Linguagem Quimica no Ensino de Quimica

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Gerson Saene
José Manjoro Gamba
Sebastião João Matusse
Titos José Boisse
Linguagem Química no Ensino Secundário Geral
Licenciatura em Ensino de Química com Habilidade em Ensino de Biologia
Universidade Licungo
Beira
2021
Gerson Saene
José Manjoro Gamba
Sebastião João Matusse
Titos José Boisse
Linguagem Química no Ensino Secundário Geral
Licenciatura em Ensino de Química com Habilidade em Ensino de Biologia
Docente: Msc. Crimildia Chidassicua
	Trabalho a ser entregue na faculdade de ciências e Tecnologias, Extensão da Beira, para fins avaliativos.
Universidade Licungo
Beira
2021
Índice
Introdução	3
Linguagem Química no Ensino Secundário Geral	4
Evolução histórica da linguagem Química	5
Formas de abordagem de alguns relacionados a Linguagem Química no Ensino Secundário Geral	6
Na 8ª Classe	6
Na 10ª Classe	7
Na 11ª Classe	8
Na 12ª Classe	9
Conclusão	10
Bibliografia	11
3
Introdução
No presente trabalho que por muito esforço dos integrantes fizeram, trabalhando sincronizadamente para o feito, foi possível a concretização do trabalho. Abordar-se-ão conteúdos relacionados com linguagem Química no Ensino Secundário Geral, nada mais é do que a maneira como os que trabalham com essa ciência representam, esquematicamente, os fenómenos químicos. Dar-se-á, em detalhes, a utilização da linguagem química em cada classe no Ensino Secundário Geral. Desde a sua introdução na 8ª Classe.
Linguagem Química no Ensino Secundário Geral
A química também tem sua própria linguagem, a que se denomina “Linguagem Química” que trata da base de comunicação entre os Químicos através de sinais e símbolos. Esta linguagem é usada pelos químicos, estudiosos, professore, alunos e outros que lidam com a ciência química. Inclui as regras de escrita dos nomes dos elementos química, das fórmulas químicas, das equações químicas e muito mais.
O uso da linguagem química serve para uniformizar e facilitar o tratamento da ciência Química no processo de ensino e aprendizagem. A Química possui uma simbologia e terminologias próprias (Linguagem Química), sendo indispensável o uso e domínio desta no Processo de Ensino e Aprendizagem de Química.
O professor deve dar a intender a necessidade do uso da linguagem Química e não ser indiferente nas dificuldades que os alunos poderão ter na aprendizagem dessa linguagem. Deste modo, o professor deve, juntamente com os alunos, procurar formas de minimizar tais dificuldades.
Os sinais e símbolos químicos podem ser usados para representar:
· Fórmulas;
· Equações químicas;
· Partículas, etc.
O professor deve apresentar aos seus alunos os conhecimentos complexos sobre aplicação dos símbolos. Os alunos devem aplicar os símbolos, fórmulas e equações químicas no sentido qualitativo e quantitativo. (ARAO, MADEIRA; 2012).
O uso da linguagem química, como foi referido acima, é a base de comunicação no processo de ensino e aprendizagem de química, sendo assim remete-nos a certos desafios no que concerne ao entendimento e significa das palavras no senso comum, que se diferem quando se trata da química. Existem, por exemplo, termos que tem um significado diferente, conforme se trate de linguagem do dia-a-dia e linguagem química. O termo “puro”, “ferro” são exemplos disso.
Evolução histórica da linguagem Química
A linguagem química surge pra facilitar a compreensão dos conhecimentos químicos que iam sendo acumulados ao longo do tempo. A linguagem química que hoje é usada surgiu da uniformização da linguem usada por alquimistas. Nesta época, estes usavam representações para expressar vários conceitos químicos. Porém, esta linguagem inicialmente criada, não era universal, era apenas sobretudo local e percebida por apenas uma parte dos estudiosos.
