenta uma contaminação mais afetiva do que cesária; • Sexual: mais comum HBV; IMPORTANTE! • Percutânea; • Transfusão; • Outros: horizontal, contato com escovas de dente. HEPATITE B: HBV • Considerada ISTs; Epidemiologia: • O vírus da hepatite B chega a sobreviver até 7 dias no ambiente externo em condições normais e com risco de contaminação; • 100x mais infeccioso que o HIV;IMPORTANTE! • Crianças: quando os recém-nascidos entram em contato com o vírus B há 90% de chance de se tornarem cronicamente infectados; • Adultos: cerca de 90-95% das infecções agudas evoluem para cura espontânea; • Vírus da hepatite B: vírus de DNA; 2 HEPATITE A Interpretando as sorologias... HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO Gastroenterologia Gaby Alfaro • Apresenta 8 genótipos, porém um único tratamento pra todos; • Família: Hepadnaviridae; História Natural Manifestações clínicas • Tipicamente inespecíficos; • Depende: idade em que aconteceu a infecção nível de replicação viral e estado imune; • Cerca de 30% desenvolve icterícia fase aguda; • Doença pode progredir para cirrose, apresentando a sintomatologia: Manifestações extra hepáticas: • Acrodermatite papular: doença de Gianotti; • Poliarterite nodosa: cerca de 30% dos pacientes com PAN apresentam HBsAg+; • Glomerulonefrite: a forma membranosa é a forma histopatológica mias comumente encontrada; Diagnóstico: • Exames inespecíficos: Exames inespecíficos: TGO e TGP para dx e acompanhamento; Bilirrubinas: lesão hepatocelular; • Diagnóstico específico: testes rápidos e imunoensaios (sorologias); Sorologias • HBsAg: o “s” significa superfície; • Ag: antígeno; virus; • Anti-Ag: anticorpo contra o antígeno; • Cori viral: camada que reveste o núcleo; membrana interna, ou seja, HBcAg; • Vírus de DNA contável, reflete como a carga viral, ou seja, a quantidade de vírus que terá na circulação; HBv DNA; • HBeAg: associado a replicação do vírus; proliferando mais rápido ou devagar; critérios de tratamento e diagnóstico; localiza-se entre a superfície e o núcleo; • Anti-HBc IgM: provavelmente o paciente se encontra com a infecção; • Anti-HBc Total: somatória do IgM e do IgG; • Obs: nāo é possível detectar o vírus da hepatite delta, sem ter o vírus da hepatite B; • O virus da hepatite delta precisa se camuflar no vírus da hepatite B; infectando o vírus e se proliferando; • Utilizados pra diagnóstico: HBsAg, Anti-HBc e Anti-HBs • Utilizados para replicação do vírus: HBeAg e Anti-HBe; • HBsAg: principal marcador pra dar o diagnóstico; • Anti-HBc: anticorpo contra o cori viral; paciente teve contato com o vírus; • Anti-HBs: vacina ou imunidade; Interpretação das sorologias: 3 HBsAg HBcAg HBeAg § Anzgenos (Ag) e AnGcorpos para HBV: An--HBs An--HBc An--HBe Total e IgM HEPATITE B: Sorologias HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO HBsAg An--HBc An--HBs HBeAg An--HBe § Anzgenos (Ag) e AnGcorpos para HBV São esses os u-lizados para DIAGNÓSTICO! HEPATITE B: Sorologias HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO São u-lizados para avaliar replicação HBsAg An--HBc An--HBs § E o que significa??? “o vírus ESTÁ aqui” “CONTATO com o vírus” “Vacina/Imunidade” HEPATITE B: Sorologias HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO HBsAg An--HBc An--HBs + + - O vírus está aqui? Contato com o vírus? Vacina/imunidade? TRADUÇÃO: O CONTATO ESTÁ SENDO FEITO!! OU SEJA, PACIENTE COM HEPATITE B HEPATITE B: Sorologias § Interpretando... HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO Gastroenterologia Gaby