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Colibacilose Aviária

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COLIBACILOSE AVIÁRIA 
Causada pela bactéria Escherichia coli. Está normalmente envolvida em infecções primárias (produção de toxinas – O157:H7) ou 
secundárias. 
Etiologia 
É uma enterobactéria presente na microbiota de animais sadios, gram-negativa, não esporulada, anaeróbia facultativa. Tem 
estrutura antigênica desenvolvida (O, K, H e F). 
Fatores predisponentes: Newcastle (lesões de trato respiratório), Gumboro (queda na imunidade), Mycoplasma gallisepticum e 
synoviae, Pasteurella multocida, Aviobacterium paragallinarum, coccidiose e micotoxinas. Além disso, frio e calor, excesso de 
amônia, deficiências na desinfecção, deficiências nutricionais, umidade da cama e ventilação deficiente. 
Patogenia 
Lesões no epitélio respiratório ou sistema imunológico → adesão e multiplicação nas células ciliadas da traqueia → disseminação 
pela corrente sanguínea para fígado, pulmão, membranas como sacos aéreos e coração → sep cemia e acometimento do sistema 
reprodutor e nervoso. 
Observa-se acúmulo de exsudato caseoso no tecido subcutâneo. Comum em aves de 4-9 semanas de idade 
Patogenia em pintinhos: 
 Onfalite: contaminação fecal do ovo com possível mortalidade embrionária 
Gema acastanhada com massas caseosas → impossibilidade de absorção do saco vitelínico/fraco 
desenvolvimento → morte rápida na eclosão → se sobrevivem, tornam-se refugos ou disseminam a doença. 
Patogenia em frangos de cortes: 
 Dç respiratória crônica e colisepticemia: comum em aves de 4-9 semanas, causando morte. 
 Lesão por outros agentes → colonização e multiplicação de E. coli. 
Patogenia em poedeiras e matrizes: 
 Salpingite: massa caseosa com heterofilos e bactérias no ovidutos. Morte em 6 meses e se sobrevivem não produzem. 
 Degeneração, ruptura e peritonite fibrosa → morte aguda. 
Sinais Clínicos 
Sinusite, edema peri e infraorbitário, torcicolo, opistótono e incoordenação motora. Duram cerca de 2-3 semanas. 
Achados Macroscópicos e Microscópicos 
Colisepticemia, peritonite, edema facial, pneumonia, pleuropneumonia, aerossaculite, SCI, celulite, coligranuloma, doença 
respiratória crônica complicada, onfelite, salpingite, sinovite, perihepatite e pericardite. 
Transmissão 
A bactéria está presente em secreções respiratórias, ovos sujos e fezes. Penetra no organismo através de trato respiratório e 
digestório. Permanece em criações por longos períodos, contaminando alimentos, cama e água. 
Cascas de ovos contaminadas promovem alta mortalidade embrionária. 
Diagnóstico 
Sinais clínicos, exames laboratoriais como identificação bioquímica e PCR. 
Tratamento 
Uso de antibióticos, probióticos e quimioterápicos. O sucesso normalmente é maior quando a administração é feita no início da 
doença. O antibiograma é ideal para a escolha do fármaco. 
Prevenção e Controle 
Normas de manejo, higiene e biossegurança. Uso de bebedouros tipo Nipple, vazio sanitário, aumento do intervalo entre lotes, 
uso de sistemas de filtração de ar, intensificar o número de coletas de ovos, fornecer nutrição adequada, controlar insetos e 
roedores. Vacinar (cepas inativadas).

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