Com grandes avanços na ciência Química surgiu a necessidade uniformização da linguagem química, para que ela fosse percebida por todos os químicos. Uma vez que a Química sempre tratou de reacções químicas, o químico francês Laurent Lavoisier propôs a linguagem em que se escreviam os nomes dos reagentes e produtos formados nas reacções químicas, por exemplo:
Cobre + Oxigénio óxido de cobre 
Esta linguagem apenas informava qualitativamente os intervenientes das reacções químicas. 
A actual representação dos símbolos químicos e outras simbologias foi proposta por Joons Jacob Berzeliuis (1779-1849), químico Sueco. Este propunha em 1813, símbolos que eram compostos por letras.
Cu + O2 CuO2
A linguagem desenvolvida por Bezeliuis já permite saber para além das substâncias envolvidas na reacção, as quantidades de cada substância e as respectivas proporções.
As representações usadas na linguagem química podem ser:
· Símbolos químicos dos elementos;
· Formulas químicas;
· Equações químicas;
· Símbolos variadas;
· E expressões químicas.
Formas de abordagem de alguns relacionados a Linguagem Química no Ensino Secundário Geral
Na 8ª Classe
1. Abordagem dos símbolos químicos e seus significados
O símbolo químico é um sinal para um elemento químico e para o átomo desse elemento.
O símbolo químico do alumínio (Al) representa:
· O elemento químico alumínio
· Um átomo de alumínio;
· Uma substância química alumínio.
Na abordagem sobre os símbolos químicos, precisamente na 8ª Classe, 3ª unidade, traça como objectivo específico, o seguinte:
O aluno deve ser capaz de escrever os nomes e símbolos químicos dos primeiros 20 elementos da tabela periódica e dos metais úteis no quotidiano (Al, Pb, Cu, Ag, Au, Fe, Hg).
2. Abordagem de fórmulas químicas e seus significados
A fórmula química é a representação gráfica de um composto químico. Ela representa as substâncias químicas e u sinal químico para o composto por meio de símbolos dos elementos. Indica, apara além da composição qualitativa e quantitativa, o arranjo dos átomos na estrutura da molécula.
O desenvolvimento sistemático do saber sobre matéria e reacção química deve incluir uma introdução da linguagem química. No nível da 8ª Classe.
Na base da grandeza básica, quantidade de uma substância e sua unidade mol, é possível uma interpretação quantitativa dos símbolos químicos.
As fórmulas químicas podem ser construídas na base da valência, como uma relação objectiva entre os elementos dum composto.
Na 9ª Classe
Nesta classe os alunos aprendem acerca da estrutura da matéria a luz da teoria atómico-molecular. Resumem os principais tipos de compostos inorgânicos e exercitam o uso da linguagem química. Por exemplo, na 1ª unidade dá-se continuidade ao estudo sobre compostos inorgânicos iniciado na 8ª Classe. Em relação aos óxidos, o professor pede aos alunos para darem exemplo de alguns óxidos metálicos e não metálicos. A partir dos exemplos, o professor reactiva o conhecimento dos alunos sobre a classificação e nomenclatura dos óxidos.
Sobre as propriedades químicas dos óxidos, o professor pede aos para escreverem as equações das reacções químicas dos óxidos metálicos e não metálicos com a água. Em seguida o professor orienta aos alunos a escreverem as equações das reacções químicas entre óxidos metálicos com ácidos e com óxidos não metálicos com base.
Em relação a sistematização da unidade, os alunos devem comparar, generalizar e classificar os compostos inorgânicos, escrever as equações que traduzem as transformações de um composto em outro e encontrar as relações que existem entre eles.
Na 10ª Classe
O aluno deve ser capaz de distinguir os diferentes tipos de fórmulas químicas. Na 10ª Classe o conteúdo directamente ligado a linguagem química é: tipos de fórmulas químicas: molecular, estrutural e racional
No programa de ESG 1° e 2° ciclo são abordados as formulas:
Formulas brutas
· Centesimal ou percentual
· Proporcional
· Molecular
· Funcional
Fórmula racional
· Linear
· Típico
· Gráfica
· Desenvolvida (plana, plana electrónica, espacial).