Alfaro • Pode ser realizado até 2 esquemas vacinais no paciente; • Valores a baixo do recomendado: novo estímulo de vacinação; História Natural: • No período de 24 semanas até 28 semanas, só é possível observar a positividade do Anti-HBc; Tratamento: IMPORTANTE! • Critérios de inclusão para tratamento da hepatite B sem agente Delta: Paciente com HBeAg reagente e ALT > 2x limite superior da normalidade (LSN); Adulto maior de 30 anos com HBeAg reagente; Paciente com HbeAg nāo reagente, HBV-DNA (carga viral) > 2.000 UI\mL e ALT > 2x LSN; • Outros critérios de inclusão para tratamento independentemente dos resultados de HBeAg,HBV- DNA e ALT para hepatite B sem agente Delta: História familiar de CHC; Manifestações extra hepáticas com acometimento motor incapacitante, artrite, vasculares e glomerulonefrite e poliartrite nodosa; Coinfecçāo HIV\HBV ou HCV\HBV; Hepatite aguda grave (coagulopatias ou icterícia por mais de 14 dias); Reativação de hepatite B crônica; Cirrose\insuficiência hepática; Biópsia hepática METAVIR > ou igual A2F2 ou elastografia hepática > 7kPa; Prevenção de reativação viral em pacientes que irāo receber terapia imunossupressor ou quimioterapia; • Arsenal Terapêutico: - Alfapeguinterferona 2b 12kDa- 1,5 mcg\kg\semana via SC; - Alfapeguinterferona 2a-180 mcg\semana via subcutânea (SC(; - Entecavir 0,5 mg- 0,5-1,0 mg\dia vira oral (VO); - Tenofovir 300 mg- 300 mg\dia VO; Tenofovir: • Bloqueia a açāo da enzima transcriptase reversa; • Quando usar? Todos os pacientes que apresentam os critérios de inclusão de tratamento; • Primeira linda de tratamento para a hepatite B crônica; • Apresenta elevada potência de supressão viral e alta barreira genética de resistência contra as mutações do HBV; • E f e i t o s c o l a t e r a i s : t o x i c i d a d e r e n a l e desminerializacao óssea; • Contraindicações ao tratamento de tenofovir: - Doença renal crônica; - Osteoporose; - Cirrose hepática; - Intolerância ao medicamento; Entecavir: • Quando usar? Se houver contraindicação ao uso do tenofovir, ou presença de alteração de função renal; • Pode ser utilizado em paciente com alterações renais; • Medicamento de primeira linha para pacientes em tratamento de imunossupressāo de quimioterapia: entevacir; Alfapeginterferona: • Tratamento alternativo de 48 semanas; 4 HBsAg An--HBc An--HBs - + + O vírus está aqui? Contato com o vírus? Vacina/imunidade? TRADUÇÃO: O CONTATO FOI FEITO E O PACIENTE “’RESOLVEU”” A HEPATITE B HEPATITE B: Sorologias § Interpretando... HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO HBsAg An--HBc An--HBs - - + O vírus está aqui? Contato com o vírus? Vacina/imunidade? TRADUÇÃO: PACIENTE VACINADO!!! HEPATITE B: Sorologias § Interpretando... HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO HBsAg An--HBc An--HBs - - - O vírus está aqui? Contato com o vírus? Vacina/imunidade? HEPATITE B: Sorologias § Interpretando... Suscepxvel a infecção pelo HBV HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO HBsAg An--HBc An--HBs - + - 1) “Perda do an--s” 2) Janela imunológica 3) Erro laboratorial 4) HBV mutante S HEPATITE B: Sorologias § Interpretando... HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO HEPATITE B AGUDA Infecção Crônica: Persistência do HBsAg > 6 meses. HEPATITE B: História Natural HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO HEPATITE B: Tratamento • Análogo de nucleozdeo que bloqueia a ação da enzima transcriptase reversa; • Quando usar? Todos os pacientes que apresentam os critérios de inclusão de