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Doença do refluxo gastresofágico Conceitos RGE = fenômeno natural e fisiológico, que ocorre diversas vezes durante o dia, principalmente após as refeições, sem produzir qualquer sintoma. DRGE · Condição que ocorre quando o refluxo do conteúdo gástrico provoca sintomas incomodativos e/ou complicações · Prevalência: 12 – 20% · Evolução para Barret (metaplasia e displasia – processo para suportar a agressão vinda do estomago) e adenocarcionoma Fatores de risco · Idade (esfíncter do esôfago começa a afrouxar) · Sexo M > H (questões hormonais) · Gestação (pressão) · Obesidade (pressão) · Hérnia hiatal (fraquejamento do esôfago, muito ligado a genética) · Fatores genéticos Fisiopatologia · Hipotonia do EEI · Depuração esofágica ineficiente · Relaxamento transitório do EEI · Ruptura da JGE por hérnia de hiato · Esvaziamento gástrico lentificado (ex: diabetes) · Achado histopatológico: dilatação do espaço intracelular Quadro clinico · Típico: pirose, regurgitação, sialorréia · Atípico: disfagia, dor torácica, globus, tosse, asma, rouquidão, pigarro, halitose, erosão do esmalte dentário, soluços, apneia do sono · Sintomas devem ocorrer 1 a 2x por semana por 4 a 8 semanas Complicações Diagnóstico · Endoscopia digestiva alta: avaliar edema da mucosa (não patognomico), erosçoes, estenoses, hernias Endoscopia · Primeiro exame a ser pedido · 50-60% tem exame normal · III consenso brasileiro de DRGE recomenda o exame antes do tratamento · Avalia se a doença é erosiva ou não erosiva · Exclui complicações e outras doenças · Realização de biopsias quando necessário Classificação: · DRGE não erosiva 60% · DRGE erosiva 40% Esofagite erosiva (EE) X doença do refluxo não erosiva (nerd) · Erosões estão mais associadas a: - Exposição acida excessiva - Alterações na junção esôfago gástrica - Alterações da peristalse esofágica Ph metria esofágica de 24h · Confirmar ou excluir DRGE em indivíduos com sintomas persistentes e EDA normal ou sintomas extra-esofágicos · Monitorar tratamento (feita na vigência da medicação) · Pré-operatoria · Limitações: refluxo não acido, avaliação do conteúdo refluído Impedância ph-metria Refluxo ácido (ph<4) fracamente acido (ph entre 4-7) ou alcalino (ph>7) Erosiva - endoscopia Não erosiva – phmetria anormal Hipersensibilidade – momentos de ascendência acida teve sintomas Pirose funcional – os sintomas não batem com a ascensão acida · Sistema digestivo é o que tem mais neurônios depois do cérebro (rever essa parte) Tratamento Teste dianostico terapêutico – em quais pacientes? Obs: quando não faz o tratamento empírico e peço endoscopia – se tem sinal de alarme Sinais de alarme: · Pacientes >45 anos sem sinais de alarme · Anemia · Emagrecimento · Hemorragia · História familiar Tratamento não medicamentoso (OSCE) · Mudança de estilo de vida · Elevação da cabeceira da cama (15cm) · Alimentação (gorduras, café, alcool, bebidas gaseificadas) · Medicações “de risco”: anticolinérgicos, tricíclicos, bloqueador de canal de cálcio, alendronato, AINES · Evitar deitar 2h após se alimentar · Mastigação · Cessar tabagismo · Perder peso · Liquido durante a refeição – 1h antes ou depois · Fracionar a dieta Tratamento medicamentoso · Objetivo: cicatrização de mucosa + melhora de sintomas · Classes: - antiácidos - bloqueadores dos receptores H2: aliviam sintomas, porém não aumentam cicatrização Obs: magnésio – formulações com magnésio tem ação de 24h Como prescrever o IBP? - Jejum, 30min antes de se alimentar. O paciente deve se alimentar 30min depois, para que o estimulo alimentar ative o IBP (Omeprazol) · Indicação de dose dobrada de IBP: sintomas supra-esofagicos, esofagite erosiva complicada (ulcera, estenose, esôfago de barret) · Terapêutica continua: esofagites mais severas, barret · Segurança dos IBP – avaliar B12, magnésio, osteopenia, aumento de infecções entéricas (o acido é uma barreira para a bactéria, se anula o acido, facilita a infecção) Indicação cirúrgica · Pacientes que necessitam de altas doses de IBP · Jovens · Barret, longo · Grandes hérnias de hiato Manometria – avalia motilidade
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