Este conteúdo é abordado na 8ª Classe, 3ª unidade temática (estrutura da meteria e reacções químicas). A equação química é a representação simbólica das reacções químicas. Destaca-se numa equação química, os reagentes e produtosda reacção separados por uma seta, sendo que geralmente os reagentes ficam de lado esquerdo e os produtos do lado direito.
Numa equação química a seta () serve para indicar a transformação das substâncias, o sinal (+) dependendo da sua posição na equação pode significar combinação das substâncias se do lado dos reagentes ou formação de mais de uma substância caso esteja nos produtos, ou seja, separa os produtos formados numa reacção química. Devendo-se sempre indicar os estados de agregação das substâncias.
· Passos para Escrita de equações químicas.
1. Distinção dos reagentes e produtos;
2. Escrita dos símbolos e fórmulas dos reagentes e dos produtos;
3. Acertar a equação química na base da lei da conservação da massa;
4. Revisão da equação química.
Na 11ª Classe
Os alunos aprofundam os conhecimentos sobre os principais tipos de compostos inorgânicos e suas propriedades e exercitar aos alunos utilização da linguagem. Dá-se enfâse à aplicação das substâncias químicas que contribuem para o desenvolvimento do pais nas áreas agrícolas, industrial, sócio-económica e cultura.
No tratamento da linguagem química, o aluno deve-se ser capaz de escrever e interpretar os sinais químicos, por exemplo, os símbolos químicos e formulas químicas de compostos estudados nas classes anteriores. Devendo aperfeiçoar a escrita e o acerto de equações químicas.
A partir de exemplos, o professor classifica as reacções químicas quanto ao número de participantes (síntese a analise), efeito energético (endotérmica e exotérmico), transferência de partículas e função química (inorgânicas e orgânicas).
Na 12ª Classe
Há continuidade do estudo dos compostos inorgânicos e orgânicos, ampliando o conhecimento sobre as substâncias e suas transformações, contribuindo assim para uma concepção mais ampla sobre a Natureza. 
Na unidade referente a cinética química, serão consolidados os conceitos de velocidade da reacção, catalisador e energia de activação. O professor deve destacar a importância da velocidade duma reacção na vida quotidiana, pedindo aos alunos que dêem exemplos das reacções rápidas e lentas. Deve enfatizar que também existem reacções moderadas.
No tratamento da linguagem química, os alunos devem ser capazes de interpretar os sinais químicos, por exemplo, a escrita da lei de velocidade, reacções reversíveis, lei de equilíbrio, etc.
Conclusão
Após a realização do trabalho em destaque, conclui-se que a abordagem da dos químicos não seria generalizada e universal, como é hoje, se não houvesse uma linguagem unicamente virada para os seus conceitos. Portanto a linguagem química retirar a ambiguidade dos conceitos. A linguagem química permite a melhor comunicação entre os profissionais desta área, pois permite uma representação mais ilustrativa dos fenómenos químicos, qualitativa e quantitativamente. Os professores devem enfatizar, rigorosamente, a consolidação desses conhecimentos para uma melhor comunicação entre o professor e os alunos.
Bibliografia
ARÃO, José; MADEIRA, António Cristos Pinto. Didáctica de Química II. Universidade Pedagógica, Beira 2012.
https://www.docsity.com/pt/linguagem-quimica-uasada-no-ensino-secundario-geral/55224979/
MINEDH, Química, Programa da 8ª Classe. Maputo, 2010.
MINEDH, Química, Programa da 9ª Classe. Maputo, 2010.
MINEDH, Química, Programa da 10ª Classe. Maputo, 2010.
MINEDH, Química, Programa da 11ª Classe. Maputo, 2010.
MINEDH, Química, Programa da 12ª Classe. Maputo, 2010.