tratamento; • Primeira linha de tratamento para a hepa-te B crônica; • Apresenta elevada potência de supressão viral e alta barreira genéGca de resistência contra as mutações do HBV; • Efeitos colaterais: toxicidade renal e a desmineralização óssea. PCDT HepaGte B e coinfecções, 2017 HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO HEPATITE B: Tratamento q Contraindicações ao tratamento com tenofovir: § Doença renal crônica; § Osteoporose e outras doenças do metabolismo ósseo; § Terapia anGrretroviral com didanosina; § Cirrose hepáGca (contraindicação relaGva); § Intolerância ao medicamento. O uso de tenofovir em pacientes portadores de cirrose hepáGca deve ser realizado com cautela. Quando possível, o tenofovir deve ser subsGtuído por entecavir. PCDT HepaGte B e coinfecções, 2017 HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO Gastroenterologia Gaby Alfaro • Ciclo de tratamento realizado apenas uma única vez; • Quando usar? Reservado a pacientesportadores de infecção pelo vírus da hepatite B com exame HBeAg reagente; • Pacientes que nāo apresentarem soroconversāo do anti-HBs ao final da 48a semana de tratamento deverà ser substituída por tenofovir ou entecavir; • Alterações cutâneas, insuficiencia renal; • Avaliação de resposta: solicita a sorologia pra HBsAg, anti-HBs, HBeAg, Anti-HBe ao final da 48 semana; carga viral ao final da 24 e 48 semana, pacientes que apresentarem HBV-DNA > 20 mil UI\mL podem ter o tratamento substituído pot tenofovir ou entecavir; HEPATITE C (HCV) Epidemiologia • Vírus de RNA; • Transmissão: via parenteral, contato com sangue contaminado, compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos, reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos, falha de esterilizaçāo de equipamentos de manicure e reutilização de material para tatuagem, sangue e seus derivados contaminados; • Nāo é considerada uma ISTs; • Possibilidade de transmissão vertical, em menor proporção dos casos; • Existem 6 genótipos do vírus; Sinais e Sintomas • Evolução subclínica; • Apresentação, na maioria dos casos, assintomática e antiictérica, o que dificulta o diagnóstico; • Sintomas geralmente sāo inespecíficos: anorexia, astenia, mal-estar e dor abdominal; • Menor parte dos pacientes apresenta icterícia ou escurecimento da urina; • Habitualmente, a hepatite C é descoberta em sua fase crônica e pode evoluir durante décadas em suspeição clinica; História Natural • Na ausência de tratamento: Diagnóstico • Investigação da infecção pelo HCV pode ser feita em ambiente laboratorial ou ambulatorial através do teste rápido; • Hepatite C crônica: Anti-HCV reagente por mais de 6 meses; Confirmação com HCV-DNA detectável por mais de 6 meses; Estadiamento • Tratamento está indicado na infecção aguda ou crônica pelo HCV, independentemente do estadiamento da fibrose hepática; • Fundamental saber se o paciente tem fibrose avançada ou cirrose, pois a confirmação pode afetar a condução clinica e o esquema do tratamento; • APRI e FIB-4: métodos nāo invasivos; • Biópsia hepática: invasivos; Tratamento • Todos os pacientes com diagnóstico de infeção pelo HCV; • Tratamento para pacientes sem tratamento prévio e com depuração de creatinina igual ou maior a 30 mL\min: • Genótipo 1: ledipasvir\sofosbuvir • Genótipo 2,3,4,5 e 6: velpatasvir\sofosbuvir; • Objetivo da terapêutica: obtenção da resposta virologia sustentada (RVS), que se caracteriza pela ausência de HCV-RNA na 12 ou 24 semana após o término da terapia; 5 HEPATITE B AGUDA Na ausência de tratamento: HEPATITE C: História Natural HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO Há cronificação em 60% a 85% Em média, 20% evoluem para cirrose Risco anual para o surgimento de carcinoma hepatocelular (CHC) é de 1% a 5% HEPATITE B AGUDA • A invesGgação da infecção pelo HCV pode ser feita em ambiente laboratorial ou ambulatorial, em ações de rua ou mediante campanhas: teste rápido. HEPATITE C: DiagnósGco HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO O an--HCV é um marcador que indica contato prévio com o vírus. Isoladamente, um resultado reagente para o anGcorpo não permite diferenciar uma infecção resolvida naturalmente de uma infecção aGva. Por isso, para o diagnósGco laboratorial da infecção, um resultado anG- HCV reagente precisa ser complementado por meio de um teste para detecção direta do vírus. Solicitar carga viral (HCV-RNA) 1. Ganhem tempo! Baixem os aplica-vos 2. Saibam quais exames são necessários para o cálculo APRI FIB-4 E nos casos de pacientes cirróGcos, será importante também: CHILD A,B e C MELD AST + Plaquetas AST+ ALT + Plaquetas + Idade BT + INR + CreaGnina * BT + INR + albumina + critérios clínicos (ascite + encefalopaGa) HEPATITE C: Estadiamento HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO APRI e FIB-4 à não invasivos Biópsia hepáGca à invasivo 1. Ganhem tempo! Baixem os aplica-vos 2. Saibam quais exames são necessários para o cálculo APRI FIB-4 E nos casos de pacientes cirróGcos, será importante também: CHILD A,B e C MELD AST + Plaquetas AST+ ALT + Plaquetas + Idade BT + INR + CreaGnina * BT + INR + albumina + critérios clínicos (ascite + encefalopaGa) HEPATITE C: Estadiamento HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO APRI e FIB-4 à não invasivos Biópsia hepáGca à invasivo NOTA INFORMATIVA Nº 13/19-CGAHV/.DCCI/SVS/MS – Sem tratamento prévio – Com depuração de creaGnina ≥ 30mL/min HCV HEPATITE C: Tratamento HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO • Critérios de inclusão à todos os pacientes com diagnósGco de infecção pelo HCV. Gastroenterologia Gaby Alfaro • Hepatite C nāo confere imunidade protetora após a primeira infeção, havendo risco de reinfecção; HEPATITE D (HDV) • Vírus de RNA; • A presença do HDV suprime a replicação do HBV; • Menos común de hepatite, porém mais grave; • 70% dos pacientes evoluem para o quadro de cirrose; Epidemiologia Diagnóstico • Achado do Anti-HDV em pacientes com hepatite crônica e HBsAg no soro; • Anti-HDV: 30-40 dias da infecção aguda; • Coinfecçāo: anti-HBs negativo; • Superinfecçāo: anti-HBc IgM negativo e anti-HBs negativo; Tratamento: • Considerada de maior morbimortalidade e de manejo clínico mais complexo entre as hepatites virais; • Controle do dano hepático infligido; • Candidatos a terapia composta por alfapeguinterferona 2a e\ou análogo de nucleotídeos (tenofovir ou entecavir); 6 Co-Infecção Infecção simultânea HBV e HDV Normamente aguda, fulminante, raramente passa pela fase crônica HEPATITE D: Epidemiologia HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO Super Infecção Infecção após contrair HBV Torna-se crônica em 80% dos casos, dos quais 40% evoluem para CH + frequente HEPATITE D: Epidemiologia HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO • DiagnósGco é por meio do achado do AnG- HDV em pacientes com hepaGte crônica e HBsAg no soro; • AnG-HDV: 30-40 dias da infecção aguda. HEPATITE D: DiagnósGco HEPATITE VIRAIS DRA. ANA BEATRIZ FIGUEIREDO Gastroenterologia Gaby Alfaro 7
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